sexta-feira, 24 de abril de 2015

                                  ''Arrependimento''


Pergunta: O arrependimento se verifica no estado corpóreo ou no estado espiritual?
Resposta dos Espíritos — No estado espiritual. Mas pode também verificar-se no estado corpóreo, quando bem compreendeis a distinção entre o bem e o mal.


Pergunta: Qual é a conseqüência do arrependimento no estado espiritual?
Resposta dos Espíritos — O desejo de uma nova encarnação para se purificar. O Espírito compreende as imperfeições que o impedem de ser feliz e aspira a uma nova existência, onde possa expiar as suas faltas.


Pergunta: Qual é a conseqüência do arrependimento no estado corpóreo?
Resposta dos Espíritos — Adiantar-se, ainda na vida presente, se houver tempo para reparação das faltas. Quando a consciência reprova e mostra uma imperfeição, sempre se pode melhorar.


Pergunta: Não há homens que só possuem o instinto do mal, sendo inacessíveis ao arrependimento?
Resposta dos Espíritos — Já te disse que se deve progredir sem cessar. Aquele que nesta vida só possui o instinto do mal, numa outra terá o do bem, e é para isso que renasce muitas vezes, pois é necessário que todos avancem e atinjam o alvo, uns com mais rapidez, e outros de maneira mais demorada, segundo os seus desejos. Aquele que só tem o instinto do bem já está purificado, porque pode ter tido o do mal numa existência anterior.


Pergunta: O homem perverso, que durante a vida não reconheceu suas faltas, sempre as reconhecerá depois da morte?
Resposta dos Espíritos — Sim, ele sempre as reconhece, e então sofre mais porque sente todo o mal que praticou ou do qual foi a causa voluntária. Entretanto, o arrependimento nem sempre é imediato. Há Espíritos que se obstinam no mau caminho, apesar dos sofrimentos. Mas, cedo ou tarde, reconhecerão haver tomado um falso caminho e o arrependimento se manifestará. É para esclarecê-los que os bons Espíritos trabalham e que vós mesmos podeis trabalhar.


Pergunta: O arrependimento sincero durante a vida é suficiente para extinguir as faltas e fazer que se mereça a graça de Deus?
Resposta dos Espíritos — O arrependimento auxilia a melhora do Espírito, mas o passado deve ser expiado.


Pergunta: Se, de acordo com isso, um criminoso dissesse que, tendo de expiar o passado, não precisa se arrepender, quais seriam para ele as conseqüências?
Resposta dos Espíritos — Se teimar no pensamento do mal, sua expiação será mais longa e mais penosa.


Pergunta: Podemos, desde esta vida, resgatar as nossas faltas?
Resposta dos Espíritos — Sim, reparando-as. Mas não julgueis resgatá-las por algumas privações pueris ou por meio de doações depois da vossa morte, quando não tereis mais necessidade de nada. Deus não considera um arrependimento estéril, sempre fácil e que só custa o trabalho de bater no peito. A perda de um dedo, quando se presta um serviço, apaga maior número de faltas do que o cilício (suplício da carne) suportado durante anos, sem outro objetivo que o bem de si mesmo.
O mal não é reparado senão pelo bem, e a reparação não tem mérito algum se não atingir o homem no seu orgulho ou nos interesses materiais. De que lhe serve restituir após a morte, corno justificação, os bens mal adquiridos, que foram desfrutados em vida e já não lhe servem para nada? De que lhe serve a privação de alguns gozos fúteis e de algumas superfluidades, se o mal que fez a outrem continue o mesmo? De que lhe serve, enfim, humilhar-se diante de Deus, se conserva o seu orgulho diante dos homens?


