segunda-feira, 8 de agosto de 2016

Mãe de Isabella Nardoni conta como o espiritismo a ajudou


Oito anos após o assassinato de Isabella Nardoni, a mãe Ana Carolina Oliveira está grávida novamente e contou em recente entrevista para a revista Veja como conseguiu se recuperar após a perda trágica da filha. 

A pequena Isabella foi jogada do sexto andar de um apartamento em São Paulo, em 2008. 

O pai Alexandre Nardoni e a madrasta Carolina Jatobá foram condenados por homicídio doloso qualificado, caracterizado como crime hediondo. 

Em entrevista à revista Veja, Ana Carolina contou que as pessoas a ajudaram muito e faziam até plantão em frente sua casa para oferecer apoio. 

"A comoção das pessoas me dava força. 

Muitos choravam como se tivessem perdido o próprio filho", disse ela à Veja. 

A mãe de Isabella conta que o espiritismo a ajudou muito a se recuperar. "Essa prática aliviou o meu coração, dando algumas explicações. 

Aqui era apenas um plano para a minha filha, a história dela não acabou. Ter partido tão cedo e daquela forma deve ter uma explicação", revelou. 

Além da ajuda religiosa ela também começou a fazer terapia três vezes por semana. 

"Chega uma hora em que a dor sufoca de tal forma que você precisa da ajuda de um profissional", falou ela que soube identificar esse momento. 

Ela ainda contou que, apesar de tudo, na época do crime se sentiu usada por tanto assédio. 

"Se eu estava triste, me chamavam de coitada. 

Se sorria, era julgada por ter superado o luto", desabafou. 

Após oitos anos da tragédia, Ana diz que nunca imaginou que um dia fosse se casar e ter outro filho. 

"Lutei para voltar a ser feliz, pois essa é a imagem que a minha filha tinha de mim", disse. 

Quando perguntada se irá contar sobre a irmã para o filho, ela disse que não tem como esconder nada, pois o caso está na internet. 

Contudo, quer revelar isso aos poucos. 

"No começo, penso em falar que ele tinha uma irmã que não está mais entre nós. 

Depois, quando for mais velho, explicar como foi", explicou.


               ''Famosos que são Espíritas''



O espiritismo cresce, aumenta sua influência sobre pessoas de alta renda e garante boa 
audiência na televisão. 
Ao mesmo tempo, mais celebridades acreditam em reencarnação 
e na comunicação com "entidades"
Os espíritos estão em todo lugar. 
Basta ligar a TV. 
Nas novelas, a crença em entidades do além é amparada principalmente pelo espiritismo e a onda 
vem acompanhada de uma mudança de perfil da religião. 
De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o espiritismo tem 
hoje 20 milhões de adeptos - cresceu 40% em cinco anos, principalmente nos Estados mais 
ricos e escolarizados. Quem professa essa fé tem renda 150% superior à média nacional, e 52% 
ganham mais de cinco salários mínimos. Estes novos seguidores valorizam as explicações 
racionais para a vida após a morte. "A leitura e a meditação se tornam mais importantes do 
que as sessões de mesa branca e as operações sem anestesia", afirma a antropóloga Sandra 
Jacqueline Stoll, da Universidade Federal do Paraná.


Com a mudança de perfil e o sucesso do assunto na mídia, não é de espantar que mais 
celebridades estejam declarando sua crença em espíritos. É o caso de Juliana Paes, Raica Oliveira, 
Cleo Pires, Rosi Campos, Marcos Caruso, Carlos Vereza, Paola Oliveira e Samara Felippo. 
A casa Lar de Frei Luiz, no Rio, é uma das que recebem várias celebridades toda semana. 
"Carlos Vereza é um dos nossos conselheiros, e sempre vêm aqui Elba Ramalho, Joanna, a 
Alcione, Toni Garrido, Cissa Guimarães", diz a presidente, Helena Mussi Gazolla.

