sexta-feira, 10 de julho de 2015

MENSAGEM DO EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO
                                   


A parentela corporal e a parentela espiritual

Os laços do sangue não criam forçosamente os liames entre os Espíritos. 

O corpo procede do corpo, mas o Espírito não procede do Espírito, porquanto o Espírito já existia antes da formação do corpo. 
Não é o pai quem cria o Espírito de seu filho; ele mais não faz do que lhe fornecer o invólucro corpóreo, cumprindo-lhe, no entanto, auxiliar o desenvolvimento intelectual e moral do filho, para fazê-lo progredir.

Os que encarnam numa família, sobretudo como parentes próximos, são, as mais das vezes, Espíritos simpáticos, ligados por anteriores relações, que se expressam por uma afeição recíproca na vida terrena. 

Mas, também pode acontecer sejam completamente estranhos uns aos outros esses Espíritos, afastados entre si por antipatias igualmente anteriores, que se traduzem na Terra por um mútuo antagonismo, que aí lhes serve de provação. 

Não são os da consanguinidade os verdadeiros laços de família e sim os da simpatia e da comunhão de idéias, os quais prendem os Espíritos antes, durante e depois de suas encarnações. 
Segue-se que dois seres nascidos de pais diferentes podem ser mais irmãos pelo Espírito, do que se o fossem pelo sangue. 
Podem então atrair-se, buscar-se, sentir prazer quando juntos, ao passo que dois irmãos consanguíneos podem repelir-se, conforme se observa todos os dias: problema moral que só o Espiritismo podia resolver pela pluralidade das existências. (Cap. IV, nº 13.)

Há, pois, duas espécies de famílias: as famílias pelos laços espirituais e as famílias pelos laços corporais. 


Duráveis, as primeiras se fortalecem pela purificação e se perpetuam no mundo dos Espíritos, através das várias migrações da alma; as segundas, frágeis como a matéria, se extinguem com o tempo e muitas vezes se dissolvem moralmente, já na existência atual. 

Foi o que Jesus quis tornar compreensível, dizendo de seus discípulos: 
Aqui estão minha mãe e meus irmãos, isto é, minha família pelos laços do Espírito, pois todo aquele que faz a vontade de meu Pai que está nos céus é meu irmão, minha irmã e minha mãe.

A hostilidade que lhe moviam seus irmãos se acha claramente expressa em a narração de São Marcos, que diz terem eles o propósito de se apoderarem do Mestre, sob o pretexto de que este perdera o espírito. 


Informado da chegada deles, conhecendo os sentimentos que nutriam a seu respeito, era natural que Jesus dissesse, referindo-se a seus discípulos, do ponto de vista espiritual: “Eis aqui meus verdadeiros irmãos.” 

Embora na companhia daqueles estivesse sua mãe, ele generaliza o ensino que de maneira alguma implica haja pretendido declarar que sua mãe segundo o corpo nada lhe era como Espírito, que só indiferença lhe merecia. 

Provou suficientemente o contrário em várias outras circunstâncias.

                             



(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. XIV, item 8.)
MENSAGEM DO EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO

                                 


Missão do homem inteligente na Terra

Não vos ensoberbeçais do que sabeis, porquanto esse saber tem limites muito estreitos no mundo em que habitais. 

Suponhamos sejais sumidades em inteligência neste planeta: nenhum direito tendes de envaidecer-vos. 
Se Deus, em seus desígnios, vos fez nascer num meio onde pudestes desenvolver a vossa inteligência, é que quer a utilizeis para o bem de todos; é uma missão que vos dá, pondo-vos nas mãos o instrumento com que podeis desenvolver, por vossa vez, as inteligências retardatárias e conduzi-las a ele. 
A natureza do instrumento não está a indicar a que utilização deve prestar-se? 
A enxada que o jardineiro entrega a seu ajudante não mostra a este último que lhe cumpre cavar a terra? 
Que diríeis, se esse ajudante, em vez de trabalhar, erguesse a enxada para ferir o seu patrão? Diríeis que é horrível e que ele merece expulso.

