quarta-feira, 22 de julho de 2015

                  O ESPIRITISMO

Capítulo 1 – NÃO VIM DESTRUIR A LEI

As Três Revelações: Moisés, Cristo e o Espiritismo

1 – Não penseis que vim destruir a lei ou os profetas; não vim para destruí-los, mas para dar-lhes cumprimento. 
Porque em verdade vos digo que o céu e a Terra não passarão, até que não se cumpra tudo quanto está na lei, até o último jota e o último ponto. (Mateus, V: 17- 18)

MOISÉS

2 – Há duas partes Distintas na lei mosaica: a de Deus, promulgada sobre o Monte Sinal, e a lei civil ou disciplinar, estabelecida por Moisés. 
Uma é invariável, a outra é apropriada aos costumes e ao caráter do povo, e se modifica com o tempo.
 A lei de Deus está formulada nos dez mandamentos seguintes:
I – Eu sou o Senhor teu Deus, que te tirei da terra do Egito, da casa da servidão. 
Não terás deuses estrangeiros diante de mim. 
Não farás para ti imagens de escultura, nem figura alguma de tudo o que há em cima no céu, e do que há embaixo na terra, nem de coisa que haja nas águas debaixo da terra. Não adorarás nem lhes darás culto.
II – Não tomarás o nome do Senhor teu Deus em vão.
III – Lembra-te de santificar o dia de sábado.
IV – Honrarás a teu pai e a tua mãe, para teres uma dilatada vida sobre a terra que o Senhor teu Deus te há de dar.
V – Não matarás.
VI – Não cometerás adultério.
VII – Não furtarás.
VIII – Não dirás falso testemunho contra o teu próximo.
IX – Não desejarás a mulher do próximo.
X – Não cobiçarás a casa do teu próximo, nem o seu servo, nem a sua serva, nem o seu boi, nem o seu jumento, nem outra coisa alguma que lhe pertença.
Esta lei é de todos os tempos e de todos os países, e tem, por isso mesmo, um caráter divino. 
Todas as demais são leis estabelecidas por Moisés, obrigado a manter pelo temor um povo naturalmente turbulento e indisciplinado, no qual tinha de combater abusos arraigados e preconceitos adquiridos durante a servidão do Egito. 
Para dar autoridade às leis, ele teve de lhes atribuir uma origem divina, como o fizeram todos os legisladores dos povos primitivos. 
A Autoridade do homem devia apoiar-se sobre a autoridade de Deus. 
Mas só a idéia de um Deus terrível podia impressionar homens ignorantes, em que o senso moral e o sentimento de uma estranha justiça estavam ainda pouco desenvolvidos. 
É evidente que aquele que havia estabelecido em seus mandamentos: “não matarás” e “não farás mal ao teu próximo”, não poderia contradizer-se, ao fazer do extermínio um dever. 
As leis mosaicas, propriamente ditas, tinham, portanto, um caráter essencialmente transitório.

CRISTO

3 – Jesus não veio destruir a lei, o que quer dizer: a lei de Deus. 
Ele veio cumpri-la, ou seja: desenvolvê-la, dar-lhe o seu verdadeiro sentido e apropriá-la ao grau de adiantamento dos homens. 
Eis porque encontramos nessa lei o princípio dos deveres para com Deus e para com o próximo, que constitui a base de sua doutrina. 
Quanto às leis de Moisés propriamente ditas, ele, pelo contrário, as modificou profundamente, no fundo e na forma. 
Combateu constantemente o abuso das práticas exteriores e as falsas interpretações, e não podia fazê-las passar por uma reforma mais radical do que as reduzindo a estas palavras: 
“Amar a Deus sobre todas as coisas, e ao próximo como a si mesmo”, e ao acrescentar: 
“Esta é toda a lei e os profetas”.
Por estas palavras: 
“O céu e a terra não passarão, enquanto não se cumprir até o último jota”, Jesus quis dizer que era necessário que a lei de Deus fosse cumprida, ou seja, que fosse praticada sobre toda a terra, em toda a sua pureza, com todos os seus desenvolvimentos e todas as suas conseqüências. Pois de que serviria estabelecer essa lei, se ela tivesse de ficar como privilégio de alguns homens ou mesmo de um só povo? 
Todos os homens, sendo filhos de Deus, são, sem distinções, objetos da mesma solicitude.
4 – Mas o papel de Jesus não foi simplesmente o de um legislador moralista, sem outra autoridade que a sua palavra. 
Ele veio cumprir as profecias que haviam anunciado o seu advento. 
Sua autoridade decorria da natureza excepcional do seu Espírito e da natureza divina da sua missão. 
Ele veio ensinar aos homens que a verdadeira vida não está na Terra, mas no Reino dos Céus, ensinar-lhes o caminho que os conduz até lá, os meios de se reconciliarem com Deus, e os advertir sobre a marcha das coisas futuras, para o cumprimento dos destinos humanos. 
Não obstante, ele não disse tudo, e sobre muitos pontos limitou-se a lançar o germe de verdades que ele mesmo declarou não poderem ser então compreendidas. 
Falou de tudo, mas em termos mais ou menos claros, de maneira que, para entender o sentido oculto de certas palavras, era preciso que novas idéias e novos conhecimentos viessem dar-nos a chave. 
Essas idéias não podiam surgir antes de um certo grau de amadurecimento do espírito humano. 
A ciência devia contribuir poderosamente para o aparecimento e o desenvolvimento dessas idéias. 
Era preciso, pois, dar tempo à ciência para progredir.

