segunda-feira, 27 de julho de 2015

             PACIÊNCIA E NATUREZA

Quem se proponha a entesourar paciência, observe o livro da natureza.

As nossas anotações podem parecer sinônimos do óbvio, no entanto, o óbvio, por ser simples, é aquilo que se faz, habitualmente, mais difícil de ser pesquisado e revisto.

Ao Sol, por exemplo, dentro da noite, em determinado hemisfério, por mais se lhe peça luz plena e imediata, há que se he aguardar o reaparecimento, depois de algumas horas.

Inútil rogar o fruto de certa árvore até o momento em que lhe será lícito surgir.
Uma estrada, entre duas cidades razoavelmente distanciadas uma da outra não se constrói a toques de mágica.

Sabe-se que o carbono puro suporta séculos e séculos de transformações lentas, no subsolo, antes de converter-se em brilhante.

Considerando que o espírito de sequência assinala todas as criações da vida, a impaciência, muitas vezes suscitando irritação e inquietude, cólera e delinquência, decorre de nossa própria incapacidade de entendimento, acerca de situações e pessoas

Não solicitarás atitudes de elevação daqueles que ainda não assimilaram os ingredientes espirituais indispensáveis para constituí-las e nem pedirás alto comportamento nesse ou aquele companheiro que ainda não se habilitaram para isso.

Onde estiveres e com quem estiveres, não permitas que as tuas esperanças se façam exigências.

Ama e trabalha, serve e auxilia sempre sem reclamar e acabarás compreendendo que a paciência construtiva, fonte de serenidade e tolerância, em qualquer tempo e lugar, para cada um de nós é simples obrigação.
Fonte: "Linha Duzentos".
Chico Xavier / Emmanuel
No espiritismo costuma se usar o termo “Desencarnar” quando uma pessoa morre, porém no caso do suicídio as coisas ocorrem de forma mais lentas.
Em diversas obras encontramos trechos em que os espíritos afirmam que ficam presos ao corpo até sua completa extinção, Allan  Kardec nos revela isso com propriedade na entrevista publicada na Revista Espírita de  junho de 1858 com o titulo “ O suicida de Samaritana”
“5. Qual foi o motivo que vos levou ao suicídio? - R. Estou morto?... Não...
Habito meu corpo... Não sabeis o quanto sofro!... Eu estufo... Que mão compassiva procure me matar!
13. Que reflexões fizestes no momento em que sentistes a vida se extinguir em vós? - R. Não refleti; senti... Minha vida não está extinta... minha alma está ligada ao meu corpo... Sinto os vermes que me roem.”


