domingo, 28 de fevereiro de 2016

''AS DROGAS X MEU PAI''



Meu pai me perdoe, preciso muito do seu perdão, sinto que ainda guarda rancor, raiva e muita tristeza quando se lembra de mim. Sinto muito por tudo que eu fiz o senhor passar, noites inteira sem dormir, procuras em hospitais e até mesmo em IML. 
Sei do seu sofrimento meu pai e da minha responsabilidade, hoje não tenho um minuto sequer de paz, gostaria tanto poder está com o senhor e ajoelhar em seus pés e pedir perdão.
Tenho passado por muitas provações aqui meu pai, o meu corpo sofre de ulceras terríveis na pele, a minha garganta está toda machucada devido o mau uso das palavras e o meu corpo sofre devido as drogas, etc. 
Hoje tenho uma senhora que cuida de mim e uma equipe que faz tratamento espiritual, pois eu ainda sinto muita falta das drogas e da vida louca que vivia.
Não consigo dormir ainda uma noite inteira, como passava muitas noites acordado por efeito das drogas, sinto que estou perdido. 
Meu pai ore por mim, pense em mim para que eu sinta o seu amor e o seu calor.
Estou aqui num momento único, onde me foi dado essa oportunidade de dizer o quanto estou arrependido de ter feito tanto mal a você meu pai.
Sei que esta carta o senhor não vai ter acesso devido a sua crença, mas estou aqui nesse desabafo para alertar a muitos que o efeito das drogas não é somente no usuário que ela fere e consome, mas também nos seus mais queridos e amados que tanto sofrem que chegam a pedir a morte por não querer ver o seu amado filho se perder nas drogas.
Hoje sei o que sofro não é somente por minhas atitudes e sim por todo o sofrimento e noites sem dormir que fiz o meu pai passar.
A dor que é física é tão pequena em relação a que sinto na alma e no meu ser. 
E sei que essa dor não é só minha e sei também que o meu pai sofre porque ele me disse: “não quero perder o meu filho para as drogas”, e rogava a Deus para me salvar. 
Sua fé foi muito abalada quando faleci e ele ali vendo o meu corpo e eu já pedindo perdão sem ele poder me ver já foi uma loucura, uma loucura...
Senti sua fé sendo diminuída e ele cobrando de Deus o porquê Dele não ter ouvido suas orações.
Meus queridos amigos deixo aqui o meu relato, mas me sinto um pouco aliviado pois pude de uma forma desabafar e alertar a muitos que pensam em usar qualquer tipo de droga, seja ela qual for pensem em seus familiares, eles também morrem.

Um desabafo de um jovem chamado Wilson L. de 21 anos, interrompi minha vida sem pensar na pessoa que eu mais amava: meu pai.    
 