O ESPIRITISMO

5 – O Espiritismo é a nova ciência que vem revelar aos homens, por meio de provas irrecusáveis, a existência e a natureza do mundo espiritual e suas relações com o mundo material. 
Ele nos mostra esse mundo, não mais como sobrenatural, mas, pelo contrário, como uma das forças vivas e incessantemente atuantes da natureza, como a fonte de uma infinidade de fenômenos até então incompreendidos, e por essa razão rejeitados para o domínio do fantástico e do maravilhoso. 
É a essas relações que o Cristo se refere em muitas circunstâncias, e é por isso que muitas coisas que ele disse ficaram ininteligíveis ou foram falsamente interpretadas. O Espiritismo é a chave que nos ajuda a tudo explicar com facilidade.
6 – A lei do Antigo Testamento está personificada em Moisés, a do Novo Testamento, no Cristo. 
O Espiritismo é a terceira revelação da lei de Deus. 
Mas não está personificado em ninguém, porque ele é o produto do ensinamento dado, não por um homem, mas pelos Espíritos, que são as vozes do céu, em todas as partes da Terra e por inumerável multidão de intermediários. 
Trata-se, de qualquer maneira, de uns seres  coletivos, compreendendo o conjunto dos seres do mundo espiritual, cada qual trazendo aos homens o tributo de suas luzes, para fazê-los conhecer esse mundo e a sorte que nele os espera.
7 – Da mesma maneira que disse o Cristo: “Eu não venho destruir a lei, mas dar-lhe cumprimento”. 
Também diz o Espiritismo: “Eu não venho destruir a lei cristã, mas dar-lhe cumprimento”. 
Ele nada ensina contrário ao ensinamento do Cristo, mas o desenvolve, completa e explica, em termos claros para todos, o que foi dito sob forma alegórica. 
Ele vem cumprir, na época predita, o que o Cristo anunciou, e preparar o cumprimento das coisas futuras. 
Ele é, portanto, obra do Cristo, que o preside, assim como preside ao que igualmente anunciou: a regeneração que se opera e que prepara o Reino de Deus sobre a Terra.

O encontro entre MADRE TERESA e PRINCESA DIANA no Plano Espiritual

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O encontro entre Madre Teresa e Princesa Diana no plano espiritual
Certo dia, a princesa Diana vai procurar madre Teresa de Calcutá, abrindo-lhe o coração. Falou-lhe de suas angústias, do vazio que sentia em seu íntimo, muito embora, a sua, fosse uma vida de glamour. E confessou-lhe o desejo de fazer parte de sua ordem religiosa.
A madre comoveu-se ante o relato, cheio de ternura e confiança, e viu muita doçura e bondade na alma daquela mulher simples, porém muita rica e famosa. E, com grande carinho, buscou orientar-lhe. Disse-lhe que ela era uma princesa e, como tal, não poderia pertencer à sua ordem religiosa, de extrema pobreza. Então, a madre lhe disse:
– Diana, você pode doar esse amor às crianças indefesas. Na sua posição, você pode auxiliar muitas delas, que sofrem… A caridade pode ser exercida em qualquer lugar onde nos encontremos…
A princesa voltou para o seu palácio e daí em diante, dedicou-se a visitar crianças vítimas da aids, essa enfermidade tão cruel, e auxiliou, com enorme carinho, crianças mutiladas pelas minas das guerras… Desde então, encontrou a alegria de ser útil, o prazer de servir.
Madre Teresa tudo acompanhava pelos informes da TV, da imprensa. E, entre aquelas duas mulheres, elos de amor passaram a existir.
O tempo correu. Alguns meses depois, a princesa, amiga dos sofredores, a rosa da Inglaterra, como era conhecida mundialmente, veio a desencarnar num acidente que chocou a todos.
A madre, muito abalada, ao saber do fato, apressou-se a tomar providências e a cancelar compromissos, a fim de comparecer ao funeral, dias depois.
Algo, porém, alterou-lhe os planos. Sua saúde, muito instável. levou-a à cama. Alguns dias se passaram, e madre Teresa veio também a falecer.
Joanna de Ângelis nos contou, então o suceder dos acontecimentos, do “outro lado”…
Madre Teresa foi recebida numa festa de luz, sob a carinhosa assistência de Teresa de Lisieux, a Santa Terezinha do Menino Jesus, como é adorada na Igreja Católica. Permaneceu consciente de seu processo desencarnatório, na paz de consciência que sua vida honrada lhe fizera merecer. E é então que ela pergunta à religiosa que lhe recebera, onde estava Diana. E Teresa de Lisieux lhe conta que a princesa, devido ao choque causado pelo acidente, estava dormindo, ainda em refazimento e recuperação.
Madre Teresa de Calcutá vela pela princesa, faz-lhe companhia, ora por sua harmonização. E, no momento de despertar, quando Diana abre os olhos diante da vida espiritual e reconhece a grandeza do amor de Deus, eis que ela revê a madre, a religiosa afetuosa e amiga que, com extremado amor, lhe diz:
– Agora, minha filha, você está pronta para ser aceita na minha ordem. Iremos trabalhar juntas, com a bênção do Senhor.
-Nós, que sabemos como o mundo espiritual é fascinante, diz Divaldo, imaginemos o júbilo desse encontro!
Relato de Divaldo Pereira Franco
A Visão Médica-   Espírita do Aborto