Pois bem: não se dá o mesmo com aquele que se serve da sua inteligência para destruir a ideia de Deus e da Providência entre seus irmãos? 

Não levanta ele contra o seu senhor a enxada que lhe foi confiada para arrotear o terreno? 
Tem ele direito ao salário prometido? 
Não merece, ao contrário, ser expulso do jardim? Sê-lo-á, não duvideis, e atravessará existências miseráveis e cheias de humilhações, até que se curve diante daquele a quem tudo deve.

A inteligência é rica de méritos para o futuro, mas, sob a condição de ser bem empregada. 

Se todos os homens que a possuem dela se servissem de conformidade com a vontade de Deus, fácil seria, para os Espíritos, a tarefa de fazer que a Humanidade avance. 
Infelizmente, muitos a tornam instrumento de orgulho e de perdição contra si mesmos. 
O homem abusa da inteligência como de todas as suas outras faculdades e, no entanto, não lhe faltam ensinamentos que o advirtam de que uma poderosa mão pode retirar o que lhe concedeu. — Ferdinando, Espírito protetor. (Bordéus, 1862.)

          



(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. VII, item 13.)
             PRECE PELOS ENFERMOS



Senhor dos Mundos, Excelso Criador de todas as coisas.

Venho à Tua soberana presença neste momento, para suplicar ajuda aos que estão sofrendo por doenças do corpo ou da mente.


Sabemos que as enfermidades nos favorecem momentos de reflexão, e de uma aproximação maior de Ti, pelos caminhos da dor e do silêncio.


Mas apelamos para tua misericórdia e pedimos:

Estende Tua luminosa mão sobre os que se encontram doentes, sofrendo limitações, dores e incertezas.


Faz a fé e a confiança brotarem fortes em seus corações.


Alivia suas dores e dá-lhes calma e paz.


Cura suas almas para que os corpos também se restabeleçam.


Dá-lhes alívio, consolação e acende a luz da esperança em seus corações, para que, amparados pela fé e a esperança, possam desenvolver o amor universal, porque esse é o caminho da felicidade e do bem-estar... é o caminho que nos leva a Ti.

Que a Tua paz esteja com todos nós.
Que assim seja!!
                  Momento paixão


Você tem medo de ser julgado? 
De receber uma crítica? 
Tem vergonha de dizer o que você quer e como você quer?
Estas três perguntas normalmente têm o "sim" como resposta quando falamos do nosso comportamento dentro de um relacionamento. 
Muitas vezes a gente tem medo de fazer alguma coisa e o nosso amor não gostar e julgar nossos gostos e atitudes, não é?
Quem nunca ficou triste quando a pessoa amada fez alguma crítica ao nosso trabalho, modo de vestir ou pensar? 
E quem nunca sentiu vergonha de dizer o que gosta ou não gosta no relacionamento, principalmente, quando o assunto é sexo?
A única coisa que posso te falar: esquece tudo isso!!!! 
É isso mesmo que você ouviu!
Diga ao seu parceiro/parceira o que você quer, mas diga de maneira clara. 
Não tenha medo de ser você. 
É muito mais fácil o teu amor te dá o que quer se você falar exatamente o que você precisa.
Tem um autor americano que fala em seu livro "Conseguindo o amor que você quer" que os homens precisam se sentir competentes. 
E nada mais frustrante para um homem do que ficar sem saber ou entender o que nós mulheres realmente queremos. 
E este autor também fala que nós mulheres precisamos lembrar que o homem demonstra o carinho e o afeto justamente pelo ato de fazer coisas ou pequenos gestos.
Então, deixa de vergonha. 
Seja sincera, fala o que quer que eu sei que ele vai te dar. 
A intimidade é fundamental para que um relacionamento tenha bons frutos e dure por muito tempo. 
Vai lá, deixe a vergonha de lado e se entregue verdadeiramente ao seu amor.
                 Estendamos o Bem

                     