 Psicografia recebida em 2015.
             Médium: M. Nicodemos.
MINHA FILHINHA


Aquele dia recebi a noticia mais feliz da minha vida, abri o envelope com o resultado do meu teste de gravidez e o resultado era finalmente positivo, depois de muitas tentativas frustradas finalmente meu sonho seria realizado, um filho, teria um bebê por quanto tempo eu e meu marido esperamos por isso.
Corri no escritório do meu marido para dar-lhe a noticia pessoalmente, e me lembro da felicidade que ele sentiu, estávamos em êxtase, reunimos mais tarde a família para a tão esperada noticia.
A felicidade tomou conta das nossas vidas e começamos a nos preparar para o maior acontecimento, a chegada do nosso bebê. Consulta mensal ao médico, como toda gestante faz, tudo seguia bem, tudo era felicidade sem fim.
Os preparativos para a chegada da nossa menina, tudo foi comprado para a montagem do quartinho da nossa filha. O enxoval feito com o maior amor, quantas roupinhas lindas eu comprei, e a cada compra ficava imaginando a minha pequena vestidinha com elas. O quartinho todo decorado, lindo, tudo de melhor e mais lindo foi comprado.
Preparei-me durante todos aqueles meses, eu estava muito bem de saúde, com isso conseguia tranquilamente resolver tudo.
Enfim chegou o oitavo mês, e eu já estava com tudo pronto, afinal minha linda menina já estava perto de chegar. As roupinhas separadas, tudo em ordem. O dia do parto foi marcado, logo cedo fui para a maternidade louca de alegria e ansiedade, passados algum dia eu levaria minha menininha pra nossa casa para começarmos nova vida que com certeza seria repleta de alegrias.
Fui para o centro cirúrgico, confiante e feliz. Durante meu parto houve uma complicação e entrei em parada cardíaca, hoje sei disso, tentaram me reanimar, mas não resisti. Minha filhinha nasceu linda e saudável, mas eu não resisti, morri no parto.
Quando acordei no plano espiritual não conseguia entender, não queria entender, o que sofri não consigo descrever, que dor meu Deus!  Tudo o que eu mais sonhara na vida acabou, nunca pude ver o rostinho da filhinha tão esperada, nunca a peguei em meus braços, nunca lhe amamentei.
A dor imensa tomou conta de mim e eu briguei com Deus, porque Ele fez isso comigo? Passei muito tempo em sofrimento extremo sem me dar chance de receber auxilio.
Hoje passados muitos anos, minha pequena já é uma moça, e que moça linda, meu marido casou-se novamente e teve mais dois filhos, a nova mulher dele criou a minha menina com muito carinho, ela teve uma mãe amorosa e hoje agradeço a ela por ter cuidado da minha filha com tanto amor.  Minha menina a chama de mãe e eu agradeço a Deus por ela ter tido uma mãe boa e carinhosa. 
Não posso dizer que foi sempre assim, no começo sofri muito em ver que alguém tomou o meu lugar, rejeitava aceitar o amor que minha filha sentia por ela, ve-lá chamando de mamãe, enquanto eu sua verdadeira mãe nunca pude ouvir isso. Como fui egoísta! Deus é infinitamente bom, minha filha tem hoje uma mãe maravilhosa. Que Deus auxilie essa mulher a qual sou extremamente agradecida, ela não faz a menor distinção entre os filhos que ela gerou e a minha filha.
Obrigada minha irmã por tudo, pelo carinho que dedica a minha filha.
Feliz de quem parte e sabe que o maior amor que teve no mundo está sendo amada e cuidada.
A você minha irmã querida, minha eterna gratidão.

Sandra Regina.  
                                              
Psicografia recebida em dezembro de 2015.                                     

            Médium: Débora.

COM DEPRESSÃO ME MATEI



Por que esse choro, por que essa aflição? 
Você tem de tudo é jovem, feliz... 
O que mais você quer?
Era isso que todo mundo que me conhecia falava para mim. 
 Eu era um trapo humano, só chorava e queria morrer para ver se tudo isso acabava. 
A depressão me consumia.
Cada dia que passava era um tormento. 
 As noites um pesadelo. 
 Eu era uma jovem, que aos olhos dos outros nada me faltava. 
Mas me faltava algo que ninguém percebia. 
Era uma força interna, capaz de me sustentar. 
Eu era vazia... 
Não tinha sonhos, só pesadelos. 
Até que um dia eu resolvi liquidar com tudo isso, e me matei.
Aí sim, sofri, sofri e sofri muito. 
Aquilo que eu havia sofrido em vida não era nada perante meu sofrimento após a morte. 
Achava que estava viva e as dores me dilaceravam. 
Aí sim, não tinha ninguém para me perguntar o “porquê” daquele sofrimento. Só me acusavam de covarde, de fraca, e inconsequente. 
Eu não conseguia nem chorar, porque não deixavam. 
Tinha sede e fome, mas nada para me saciar.
Aí pensei em minha mãe, como ela teria ficado sem mim? 
E eu a vi e a ouvi:  Filha malvada, egoísta que só pensou em si. 
Tudo fiz para ajudar. 
Paguei os melhores psiquiatras, comprei remédios caros. 
Procurei ajudar o quanto podia. 
E qual foi a resposta que me deu? 
Matou-se. 
Agora nada mais poderei fazer, pois quem está em depressão sou eu. 
Só que com ajuda de Deus eu não vou praticar o ato que você praticou. 
Lavo minhas mãos, pois não posso ajudá-la.  
Hoje eu estou bem melhor, pois ao me sentir só e vendo que minha mãe teria ajuda de Deus, procurei também buscar Deus para mim.
Apresentou-se a mim uma pessoa bondosa, que carinhosamente me pegou em frangalhos e me levou para um lugar onde pude ser lavada, tratada, alimentada e onde fui morar por uns tempos. 
Muitas pessoas como eu lá estavam: uns em recuperação, outros tresloucados que mal sabiam o que havia acontecido, mas todos sem exceção eram suicidas como eu.
De tempos em tempos tínhamos a obrigação de levarmos alimentos e agasalhos para eles. 
E quando um ou outro se recuperava, nós também nos melhorávamos.
Tivemos uma ocasião em que numa reunião espiritual pudemos expor nossas situações de encarnados (na encarnação anterior) e vimos que era uma prova que tínhamos que passar, pois fomos suicidas em outras vidas, mas sucumbimos.
Vamos fazer um curso aperfeiçoamento moral em que vamos ser instruídos para uma nova encarnação, com provas mais severas. 
Mas temos certeza que Deus não vai nos desamparar.
Queremos com essa carta dizer a vocês: Valorizem  a encarnação, por pior que ela seja. 
As provas passam, e são levadas como folhas ao vento. 
Somem e nem percebemos. 
Quando vier a tentação não devemos vacilar em pedir ajuda aquela pessoa ao nosso lado. 
O orgulho é benéfico, mas tenhamos a humildade de dizer ao outro: 
Estou sofrendo me ajude!
  