Por Érika Silveira
Devido à complexidade do tema aborto, é fundamental aliar a abordagem científica a espiritual. 
Para tanto, entrevistamos a dra. Marlene Nobre, médica ginecologista, presidente do Grupo Espírita Cairbar Schutel e da AME (Associação Médico-Espírita) do Brasil e Internacional. É também autora dos livros: Lições de Sabedoria, A Obsessão e Suas Máscaras, Nossa Vida no Além, A Alma da Matéria e O Clamor da Vida. 
Este último foi escrito com o propósito de ressaltar os argumentos científicos contra o aborto e propiciar ao público uma compreensão de que a vida se expande muito mais além do que a formação de um feto.
Como a medicina aliada à espiritualidade vê a questão do aborto?
Como é lógico, os fundamentos da medicina espírita são os mesmos do espiritismo, sendo assim, a questão 358 de O Livro dos Espíritos deixa clara a questão do aborto: é um crime.
Esse foi um dos temas abordados no MEDINESP 2003, inclusive com uma carta publicada. O que dizia essa carta?
A Carta de São Paulo exprime compromissos bioéticos dos membros das Associações Médico-Espíritas do Brasil e foi elaborada pelos participantes da Assembléia Geral, realizada durante o MEDINESP. Entre os vários compromissos nela exarados, os médicos das AMEs comprometem-se a lutar não apenas contra a eutanásia e o aborto, mas também, contra a administração da chamada “pílula do dia seguinte”, que é abortiva. Por exemplo, quando forçado a receitar a “pílula do dia seguinte”, nos ambulatórios públicos, o médico espírita não o faz, para isso, lança mão de um direito legítimo, reconhecido pelo Código de Ética Médica, que é o de ser fiel à sua própria consciência. Do mesmo modo, o anestesista espírita lança mão desse mesmo direito para não participar das equipes de abortamento legal já existentes em alguns hospitais do país.
Existem campanhas contra o aborto promovidas pela AME?
A AME-Paraná, sob a presidência fraterna e idealista do dr. Laércio Furlan, tem uma campanha permanente: Vida, sim! Nela, todos os membros estão envolvidos e visa, principalmente, o esclarecimento de adolescentes e jovens, o apoio para que a gestante leve a gravidez até o fim e o aconselhamento sempre disponível, baseado na fraternidade. A AME-São Paulo participou ativamente de campanha contra o aborto, em 1994, juntamente com a União das Sociedades Espíritas e Federação Espírita do Estado de S.Paulo, quando o Congresso Nacional se movimentava em favor da aprovação do aborto, o que felizmente não se concretizou. Enfim, todas as AMEs estão engajadas nessa luta, que tem características próprias em cada Estado.
Quais são os países que mais se preocupam com o aborto e os países onde se comete o maior número de abortos?
Há muito poucos países no mundo onde o aborto ainda não é legal. Estados Unidos e Rússia são os que fazem o maior número de abortos no mundo.
Em relação ao Brasil, há algum número estatístico sobre os abortos cometidos?
Nenhuma estatística brasileira, a esse respeito, é confiável. O que se faz aqui no Brasil é manipular esses números duvidosos com a finalidade de se legalizar o aborto, alegando-se que a mulher tem o direito de fazê-lo em condições técnicas adequadas. Os que assim agem pretendem que o Estado esteja devidamente aparelhado para institucionalizar a pena de morte para inocentes.
Explique em linhas gerais quais são as conseqüências do aborto?
O aborto traz conseqüências orgânicas, psicológicas e espirituais, nesta existência e na outra, para a mulher que o provoca, para o companheiro que não a apóia na gravidez e para a equipe de saúde que o executa. Não há como negar, porém, que as conseqüências são mais graves para a mulher, porque, desde tempos imemoriais, ela traz no seu psiquismo o compromisso com os entezinhos que necessitam vir ao mundo para progredir. Essas conseqüências tomam o nome de obsessão, depressão, disfunções e doenças orgânicas do aparelho genital, etc.
Por que resolveu publicar um livro sobre o aborto?
A luta contra o aborto está intimamente ligada a minha convicção como espírito imortal e a minha tarefa como médica.
Enquanto escrevia o livro, tive confirmação de que estava absolutamente certa, quando me deparei com a estatística de um dos maiores geneticistas do mundo, Steve Jones, são 90 milhões de recém-nascidos, por ano, no mundo, contra 60 milhões de abortos, no mesmo período, ou seja, em cinco anos, o número de mortos por aborto é maior do que o morticínio ocorrido nos seis anos da Segunda Guerra Mundial.
O que aborda o livro?
O Clamor da Vida é um livro de conceitos. Com ele, visamos, sobretudo, discutir os fundamentos da Bioética Espírita. Ao emitirmos, por exemplo, o conceito e o significado da própria vida, procuramos lançar luzes acerca do que é lícito e do que não é lícito na atitude bioética. Com isso, evidenciamos o valor da pessoa humana e a tentativa sub-reptícia dos que desejam reduzi- la ao estado de coisa, com a conseqüente perda de sua dignidade. Com esses conceitos, chegamos facilmente à conclusão de que a vida é um bem outorgado e que nem a mulher, nem o homem, nem o Estado, tem o direito de dispor dela.
Na sua opinião o movimento espírita deveria enfatizar mais a questão do aborto, ou seja, promover uma campanha forte e maciça?
Creio que essa campanha forte e maciça deverá ocorrer toda vez que houver real ameaça de legalização do aborto em nosso país. Enquanto isso não ocorre, e esperamos em Deus não venha a ocorrer, deve-se continuar a falar contra o aborto, como temos feito em nossas atividades normais, conforme se faça necessário, sobretudo, como ação preventiva.
Gostaria de deixar alguma mensagem de reflexão sobre o assunto?
Cremos, firmemente, que os seres humanos vão eliminar, de forma definitiva, o infanticídio e o aborto da face da Terra, porque a evolução espiritual é inapelável. Sob os ares benfazejos do progresso, os seres humanos vão elevar o padrão do seu comportamento moral, de modo a banir toda forma de violência, inclusive essa, que é uma das mais cruéis - a do aborto - para viverem, em toda plenitude, o sentimento sublime do Amor, em todas as latitudes do Planeta.
Extraído da Revista Cristã de Espiritismo, nº 26, páginas 8-9.
          A PRECE DE EUSÉBIO