"Não te deixes vencer pelo mal, mas vence o mal com o bem." Paulo (Romanos, 12 :21)
Repara que, em plena casa da Natureza, todos os elementos, em face do mal, oferecem o melhor que possuem para o reajustamento da harmonia e para a vitória do bem.
Quando o temporal parece haver destruído toda a paisagem, congregam-se as forças divinas da vida para a obra do refazimento.
O Sol envia luz sobre o lamaçal, curando as chagas do chão.
O vento acaricia o arvoredo e enxuga-lhe os ramos.
O cântico das aves substitui a voz do trovão.
A planície recebe a enxurrada, sem revoltar-se, e converte-a em adubo precioso.
O ar que suporta o peso das nuvens e o choque da faísca destruidora, torna à leveza e à suavidade.
A árvore de frondes quebradas ou feridas regenera-se, em silêncio, a fim de produzir novas flores e novos frutos.
A terra, nossa mãe comum, sofre a chuva de granizos e o banho de Iodo, periodicamente, mas nem por isso deixa de engrandecer o bem cada vez mais.
Por que conservaremos, por nossa vez, o fel e o azedume do mal, na intimidade do coração?
Aprendamos a receber a visita da adversidade, educando-lhe as energias para proveito da vida.
A ignorância é apenas uma grande noite que cederá lugar ao sol da sabedoria.
Usa o tesouro de teu amor, em todas as direções, e estendamos o bem por toda parte.
A fonte, quando tocada de lama, jamais se dá por vencida. Acolhe os detritos no próprio seio e, continuando a fluir, transforma-os em bênçãos, no curso de suas águas que prosseguem correndo, com brandura e humildade, para benefício de todos.

                                    
XAVIER, Francisco Cândido. Fonte Viva. Pelo Espírito Emmanuel. FEB. Capítulo 35.
OLHA QUE BOA NOTICIA NOS DEIXOU CHICO XAVIER:




Os cães como todos os seres viventes, possuem alma e segundo nosso irmão Chico Xavier, se tratados com respeito, amor e carinho, podem após seu desencarne, ainda permanecer até 4 anos ao lado de quem tanto lhe deu amor. 

É uma forma de não sofrerem com a separação. 
Mas eles voltam ter a mesma vitalidade de quando eram filhotes. 
Quem já perdeu um amigo, fique sabendo que ele continuou ou continua ao seu lado, com a mesma felicidade de sempre!!!

Os animais, diferentemente, do homens, não possuem o tempo da erraticidade (intervalo mais ou menos longo entre uma encarnação e outra). 


Quando morrem, quase que instantaneamente, sua alma ou energia vital é atraída, magneticamente e por afinidade para mais um processo de encarnação. 

Dessa forma, de pouquinho em pouquinho, vai progredindo. 
Devemos lembrar que a lei do progressa é um dos princípios fundamentais da doutrina espírita. 
A alma de alguns animais podem, a exemplo dos cachorros, retornar rapidamente para seu dono, através de outro que nasça. 

Mas isso ocorre, somente, por merecimento e mérito nosso.
Veja um relato bem interessante sobre Chico Xavier e sua cadelinha boneca:
Chico Xavier tinha uma cachorra de nome Boneca, que sempre esperava por ele, fazendo grande festa ao avistá-lo. 


Pulava em seu colo, lambia-lhe o rosto como se o beijasse. 
O Chico então dizia:

 Ah Boneca, estou com muitas pulgas !!!! 
Imediatamente ela começava a coçar o peito dele com o focinho. 
Boneca morreu velha e doente. 
Chico sentiu muito a sua partida. 
Envolveu-a no mais belo xale que ganhara e enterrou-a no fundo do quintal, não sem antes derramar muitas lágrimas. 

Um casal de amigos, que a tudo assistiu, na primeira visita de Chico a São Paulo, ofertou-lhe uma cachorrinha idêntica à sua saudosa Boneca. 

A filhotinha, muito nova ainda, estava envolta num cobertor, e os presentes a pegavam no colo, sem contudo desalinhá-la de sua manta. 