No livro “Depois do Suicídio” de Cleonice Orlandi de Lima, temos o depoimento de Jacinto :  “ Continuei com o corpo morto, mas sem poder me separar do cadáver. Assim paralisado assisti aos funerais, ouvi os lamentos e as recriminações dos presentes pelo meu ato. Horrorizado, vi fecharem o caixão sobre mim.
Fui conduzido, assistindo a tudo e sempre sentindo a dor do ferimento na boca. Carregaram-me ao cemitério, enterraram-me e me deixaram sozinho. Senti a sufocação do fundo da cova, mas não podia fazer o mais leve movimento. Estava colado ao corpo morto! As dores que sentia eram fabulosamente insuportáveis. E, logo a seguir, passei a sentir o cheiro do corpo apodrecendo. Senti a mordedura dos vermes, milhões de mordidas ao mesmo tempo, por todo o corpo. Dores incríveis!
Muito tempo depois a carne foi se separando dos ossos, foi se acabando e eu sempre ali, sentindo as dores e assistindo a tudo. A sede, a fome e o frio me torturavam. A dor do ferimento da boca nunca me abandonou. Jamais tive um único minuto de descanso, em que pudesse dormir.”
Emmanuel no livro  “O Consolador” confirma :
“Suicidas há que continuam experimentando os padecimentos físicos da última hora terrestre, em seu corpo somático, indefinidamente. (...) a pior emoção do suicida é a de acompanhar, minuto a minuto, o processo da decomposição do corpo abandonado no seio da terra, verminado e apodrecido."
Yvone Pereira no livro “Memoria de um Suicida” nos trás uma visão do que ocorre quando finalmente o espírito se desliga do corpo contando a história de Camilo Castelo Branco  que desencarnado, foi para o "Vale dos Suicidas", onde  sofreu  horrores, , durante 12 anos até ser resgatado em 1903.
Devemos ainda levar em conta que o suicídio não é só aquele brutal e relativamente rápido, tem também os fumantes, alcoólatras, e/ou viciados de maneira geral.
“O suicídio brutal, violento, é crueldade para com o próprio ser. No entanto, há também o indireto, que ocorre pelo desgastar das forças morais e emocionais, das resistências físicas no jogo das paixões dissolventes, na ingestão de alimentos em excesso, de bebidas alcoólicas, do fumo pernicioso, das drogas aditícias, das reações emocionais rebeldes e agressivas, do comportamento mental extravagante, do sexo em uso exagerado, que geram sobrecargas destrutivas nos equipamentos físicos, psicológicos e psíquicos...”
Kardec  é bem claro sobre a questão do suicídio no Livro dos espíritos entre as questões 944 até 946.
Na morte violenta as sensações não são precisamente as mesmas. Nenhuma desagregação inicial há começado previamente a separação do perispírito; a vida orgânica em plena exuberância de força é subitamente aniquilada. Nestas condições, o desprendimento se começa depois da morte e não pode completar-se rapidamente. No suicídio, principalmente, excede a toda expectativa. Preso ao corpo por todas as suas fibras, o perispírito faz repercutir na alma todas as sensações daquele. Com sofrimentos cruciantes.”
Muitos podem questionar se o suicídio pode ser induzido por um obsessor, Yone  Pereira novamente nos brinda com a resposta : “Não obstante, homens comuns ou inferiores poderão cair nos mesmos transes, conviver com entidades espirituais inferiores como eles e retornar obsidiados, predispostos aos maus atos e até inclinados ao homicídio e ao suicídio. Um distúrbio vibratório poderá ter várias causas, e uma delas será o próprio suicídio em passada existência.”
A doutrina espírita nos ensina que a morte não é o fim; e que de outra forma  a vida continua. Que muitas vezes somos influenciados por obsessores, porem esses só agem devido ao nosso desiquilíbrio, e que precisamos ter consciência do que ocorre, caso desistamos da vida a qual tivemos o privilegio de  através da reencarnação buscar compreender e superar as provas e expiações.
“A certeza da vida futura, com todas as suas consequências, transforma completamente a ordem de suas ideias, fazendo-lhe ver as coisas por outro prisma: é um véu que se ergue e lhe desvenda um horizonte imenso e esplêndido.  Diante da infinidade e da grandeza da vida além da morte, a existência terrena desaparece, como um segundo na contagem dos séculos, como um grão de areia ao lado da montanha. Tudo se torna pequeno e mesquinho e nos admiramos por havermos dado tanta importância às coisas efêmeras e infantis. Daí, em meio às vicissitudes da existência, uma calma e uma tranquilidade que constituem uma felicidade, comparados com as desordens e os tormentos a que nos  sujeitamos, ao buscarmos nos elevar acima dos outros; daí, também, ante as vicissitudes e as decepções, uma indiferença, que tira quaisquer motivos de desespero, afasta os mais numerosos casos de loucura e remove, automaticamente, a idéia de suicídio.”
Artigo publicado pela RIE em Junho de 2012

Quando se  diz “o poder da oração”, temos de ter em mente seus processos  e seus motivos, afinal muitos a usam com intenções maldosas, como desejar mal a outrem, nesse tocante vem em nossa  mente a frase  : “Acatemos na oração a presença da luz que nos descortina a estrada para a Vida Superior, sem prevalecer-nos dela, a fim de queixar-nos de outrem ou espancar verbalmente seja a quem seja, quando a nossa comunhão com Deus e com a Espiritualidade Superior não seja possível em lugar à parte, no silêncio do coração, conforme a recomendação de Jesus.”
A oração tem um poder fabuloso, e vou o tentar descrever nesse artigo, para tanto vou me embasar cientificamente em  pesquisas  de autores não espíritas.
O Dr. Jeff Levin, pesquisador do National Institute for Healthcare Research, autor do Livro “Deus, Fé e Saúde”, realiza  estudo científico de como fatores espirituais previnem a incidência de enfermidades em determinadas regiões e a mortalidade, e promovem a saúde e o bem-estar - estabelecendo o relacionamento existente entre ciência, medicina e espiritualidade. Entre vários exemplos pode-se citar que pacientes internados em UTI coronariana por meio de estudo duplo-cego, aleatorizado, com dois grupos paralelos, que receberam ou não prece.