Senhor da Vida, abençoa-nos o propósito de penetrar o caminho da Luz! Somos Teus filhos, ainda escravos de círculos restritos, mas a sede do Infinito dilacera-nos os véus do ser. 
Herdeiros da imortalidade, buscamos-te as fontes eternas esperando, confiantes, em tua confiantes, em misericórdia. 
Sem ti, somos frondes decepadas que o fogo da experiência
tortura ou transforma…
Unidos, no entanto, ao Teu amor, somos continuadores gloriosos de tua criação interminável.
Somos alguns milhares neste campo terrestre; E, antes de tudo,Louvamos-Te a grandeza.
Que não nos oprime a pequenez…
Dilata-nos a percepção diante da vida, abre-nos os olhos enevoados pelo sono da ilusão para que divisemos Tua glória sem fim!…
Desperta-nos docemente o ouvido, a fim de percebermos o cântico de tua sublime eternidade.
Abençoa as sementes de sabedoria que os teus mensageiros esparziram no campo de nossas almas;
Fecunda-nos o solo interior, para que os divinos germens não pereçam.
Sabemos, Pai, que o suor do trabalho e a lágrima da redenção constituem adubo generoso floração de nossas sementeiras; Todavia, sem tua bênção, o suor enlanguesce e a lágrima desespera…
Sem tua mão compassiva, os vermes das paixões e as tempestades de nossos vícios podem arruinar-nos a lavoura incipiente. 
Acorda-nos, Senhor da vida, para a luz das oportunidades presentes; Para que os atritos da luta não as inutilizem.
Guia-nos os pés para o supremo bem; Reveste-nos o coração com a tua serenidade paternal, robustecendo-nos a resistência!
Poderoso Senhor, ampara-nos a fragilidade, corrige-nos os erros, esclarece-nos a ignorância Acolhe-nos em Teu amoroso regaço. Cumpram-se, Pai Amado, os teus desígnios soberanos.
Agora e sempre.
Assim seja.
(Do livro “No Mundo Maior”- André Luiz, psicografia: Francisco Candido Xavier)
         Batalha pela Vida

