quarta-feira, 1 de abril de 2015

                                             ''força  interior''


Não menosprezes a força interior que Deus te conferiu como dom natural.

Essas energias superiores estão em ti, basta somente que as liberte e um fluxo energético te guiará melhor ante tua própria existência.

O acontecimento não é o que ocorreu, mas sim o que fazes com aquilo que ocorreu. 

Podes tornar pior ou suavizar tuas tribulações pelo jeito com que reages a elas.
Tua dor será sanada.
Teu conflito, extirpado.
Tua ansiedade, apaziguada.
Tuas buscas sempre encontrarão porto feliz.


Usa abundantemente tua luz interior e terás maior lucidez e discernimento em tua casa mental.


As soluções fluirão mais fáceis, se te integrares nesta força íntima que habitam em ti, pois és herdeiro de Deus.


Ele habita em teu âmago; busca-O, e essas potencialidades divinas estarão mais disponíveis em ti mesmo.


Assim, a harmonia e a serenidade estarão contigo, reforçando o elo que te ligara Divina Providência.
                                                    ''Conselho Fraterno''




Sentindo-me incapaz de reiniciar a tarefa, procurei Bezerra para aconselhar-me.

O grande orientador recebeu-me com a bondade habitual e explicou, gentil:
- Jacob, se os nossos irmãos ignorantes, depois da morte do corpo, na maioria das vezes prosseguem algemados às ações ruinosas a que se dedicaram, continuamos, por nossa vez, nos serviços de espiritualização a que nos devotamos. 

Sentimo-nos abrasados na sede de conquistar gloriosos cumes, pretendemos adquirir mais luz, mais alegria e vida abundante, de modo a enriquecer a estrada que trilhamos; entretanto, o milagre de nossas antigas concepções terrestres não existe. 

O Céu é suficientemente iluminado e jubiloso para cogitar os véus de sombra e eliminar os espinhos do sofrimento que decorrem do nosso desacordo com a Lei e conquistá-lo, começando semelhante serviço em nossa própria alma. 

O seu trabalho, pois, é de prosseguimento. 

Organize um entendimento com os amigos de sua boa luta e retorne aos processos de auxílio. 

Cada setor de atividade cristã, junto de irmãos obsidiados, doentes, desorientados, ignorantes, criminosos ou infelizes; encarnados ou desencarnados, representa um ângulo da construção de seu próprio paraíso. 

O espírito vale pelas expressões divinas que pode traduzir no próprio caminho, porque o Criador atende a criatura, através da criatura. 

Regresse, contente, aos seus casos de socorro. 

Representam eles a sua melhor oportunidade de servir ao Senhor. 

Ajudando, libertando e iluminando os outros, você auxiliará, melhorará e engrandecerá a si mesmo.

Porque lhe endereçasse algumas palavras com referência ao recomeço, sugeriu me concentrasse atencioso para recordar todos os serviços dos últimos dez anos, de modo a estabelecer um programa criterioso e metódico.

Findo o nosso entendimento, isolei-me para a rememoração necessária.

Com que imensa clareza lembrava os incidentes!

Tive a idéia de que maravilhoso disco de imagens era acionado dentro da minha imaginação, projetando, devagar, sobre a minha retentiva, todos os quadros vividos no último decênio.

Anotei quanto me era preciso para a volta ao ministério que encetara, ao abraçar os princípios evangélicos na esfera carnal.

Logo após, com a colaboração do irmão Andrade, providenciei um encontro com todos os cooperadores, junto dos quais meus humildes esforços doravante se desdobrariam.

Pelo Espírito Irmão Jacob  Do livro: VolteiMédium: Francisco Cândido Xavier
                                                ''Criança e futuro''
A criança, hoje, — abençoado solo arroteado que aguarda a semente da fertilidade e da vida — necessariamente atendida pela caridade libertadora do Evangelho de Jesus, nas bases em que Allan Kardec o atualizou, é o celeiro fecundo, que se abarrota de esperanças para o futuro.

Criança que se evangeliza – adulto que se levanta no rumo da felicidade porvindoura.

Todo investimento de amor, no campo da educação espírita, tendo em vista a alma em trânsito pela infância corporal, é valiosa semeação de luz que se multiplicará em resultados de mil por um…

Ninguém pode empreender tarefas nobilitantes, tendo as vistas voltadas para a Era Melhor da Humanidade, sem um vigoroso empenho na educação espírita do pequenino da atualidade.

Embora ele seja um espírito em recomeço de tarefas, reeducando-se, não raro, sob os impositivos da dor em processo de carinhosa lapidação, é oportunidade ditosa, que surge como desafio para o momento e promessa de paz para o futuro. Isto, porque sabemos que a infância é ensejo superior de aprendizagem e fixação, cabendo-nos o mister relevante de proteger, amparar e sobretudo de conduzir as gerações novas no rumo do Cristo.

Esse cometimento desafio é-nos grave empresa, por estarmos conscientizados de que o corpo é concessão temporária e a jornada física um corredor por onde se transita, entrando-se pela porta do berço e saindo-se pela do túmulo, na direção da Vida Verdadeira.

A criança, à luz da Psicologia atual, não é mais o “adulto em miniatura”, nem a vida orgânica representa mais a realidade única, face às descobertas das modernas ciências da alma.

