domingo, 12 de julho de 2015

CONFIANÇA EM DEUS - DIVALDO FRANCO

Diante dos aberrantes comportamentos de cidadãos que pareciam irrepreensíveis na conduta moral, seja na administração do país, tanto quanto em grandes empresas comerciais e esportivas, não podemos ocultar os sentimentos de desconfiança e preocupação que a quase todos os brasileiros nos assaltam. 

A criminalidade atinge índices jamais previstos, fruto espúrio da miséria socioeconômica e moral, pela falta de escolas, de assistência hospitalar, de trabalho, de recreação, com excesso de tempo para os jovens, que é malbarato na violência, causando-nos horror.

O medo de ser a próxima vítima toma conta de cada um de nós, que vive a guerra não declarada dos assaltos e dos homicídios chocantes pela perversidade, fazendo que modifiquemos os hábitos que adquirimos com o direito de ir e vir agora interrompido pelo terrorismo urbano. 

Nesse quadro de desrespeito total aos valores éticos, o cristão pergunta-se como agiria Jesus se estivesse convivendo conosco neste terrível contexto? 

E a resposta seria a mesma que Ele deu ao fariseu que o interrogou com desfaçatez, tentando embaraçá-lo, quando Ele se referiu aos nossos deveres para com o próximo, interrogando-o: 
E quem é o meu próximo?
 
Com sabedoria exemplar, 
Ele narrou-lhe a Parábola do bom samaritano, que socorreu um judeu que lhe era inimigo, e fora desprezado por um sacerdote e um levita, auxiliando-o na estrada em que estava abandonado após ser assaltado, oferecendo-lhe socorro imediato e responsabilizando-se pelas despesas na hospedaria para onde o levou.

Outra não pode ser a nossa atitude diante dos assaltantes e criminosos que enxameiam na sociedade, fazendo a melhor parte e confiando em Deus, trabalhando pelo retorno da dignidade e da honradez aos arraiais humanos. 

Apenas comentar o mal não é atitude saudável. 

Que, nesse báratro aparvalhante, não percamos a confiança em Deus, mantendo-nos honrados apesar dos exemplos degradantes que temos diante de nós.

 
Artigo de Divaldo Franco publicado no jornal A Tarde, coluna Opinião em 19-06-2015.

Ouvindo Chico Xavier : 

Nosso Planeta, nossa vida

1- A Terra sem Jesus seria como um planeta sem luz.
2- Todo desperdício é contra a Lei do Equilíbrio.
3- Tudo o que estiver sobrando em nossa casa, está fazendo falta em algum lugar.
4- Tudo que desperdiçamos, tudo que não valorizamos, poderá nos faltar na outra encarnação: lar, pais, afeto, saúde, bens materiais.
5- A liberdade é necessária, mas as liberdades são perigosas.
6- Somos um povo destinado ao Cristianismo. Precisamos ter mais amor à Pátria. Não deveríamos ser tão indiferentes. Deveríamos ler mais.
7- A doutrina de Jesus é nosso maior cabedal, mas os homens desfiguram o Ideal.
8- O Amor é uma lei...quem não ama está fora da Lei.
9- Dever não cumprido é deserção.
10- Tanto na Terra como no Mundo Espiritual só existe desordem para o desordeiro.

livro: Momentos com Chico Xavier 
Autor: Adelino da Silveira

PRECEITOS DE SAÚDE

1- Guarde o coração em paz, à frente de todas 
as situações e de todas as coisas.
 Todos os patrimônios da vida pertencem a Deus.

2- Apoie-se no dever rigorosamente cumprido.
Não há equilíbrio físico sem harmonia espiritual.

3- Cultive o hábito da oração.
A prece é luz na defesa do corpo e da alma.

4- Ocupe o seu tempo disponível com o trabalho proveitoso,
sem esquecer o descanso imprescindível ao justo refazimento.
A sugestão das trevas chega até nós pela hora vazia.

5- Estude sempre. 
A renovação das idéias favorece a evolução do espírito.

6- Evite a cólera. 
Enraivecer-se é animalizar-se, caindo nas sombras de baixo nível.

7- Fuja à maledicência. 
O lodo agitado atinge a quem o revolve.

8- Sempre que possível, respire a longos haustos
e não olvide o banho diário, ainda que ligeiro.
O ar puro é precioso alimento e a limpeza é simples obrigação.

9- Coma pouco. 
A criatura sensata come para viver,
enquanto a criatura imprudente vive para comer.

10- Use a paciência e o perdão infatigavelmente.
Todos nós temos sido caridosamente tolerados pela Bondade Divina, milhões de vezes e conservar o coração no vinagre da intolerância é provocar a própria queda na morte inútil.




                                                           André Luiz

CHICO, VOCÊ JÁ CHOROU? Valéria, uma das mais belas histórias do Chico

-Chico, você já chorou?