CAROL CASTRO

"Fui batizada, fiz a primeira comunhão, mas não freqüento a Igreja Católica. Quando eu era 
pequena, fui muito a um templo budista. Minha mãe morou no Japão dos 4 aos 9 anos e tem 
uma relação forte com a religiosidade oriental, que ela me transmitiu desde pequena. 
Minha mãe é astróloga, taróloga e terapeuta corporal. Ela se comunica com espíritos,
 já psicografou um livro do escritor Camilo Castelo Branco. Sou budista. Acredito em uma força 
maior e tenho certeza de que todos nós reencarnamos; temos várias vidas após a morte.

Acredito que os espíritos voltam para ajudar ou atrapalhar as pessoas.

Quando eu era criança, eu via muitos espíritos. Aos 3 anos, cheguei em casa falando que tinha 
visto Jesus. Minha mãe ligou na escola para reclamar que a professora estava influenciando 
minha formação religiosa, mas ninguém tinha falado nada sobre Jesus para mim. Aos 6 anos, 
contei para a minha mãe que, em uma vida passada, eu morei em um castelo e tinha uma mãe 
que fumava. O nome dela era Marcela. Todos daquela minha família morreram de febre. 
Na mesma época, vi a avó da minha mãe e saí correndo, assustada. Depois contei para ela e 
descrevi o vestido que o espírito estava usando. E era o vestido favorito dela.

Com o tempo, você perde essa pureza de criança e deixa de ver coisas assim. Fui me desligando, 
mas ainda hoje valorizo muito a intuição, ela me ajuda a fazer as escolhas certas. Quero ser mãe, 
e vou respeitar e estimular os meus filhos a não perder esse contato com o espiritual. 
Bloquear as crianças nessa fase tão bonita da vida só vai atrapalhar o desenvolvimento delas."

MARCOS CARUSO

"Tenho uma formação inicialmente católica, mas eu me converti ao espiritismo. Passei a ter 
uma relação muito forte com a filosofia kardecista a partir dos 27, 28 anos. Pauto minha vida 
pelo que o Evangelho me ensinou. Durante um longo tempo, li O Evangelho Segundo o Espiritismo, ia às sessões espíritas, mas praticava a religião católica. Hoje sigo à risca a doutrina espírita, que é a
 favor da reencarnação. Peguei alguns pontos da filosofia kardecista e levei para a minha vida, 
como a fraternidade, a humanidade, saber pedir perdão, fazer com que o sucesso aumente 
minha responsabilidade e não a minha vaidade, essas coisas. Sei que evoluí, dos 27 aos 54 anos, 
pela filosofia espírita. Sou um devoto, acredito nas responsabilidades pelo que fazemos, que 
voltamos numa vida futura e eu posso voltar melhor ou pior, dependendo de como me comporto 
aqui. Assim, encaro melhor a minha presença nesta vida.

Não tenho medo da morte, ela é inevitável, temos de aceitá-la

Eu só me preocupo com o possível sofrimento das pessoas quando elas se aproximam da morte. 
Nunca fiz regressão porque não me interesso pelo que passou. Tenho uma relação forte com o 
presente e o futuro."

JORGE LOREDO E ROSI CAMPOS

"Minha bisavó já era espírita, minha mãe se comunicava com entidades. Acredito que existem 
outras vidas e as pessoas se comunicam com muita força quando estão morrendo", diz o ator 
Jorge Loredo. Há ainda quem se declare médium. "Fui desenvolvendo a mediunidade de 
forma natural", afirma a atriz Rosi Campos, que interpreta uma cartomante em O Profeta. 
"Quando cheguei ao centro espírita, eu não sabia se iria conseguir essa conexão. As pessoas 
é que mitificam, mas, se você acredita, não tem nada de anormal."

CAIO BLAT


"Sou fã de Allan Kardec e Chico Xavier. Fiquei muito envolvido com o espiritismo porque 
minha ex-mulher (a cantora lírica Ana Ariel) era médium. Quando nós começamos a 
namorar, eu fiquei muito impressionado com os livros de Allan Kardec, com as apresentações l
ógicas e claras sobre a nossa evolução espiritual. Ele explica muito bem esse conceito tão antigo 
que é a reencarnação. Esta vida é só um pequeno momento que faz parte de um ciclo muito 
maior. Gosto também das ações sociais dos espíritas. Já fui ao Lar de Frei Luiz, que eu conheci
 por intermédio do Carlos Vereza. Antes de conhecer o espiritismo, eu já freqüentava a 
Sociedade Taoísta.