Pergunta: Não há nenhum mérito em se assegurar, após a morte, um emprego útil para os bens que deixamos?
Resposta dos Espíritos — Nenhum mérito não é bem o termo; isso vale sempre mais do que nada. Mas o mal é que aquele que dá ao morrer, geralmente é mais egoísta do que generoso. Quer ter as honras do bem sem lhe haver provado as penas. Aquele que se priva em vida tem duplo proveito: o mérito do sacrifício e o prazer de ver felizes os que beneficiou. Mas há sempre o egoísmo a dizer ao homem: ‘O que dás, tiras dos teus próprios gozos’. E como o egoísmo fala mais alto que o desinteresse e a caridade, ele guarda em vez de dar, sob o pretexto das suas necessidades e das exigências da sua posição. Ah! Lastimai aquele que desconhece o prazer de dar, porque foi realmente deserdado de um dos mais puros e suaves gozos do homem. Deus, submetendo-o à prova da fortuna, tão escorregadia e perigosa para o seu futuro, quis dar-lhe em compensação a ventura da generosidade, de que ele pode gozar neste mundo.


Pergunta: O que deve fazer aquele que, no último momento, na hora da morte, reconhece as suas faltas, mas não tem tempo para repará-las? É suficiente arrepender-se, nesse caso?
Resposta dos Espíritos — O arrependimento apressa a sua reabilitação, mas não o absolve. Não tem ele o futuro pela frente, que jamais se lhe fecha?


Texto retirado do ‘Livro dos Espíritos’ (Livro Quarto – Cap. 2 – Item VI)

                      ''Um criminoso arrependido''

A 3 de janeiro de 1857, Mons. Sibour, arcebispo de Paris, ao sair da Igreja de Saint-Étienne-du-Mont, foi mortalmente ferido por um jovem padre chamado Verger.

O criminoso foi condenado à morte e executado a 30 de janeiro. Até o último instante não manifestou qualquer sentimento de pesar, de arrependimento, ou de sensibilidade.

Evocado no mesmo dia da execução, deu as seguintes respostas:

1. Evocação.
R. Ainda estou preso ao corpo.

2. Então a vossa alma não está inteiramente liberta?
R. Não... tenho medo... não sei... Esperai que torne a mim. Não estou morto, não é assim?

3. Arrependei-vos do que fizestes?
R. Fiz mal em matar, mas a isso fui levado pelo meu caráter, que não podia tolerar humilhações... Evocar-me-eis de outra vez.

4. Por que vos retirais?
R. Se o visse, muito me atemorizaria, pelo receio de que me fizesse outro tanto.

5. Mas nada tendes a temer, uma vez que a vossa alma está separada do corpo. Renunciai a qualquer inquietação, que não é razoável agora.
R. Que quereis? Acaso sois senhor das vossas impressões? Quanto a mim, não sei onde estou... estou doido.

6. Esforçai-vos por ser calmo.
R. Não posso, porque estou louco... Esperai, que vou invocar toda a minha lucidez.

7. Se orásseis, talvez pudésseis concentrar os vossos pensamentos...
R. Intimido-me... não me atrevo a orar.

8. Orai, que grande é a misericórdia de Deus! Oraremos convosco.
R. Sim; eu sempre acreditei na infinita misericórdia de Deus.

9. Compreendeis melhor, agora, a vossa situação?
R. Ela é tão extraordinária que ainda não posso apreendê-la.

10. Vedes a vossa vítima?
R. Parece-me ouvir uma voz semelhante à sua, dizendo-me: Não mais te quero... Será, talvez, um efeito da imaginação!... Estou doido, volo asseguro, pois que vejo meu corpo de um lado e a cabeça de outro... afigurando-se-me, porém, que vivo no Espaço, entre a Terra e o que denominais céu... Sinto como o frio de uma faca prestes a decepar-me o pescoço, mas isso será talvez o terror da morte... Também me parece ver uma multidão de Espíritos a rodear-me, olhando-me compadecidos... E falam-me, mas não os compreendo.