- Sim, meu filho, muito. 
Vou-lhe contar uma história em que muito chorei. 
Durante anos, visitamos uma amiga que havia se tornado paralítica e muda, levando em cada visita um pacote de biscoitos, um pedaço de bolo ou um doce qualquer. 
Quando já havíamos completado seis anos de visitas, lhe disse:
- Valéria, hoje estou com a impressão de que você pode falar.
Fale, Valéria. Diga pelo menos "Jesus".

Ela olhou-me demoradamente. 
Os olhos, límpidos como um céu sem nuvens. 
Fez um esforço muito grande, mas não consegui falar.
Após a prece, voltei a insistir:

- Valéria, Jesus andou no mundo, curou tanta gente, tantos iam buscá-Lo nas estradas, ou na casa onde ele permanecia e pediam-Lhe a graça da melhora ou da cura e foram curados. Imagine-se caminhando ao encontro de Jesus, embora você não ande há tantos anos. Imagine-se olhando-O e dizendo "Jesus".
 
Fale "Jesus", Valéria.
 Ela fez novamente um grande esforço, olhou-me demoradamente. 
Por fim, consegui dizer:
-"JESUSO".
Fiquei muito emocionado e as lágrimas me vieram aos olhos.
Pedi a alguém que chamasse a sua irmã.
- Valéria, minha filha, fale para sua irmã. 
Há muitos anos que ela não ouve o som de sua voz. 
Fale outra vez "Jesus".
Ela nos olhou demoradamente. Fez novamente um esforço enorme e repetiu: "JESUSO".

Quando nos retiramos, estávamos todos contentes e achávamos que, com o tempo, Valéria iria conseguir pronunciar algumas palavras.

Na semana seguinte, porém, ela desencarnou.
Alguns anos mais tarde, começou a aparecer-me uma entidade na forma de uma senhora muito bonita. 

Quando chegava, todo o meu quarto ficava iluminado. 
Procedia então à transmissão do passe na região do tórax, mais propriamente sobre o coração. 
E assim procedeu por um mês, aproximadamente.
Foi nessa época que tive o primeiro enfarte.

Mais tarde, recuperado, graças à Misericórdia Divina, no período em que fiquei vinte dias mais ou menos imóvel, a entidade apareceu-me novamente. 
Então lhe disse:
- Ah! minha irmã, agora compreendo porque você me dava passes no coração. 
Estava fortalecendo-me para resistir ao enfarte que viria, não é mesmo?
Acenou-me afirmativamente com a cabeça.
-Olhe, quero que me dê seu nome para eu orar por você. 
Estou-lhe muito grato pela carinhosa assistência.
- Chico, somos tão amigos que não vou lhe dar meu nome. Vou dizer uma palavra e você vai se lembrar de mim.
- Será, minha irmã?
- Tenho certeza, Chico.
- Então diz.
- "JESUSO"
- Ah! Valéria, era você então. ..
Como você está bonita...eu não mereço a sua visita.
- Sim, eu mesma. 
Vim lembrar os nossos sábados em que orávamos tanto. 
Lembro-me com emoção da última palavra que pronunciei e vim trazer-lhe confiança em Jesus. 
O nome de Jesus tem muita força, Chico.
- Então, ela colocou a mão sobre o meu peito e a dor desapareceu.

                        


(Livro Chico, de Francisco - Adelino da Silveira)
 

ESTAR DESPERTO

A humanidade em geral vive em estado de sono, em letargo, e, por isso mesmo, padece da enfermidade mais dominadora, que é a ignorância de si, da destinação de cada um, do significado da existência.

Acomodados à situação em que se encontram, os indivíduos queixam-se, mas quase nada fazem para mudar os fatores degenerativos do conjunto social, normalmente neles mesmos presentes: lamentam-se, por necessidade masoquista de inspirar compaixão; entregam-se à ocorrência por comodismo, não se esforçando, realmente, para conseguir superação de todo aparente obstáculo que surge como ameça ou impedimento ao seu progresso.

A consciência de sono predomina no mundo moderno, em razão das suas concessões ao prazer imediato, sem a consequente proposta e oportunidade para as emoções libertadoras. Assim, a sociedade se divide em grupos que se hostilizam sub-repticiamente, distanciando-se cada vez mais uns dos outros, quando deveriam eliminar as barreiras separatistas, e não manter ignorância sobre as infinitas possibilidades de realização e de despertamento.

Surge, inevitavelmente, o instante em que o ser vê-se induzido a despertar ou permanecer na morte da realidade. 
Para que consiga acordar do pesado sono a que se submete, é necessário todo o empenho possível, de modo que possa arrebentar as cadeias que o vêm atando ao processo de autocompaixão e infelicidade, de auto desestima e desrespeito para com ele próprio.

Estar acordado é encontrar-se pleno, consciente da sua realidade interior e das infinitas possibilidades de crescimento que estão ao seu alcance; libertar-se dos medos que o imobilizam na inutilidade; redescobrir a alegria de viver e de agir; ampliar o campo da comunicação com a Natureza e todos os seres; multiplicar os meios de dignificação humana, colocando-os ao alcance de todos; submeter-se à eloquente proposta de iluminação que pode encontrar em toda parte...