A minha prática espiritual valoriza muito a meditação, o silêncio

Sou seguidor de Lao Tsé, e tento conciliar o exercício espiritual do Oriente, a busca por ser zen, 
com a explicação racional de Kardec. A questão da comunicação com os espíritos não me atrai, 
prefiro desenvolver a minha intuição. E estou tentando desenvolver a telepatia. Se eu estou 
pensando em alguém, ligo para a pessoa na hora. Geralmente ela está mesmo precisando de apoio."

Carol Castro também pensa assim. "As crianças têm uma pureza muito grande e para elas o 
contato com os espíritos é espontâneo. Eu via muitos quando era criança. "Aos 6 anos, contei 
para a minha mãe que, em uma vida passada, eu morei em um castelo e tinha uma mãe que 
fumava. O nome dela era Marcela. Todos daquela minha família morreram de febre." Hoje, 
a atriz diz que não vê mais entidades, mas que sua mãe conseguiu desenvolver essa capacidade.
 "Ela se comunica com espíritos e já psicografou um livro do escritor Camilo Castelo Branco."

MAITÊ PROENÇA

"Não tenho religião. Tenho uma ligação com o divino, com aquilo que não se explica, mas que 
alguns sentem de forma intensa - é meu caso. 
Ao longo do dia me relaciono com isso muitas vezes 
e em alguns momentos de maneira mais solene.

Paro e rezo, medito, acendo velas, tenho meu ritual particular.

Acredito em reencarnação. 
Acredito que nos transmutamos. 
Que esta vida é mais um rito de passagem (entre muitos) para algum lugar melhor e mais sublime, 
para um estado de êxtase permanente, para a integração com um estado de consciência 
perfeito. Acredito também na comunicação com espíritos. Se essas experiências são 
relatadas por pessoas é porque de alguma forma elas acontecem. Ninguém inventa nada, 
está tudo aí."

MEDIUNIDADE NATURAL

Allan Kardec era o pseudônimo do pedagogo francês Hippolyte Léon Denizard Rivail (1804-1869). 
Em 1857, ele sistematizou suas pesquisas sobre a comunicação com o além na obra 
O Livro dos Espíritos, o primeiro de seus cinco trabalhos que propõem uma explicação sobre para 
onde vamos depois da morte. Nos anos seguintes, o espiritismo saiu de moda na Europa, mas 
encontrou um terreno fértil no Brasil. Hoje somos o maior país espírita do mundo. 
"Sou um devoto, acredito nas responsabilidades pelo que fazemos, que voltamos numa vida futura 
e que eu posso voltar melhor ou pior, dependendo do que faço aqui. Assim, encaro melhor a 
minha presença nesta vida", diz o ator Marcos Caruso. "A divisão entre os mundos físico e 
espiritual não existe. Para mim, o mundo é um só", afirma Thelma Guedes, uma das autoras de O Profeta.
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Entrevista de Chico Xavier