Têm crescido, em todos os quadrantes da Terra, os movimentos pela ecologia. Recentemente, dezessete países se reuniram no Brasil para discutir o projeto peixe–boi.
Em um Estado brasileiro, em defesa das tartarugas existe o projeto Tamar. Para a preservação dos animais, o homem se tem esmerado. Naturalmente, por descobrir que destruindo a vida animal, está decretando problemas graves para sua própria existência sobre a Terra.
O que causa estranheza é que esse mesmo homem decrete a morte do seu semelhante, nas suas nascentes.
Estamos nos referindo aos movimentos pró aborto que falam da destruição de vidas humanas, como se não fossem coisa alguma.
São vozes que se unem para exigir a morte dos que, no ventre materno, têm descobertas suas deficiências na área física ou mental.
Esquecem de olhar ao seu redor tais criaturas, pois um dos cérebros mais privilegiados da atualidade, a quem a ciência muito deve, é um deficiente físico que nada mais move senão a cabeça. Referimo-nos a Stephen Hawkings.
Outros falam, no entanto, do abortamento dito sentimental. É quando a mãe é vítima de violência e engravida.
Fala-se em como ela poderá vir a amar o fruto daquele ato tão terrível. Diz-se que a visão do rebento sempre haverá de trazer à lembrança o ato agressivo por que ela passou.
Contou-nos um amigo da área médica que foi procurado por uma jovem que passou por essa experiência traumática. Descobrira-se grávida e desejava o abortamento.
Quis a divindade que ela fosse ao consultório de um médico cristão, que lhe falou da bênção da vida, da sublimidade da maternidade.
Após algumas horas de uma boa conversa, ela se foi. Meses depois, ele recebeu uma correspondência. Abrindo o envelope, encontrou uma foto de um bebê lindo, saudável.
Atrás, em letra uniforme, bem desenhada, uma frase curta mas extremamente significativa: “obrigada por você ter contribuído para que esta foto pudesse existir.”
Quatro anos depois, o médico recebeu em seu consultório a mãe e a criança. Porque a foto do bebê estava sobre a sua mesa, em um belo porta retrato, a mãe disse ao filho que era ele, quando bebê.
O menino pegou a foto e olhou com atenção. Depois, se aproximou do médico e perguntou: tio, me diga onde eu estou mais bonito? Ali, naquela foto ou aqui, ao vivo?
Você sabia?
Você sabia que em torno do aborto existe uma verdadeira indústria? E que atualmente ela se encontra entre as quinhentas maiores indústrias do mundo?
E que a jornada de nove meses realizada pelo bebê no útero materno é uma experiência psicoterapêutica para o espírito que deseja renascer?
Por isso mesmo, a não ser nos casos em que a mãe corra riscos de morte, a opção deve ser sempre pela vida.
Proclamemos a vida. Lutemos pela vida.
Momento Espírita - www.momento.com.br.
                     Sigamos a Paz

"Busque a paz e siga-a." Pedro (1 Pedro, 3:11)
Há muita gente que busca a paz raras pessoas, porém, tentam segui-la.
Companheiros existem que desejam a tranqüilidade por todos os meios e suspiram por ela, situando-a em diversas posições da vida contudo, expulsam-na de si mesmos, tão logo lhes confere o Senhor as dádivas solicitadas.
Esse pede a fortuna material, acreditando seja a portadora da paz ambicionada, todavia, com o aparecimento do dinheiro farto, tortura-se em mil problemas, por não saber distribuir, ajudar, administrar e gastar com simplicidade.
Outro roga a bênção do casamento, mas, quando o Céu lha concede, não sabe ser irmão da companheira que o Pai lhe confiou, perdendo-se através das exasperações de toda sorte.
Outro, ainda, reclama títulos especiais de confiança em expressivas tarefas de utilidade pública, mas, em se vendo honrado com a popularidade e com a expectativa de muitos, repele as bênçãos do trabalho e recua espavorido.
Paz não é indolência do corpo. É saúde e alegria do espírito.
Se é verdade que toda criatura a busca, a seu modo, é imperioso reconhecer, no entanto, que a paz legítima resulta do equilíbrio entre os nossos desejos e os propósitos do Senhor, na posição em que nos encontramos.
Recebido o trabalho que a Confiança Celeste nos permite efetuar, é imprescindível saibamos usar a oportunidade em favor de nossa elevação e aprimoramento.
Disse Pedro: - "Busque a paz e siga-a.."
Todavia, não existe tranqüilidade real sem Cristo em nós, dentro de qualquer situação em que estejamos situados, e a fórmula de integração da nossa alma com Jesus é invariável: - "Negue cada um a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me." Sem essa adaptação do nosso esforço de aprendizes humanos ao impulso renovador do Mestre Divino, ao invés de paz, teremos sempre renovada guerra, dentro do coração.


