quarta-feira, 13 de maio de 2015

                  ''Conclusões da Vida''




Diante dos problemas e obstáculos do cotidiano, convém estabelecer, de quando a quando pelo menos, ligeira pausa para pensar, de maneira a observarmos o rendimento das horas que a vida nos atribui, no território do tempo.

E se no curso de nossas reflexões ponderarmos:

no montante das bênçãos que temos recebido;

nas vantagens que usufruímos em confronto com as lutas e contratempos que assinalam milhares de irmãos na retaguarda;

nos resultados contraproducentes da irritação;

no caráter destrutivo de quaisquer manifestações de rebeldia ou azedume;

no lado escuro das reclamações;

no peso morto das aflições sem proveito;

nas calamidades da violência;

nos prejuízos do desânimo;

nas lições que podemos extrair das provas dignamente atravessadas;

na importância da indulgência;

nos donativos de calma e bondade que os outros aguardam de nós, a fim de consolidarem a própria segurança;

no poder da gentileza para construir a benemerência e o respeito em torno de nossa vida;

no alto significado da compreensão e da tolerância que nos decidamos a exercitar a benefício de nós mesmos;

e nos testemunhos de amor e cooperação de que somos capazes para contribuir com os Mensageiros do Cristo na preservação da paz e do bem sobre a Terra;

decerto que, acima de quaisquer desgostos e insucessos, saberíamos colocar a luz da esperança com o privilégio do trabalho, sem nos afastarmos da paciência, hora alguma.

  Emmanuel
Chico Xavier

      ''O Conforto que vem de Deus''


 
por Elio Mollo

No livro “O SERMÃO DA MONTANHA”, o escritor espiritualista Huberto Rohden diz o seguinte:
 
“Muitos sabem falar de Deus. Alguns até sabem falar com Deus. Mas quase ninguém sabe calar perante Deus para que Deus possa lhe falar”.
 
 Para que possamos tratar desse assunto, primeiramente, temos que compreender como age nosso pensamento no universo em que vivemos e de que forma ele se movimenta.

Na questão 27 de “O LIVRO DOS ESPÍRITOS”, obra codificada por Allan Kardec, lemos a seguinte resposta dos Espíritos superiores:
 
 “Há dois elementos gerais do universo, a matéria e o Espírito, e acima de tudo Deus, o criador, o Pai de todas as coisas. Deus, Espírito e matéria constituem o princípio de tudo o que existe, a trindade universal. Mas ao elemento material tem-se que juntar o fluido universal, que desempenha o papel intermediário entre o Espírito e a matéria”.

É através do fluido universal que os Espíritos se comunicam entre si, ou com os encarnados e vice-versa. Quando oramos, ou seja, quando estamos sintonizados com Deus, ocorre o mesmo, pois é através desse fluido que nos comunicamos com Ele.

A distância que nossa prece alcançará através desse fluido dependerá da intensidade de nossa fé e da sinceridade. Assim, quanto mais intensas forem nossa fé e nossa sinceridade, mais perto de Deus nossa prece chegará.

Diz Allan Kardec, no livro “O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO” (cap. XXVII, item 10): 
 
“O Espiritismo nos faz compreender a ação da prece, ao explicar a forma de transmissão do pensamento, seja quando o ser a quem oramos atende ao nosso apelo, seja quando o nosso pensamento eleva-se a ele. Para se compreender o que ocorre nesse caso, é necessário imaginar todos os seres, encarnados e desencarnados, mergulhados no fluido universal que preenche o espaço, assim como na terra estamos envolvidos pela atmosfera. Esse fluido é impulsionado pela vontade, pois é o veículo do pensamento, como o ar é o veículo do som, com a diferença de que as vibrações do ar são circunscritas, enquanto as do fluido universal se ampliam ao infinito. Quando, pois, o pensamento se dirige para algum ser, na terra ou no espaço, de encarnado para desencarnado, ou vice-versa, uma corrente fluídica se estabelece de um a outro, transmitindo o pensamento, como o ar transmite o som.
A energia da corrente guarda proporção com a do pensamento e da vontade. É assim que os Espíritos ouvem a prece que lhes é dirigida, qualquer que seja o lugar onde se encontrem, assim que os Espíritos se comunicam entre si, que nos transmitem suas inspirações, e que as relações se estabelecem à distância entre os próprios encarnados”.

Igualmente, através desse fluido, Deus nos conforta e nos dá energia para enfrentarmos bem as dores pelas quais passamos em nosso dia a dia. A grande maioria dessas dores são frutos de nossa imprevidência, são violações que cometemos contra as Leis Divinas sem nos darmos conta. Entretanto, quando transgredidas, essas leis reagem de maneira a nos chamar a atenção em forma de dor. Se não encontramos os motivos nesta vida é porque as infringimos numa outra, pois somos Espíritos que tivemos muitas encarnações no passado e a reparação dos erros cometidos em encarnações pretéritas é uma necessidade natural.