A cachorrinha recebia afagos de cada um. 
A conversa corria quando Chico entrou na sala e alguém colocou em seus braços a pequena cachorra. 
Ela, sentindo-se no colo de Chico, começou a se agitar e a lambê-lo. 

- Ah Boneca, estou cheio de pulgas!!! 

Disse Chico.
A filhotinha começou então a caçar-lhe as pulgas, e parte dos presentes, que conheceram a Boneca, exclamaram:
- Chico, a Boneca está aqui, é a Boneca, Chico!! 


Emocionados perguntamos como isso poderia acontecer. 
Chico respondeu:
- Quando nós amamos o nosso animal e dedicamos a ele sentimentos sinceros, ao partir, os espíritos amigos o trazem de volta para que não sintamos sua falta. 


É, Boneca está aqui, sim, e ela está ensinando a esta filhota os hábitos que me eram agradáveis. 

Nós seres humanos, estamos na natureza para auxiliar o progresso dos animais, na mesma proporção que os anjos estão para nos auxiliar. 

Por isso, quem maltrata um animal vai contra as leis de Deus, porque Suas leis são as leis da preservação da natureza. 

E, com certeza, quem chuta ou maltrata um animal é alguém que ainda não aprendeu a amar.


                 Glória ao Bem

"Glória, porém, e honra e paz a qualquer que obra o bem." - Paulo (ROMANOS, capítulo 2, versículo 10.)

A malícia costuma conduzir o homem a falsas apreciações do bem, quando não parta da confissão religiosa a que se dedica, do ambiente de trabalho que lhe é próprio, da comunidade familiar em que se integra.

O egoísmo fá-lo crer que o bem completo só poderia nascer de suas mãos ou dos seus. 
Esse é dos característicos mais inferiores da personalidade.
O bem flui incessantemente de Deus e Deus é o Pai de todos os homens. 
E é através do homem bom que o Altíssimo trabalha contra o sectarismo que lhe transformou os filhos terrestres em combatentes contumazes, de ações estéreis e sanguinolentas.
Por mais que as lições espontâneas do Céu convoquem as criaturas ao reconhecimento dessa verdade, continuam os homens em atitudes de ofensiva, ameaça e destruição, uns para com os outros.
O Pai, no entanto, consagrará o bem, onde quer que o bem esteja.
É indispensável não atentarmos para os indivíduos, mas, sim, observar e compreender o bem que o Supremo Senhor nos envia por intermédio deles. 
Que importa o aspecto exterior desse ou daquele homem? que interessam a sua nacionalidade, o seu nome, a sua cor? 
Anotemos a mensagem de que são portadores. 
Se permanecem consagrados ao mal, são dignos do bem que lhes possamos fazer, mas se são bons e sinceros, no setor de serviço em que se encontram, merecem a paz e a honra de Deus.

                    
XAVIER, Francisco Cândido. Caminho, Verdade e Vida. Pelo Espírito Emmanuel. 28.ed. Brasília: FEB, 2009. Capítulo 42.
        ORAÇÃO DE EMMANUEL
                    

