segunda-feira, 8 de agosto de 2016

               ''Famosos que são Espíritas''



O espiritismo cresce, aumenta sua influência sobre pessoas de alta renda e garante boa 
audiência na televisão. 
Ao mesmo tempo, mais celebridades acreditam em reencarnação 
e na comunicação com "entidades"
Os espíritos estão em todo lugar. 
Basta ligar a TV. 
Nas novelas, a crença em entidades do além é amparada principalmente pelo espiritismo e a onda 
vem acompanhada de uma mudança de perfil da religião. 
De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o espiritismo tem 
hoje 20 milhões de adeptos - cresceu 40% em cinco anos, principalmente nos Estados mais 
ricos e escolarizados. Quem professa essa fé tem renda 150% superior à média nacional, e 52% 
ganham mais de cinco salários mínimos. Estes novos seguidores valorizam as explicações 
racionais para a vida após a morte. "A leitura e a meditação se tornam mais importantes do 
que as sessões de mesa branca e as operações sem anestesia", afirma a antropóloga Sandra 
Jacqueline Stoll, da Universidade Federal do Paraná.


Com a mudança de perfil e o sucesso do assunto na mídia, não é de espantar que mais 
celebridades estejam declarando sua crença em espíritos. É o caso de Juliana Paes, Raica Oliveira, 
Cleo Pires, Rosi Campos, Marcos Caruso, Carlos Vereza, Paola Oliveira e Samara Felippo. 
A casa Lar de Frei Luiz, no Rio, é uma das que recebem várias celebridades toda semana. 
"Carlos Vereza é um dos nossos conselheiros, e sempre vêm aqui Elba Ramalho, Joanna, a 
Alcione, Toni Garrido, Cissa Guimarães", diz a presidente, Helena Mussi Gazolla.

CAROL CASTRO

"Fui batizada, fiz a primeira comunhão, mas não freqüento a Igreja Católica. Quando eu era 
pequena, fui muito a um templo budista. Minha mãe morou no Japão dos 4 aos 9 anos e tem 
uma relação forte com a religiosidade oriental, que ela me transmitiu desde pequena. 
Minha mãe é astróloga, taróloga e terapeuta corporal. Ela se comunica com espíritos,
 já psicografou um livro do escritor Camilo Castelo Branco. Sou budista. Acredito em uma força 
maior e tenho certeza de que todos nós reencarnamos; temos várias vidas após a morte.

Acredito que os espíritos voltam para ajudar ou atrapalhar as pessoas.

Quando eu era criança, eu via muitos espíritos. Aos 3 anos, cheguei em casa falando que tinha 
visto Jesus. Minha mãe ligou na escola para reclamar que a professora estava influenciando 
minha formação religiosa, mas ninguém tinha falado nada sobre Jesus para mim. Aos 6 anos, 
contei para a minha mãe que, em uma vida passada, eu morei em um castelo e tinha uma mãe 
que fumava. O nome dela era Marcela. Todos daquela minha família morreram de febre. 
Na mesma época, vi a avó da minha mãe e saí correndo, assustada. Depois contei para ela e 
descrevi o vestido que o espírito estava usando. E era o vestido favorito dela.

Com o tempo, você perde essa pureza de criança e deixa de ver coisas assim. Fui me desligando, 
mas ainda hoje valorizo muito a intuição, ela me ajuda a fazer as escolhas certas. Quero ser mãe, 
e vou respeitar e estimular os meus filhos a não perder esse contato com o espiritual. 
Bloquear as crianças nessa fase tão bonita da vida só vai atrapalhar o desenvolvimento delas."

MARCOS CARUSO

"Tenho uma formação inicialmente católica, mas eu me converti ao espiritismo. Passei a ter 
uma relação muito forte com a filosofia kardecista a partir dos 27, 28 anos. Pauto minha vida 
pelo que o Evangelho me ensinou. Durante um longo tempo, li O Evangelho Segundo o Espiritismo, ia às sessões espíritas, mas praticava a religião católica. Hoje sigo à risca a doutrina espírita, que é a
 favor da reencarnação. Peguei alguns pontos da filosofia kardecista e levei para a minha vida, 
como a fraternidade, a humanidade, saber pedir perdão, fazer com que o sucesso aumente 
minha responsabilidade e não a minha vaidade, essas coisas. Sei que evoluí, dos 27 aos 54 anos, 
pela filosofia espírita. Sou um devoto, acredito nas responsabilidades pelo que fazemos, que 
voltamos numa vida futura e eu posso voltar melhor ou pior, dependendo de como me comporto 
aqui. Assim, encaro melhor a minha presença nesta vida.