Temos diversas espécies de dores: emocionais, sentimentais, dificuldades de relacionamento, perda de bens materiais, de emprego, de entes queridos e por aí a fora, porém, somente quando essas dores atingem um grau insuportável nossos pensamentos se voltam para Deus, na busca de conforto. Nessa hora, tentamos orar, procuramos uma religião, ou algum lugar que nos alivie a dor, que vem para nos despertar e dizer que devemos evoluir e meditar o que fazer para nos livrarmos dela e alcançarmos o crescimento espiritual.

Se formos a um Centro Espírita, obteremos orientação, seremos encaminhados para uma assistência espiritual adequada e receberemos os fluídos necessários para o nosso restabelecimento. Em nota às questões 68, 69 e 70 de “O LIVRO DOS ESPÍRITOS”, Kardec diz:
 
 “Quando a quantidade de fluido vital se esgota, pode tornar-se insuficiente para a conservação da vida, se não for renovada pela absorção e assimilação das substâncias que o contém”. 
 
É como se a bateria de um carro ficasse fraca e necessitasse ser recarregada.

Como recarregar esse fluido em nosso organismo? 


Se a fraqueza não atingiu o corpo físico, podemos começar a recarregá-la através da prece dirigida a Deus, feita por nós mesmos ou por outras pessoas; de palavras de conforto dirigidas a nós; de palestras instrutivas (principalmente evangélicas); de passes e da modificação de pensamentos (exemplo: de pessimistas para otimistas). Isso tudo, porém, dependerá de como fazemos a prece, assimilamos as palavras que ouvimos e utilizamos os fluidos oferecidos a nós por intermédio do passe, ou seja, tudo dependerá de nós.

Se o corpo físico já foi atingido, além dos cuidados da prece, das palavras amigas e do passe, deveremos também receber os cuidados que a medicina nos oferece.

Em nota à questão de nº 70 de “O LIVRO DOS ESPÍRITOS”, Kardec diz:
 
 “O fluido vital se transmite de um indivíduo a outro. Aquele que o tem em maior quantidade, pode dá-lo ao que o tem pouco e, em certos casos, restabelecer a vida prestes a se apagar”. 
 
Podemos deduzir que, em havendo alguma anomalia em nosso organismo, poderemos receber assistência através da fluidoterapia, geralmente chamada passe. Assim, podemos ser assistidos nas doenças de ordem física, ou de ordem espiritual, mas a eficácia dessa assistência dependerá da vontade de quem a recebe.

No salmo 46:10 encontramos a seguinte frase: 
 
“Aquieta-te, eu sou Deus”.

Na maioria dos momentos de aflição, entretanto, fazemos muito barulho, com queixas, murmúrios, revoltas, etc., quando deveríamos nos aquietar e ver o que Deus tem para nós. 
 
Nada acontece por acaso. Tudo tem sua razão de ser. É hora de reflexão, então, aquietemo-nos, sintonizemo-nos com Deus e tenhamos a certeza que Ele nos enviará o conforto necessário. Ele é nosso Pai e nos quer bem.



                                     ''Mensagens do dia''


Não espere aflorar um dom. 
Use o que Deus lhe confiou: o dom de servir, de perdoar, de olhar com Amor, de dizer palavras construtivas e animadoras. 
Todo o Bem que fizer, será um bálsamo em sua Vida.

Não sairemos do lugar, não obteremos progresso moral se continuarmos com preguiça de mudar. 
Comece colocando metas, como por exemplo, ler pelo menos um livro por mês. 

Não se iluda! 
Aposte em você mesmo e nunca nos outros. 
Faça o Bem, estude, ame, seja verdadeiro e racional. 
A desilusão é a realidade dos fatos.

Nunca tome uma decisão definitiva, com base numa tempestade passageira. 
Ignore as nuvens negras ao seu redor.
Repita a seguinte frase vária vezes: 
"essa também irá passar".

           
                                      

         ''A Família ONTEM e HOJE''

                                             

ONTEM, atraiçoamos a confiança de um companheiro, induzindo-o à derrocada moral.

HOJE, guardamo-lo na condição do parente difícil, que nos pede sacrifício incessante.

ONTEM, abandonamos a jovem que nos amava, inclinando-a ao mergulho na lagoa do vício.

HOJE, têmo-la de volta por filha incompreensiva, necessitada do nosso amor.

ONTEM, colocamos o orgulho e a vaidade no peito de um irmão que nos seguia os exemplos menos felizes.

HOJE, partilhamos com ele, à feição de esposo despótico ou de filho-problema, o cálice amargo da rendeção.

ONTEM, esquecemos compromissos veneráveis, arrastando alguém ao suicídio.

HOJE, reencontramos esse mesmo alguém na pessoa de um filhinho, portador de moléstia irreversível, tutelando-lhe, à custa de lágrimas, o trabalho de reajuste.

ONTEM, abandonamos a companheira inexperiente, à míngua de todo auxílio, situando-a nas garras da delinquência.