11. Entretanto, entre esses Espíritos há talvez um cuja presença vos humilha por causa do vosso crime.
R. Dir-vos-ei que há apenas um que me apavora o daquele a quem matei.

12. Lembrai-vos das anteriores existências?
R. Não; estou indeciso, acreditando sonhar... Ainda uma vez, preciso tornar a mim.

(Três dias depois.)
13. Reconhecei-vos melhor agora?
R. Já sei que não mais pertenço a esse mundo, e não o deploro. Pesa-me o que fiz, porém meu Espírito está mais livre. Sei a mais que há uma série de encarnações que nos dão conhecimentos úteis, a fim de nos tornarmos tão perfeitos quanto possível à criatura humana.

14. Sois punido pelo crime que cometestes?
R. Sim; lamento o que fiz e isso faz-me sofrer.

15. Qual a vossa punição?
R. Sou punido porque tenho consciência da minha falta, e para ela peço perdão a Deus; sou punido porque reconheço a minha descrença nesse Deus, sabendo agora que não devemos abreviar os dias de vida de nossos irmãos; sou punido pelo remorso de haver adiado o meu progresso, enveredando por caminho errado, sem ouvir o grito da própria consciência que me dizia não ser pelo assassínio que alcançaria o meu desiderato. Deixei-me dominar pela inveja e pelo orgulho; enganei-me e arrependo-me, pois o homem deve esforçar-se sempre por dominar as más paixões, o que aliás não fiz.

16. Qual a vossa sensação quando vos evocamos?
R. De prazer e de temor, por isso que não sou mau.

17. Em que consiste tal prazer e tal temor?
R. Prazer de conversar com os homens e poder em parte reparar as minhas faltas, confessando-as; e temor, que não posso definir - um quê de vergonha por ter sido um assassino.

18. Desejais reencarnar na Terra?
R. Até o peço e desejo achar-me constantemente exposto ao assassínio, provando-lhe o temor.


A situação de Verger, ao morrer, é a de quase todos os que sucumbem violentamente. Não se verificando bruscamente a separação, eles ficam como aturdidos, sem saber se estão mortos ou vivos. A visão do arcebispo foi-lhe poupada por desnecessária ao seu remorso; mas outros Espíritos, em circunstâncias idênticas, são constantemente acossados pelo olhar das suas vítimas.

Monsenhor Sibour, evocado, disse que perdoava ao assassino e orava para que ele se arrependesse. Disse mais que, posto estivesse presente à sua evocação, não se lhe tinha mostrado para lhe não aumentar os sofrimentos, porquanto o receio de o ver já era um sintoma de remorso, era já um castigo.

Do livro “O Céu e o Inferno” - Allan Kardec
(2a. Parte - Cap. VI - Ed. FEB)

                         ''Espiritismo é religião?''


Basicamente o Espiritismo é uma ciência, em função da metodologia adotada por Allan Kardec.
Sempre que alguém trabalha um conceito, estruturado sobre uma metodologia científica qualquer, esse trabalho tem, basicamente estrutura científica.
Allan Kardec através do tipo de questões que levantou, tipo de análise que apresentou, observação que desenvolveu, deu ao Espiritismo um caráter eminentemente científico.

Allan Kardec era um homem acostumado às reflexões da ciência e aos seus processos - deu à proposta espírita uma dinâmica de caráter científico.

 O ESPIRITISMO É UMA RELIGIÃO?
 Não, não é.

Usualmente define-se o Espiritismo como uma religião.

Inclusive, em alguns locais, o Espiritismo é tratado como mais uma religião, a par de centenas de outras.

Allan Kardec definiu o Espiritismo de forma bem clara e transparente.

Se o Espiritismo fosse mais uma religião perderia o seu carácter Universalista e seria apenas mais uma, no meio de um milhar oriundas do cristianismo, e mais de três milhares provenientes de outras denominações religiosas.

O pensamento de Kardec é bem claro, pelo que não se entende muito bem, essa infeliz afirmativa.