Entrevista ao Jornal Seara Juvenil (1951)
Pergunta: - Já está havendo intensificação na seleção de espíritos para 
reencarnação nestes últimos tempos, dadas as freqüentes demonstrações de precocidade?
Resposta - "A intensificação no trabalho seletivo de valores novos para o 
mundo regenerado de amanhã, na esfera da reencarnação, vem sendo levada a 
efeito de modo gradativo pela Espiritualidade Superior"
Pergunta - Seria de melhor proveito para os Centros Espíritas se dedicar à elucidação 
das crianças, embora diminuindo trabalhos de mediunismo?
Resposta - "A assistência à mente infanto juvenil, no campo do Espiritismo Cristão, é serviço básico que não deveríamos descuidar. A educação é obra do tempo, 
esforço e paciência. E sem que nos voltemos para a sementeira, com a 
dedicação precisa, não alcançaremos a colheita valiosa. Repetimos que a criança 
é o futuro, com a preocupação de que os princípios do bem ou do mal que 
inocularmos na formação do mundo infantil são vantagens ou desvantagens para 
nós mesmos, de vez que o porvir nos espera, de modo geral, em novas 
existências. Cremos, assim, que, se necessário, a redução dos trabalhos do 
mediunismo, é medida de importância fundamental nas instituições do 
Espiritismo Evangélico, favorecendo -se maior expansão da obra de socorro 
espiritual à criança, na execução dos nossos programas doutrinários"
Pergunta - Será um mal explicar à criança as finalidades do mediunismo?
Resposta - "O conhecimento, em qualquer de suas modalidades, deve ser 
dosado na distribuição que lhe diga respeito. Dentro das possibilidades de
compreensão, em cada classe de aprendizes da nossa consoladora Doutrina,
 os ensinamentos rudimentares, acerca do mediunismo, são sempre úteis, 
ressalvando, porém, a necessidade de se evitar o excesso em quaisquer 
atividades, nesse sentido, para não viciarmos a imaginação infantil com 
inutilidades ou inconveniências, que redundariam em prejuízo ou perda de tempo"
Pergunta - É de boa orientação os encarnados preocuparem -se mais com 
seus "semelhantes" do que com os desencarnados, nas sessões práticas, 
através de estudos metodizados?
Resposta - "Acreditamos que quando a palavra do Senhor nos induziu ao auxílio
 ao próximo, naturalmente cogitou do próximo mais próximo de nós. Admitimos, 
assim, que sem nos interessarmos fraternalmente pelo progresso e pela iluminação 
dos nossos semelhantes, quando encarnados, dificilmente seremos amigos reais ou prestimosos companheiros para os nossos irmãos desencarnados.
Pergunta - Face ao crescimento das juventudes e mocidade espíritas, onde cada 
jovem deve ter sua tarefa de serviço, não seria de bom alvitre que todos os 
Centros Espíritas organizassem escolas de moral cristã para as crianças?
Resposta - "A escola de preparação infantil ao Evangelho, nos Centros Espíritas, 
é um impositivo a que não podemos fugir, sem grave dano institucional para as 
nossas edificações doutrinárias do presente e do futuro”.
Pergunta - À vista do conceito de que "a criança é o futuro", estará sendo eficiente, 
como cooperadora de Jesus, a Diretoria do Centro Espírita que só se aplica com 
sessões mediúnicas?
Resposta - " Há centros de nosso ideal espírita -cristão que naturalmente 
funcionam à maneira de pronto socorro para os sofrimentos morais, que 
envolvem encarnados e desencarnados. E, quanto a isso, será sempre de bom 
alvitre ponderar a especialização de cada agrupamento de companheiros da caridade 
e da luz. Entretanto, ainda que não seja de solução imediata o problema da 
educação infantil, nos conjuntos que atendem à finalidade a que nos referimos, o 
assunto não deve ser considerado indevassável ou inútil, a fim de que a escola de formação evangélica da criança se materialize, junto deles, tão logo se 
ofereça a necessária oportunidade.
Pergunta - Como encararmos a criança dentro do Espiritismo Cristão?
Resposta - "Cada criança que surge é nosso companheiro de luta, na mesma 
experiência e no mesmo plano, enquanto encarnados, cabendo -nos a 
obrigação de oferecermos a ela condições melhores que aquelas em que 
fomos recebidos, a fim de que se constitua nosso continuador sobre a Terra 
melhor, a que retornaremos mais tarde.
Pergunta - Existem responsabilidades para os pais espíritas que se descuidam do encaminhamento de suas crianças no entendimento do Espiritismo com Jesus?
Resposta - "Os pais são educadores responsáveis e, por isso mesmo, a primeira 
escola de cada criatura é o lar em que nasceu. Os dirigentes espíritas do 
santuário doméstico são convocados a grandes deveres junto aos filhos que recebem, de vez que são detentores de mais amplos conhecimentos de sublimação espiritual, 
diante das leis divinas. Em razão disso, precisamos considerar em Doutrina que 
acima dos menores delinquentes permanecem os pais levianos e 
voluntariamente irresponsáveis”
Pergunta - É possível a renovação do mundo em que habitamos, a era da reforma interior de cada um para o bem, sem darmos à criança de hoje o embasamento evangélico?
Resposta - "Sem a renovação espiritual da criatura para o bem, jamais chegaríamos ao nível superior que nos compete alcançar. Ajudar a criança, amparando-lhe o desenvolvimento, sob a luz do Cristo, é cooperar na construção da reforma 