XAVIER, Francisco Cândido. Fonte Viva. Pelo Espírito Emmanuel. FEB. Capítulo 79.
                  Cultiva a Paz

"E, se ali houver algum filho da paz, repousará sobre ele a vossa paz; e, se não, ela voltará para vós." - Jesus. (LUCAS, 10:6.)
Em verdade, há muitos desesperados na vida humana. 
Mas quantos se apegam, voluptuosamente, à própria desesperação? quantos revoltados fogem à luz da paciência? quantos criminosos choram de dor por lhes ser impossível a consumação de novos delitos? quantos tristes escapam, voluntariamente, às bênçãos da esperança?
Para que um homem seja filho da paz, é imprescindível trabalhe intensamente no mundo Intimo, cessando as vozes da inadaptação à Vontade Divina e evitando as manifestações de desarmonia, perante as íeis eternas.
Todos rogam a paz no Planeta atormentado de horríveis discórdias, mas raros se fazem dignos dela.
Exigem que a tranqüilidade resida no mesmo apartamento onde mora o ódio gratuito aos vizinhos, reclamam que a esperança tome assento com a inconformação e rogam à fé lhes aprove a ociosidade, no campo da necessária preparação espiritual.
Para esmagadora maioria dessas criaturas comodistas a paz legítima é realização muito distante.
Em todos os setores da vida, a preparação e o mérito devem anteceder o benefício.
Ninguém atinge o bem-estar em Cristo, sem esforço no bem, sem disciplina elevada de sentimentos, sem iluminação do raciocínio. 
Antes da sublime edificação, poderão registrar os mais belos discursos, vislumbrar as mais altas perspectivas do plano superior, conviver com os grandes apóstolos da Causa da Redenção, mas poderão igualmente viver longe da harmonia interior, que constitui a fonte divina e inesgotável da verdadeira felicidade, porque se o homem ouve a lição da paz cristã, sem o propósito firme de se lhe afeiçoar, é da própria recomendação do Senhor que esse bem celestial volte ao núcleo de origem como intransferível conquista de cada um.


XAVIER, Francisco Cândido. Vinha de Luz. Pelo Espírito Emmanuel. 14.ed. Rio de Janeiro, RJ: FEB, 1996. Capítulo 65.
A lei de amor (III)

Meus caros condiscípulos, os Espíritos aqui presentes vos dizem, por meu intermédio: “Amai muito, a fim de serdes amados.” 

É tão justo esse pensamento, que nele encontrareis tudo o que consola e abranda as penas de cada dia; ou melhor: pondo em prática esse sábio conselho, elevar-vos-eis de tal modo acima da matéria que vos espiritualizareis antes de deixardes o invólucro terrestre. 

Havendo os estudos espíritas desenvolvido em vós a compreensão do futuro, uma certeza tendes: a de caminhardes para Deus, vendo realizadas todas as promessas que correspondem às aspirações de vossa alma. 

Por isso, deveis elevar-vos bem alto para julgardes sem as constrições da matéria, e não condenardes o vosso próximo sem terdes dirigido a Deus o pensamento.

Amar, no sentido profundo do termo, é o homem ser leal, probo, consciencioso, para fazer aos outros o que queira que estes lhe façam; é procurar em torno de si o sentido íntimo de todas as dores que acabrunham seus irmãos, para suavizá-las; é considerar como sua a grande família humana, porque essa família todos a encontrareis, dentro de certo período, em mundos mais adiantados; e os Espíritos que a compõem são, como vós, filhos de Deus, destinados a se elevarem ao infinito. 

Assim, não podeis recusar aos vossos irmãos o que Deus liberalmente vos outorgou, porquanto, de vosso lado, muito vos alegraria que vossos irmãos vos dessem aquilo de que necessitais. 

Para todos os sofrimentos, tende, pois, sempre uma palavra de esperança e de conforto, a fim de que sejais inteiramente amor e justiça.

Crede que esta sábia exortação: 
“Amai bastante, para serdes amados”, abrirá caminho; revolucionária, ela segue sua rota, que é determinada, invariável. 

Mas, já ganhastes muito, vós que me ouvis, pois que já sois infinitamente melhores do que éreis há cem anos. 

Mudastes tanto, em proveito vosso, que aceitais de boa mente, sobre a liberdade e a fraternidade, uma imensidade de idéias novas, que outrora rejeitaríeis. 