HOJE, achamo-la ao nosso lado, na presença da esposa conturbada e doente, a exigir-nos a permanência no curso infatigável da tolerância.
ONTEM, dilaceramos a alma sensível de pais afetuosos e devotados, sangrando-lhes o espírito, a punhaladas de ingratidão.

HOJE, moramos no espinheiro, em forma de lar, carregando fardos de angústia, a fim de aprender a plantar carinho e fidelidade.

À frente de toda dificuldade e de toda prova, abençoa sempre e faze o melhor que possas.

Ajuda aos que te partilham a experiência, ora pelos que te perseguem, sorri para os que te ferem e desculpa todos aqueles que te injuriam...

A humildade é a chave de nossa libertação.

E, sejam quais sejam os teus obstáculos na família, é preciso reconhecer que toda construção moral do Reino de Deus, perante o mundo, começa nos alicerces invisíveis da luta em casa. 
 


Emmanuel 
 Chico Xavier

               ''A gentileza dos estranhos''


 
 
Numa época em que muitos desacreditam da generosidade humana e, pessimistas, dizem que neste mundo é cada um por si, que ninguém se importa com ninguém, é bom ouvir relatos que atestam exatamente o contrário.

Uma senhora que emigrou da Rússia, ainda criança, com sua família, após a segunda guerra mundial, tem recordações bastante agradáveis de uma pessoa que lhes era desconhecida.

Durante o terrível confronto mundial, ela e sua família foram sequestrados e levados a um campo de concentração na Alemanha, onde permaneceram por cinco anos.

Tendo sobrevivido aos rudes tratos, vieram ao Brasil, desembarcando no porto do rio de janeiro, no ano de 1948.

Como imigrantes, receberam o prazo de quatro meses para conseguir emprego e moradia, caso contrário seriam deportados ao seu país.

Dois meses transcorridos, a família resolveu mudar-se para São Paulo em busca de melhores possibilidades.

Encontraram uma senhora alemã, que tinha uma casa para alugar. Contudo, a família não tinha recursos, não poderia indicar avalistas, por ser desconhecida na cidade.

A mãe de família explicou à dona da casa a situação. O prazo para conseguirem moradia e emprego terminaria em dois meses. O insucesso significaria desistir da esperança de melhores dias.

A senhora era uma dessas almas revestidas de bondade e de sabedoria.

Abriu a casa que lhe deveria render algum dinheiro e permitiu que a família ali se alojasse. Pagariam, quando tivessem condições.

Na sequência, apresentou a jovem mãe de família ao açougueiro e ao dono do mercadinho. Como um aval de que pudessem realizar suas compras, a fim de não perecer de fome.

Os pais conseguiram um trabalho 15 dias depois e puderam recomeçar as suas vidas.

É uma das filhas que, entre a gratidão e a emotividade, narra o episódio. Sua vida e de toda sua família foi salva, graças a um coração que acreditou em sua honestidade.

E a família soube aproveitar, com muita vontade, a chance que lhe foi ofertada.

Pense nisso!

Um dia, num país distante, um casal procurou abrigo. Não possuía credenciais, nem cartas de apresentação.

Ele era um Carpinteiro, das bandas de Nazaré. Ela, uma jovem grávida, de aspecto cansado, pela longa viagem.

Seus bens não passavam de um jumento, um boi, roupas para viagem, algumas provisões, umas peças de enxoval para o bebê que deveria nascer em breve.

Uma alma generosa, não tendo outro lugar, cedeu-lhes a gruta onde costumava recolher seus preciosos animais.

E foi ali, na gruta de Belém, que uma Estrela de primeira grandeza surgiu no corpo de um menino.

O nome do homem era José.
 A mulher se chamava Maria. 
E o Menino recebeu o doce nome de Jesus.

Equipe de Redação do Momento Espírita, com base no texto a gentileza de estranhos, de Tamara Kaufmann, extraída da Revista Seleções do Reader’s Digest, de dez/2003.

               ''Deus está falando com você''






Um homem sussurrou:
Deus fale comigo.

E um rouxinol começou a cantar mas o homem não ouviu.


Então o homem repetiu:
Deus fale comigo!

E um trovão ecoou nos céus mas o homem foi incapaz de ouvir.


O Homem olhou em volta e disse:
Deus deixe-me vê-lo! 

E uma estrela brilhou no céu mas o homem não a notou.


O homem começou a gritar:

Deus mostre-me um milagre!

E uma criança nasceu mas o homem não sentiu o pulsar da vida.


Então o homem começou a chorar e a se desesperar:

Deus toque-me e deixe-me sentir que você está aqui comigo...

E uma borboleta pousou suavemente em seu ombro.
O homem espantou a borboleta com a mão e, desiludido, continuou o seu caminho triste, sozinho e com medo.


Até quando teremos que sofrer para compreendermos que Deus está sempre onde está a vida?

Até quando manteremos nossos olhos e nossos corações fechados para o milagre da vida que se apresenta diante de nós em todos os momentos?


(Prece Indígena - Tradução e adaptação do Livro By San Etioy)