santificante da Humanidade, na direção do mundo redimido de amanhã”.
Pergunta - O conceito de “Espiritismo Novo” é o de admitirmos que o campo da Terra 
nos foi individualmente dedicado e que o "lado de lá" está afeto aos prepostos de 
Jesus?
Resposta - "Certamente, o trabalho geral é de cooperação, permuta e de 
solidariedade, salientando -se, porém, que a maior percentagem de serviço 
dos encarnados está naturalmente concentrada no plano de matéria densa, em 
que se agitam os seus semelhantes"
Pergunta - É oportuno o desencadeamento do 'bom médium” em “médium bom” ?
Resposta - "A transformação do bom médium em médium bom é serviço precioso, 
de vez que não vale atender a simples fenômenos, destinados a convicções da curiosidade respeitável mas nem sempre construtiva e, sim, aproveitar os valores da Doutrina e incorporá -los à nossa própria experiência, a fim de que o próximo seja 
mais feliz e a vida mais elevada e mais digna, ao redor de nós".
Pergunta - O desenvolvimento da mediunidade se processa mais na corrente 
mediúnica ou nas ações, palavras e pensamentos de todos os minutos do médium?
Resposta - "O desenvolvimento da sublimação mediúnica permanece na corrente 
dos pensamentos, palavras e atos do medianeiro da vida espiritual, quando ajustado ao ministério de fraternidade e luz que a sua tarefa implica em si mesma".
Pergunta - Sendo verdade que o clima mental do médium atrai espíritos condizentes - bons ou maus - como agiremos diante dos médiuns que se dizem inconscientes e 
que dão comunicações alternadas e seguidas?
Resposta - "O médium não deve perder de vista a disciplina de si próprio. 
A ordem é atestado de elevação".
Pergunta - A tese de mediunidade inconsciente estará sendo estudada e observada 
com consciência pela totalidade dos médiuns que se apregoam portadores 
de tal mediunidade? Cabe -nos significar -lhes nossas dúvidas ou aguardar o tempo?
Resposta - "Na esfera do mediunismo há realmente incógnitas, que só o esforço 
paciente de nossos trabalhos conjugados no tempo conseguirão 
solucionar. Incentivemos o estudo e o auxílio, dentro da solidariedade 
cristã e, gradativamente, diminuiremos as múltiplas arestas que ainda impedem a 
nossa sintonia na execução dos serviços a que fomos chamados, porquanto, o 
problema não deve ser examinado unilateralmente, reconhecendo -se que o serviço 
é de nossa responsabilidade coletiva nos círculos doutrinários".
Pergunta - É verdade que, quando nos reunimos para estudos doutrinários e 
evangélicos, os guias espirituais trazem para o ambiente espíritos necessitados de entendimentos e, por isso, sofredores? Eles lucram, mesmo sem dar comunicação?
Resposta - "Sim. Uma simples conversação evangélica pode beneficiar vasta fileira de ouvintes invisíveis".
Pergunta - O passe mediúnico só é possível através da incorporação ou é viável 
sob a influência do guia?
Resposta - "O passe é transfusão de forças magnéticas de variado teor e pode 
ser administrado sob a influenciação dos desencarnados que se devotam à caridade, 
sem necessidade absoluta de incorporação total na instrumentação mediúnica"
Pergunta - A concepção do “Ide e pregai” é extensível às atividades do trabalhador 
que leva aos morros e bairros pobres a ajuda material, entregue com alegria e 
boas palavras?
Resposta - "Com os atos e as palavras que traduzam o ensinamento vivo do Cristo, 
o “Ide e pregai” pode ser comparado ao “Ide e salvareis”. Conjuguemos o ensino 
com a realização e estaremos expressando Jesus para a região em que vivemos”.
Pergunta - O médium desenvolvido é aquele que se socorre mais pela inspiração 
ou o que se orienta exclusivamente pela comunicação?
Resposta - "Preferimos responder que o médium mais apto ao serviço do bem, 
com os grandes instrutores da vida mais alta, será sempre aquele que se orienta, 
acima de tudo, pela prática viva do Evangelho da redenção”.
Pergunta - E oferecer desencanto às almas das crianças o levá -las em visita aos 
lares pobres, quando da distribuição de auxílios?
Resposta - "Não devemos impor à criança os quadros monstruosos ou infernais 
criados pela nossa indiferença ou pela nossa ignorância na Terra. Mas o cérebro 
e o coração da infância podem ser singularmente auxiliados pela visão gradativa 
dos problemas enormes que a aguardam no futuro, na esfera do sofrimento humano”.
Pergunta - Em razão do constante crescimento das hostes espirituais, o que é visível
 em superfície, é de boa lógica cuidarmos desde já da 2ª linha - as crianças - para que 
elas nos substituam, porém crescidas em profundidade?
Resposta - "Amparemos a inteligência infantil, a fim de que o coração da 
Humanidade fulgure com o Cristo, no porvir sublimado do mundo de amanhã. O Espiritismo, como renascença do evangelismo, é a nova aurora da redenção humana. 
Em suas luzes divinas, a criança pode e deve receber o glorioso roteiro de 
nossa ascensão para a vida superior".
(Altino da Silveira Filho - Entrevista concedida em Pedro Leopoldo. Publicada no
 jornal "Seara Juvenil” em setembro de 195I. Distribuída pelo Centro Espírita Ivon 
Costa. Reeditada pelo Instituto Maria, Depto. Editorial, Juiz de Fora, em 15 de abril
 de 1987.)