Resultado: o grupo que recebeu  prece (por 28 dias) obteve melhores escores de evolução na UTI coronariana do que os que não receberam; não houve diferença na duração da hospitalização entre os dois grupos.
“A prece é o meio que o cérebro moderno tem para se conectar com estados de consciência ancestrais poderosos"
Um estudo, publicado no mês de Fevereiro/2011, na revista Psychiatry Research: Neuroimaging, sugere que meditar (orar) por apenas 30 minutos por dia, durante oito semanas, pode aumentar a densidade de massa cinzenta em regiões do cérebro associada à memória, stress e empatia.
Nesta mesma revista  informa  os  “Benefícios da Meditação e Estado de Prece” :
  • Regula o ritmo respiratório e o ritmo cardíaco;
  • Aumenta o fluxo de sangue para as células;
  • Reduz o nível do hormônio cortisol, principal responsável pela morte de neurônios;
  • Permite níveis profundos de relaxamento e bem-estar;  Excelente terapia para pessoas com pressão alta;
  • Reduz muito a ansiedade e o estresse (estima-se que 50% de todas as  doenças são devido ao alto nível de estresse.)
Para os médiuns a oração é preciosa, ajuda   a comunicação com espíritos afins.
“Quando desejamos nos comunicar com os espíritos desencarnados estaremos numa determinada frequência psíquica para tal. Se quisermos mudá-la teremos de alterar a emoção ou o pensamento. O estado de oração é uma forma de mudança de ambos. A sintonia não se dá apenas por um momento e em estado de oração, mas principalmente pelo modo de ser do indivíduo, pela sua natureza íntima, pelos sentimentos e ideias de que é portador.”
Em uma instituição espírita temos por habito efetuar preces antes e após as reuniões sejam elas públicas ou mediúnicas, sem dogmatismos ou beatismos, apenas para ajudar outros e/ou facilitar as comunicações mediúnicas.
“A oração, antes forma petitória ou bajulatória, ganha conotação como forma de comunicação com Deus a fim de Lhes conhecer os objetivos ou corrigir rumos pessoais. A oração é ação em favor de si e de outrem. É um poderoso antídoto às agressões psíquicas. Não há lugar para altares, oferendas ou sacrifícios. O único sacrifício exigido é o sacro ofício de fazer o Bem ao alcance de cada um.”[8]
              Regras para ser feliz

Conta-se que um homem de negócios, após longos anos de trabalho árduo, conseguiu ajuntar significativa fortuna.
Todavia, o grande empresário, apesar de todo o dinheiro que possuía, sentia-se infeliz. 
Desejava a felicidade, mas um grande vazio lhe perturbava a alma e as tribulações das horas lhe roubavam a paz.
Um dia, ouviu falar a respeito de um velho sábio, conhecedor de regras eficientes para quem desejasse ser feliz.
O executivo não teve dúvidas. Muniu-se dos recursos necessários e saiu a procurá-lo.
Após longa e exaustiva busca, chegou ao lugarejo onde residia o grande sábio.
Algumas informações mais e lá estava ele, frente a frente, com o ancião.
A expectativa era tanta que ele foi direto ao assunto.
Ouvi dizer que o senhor sabe a receita para se conquistar a felicidade. 
O que mais desejo é ser feliz. 
Pode me ajudar? 
Perguntou ansioso.
Bem, respondeu o sábio, na verdade as regras são muito simples. 
A primeira delas é prestar atenção. 
A segunda, é prestar atenção. 
E a terceira e última é prestar muita atenção.
O executivo pensou que ele só podia estar brincando mas, depois de ouvir algumas considerações, foi mudando de ideia.
O ancião falou com sabedoria: 
Quem presta atenção em tudo o que acontece nos minutos de sua vida, consegue ser feliz.
Preste atenção no que as pessoas lhe dizem. 
Saiba ouvi-las com serenidade, buscando ajudar na medida do possível.
Ao fazer uma refeição, aproveite bem o momento. 
Preste atenção nos alimentos que ingere, sinta o seu sabor.
Preste atenção em tudo à sua volta.
Olhe com atenção uma noite enluarada, um amanhecer de ouro...
Contemple, com atenção, um jardim que explode em perfumes e cores... 
Uma cascata estirada sobre a montanha rochosa...
Observe com atenção um bando multicor de aves cruzando os ares... 
Ouça atentamente o canto de um pássaro solitário...
Preste atenção na chuva que cai, abençoando o solo. 
Imagine os lençóis d’água no subsolo, espalhando fertilidade e vida...
Detenha-se a observar o trabalho das formigas, sua organização, sua perseverança.
Acompanhe com atenção o desabrochar de uma rosa... 
Sinta o seu perfume.
Enfim, observe atentamente os pequenos nadas ao seu redor.
Em pouco tempo você perceberá que há muito mais coisas boas do que ruins e isso o fará feliz.
Depois de ouvir atentamente os conselhos do velho sábio, o empresário já estava se sentindo mais alegre e disposto a lutar pela felicidade tão almejada.
As horas são abençoadas oportunidades de aprendizado e alegria.
Mas, embora elas se repitam incessantemente, os minutos já não são os mesmos e as circunstâncias mudam a cada segundo.
Dessa forma, a cada hora temos sessenta minutos para encontrar motivos de felicidade, basta que prestemos muita atenção em cada um deles, sem esquecer que a nossa atenção deve voltar-se para as coisas realmente positivas. 
Fazendo o bem e praticando a caridade!