A noite de 29 de julho de 1954 foi para nós de gratidão e júbilo. Antevéspera do segundo aniversário de nossa fundação, foi a escolhida para a inauguração da sede definitiva do nosso Grupo, em Pedro Leopoldo.
Instalados então em nossa casa simples, entregamo-nos à alegria íntima, através do serviço habitual, sem qualquer manifestação festiva de ordem exterior.
No término de nossas tarefas, Emmanuel, o nosso benfeitor de sempre, ocupou os recursos psicofônicos do médium e pronunciou a presente oração de agradecimento, que acompanhamos com toda a alma.
Senhor Jesus, vimos de longe para agradecer-te a bondade.
Viajantes do tempo, procedemos de Tebas, da Babilônia, de Heliópolis, de Atenas, de Esparta, de Roma...
Tantas vezes, respiramos a grandeza terrestre!...
Petrificados na ilusão, povoamos palácios de orgulho, castelos de soberba, casas solarengas da vaidade e dominamos cruelmente os fracos, desconhecendo a bênção do amor...
Reunidos aqui, hoje, em nosso pouso de fraternidade e oração, rogamos-te força para converter a existência em colaboração contigo!
Nós que temos guerreado e ferido a outrem, imploramos-te, agora, recursos para guerrear as nossas fraquezas e ferir, de rijo, nossas antigas viciações, a fim de que nos transformemos, afinal, em teus servos...
Ajuda-nos a regenerar o coração pela tua Doutrina de Luz, para que estejamos conscientes de nosso mandato.
Para isso, porém, Senhor, faze-nos pequeninos, simples e humildes.
Oleiro Divino, toma em tuas mãos o barro de nossas possibilidades singelas e plasma a nossa individualidade nova, ao calor de tua inspiração, para que, como a fonte, possamos estender sem alardes os dons da tua misericórdia, na gleba de ação em que nos convidas a servir.
Sem tuas mãos, estaremos relegados às nossas próprias deficiências; sem teu amor, peregrinaremos, abandonados à miséria de nós mesmos...
Mestre, cujos ouvidos vigilantes escutam no grande silêncio e cujo coração pulsa, invariável, com todas as necessidades e esperanças, dores e alegrias da Terra, nós te agradecemos pelo muito que nos tens dado e, ainda uma vez, suplicamos-te acréscimo de forças para que não estejamos distraídos...
Senhor, cumpra-se em nós a tua vontade e que a nossa vida seja, enfim, colocada a teu serviço, agora e sempre...
Houve expressivo interregno na comunicação do amigo espiritual. Em seguida, modificando a inflexão de voz, como se estivesse retirando o próprio sentimento da invocação a Jesus para entrar em familiaridade conosco, passou a dirigir-nos a palavra, em tom mais íntimo, continuando:
E a vós, meus amigos, com quem misturamos nossas lágrimas de regozijo e reconhecimento, dirigimos também nosso apelo!...
Achamo-nos em nova casa de trabalho...
Quantas vezes temos visto, no curso dos milênios, colunas aparentemente gloriosas transubstanciadas em pó, albergando ilusões que nos arremessaram ao charco das zonas inferiores!...
Nós que temos caminhado sobre os nossos próprios ídolos mortos, na insignificância da nossa condição de hoje, atentemos para a magnitude das nossas obrigações, aprendendo, por fim, a humildade, para não trairmos a confiança recebida...
Cessem para sempre em nós a impulsividade e a crítica, o egoísmo e a crueldade, porque toda a nossa grandeza terrena do pretérito foi bem miserável, restando-nos tão-somente a felicidade de estender mãos fervorosas ao Mestre Divino, para que ele nos ampare e renove...
Em nosso novo templo, sentimos a simplicidade reconquistada para que nos disponhamos ao espírito de serviço.
Prevaleça, então, em nós a compreensão fraternal cada vez mais ampla! Que o amor do Cristo nos governe os atos de cada dia, através da bondade e da paciência incessantes...
Convosco temos aprendido a alegria de confiar e servir e, nas horas escuras ou claras, agradáveis ou difíceis, temos sido ao vosso lado, não o orientador que nunca fomos, mas sim o companheiro e o irmão que podemos ser...
Nessa posição, estaremos em vossa companhia, cultivando o ideal de nossa transformação em Cristo Jesus.
Aprendamos, enfim, a dar de nós mesmos, em esperança e boa-vontade, trabalho e suor, tudo aquilo que constitui nossa própria vida, a benefício dos outros, para entrarmos na posse da Vida Abundante, reservada aos que se rendem à cooperação com a Providência Divina!...
Partilham-nos a prece deste momento não apenas aqueles que se constituíram associados de nossa presente tarefa espiritual, mas também velhos amigos, dentre os quais avultam sacerdotes, guerreiros, juízes, legisladores, legionários, combatentes, intérpretes de leis humanas e inúmeras almas queridas que, em outro tempo, vitimadas pelos próprios enganos, desceram conosco ao despenhadeiro de lutas expiatórias!...
Todos, de armar ensarilhadas, desejamos atualmente para nós a espada do Cristo, a cruz, cuja lâmina, em se voltando para baixo, nos ensina que o trilho de paz e renunciação é o único capaz de conduzir-nos à verdadeira ressurreição.
Convosco lutamos, contando com o vosso concurso no trabalho constante do bem, pelo qual, um dia, nascerá a nossa comunhão perfeita com a luz divina.
Meus amigos, em nome de quantos oram conosco e de quantos esperam por nós, reiteramos o nosso profundo reconhecimento ao Senhor, implorando-lhe auxílio em socorro de nossas necessidades e levando-lhe igualmente a certeza de que perseveraremos no esforço de nossa regeneração, até o fim.
Francisco Cândido Xavier. Da obra: Instruções Psicofônicas. Espíritos Diversos.