                  Um minuto com Chico Xavier



Na psicologia contemporânea, a análise da evolução de 
trauma emocional deve seguir o seguinte sentido. 
O Trauma é seguido de um estado Confusional, depois, de 
uma Não Aceitação, depois exige um período de Racionalização, para só então o indivíduo voltar ao equilíbrio do qual se a
fastou pela dor sofrida.
Se observarmos bem essa dinâmica do sofrimento, veremos 
que o maior obstáculo para que o indivíduo volte à 
harmonia, após um processo doloroso, é a não aceitação, 
que pode ser manifestada como revolta, amargura, 
mágoa, indignação etc.
O caso que apresentaremos hoje mostra uma orientação 
dada por Emmanuel, através de Chico, para uma senhora 
que acabara de perder dois filhos em um acidente.
Ouçamos o caso.
As palavras de Chico Xavier estão sempre revestidas de 
luz, descortinando novos caminhos para os nossos passos. 
Ele é uma fonte inesgotável de bênçãos, dessedentando 
os corações cansados de sofrer no vale das provações humanas.
 Por isto, quando ele fala, todas as vozes se emudecem e todos 
os ouvidos se aguçam, a fim de guardar-lhe os ensinamentos 
nos escrínios da própria alma.
Recordo-me de que, há muito tempo, uma mãe aflita, 
ao debruçar-se-lhe sobre os ombros, indagou 
em lágrimas: "Chico, o que vou fazer agora da minha vida?!
 Perdi os meus filhos, Chico, num desastre... 
Morreram os dois... A minha dor é terrível... Estou desesperada..."
O episódio nos comovia a todos, no "Grupo Espírita da Prece"
, em Uberaba.
Fitando-a com os olhos igualmente repletos de lágrimas, 
o incansável servo do Cristo lhe respondeu: "Filha, o 
nosso Emmanuel sempre me diz que a aceitação de 
nossos problemas, sejam eles quais forem, representa 
cinquenta por cento da solução dos mesmos; os outros 
cinquenta por cento vêm com o tempo... Tenhamos paciência e 
fé, pois não estamos desamparados pela Bondade Divina."
Bastou que ouvisse essas palavras do Chico, para que 
aquela senhora se acalmasse em uma cadeira 
próxima, começando a refletir sobre os Desígnios de Deus.
De nossa parte, ficamos também, em silêncio, a meditar 
na grandeza da lição daquela hora, a respeito da aceitação 
do sofrimento, perguntando a nós mesmos quantas 
dores maiores poderíamos evitar, se nos resignássemos ante 
as dores aparentemente sem remédio que nos visitam 
no cotidiano...Postado por