         Cris.   Um espirito suicida aos 19 anos.   
                                                                   
 Psicografia recebida dezembro 2015.                                     
 Médium: Catarina.
O AUTISTA






Hoje não me sinto só, realmente nunca estive, mas não conseguia sentir a presença de ninguém. 
Quantos tentaram chegar perto de mim e eu simplesmente não permitia tal aproximação.
Sempre gostei de ficar sozinho e ia para um mundo onde eu era eu somente, ali eu ficava a brincar, estudar e muitas das vezes a morar, pois ficava nesta situação por dias, entregue aos meus pensamentos.
Meus pais estavam preocupados comigo, sou de uma família grande, eu tinha quatro irmãos e todos viviam de acordo com as convicções da vida, todos estudavam, brincavam com amiguinhos e ficavam sempre ligados nos acontecimentos familiares e corriqueiros. 
Eu não vivia só e sozinho ficava, as  vezes eu pegava um brinquedo e ficava com ele por hora, mas sempre no meu mundo, um mundo onde só existia eu, somente eu.
Meus pais já não aguentava mais ver aquele menino tão bonito e inteligente, pois possuía um QI muito elevado, não tinha nenhuma dificuldade com os números, mas gostava de viver no seu mundo sozinho.
Visitei vários médicos, possuía um distúrbio, mas eles não sabiam qual, e principalmente como lidar. 
E eu ali vivendo no meu mundo sozinho, eu não conseguia explicar que eu estava feliz, pois eu estava num lugar onde eu queria estar, que eu havia criado e era o meu mundo.
Um dia minha mãe já muito angustiada de não poder me ajudar, pois havia crescido e virado um homem, um homem que não deixou de viver no mundo que eu gostava de ficar. 
Ela ficou me olhando e tentando entender, onde um rapaz como eu poderia estar, onde sua cabeça o levava e ele ficava por horas e dias em estado de plena fixação e disse: eu tenho que achar um profissional que vai ajudar o meu filho a sair deste estado e viver a vida que todos viviam. 
Vou procurar um psiquiatra, não que eu acho meu filho louco, na época havia muitos preconceitos que com os psiquiatras somente loucos eram tratados.
O dia da consulta chegou e logo o medico Dr Joaquim falou: seu filho é uma criança autista e com uma inteligência maravilhosa, a senhora tem que leva-lo a uma escola, onde tem profissionais capacitados que iriam ajudar e a fazer seu filho a viver com menos frequência no mundo dele, trazendo ele para viver um pouco mais aqui e com vocês.
Hoje já desencarnado e tendo já um pouco de conhecimento e estudo muito a respeito do autista, e vejo que eu precisava mesmo estar em um mundo que eu havia criado, pois não seria um ser humano normal e sim um ser humano terrível.
Quero deixar aqui os meus agradecimentos aos meus pais que com um pouco de conhecimento e amor, conseguiram muitas das vezes me trazer para o mundo real.   
Um grande abraço a todos.  

João Gabriel.                               

 Psicografia recebida em dezembro 2015.

             Médium:  M. Nicodemos.