Ora, daqui a cem anos, sem dúvida aceitareis com a mesma facilidade as que ainda vos não puderam entrar no cérebro.

Hoje, quando o movimento espírita há dado tão grande passo, vede com que rapidez as idéias de justiça e de renovação, constantes nos ditados espíritas, são aceitas pela parte mediana do mundo inteligente. 

É que essas idéias correspondem a tudo o que há de divino em vós. 
É que estais preparados por uma sementeira fecunda: a do século passado, que implantou no seio da sociedade terrena as grandes idéias de progresso. 
E, como tudo se encadeia sob a direção do Altíssimo, todas as lições recebidas e aceitas virão a encerrar-se na permuta universal do amor ao próximo. 

Por aí, os Espíritos encarnados, melhor apreciando e sentindo, se estenderão as mãos, de todos os confins do vosso planeta. 
Uns e outros reunir-se-ão, para se entenderem e amarem, para destruírem todas as injustiças, todas as causas de desinteligências entre os povos.

Grande conceito de renovação pelo Espiritismo, tão bem exposto em O Livro dos Espíritos; tu produzirás o portentoso milagre do século vindouro, o da harmonização de todos os interesses materiais e espirituais dos homens, pela aplicação deste preceito bem compreendido: “Amai bastante, para serdes amados.” 
Sanson, ex-membro da Sociedade Espírita de Paris. (1863.)

(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. XI, item 10.)
A lei de amor (II)

O amor é de essência divina e todos vós, do primeiro ao último, tendes, no fundo do coração, a centelha desse fogo sagrado. 

É fato, que já haveis podido comprovar muitas vezes, este: o homem, por mais abjeto, vil e criminoso que seja, vota a um ente ou a um objeto qualquer viva e ardente afeição, à prova de tudo quanto tendesse a diminuí-la e que alcança, não raro, sublimes proporções.

A um ente ou um objeto qualquer, disse eu, porque há entre vós indivíduos que, com o coração a transbordar de amor, despendem tesouros desse sentimento com animais, plantas e, até, com coisas materiais: espécies de misantropos que, a se queixarem da Humanidade em geral e a resistirem ao pendor natural de suas almas, que buscam em torno de si a afeição e a simpatia, rebaixam a lei de amor à condição de instinto. 

Entretanto, por mais que façam, não logram sufocar o gérmen vivaz que Deus lhes depositou nos corações ao criá-los. 

Esse gérmen se desenvolve e cresce com a moralidade e a inteligência e, embora comprimido amiúde pelo egoísmo, torna-se a fonte das santas e doces virtudes que geram as afeições sinceras e duráveis e ajudam a criatura a transpor o caminho escarpado e árido da existência humana.

Há pessoas a quem repugna a reencarnação, com a ideia de que outros venham a partilhar das afetuosas simpatias de que são ciosas. 

Pobres irmãos! o vosso afeto vos torna egoístas; o vosso amor se restringe a um círculo íntimo de parentes e de amigos, sendo-vos indiferentes os demais. 

Pois bem! para praticardes a lei de amor, tal como Deus o entende, preciso se faz chegueis passo a passo a amar a todos os vossos irmãos indistintamente. 

A tarefa é longa e difícil, mas cumprir-se-á: Deus o quer e a lei de amor constitui o primeiro e o mais importante preceito da vossa nova doutrina, porque é ela que um dia matará o egoísmo, qualquer que seja a forma sob que se apresente, dado que, além do egoísmo pessoal, há também o egoísmo de família, de casta, de nacionalidade. 

Disse Jesus: “Amai o vosso próximo como a vós mesmos.” Ora, qual o limite com relação ao próximo? 

Será a família, a seita, a nação? 
Não; é a Humanidade inteira. 

Nos mundos superiores, o amor recíproco é que harmoniza e dirige os Espíritos adiantados que os habitam, e o vosso planeta, destinado a realizar em breve sensível progresso, verá seus habitantes, em virtude da transformação social por que passará, a praticar essa lei sublime, reflexo da Divindade.

Os efeitos da lei de amor são o melhoramento moral da raça humana e a felicidade durante a vida terrestre. 

Os mais rebeldes e os mais viciosos se reformarão, quando observarem os benefícios resultantes da prática deste preceito: 

Não façais aos outros o que não quiserdes que vos façam: fazei-lhes, ao contrário, todo o bem que vos esteja ao alcance fazer-lhes.

Não acrediteis na esterilidade e no endurecimento do coração humano; ao amor verdadeiro, ele, a seu mau grado, cede. 

É um ímã a que não lhe é possível resistir. 
O contacto desse amor vivifica e fecunda os germens que dele existem, em estado latente, nos vossos corações. 