Não tenho medo da morte, ela é inevitável, temos de aceitá-la

Eu só me preocupo com o possível sofrimento das pessoas quando elas se aproximam da morte. 
Nunca fiz regressão porque não me interesso pelo que passou. Tenho uma relação forte com o 
presente e o futuro."

JORGE LOREDO E ROSI CAMPOS

"Minha bisavó já era espírita, minha mãe se comunicava com entidades. Acredito que existem 
outras vidas e as pessoas se comunicam com muita força quando estão morrendo", diz o ator 
Jorge Loredo. Há ainda quem se declare médium. "Fui desenvolvendo a mediunidade de 
forma natural", afirma a atriz Rosi Campos, que interpreta uma cartomante em O Profeta. 
"Quando cheguei ao centro espírita, eu não sabia se iria conseguir essa conexão. As pessoas 
é que mitificam, mas, se você acredita, não tem nada de anormal."

CAIO BLAT


"Sou fã de Allan Kardec e Chico Xavier. Fiquei muito envolvido com o espiritismo porque 
minha ex-mulher (a cantora lírica Ana Ariel) era médium. Quando nós começamos a 
namorar, eu fiquei muito impressionado com os livros de Allan Kardec, com as apresentações l
ógicas e claras sobre a nossa evolução espiritual. Ele explica muito bem esse conceito tão antigo 
que é a reencarnação. Esta vida é só um pequeno momento que faz parte de um ciclo muito 
maior. Gosto também das ações sociais dos espíritas. Já fui ao Lar de Frei Luiz, que eu conheci
 por intermédio do Carlos Vereza. Antes de conhecer o espiritismo, eu já freqüentava a 
Sociedade Taoísta.

A minha prática espiritual valoriza muito a meditação, o silêncio

Sou seguidor de Lao Tsé, e tento conciliar o exercício espiritual do Oriente, a busca por ser zen, 
com a explicação racional de Kardec. A questão da comunicação com os espíritos não me atrai, 
prefiro desenvolver a minha intuição. E estou tentando desenvolver a telepatia. Se eu estou 
pensando em alguém, ligo para a pessoa na hora. Geralmente ela está mesmo precisando de apoio."

Carol Castro também pensa assim. "As crianças têm uma pureza muito grande e para elas o 
contato com os espíritos é espontâneo. Eu via muitos quando era criança. "Aos 6 anos, contei 
para a minha mãe que, em uma vida passada, eu morei em um castelo e tinha uma mãe que 
fumava. O nome dela era Marcela. Todos daquela minha família morreram de febre." Hoje, 
a atriz diz que não vê mais entidades, mas que sua mãe conseguiu desenvolver essa capacidade.
 "Ela se comunica com espíritos e já psicografou um livro do escritor Camilo Castelo Branco."

MAITÊ PROENÇA

"Não tenho religião. Tenho uma ligação com o divino, com aquilo que não se explica, mas que 
alguns sentem de forma intensa - é meu caso. 
Ao longo do dia me relaciono com isso muitas vezes 
e em alguns momentos de maneira mais solene.

Paro e rezo, medito, acendo velas, tenho meu ritual particular.

Acredito em reencarnação. 
Acredito que nos transmutamos. 
Que esta vida é mais um rito de passagem (entre muitos) para algum lugar melhor e mais sublime, 
para um estado de êxtase permanente, para a integração com um estado de consciência 
perfeito. Acredito também na comunicação com espíritos. Se essas experiências são 
relatadas por pessoas é porque de alguma forma elas acontecem. Ninguém inventa nada, 
está tudo aí."

MEDIUNIDADE NATURAL

Allan Kardec era o pseudônimo do pedagogo francês Hippolyte Léon Denizard Rivail (1804-1869). 
Em 1857, ele sistematizou suas pesquisas sobre a comunicação com o além na obra 
O Livro dos Espíritos, o primeiro de seus cinco trabalhos que propõem uma explicação sobre para 
onde vamos depois da morte. Nos anos seguintes, o espiritismo saiu de moda na Europa, mas 
encontrou um terreno fértil no Brasil. Hoje somos o maior país espírita do mundo. 
"Sou um devoto, acredito nas responsabilidades pelo que fazemos, que voltamos numa vida futura 
e que eu posso voltar melhor ou pior, dependendo do que faço aqui. Assim, encaro melhor a 
minha presença nesta vida", diz o ator Marcos Caruso. "A divisão entre os mundos físico e 
espiritual não existe. Para mim, o mundo é um só", afirma Thelma Guedes, uma das autoras de O Profeta.
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