                                                     
ESTOU VIVO E FELIZ



Querido pai e amada mamãe é com imensa felicidade que hoje posso aqui vir trazer notícias a vocês, acalmar vossos corações e principalmente “tirar” a culpa que vocês carregam dentro do coração, culpa essa que não existe e nem nunca existiu.
Aquele presente foi para mim algo fabuloso, ter a moto era um sonho e foi maravilhoso, digo maravilhoso, pois aquele veículo não foi o culpado de meu desencarne, mas sim um simples instrumento, que poderia ter sido outro qualquer.
Mãezinha fui um pouco irresponsável ao conduzir o veículo, mas em minha ingenuidade de garoto achei que estava no controle, que eu era um exímio piloto, mas dos desígnios de Deus não podemos escapar, aquele acidente foi inevitável e iria acontecer ou naquele dia ou em um próximo dia, meu tempo nesta existência era mesmo curto.
Sei que sempre estão tristes e chorosos quando lembram de mim, por favor, não façam isso eu estou bem e vocês também precisam estar bem, a vida continua para mim e para vocês, lembrem-se de mim sorrindo, orem por mim, vale mais que lágrimas e velas.
Meus irmãos sinto tanta saudades deles, como fui feliz no seio de nossa família, sempre senti-me amado por vocês e também os amo.
Mãe desapegue das coisas que usei nesta existência, não estou nelas, estou em seu coração e em seu pensamento estou VIVO e feliz, contudo sinto saudades de vocês.
 Preciso agora parar de escrever, mas a felicidade de hoje poder dizer a vocês que estou bem e tentar apascentar vossos corações, para mim é maravilhoso.
Fiquem na paz de Jesus.            

Geraldinho.

 Psicografia recebida em dezembro de 2015.                                     

             Médium: Luciano C.


''SONHAVA  EM  SER  MÉDICA''



 A minha alegria por aqueles dias era enorme, afinal após um ano de muito estudo eu consegui passar no vestibular, sentia que todos os meus sonhos começavam a se realizar. 

Cursaria a faculdade de medicina e já me imaginava trabalhando em hospitais, auxiliando doentes. 
Desde bem pequena a minha vocação já se fazia notar pela minha família. 
Adorava brincar com material de curativo, não podia ver um arranhão na mão de minha mãe que lá ia eu com a minha maletinha de “médica” e a minha mãe me chamava brincando: - 
Venha logo doutora preciso que me examine, sinto-me muito mal. 
Era tudo uma festa, como gostava de tudo aquilo.
Há três semanas que as aulas já haviam começado e eu me sentia no céu, tudo naquele ambiente me encantava, mesmo sabendo que ainda demoraria para começar a praticar, eu sonhava e sonhava.
Um final de tarde, era verão, um dia lindo e quente, saía da faculdade cantarolando quando fui abordada abruptamente por um homem de aspecto estranho e com um olhar ferino. 
Me perguntou as horas e onde era o ponto de ônibus mais próximo, eu apesar do medo, mas muito mais a piedade tomou conta de mim, que parei para com toda delicadeza costumeira em mim, responder as perguntas daquele homem.
Nesse instante ele com uma arma escondida de baixo da camisa, apontou para a minha barriga e disse para que ficasse quieta e andasse ao seu lado, senão me mataria ali mesmo, senti que fiquei congelada e um enorme pavor tomou conta de mim, fui caminhando ao lado dele, depois de ter andado um pouco ele me arrastou para um terreno baldio, um verdadeiro matagal.
Que medo senti, fui estuprada e torturada de forma que nem me sinto encorajada a dizer, temo chocar demais aos que lerem essa carta. 
Enfim foi horrível e pavoroso e fui ali mesmo deixada sem vida.
Fui dada como desaparecida já que não retornei ao lar, meus pais loucos de preocupação começaram então junto com a polícia pelas buscas.
 Quatro dias depois de muita dor e angustia meu corpo foi encontrado para desespero total da minha família. 
Meu corpo ainda estava ali naquele local, mas meu espírito já havia sido recolhido dali logo após o desencarne trágico.
Quando acordei rodeada de bons espíritos fui gradativamente tomando consciência do que me houvera acontecido. 
Quer dor senti, que desespero e um ódio enorme tomou conta do meu coração amoroso e sensível, afinal aquela pessoa destruíra-me o corpo físico e com ele todos os meus sonhos. Por muito tempo fiquei amargando aquele ódio e andava toda desgrenhada como uma louca sem rumo.
O tempo foi passando e comecei a me lembrar de Deus, dos sonhos que eu tinha de curar enfermos, acabei chegando a conclusão que aquele homem era doente, ninguém poderia ser tão cruel, e como doente deveria ser tratado.
 Pedia a Deus por mim e por aquela alma cruel que estava muito doente.
Após essa ligação com Deus através da oração fui imediatamente socorrida e levada para um hospital, lá curaram as minhas feridas, me lavaram, me deram roupas limpas e eu comecei a sentir enorme bem estar.  Passei longo tempo sendo tratada, agora sou eu a cuidar dos outros.  
Não consegui realizar meu sonho de me formar em medicina, mas consegui aqui o prazeroso trabalho de ajudar aos enfermos, principalmente os que aqui chegam como eu cheguei.       
O tempo passou e o meu malfeitor desencarnou, hoje ele vive nas trevas, anda como um louco e eu já tendo conseguido perdoa-lhe estou sempre orando e procurando meios de ajuda-lo. 
Tenho fé que conseguirei. 
O perdão é a melhor forma de vivermos feliz, sei que é difícil, mas quando se consegue o bem que sentimos e inenarrável.
Obrigada Jesus amigo pelas oportunidades que tenho.