O Apóstolo Paulo estava tão certo do valor do despertamento da consciência, que em memorável carta aos Efésios, conforme se encontra no capítulo cinco, versículo catorze, conclamou: 
Desperta, ó tu que dormes, levanta-te entre os mortos e o Cristo te esclarecerá. Isso porque, sono é forma de morte, de desperdício da oportunidade educativa, esclarecedora, terapêutica, enriquecedora. 
E nesse sentido, quando se está desperto, Jesus o esclarece, a fim de que avance corajosamente na busca da sua auto-identificação.

Todos os triunfadores foram e são pessoas despertas para a sua atividade, o seu compromisso para com a vida, conscientes do próprio valor, sem os pieguismos e fugas psicológicas de auto desvalorização, de autopunição. 
Desfraldando o estandarte da coragem, partem para a batalha a que se entregam, superando os vícios e desenvolvendo as virtudes, no campo imenso da consciência, qual a proposta feita por Krishna a Arjuna, no Bhagavad Gita, essa maravilhosa canção de dignidade psicológica e saga de um triunfador sobre as próprias paixões...

O ser desperto não se permite a astúcia de Sísifo nem a crueldade de Zeus, que tinham necessidade de demonstrar a sua força, o seu poder, na fragilidade do homem imaturo e dormido.

Quando o Príncipe Sidarta Gautama fez-se Buda, portanto, quando se permitiu iluminar, porque acordou do letargo, após uma das suas preleções educativas, foi interrogado por um discípulo: 
- Senhor, já encontrastes Deus?
 E se o defrontastes, onde se encontrar Ele? 
O missionário meditou por um pouco e respondeu sem preâmbulos: 
- Após penetrar na realidade de mim mesmo, encontrei Deus no mais íntimo do meu ser, em grandiosa serenidade e ação dignificadora.

Quando se está desperto, as conquistas e encontros são internos, resplandecentes e calmos, poderosos como o raio e suaves como a brisa do amanhecer.

Portadores de vida, conduzem o indivíduo na direção segura de si mesmo, fazendo que possa compreender os que dormem e não se interessam pela decisão de entender-se ou compreender a finalidade da existência. Tampouco se irrita, ou se enfastia, ou se perturba com aqueles que os agridem, que os perseguem, que buscam afligi-lo.

Maria de Magdala despertou da loucura em que se encarcerava ao encontrar Jesus, e transformou-se totalmente; Paulo de Tarso despertou, após o chamado de Jesus e nunca mais foi o mesmo.

Francisco de Assis aceitou o convite do Mestre e renasceu, abandonando o homem velho e tornando-se cantor da Natureza; Leonardo da Vinci, Galileu, Newton, René Descartes, Pasteur, Albert Schweitzer e muitos outros nos vários campos do pensamento, da ciência e da arte, da religião e do amor, após despertarem para a Realidade, alteraram a própria rota e ergueram a Humanidade para um patamar de maior beleza e de mais ampla felicidade.

Estar desperto significa encontra-se construindo, livre de preconceitos e de limites, aberto ao bem e à verdade de que se torna vanguardeiro e divulgador.

                  


Divaldo Pereira Franco, pelo Espírito Joanna de Ângelis
Livro: Vida: Desafios e Soluções
LEAL – Livraria Espírita Alvorada Editora

Prece de luz. Emmanuel.

Senhor.

Clareia-nos o entendimento, a fim de que conheçamos em suas conseqüências os caminhos já trilhados por nós; entretanto, faze-nos essa concessão mais particularmente para descobrirmos, sem enganos, as estradas mais retas que nos conduzem à integração com os teus propósitos.

Alteia-nos o pensamento, não somente para identificarmos a essência de nossos próprios desejos, mas sobretudo para que aprendamos a saber quais os planos que traçaste a nosso respeito.

Iluminai-nos a memória, não só de modo a recordarmos com segurança as lições de ontem, e sim, mais especialmente, a fim de que nos detenhamos no dia de hoje, aproveitando-lhe as bênçãos em trabalho e renovação.

Auxilia-nos a reconhecer as nossas disponibilidades; todavia, concede-nos semelhante amparo, a fim de que saibamos realizar com ele o melhor ao nosso alcance.

Inspira-nos ensinando-nos a valorizar os amigos que nos enviaste; no entanto, mais notadamente, ajuda-nos a aceitá-los como são, sem exigir-lhes espetáculos de grandeza ou impostos de reconhecimento.

Amplia-nos a visão para que vejamos em nossos entes queridos não apenas pessoas capazes de auxiliar-nos, fornecendo-nos apoio e companhia, mas, acima de tudo, na condição de criaturas que nos confiaste ao amor, para que venhamos a encaminhá-los na direção do bem.

Ensina-nos a encontrar a paz na luta construtiva, o repouso no trabalho edificante, o socorro na dificuldade e o bem nos supostos males da vida.
Senhor.

Abençoa-nos e estende-nos as mãos compassivas, em tua infinita bondade, para que te possamos perceber em espírito na realidade das nossas tarefas e experiências de cada dia, hoje e sempre.

Assim Seja.