A Terra, orbe de provação e de exílio, será então purificada por esse fogo sagrado e verá praticados na sua superfície a caridade, a humildade, a paciência, o devotamento, a abnegação, a resignação e o sacrifício, virtudes todas filhas do amor. 

Não vos canseis, pois, de escutar as palavras de João, o Evangelista. 

Como sabeis, quando a enfermidade e a velhice o obrigaram a suspender o curso de suas prédicas, limitava-se a repetir estas suavíssimas palavras: “Meus filhinhos, amai-vos uns aos outros.” 

Amados irmãos, aproveitai dessas lições; é difícil o praticá-las, porém, a alma colhe delas imenso bem. 

Crede-me, fazei o sublime esforço que vos peço: 
“Amai-vos” e vereis a Terra em breve transformada num Paraíso onde as almas dos justos virão repousar.
— Fénelon. (Bordéus, 1861.)

(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. XI, item 9.)

Barreira Vibratória



"Vigiai e orai, para que não entreis em tentação". Jesus 



Os visitantes ilustres se sucediam e os barrados na porta protestavam. Um deles chegou perto de Chico e comunicou, com uma faca na mão:

- Vim aqui te matar, mas não tenho coragem.

Chico se limitou a dizer:

- Deus é quem sabe, meu filho.

*

A humildade, para ele, funcionaria como escudo em várias ocasiões. Numa delas, ele levou um tombo, caiu de costas e bateu com a cabeça no chão. Já estava pronto para reclamar, quando Emmanuel ordenou:

- Agradeça.

- Como?

- Agradeça.

Ainda no chão, Chico levantou um pouco a voz e acatou:

- Obrigado, muito obrigado.

A voz do amigo invisível decifrou o enigma:

- Se você se irritasse, emitiria vibrações quase iguais às deles e eles ficariam com mais força.

O tombo, segundo o amigo invisível, tinha sido provocado por "espíritos de baixa vibração".

MARCEL SOUTO MAIOR
AS VIDAS DE CHICO XAVIER

               Na Vivência do Amor


O tema do perdão nos leva a refletir sobre a questão básica do relacionamento entre as criaturas.

Nunca se cogitou tanto da paz coletiva quanto agora.

As grandes potências se esforçam no que se refere ao desarmamento.

Os direitos humanos são defendidos em praça pública.

Multiplicam-se os apelos ecológicos na preservação da vida planetária.

Entretanto, a paz coletiva é fruto da paz individual.

O mundo não estará em paz, se o homem não estiver em paz consigo mesmo e, em consequência, com os seus semelhantes.

Neste sentido, destacamos a importância fundamental do perdão, anulando as causas de intolerância na vida comunitária e estabelecendo a fraternidade entre os povos, na vivência do amor que Jesus nos ensinou.

Busquemos não ofender a quem quer que seja e, se porventura ofendidos, saibamos perdoar a quem ainda não tem plena consciência do que faz.


Irmão José
Carlos A.Bacelli

                 Inquietação


Se a inquietação passou a dominar-lhe o caminho, pense nela como sendo um parasito a corroer-lhe a vida e trate de arrancá-la em seu próprio favor.

Se a enfermidade lhe visita o corpo, não é com o fogo da aflição que você colaborará na própria cura e sim encarando-a, com aceitação e tratamento para afastá-la.

Se alguma ocorrência desagradável lhe impôs aborrecimentos, passe por ela e siga à frente, em sua própria tarefa, a maneira de quem não precisa parar em viagem por haver encontrado uma
pedra.

Se você cometeu quaisquer erros, admita-os, fazendo quanto puder para não reincidir neles, mas lembrando sempre que você não é uma entidade angélica e sim uma criatura matriculada na
escola humana.

Se o erro de alguém é a causa de sua inquietação, envie pensamentos de paz e compreensão a esse alguém, sem violentar-lhe os pontos de vista, de criatura incompleta quanto você mesmo, no
educandário do mundo.

Se você faliu em algum empreendimento, note que se você prosseguir trabalhando, o fracasso, em breve, lhe servirá de lição para melhoria e sucesso.

Se você almeja situações que presentemente não consegue alcançar, faça o melhor que possa, onde esteja, e, sem dúvida, trabalhando sempre, você atingirá o lugar que deseja.

Se você sofre críticas indébitas, fique com a sua consciência e deixe aos outros os pensamentos e atitudes que pertencem a eles mesmos.

Se você receia a velhice do corpo, lembre-se de que a existência física avançada no tempo não é a noite de hoje e sim o alvorecer de amanhã.

Se a inquietação persiste em você, procure envolvê-la no calor do serviço, porque servindo você conseguirá esquecer-se e ao esquecer-se no Bem dos outros, você estará em paz na força construtiva
do Bem.


André Luiz 
Chico Xavier