Um espírito que conseguiu perdoar. Muita luz.  
                                                
Psicografia recebida em 2016.                                     
            Médium: Débora.


''NÃO MAIS USAREI CADEIRA DE RODAS''


             As raízes de meus problemas surgiram na

 infância. 

               Meus pais, embora pobres eram muito bons e  carinhosos. 

          Eu e meus irmãos, éramos cinco, não tínhamos

 de  tudo, mas nunca nos faltou o essencial. 

Tudo corria bem, quando eu comecei com febre e

 fortes dores em minhas pernas, todo meu corpo

 doía, mas as minhas pernas eram piores. 

         Eu não conseguia move-las. 

        Eu, nem meus pais sabíamos, mas era

 poliomielite.

         Quando minha mãe soube da realidade quase

 se desesperou: 

“Como vamos fazer com uma criança nesse estado?

Não temos nada, vamos ter que carregá-lo ao colo.

 Como vamos comprar uma cadeira de rodas?”.

         Meu pai, já mais calmo procurava acalmá-la e

 quando chegava até mim, era para me abraçar e 

dizer: 

“Fique calmo tudo vai passar.” 

    Mas não passou e tornei-me um rapaz, meus

 irmãos saiam para as festas, para o colégio e eu

 ficava em casa.

         Em minhas mãos certa vez chegou um folhetim 

dizendo que ia haver uma festa em um Centro 

Espírita que ficava em meu bairro. 

Eu nunca pedi nada a ninguém, sempre me

 acomodava com minha situação, mas desta vez 

pedi que me levassem. 

Minha mãe se exaltou, pois era católica fervorosa e 

sempre ia as missas e fazia a oração do terço em 

família. 
  
         Meu pai disse que me levaria e me levou. 

Ao chegarmos lá nos receberam com muita alegria

 e nos presentearam com um livreto pequeno, mas 

que dava umas explicações que me levaram a 

pensar em meu caso.

       Meu pai gostou e prometeu-me levar mais vezes.

    E nós íamos, meu pai nunca teve uma religião

 fixa, 

pelo menos que eu sabia e aceitou a doutrina.

        Começamos a frequentar o centro e um belo dia 

fui presenteado com uma cadeira de rodas,

 ofertada pelas pessoas fervorosas daquele centro.

        Minha mãe quase deu um ataque e esbravejava 

e brigava com meu pai todas as vezes que nós íamos

 ao centro.

          Um dia, não sei por que motivo minha mãe nos

 deixou e foi morar com meu irmão mais velho já 

casado.

           Papai ficou desolado, mas continuava a amá-

la e aceitou a situação.

          O tempo passou. 

         Hoje estamos todos os três;  meu pai, mamãe e 

eu procurando nos ajustar nos planos espirituais.

        Eu agradeço a Deus por essa doutrina 

 maravilhosa que nos esclarece tanto. 

Estamos nos preparando para o retorno. 

Dessa vez não mais usarei aquela cadeira de rodas, 

mas andarei como já estou andando com minhas

 próprias pernas. 

           Já passou como meu pai dizia, e eu tenho 

muita esperança que tudo dará certo.

           Agradeço a todos.  
  
            Tadeu. 
                                                       
 Psicografia recebida em 2016.
 
                                       Médium: Catarina.