Leiamos Kardec: (1)

"Porque, então declaramos, que o Espiritismo não é uma religião?*
Porque não há uma palavra para exprimir duas ideias diferentes, e que, na opinião geral, a palavra religião é inseparável da de culto; desperta exclusivamente uma ideia de forma, que o Espiritismo não tem.
Se o Espiritismo se dissesse uma religião, o público não veria aí senão uma nova edição, uma variante, se se quiser, dos princípios absolutos em matéria de fé; uma casta sacerdotal com seu cortejo de hierarquias, de cerimónias e de privilégios; não o separaria das ideias de misticismo e dos abusos contra os quais tantas vezes se levantou a opinião pública.
Não tendo o Espiritismo nenhum dos caracteres de uma religião, na acepção usual do vocábulo, não podia nem devia enfeitar-se com um título sobre cujo valor inevitavelmente se teria equivocado.

Eis porque simplesmente se diz: doutrina filosófica e moral."*
 Acreditamos que podemos amar profundamente o próximo e pôr em prática essa notável nobreza, aproximando-nos de Deus, através do crescimento interior de cada um, sem haver necessidade de se reduzir o Espiritismo a uma religião.
Não devemos confundir moral com religião.
A moral tem um sentido mais abrangente, mais Universalista, englobando todas as sensibilidades religiosas, sendo ela própria, uma disciplina da Filosofia.
O conceito de religião é redutor limitando-se apenas a uma religião, é limitativa, absolutista, estática, e sendo a mais pura antítese, da lógica e do raciocínio.

O QUE É O ESPIRITISMO?

Mas afinal o que é o Espiritismo?(2):

"O Espiritismo é, ao mesmo tempo, Ciência Experimental e Doutrina Filosófica.

Como ciência prática, tem a sua essência nas relações que se podem estabelecer com os espíritos.

Como filosofia, compreende todas as consequências morais decorrentes dessas relações.

Pode ser definido assim:
O Espiritismo é uma ciência que trata da natureza, origem e destino dos espíritos, bem como de suas relações com o mundo corporal."*.

Pelo que podemos constatar, Allan Kardec, numa definição límpida de Espiritismo não faz qualquer menção a ser uma religião.

Será que o gênio de Kardec se esqueceu?

Vejamos...

QUAL O VERDADEIRO CARÁTER DO ESPIRITISMO?


Mais à frente no mesmo livro, podemos observar uma conversa de Allan Kardec com um padre, em que ambos estabelecem o seguinte diálogo(3):

"O sacerdote - Convenho em que, no que diz respeito às questões em geral, o Espiritismo é conforme às grandes verdades do Cristianismo.

Mas... e aos dogmas?

Não vai ele de encontro a certos princípios que a igreja ensina?

Allan Kardec - O Espiritismo é, antes de tudo, uma ciência, e não se ocupa com questões dogmáticas.

Como ciência, e como todas as filosofias, tem consequências morais.

Estas são boas ou más? Pode-se julgá-lo pelos princípios gerais que acabo de recordar.

Algumas pessoas se equivocaram quanto ao verdadeiro caráter do Espiritismo.

A questão é suficientemente séria e de molde a merecer uma explicação de nossa parte."*

Pelo que vimos acima, já podemos observar que o próprio Allan Kardec considera o Espiritismo como tendo consequências morais e não consequências religiosas como alguns pretendem.

É tremendamente lógica e racional esta conclusão de Kardec; uma vez que o Espiritismo leva à nossa reforma moral, e não à nossa reforma religiosa, alertando mesmo para a gravidade de tal proposta.

Um pouco mais à frente, Kardec, ainda detalha mais esta questão...(4):

"Melhor observado depois de sua divulgação, o Espiritismo faz luz sobre uma multidão de questões até hoje tidas como insolúveis ou mal compreendidas.