           CORAGEM PARA MUDAR
Muitos dos conflitos que afligem o ser humano decorrem dos padrões de comportamento que ele próprio adota em sua jornada terrestre.
É comum que se copiem modelos do mundo, que entusiasmam por pouco tempo, sem que se analisem as conseqüências que esses modos comportamentais podem acarretar.
Não se tem dado a devida importância ao crescimento e ao progresso individual dos seres.
Alguns crêem que os próprios equívocos são menores do que os erros dos outros.
Outros supõem que, embora o tempo passe para todos, não passará do mesmo modo para eles.
Iludem-se no sentido de que a severidade das leis da consciência atingirá somente os outros.
Embriagados pelo orgulho e pelo egoísmo deixam-se levar pelos desvarios da multidão sem refletir a respeito do que é necessário realmente buscar-se.
É chegado o momento em que nós, espíritos em estágio de progresso na Terra, devemos procurar superar, de forma verdadeira, o disfarçado egoísmo, em busca da inadiável renovação.
Provocados pela perversidade que campeia, ajamos em silêncio, por meio da oração que nos resguarda a tranqüilidade.
Gastemos nossas energias excedentes na atividade fraternal e voltada à verdadeira caridade.
Cultivemos a paciência e aguardemos a benção do tempo que tudo vence.
Prossigamos no compromisso abraçado, sem desânimo, sem vãs ilusões, confiando sempre no valor do bem.
É muito fácil desistir do esforço nobre, comprazer-se por um momento, tornar-se igual aos demais, nas suas manifestações inferiores.
Todavia, os estímulos e gozos de hoje, no campo das paixões desgovernadas, caracterizam-se pelo sabor dos temperos que se convertem em ácido e fel, passados os primeiros momentos.
Aprendamos a controlar nossas más inclinações e lograremos vencer se perseverarmos no bom combate.
Convertamos sombras em luz.
Modifiquemos hábitos danosos, em qualquer área da existência, começando por aqueles que pareçam mais fáceis de serem derrotados.
Sempre que surgir a oportunidade, façamos o bem, por mais insignificante que nosso ato possa parecer.
Geremos o momento útil e aproveitemo-lo.
Não nos cabe aguardar pelas realizações grandiosas, e tampouco podemos esperar glorificação pelos nossos acertos.
O maior reconhecimento que se pode ter por fazer o que é certo é a consciência tranqüila.
Toda ascensão exige esforço, adaptação e sacrifício, enquanto toda queda resulta em prejuízo, desencanto e recomeço.
Trabalhemos nossa própria intimidade, vencendo limites e obstáculos impostos, muitas vezes, por nó mesmos.
Valorizemos nossas conquistas, sem nos deixarmos embevecer e iludir por essas vitórias.
Há muitas paisagens, ainda, a percorrer e muitos caminhos a trilhar.
Somente a reforma íntima nos concederá a paz e a felicidade que almejamos.
A mudança para melhor é urgente, mas compete a cada um de nós, corajosa e individualmente, decidir a partir de quando e como ela se dará..
Divaldo P. Franco/Joanna de Ângelis