Seu verdadeiro caráter é, pois, o de uma ciência e não de uma religião.

A prova disso é que conta entre seus adeptos homens de todas as crenças (...)".*


RELIGAMENTO A DEUS OU "RELIGAÇÃO"...!?


Existem também algumas teorias sofistas, (partindo de uma premissa falsa) de que a palavra religião vem do latim religare que se considerarmos que o Espiritismo nos "religou" a Deus (o que é um autentico paradoxo, já que nunca estivemos separados do Criador), podemos chamar-lhe religião.

Independentemente da etimologia ou semântica da palavra, vamos novamente ver o que Kardec diz a este respeito, ainda no mesmo livro (5):

"O sacerdote - O senhor faz não obstante, as invocações segundo uma formula religiosa?

Allan Kardec - Anima-nos, certamente, um sentimento de religioso, nas evocações e em nossas reuniões.

Não existe, porem, uma formula sacramental.

Para os Espíritos o pensamento é tudo; a forma não vale nada.

Nós os invocamos em nome de Deus porque cremos em Deus e sabemos que nada se cumpre neste mundo sem a Sua permissão e porque se Deus não lhes permitisse vir, não viriam. (...)

Isto tudo o que prova?

QUE NÃO SOMOS ATEUS, O QUE DE NENHUM MODO IMPLICA EM QUE SEJAMOS RELIGIOSOS." *

Observa-se aqui que Allan Kardec é bem pragmático ao fazer a diferenciação entre NÃO SER ATEU e SER RELIGIOSO.

Saber que Deus existe, é tão somente isso mesmo: não ser ateu.

QUEM DESEJA QUE O ESPIRITISMO SEJA MAIS UMA RELIGIÃO?


Opinião de Kardec sobre o tema: Espiritismo é religião?

Allan Kardec em: "Discurso de Abertura", de 2 de novembro de 1868,publicado na "Revue"de dezembro do mesmo ano:

Primeiramente lembro o clássico artigo publicado na "Revista espírita" de dezembro de 1868, intitulado "O espiritismo é uma religião?", pois nesse texto, Kardec declara não ser o espiritismo uma religião, por não possuir os caracteres das religiões tradicionais,como as cerimônias e os sacerdotes.

Todavia, afirma ele nesse mesmo texto:

"o laço estabelecido por uma religião é um laço essencialmente moral, que liga os corações, que identifica os pensamentos, [...].

O efeito desse laço moral é o de estabelecer entre os que ele une, [...] a fraternidade e a solidariedade, a indulgência e a benevolência mútuas. [...]

Se assim é, perguntarão, então o espiritismo é uma religião?

Ora, sim, sem dúvida, senhores; no sentido filosófico, o espiritismo é uma religião".

Kardec é bem claro em sua opinião ao possibilitar que o espiritismo seja considerado uma religião apenas em seu aspecto filosófico, ou seja, por reunir em torno de seus princípios filosóficos os homens numa congregação de fraternidade e benevolência, para então concluir, após a afirmativa acima:

"O espiritismo, não tendo nenhum dos caracteres duma religião, na acepção usual da palavra, não se poderia, nem deveria ornar-se de um título sobre o valor do qual, inevitavelmente, seria desprezado; eis porque ele se diz simplesmente: doutrina filosófica e moral".

Eis uma observação de Kardec, muito a propósito, na Revue Spirite de 1864, p. 199, com respeito à divulgação do Espiritismo como uma religião pelos doutores da Lei da era moderna:

"Quem primeiro proclamou que o Espiritismo era uma religião nova, com seu culto e seus sacerdotes, senão o clero?

Onde se viu, até o presente, o culto e os sacerdotes do Espiritismo?


Se algum dia ele (Espiritismo*) se tornar uma religião, o CLERO é quem o terá provocado".*



Bem e finalizamos...

o Espiritismo é a doutrina mais bela que pessoalmente temos conhecimento.