Ao Espiritismo, que antecipou as conquistas do conhecimento, graças à revelação do Imortais, compete ao superior ministério de preparar o futuro ditoso da Terra, evangelizando a infância e juventude do presente.

Em tal esforço, apliquemos os contributos da mente e do sentimento, evocando o Senhor quando solicitou que deixassem ir a Ele as criancinhas, a fim de nelas plasmar, desde então, mais facilmente e com segurança, o “reino de Deus” que viera instaurar na Terra.

Da obra: “Compromissos Iluminativos”
Psicografado por Divaldo Pereira Franco
Espírito Bezerra de Menezes
                                                          ''Quando voltares''
Sofres pedindo alívio e inebrias-te na oração, como quem sobe ao Céu pela escada sublime da benção…

Rogas a presença do Cristo.

Todavia, não encontras o Mestre, diante de quem prostrarias de rastros.

Sabe, porém, que nas alturas os Braços Eternos te sustentam a vida e, enquanto te enterneces na melodia da confiança, sentes que tua alma se coroa de luz, ao fulgor das estrelas.

Suplicas, em prece, a própria felicidade e a felicidade dos que mais amas, obtendo consolo e refazendo energias…

Contudo, quando voltares da divina excursão que fazes em pensamento, desce teus olhos no vale dos que padecem.

Surpreenderás aqueles para quem leve migalha de teu conforto expressará sempre, de algum modo, a aquisição da perfeita alegria.

Os mutilados em pranto oculto, os enfermos deixados aos pesadelos da noite, os infelizes em desespero e os pequeninos que se amontoam ante o lar de ninguém.

Descobrindo-os, decerto não lhe alongarás apenas o olhar dorido, mas também as próprias mãos, aprendendo a redentora ciência de auxiliar.

Compreenderás então que podes igualmente distribuir na Terra o tesouro de amor que imploras do Céu, e quem sabe?

Talvez hoje mesmo, penetrando o quarto sem lume de algum doente que o mundo esqueceu no catre da angústia, encontrarás o Senhor, velando-lhe as horas, como a dizer-te com ternura inefável:

- “Para que me chamaste? Eu estou aqui.”
MEIMEI..Psicografada por CHICO XAVIER
                                              ''Senhor!''
Abençoa-nos, servos imperfeitos que reconhecemos ser, na longa trilha do processo de nossa evolução.

Encontramo-nos emaranhados em nosso pretérito, onde os espículos da imperfeição acicatam as nossas necessidades.

Deslumbrados pelo sol da madrugada nova, comprazemo-nos na noite demorada que nos retém, chafurdados na incompreensão e no desequilíbrio.

Prometendo renovação e paz, detemo-nos na intriga e na desídia.

Buscando o planalto da redenção, retemo-nos no pantanal do vício. 

Aspirando liberdade e glória, algemamo-nos à paixão escravizante e ao defeito perturbador.

Contigo aprendemos que vencedor é aquele que serve, feliz é aquele que doa, fiel é aquele que renuncia.

Não obstante, disputamos, nos combates aguerridos da inferioridade, os primeiros lugares; nos banquetes da fatuidade sem nos darmos conta de que Tu, Senhor, Excelso Governador da Terra, abandonaste, um dia, o sólio do Empíreo para refugiar-TE na manjedoura, ensejando-nos a madrugada imperecível que traça o rastro luminoso desde o presépio de Belém à cruz de Jerusalém, a fim de dizer-nos que a ressurreição gloriosa é contingência inevitável da morte, em sombras, para o dia imorredouro da plenitude.

Abençoa-nos, portanto, Senhor, aos discípulos que Te desejamos servir e amar, construindo, no mundo, a Era Nova que o Teu Evangelho restaurado nos traz, a fim de que possamos, no termo da jornada, dizer como o converso de Damasco:

Já não sou eu quem vive, mas Tu, Senhor, vives em mim.
Bezerra de Menezes

Da obra “A prece segundo os Espíritos”
Psicografado por Divaldo Pereira Franco
Espíritos Diversos
                                                   ''Louvor e Súplica''
Deus de eterna bondade, Em prece de louvor, Entrego-te minha alma!...
Sê bendito, meu Pai, Por todos os recursos, Ferramentas, processos e medidas Dos quais te utilizaste, A fim, de que eu perceba Que tudo devo a ti...

Agradeço-te, pois, O tesouro da vida, A presença do amor, A constância do tempo, O sustento da fé, O calor da esperança que me acena ao porvir, O santo privilégio de servir, O pensamento reto Que me faz discernir O que é mal e o que é bem, Na clara obrigação De nunca desprezar ou de ferir alguém!...

Agradeço-te, ainda, A visão das estrelas A esmaltarem de glória o Lar celeste, As flores do caminho, 
Os braços que me amparam E os gestos de carinho Dos corações queridos que me deste!...
Por tudo te agradeço...

E quando te aprouver Despojar-me dos bens com que me exaltas, Ensina-me, Senhor, a devolver Tudo que me emprestaste...

Mas, por piedade, oh! Pai, Por apoio e dever, A bênção de aceitar E o dom de compreender!...

Pelo Espírito: Maria Dolores
Do livro: Antologia da Espiritualidade
Psicografia: Francisco Cândido Xavier

                                      ''Três Conclusões''



O tempo concedido ao Espírito para uma reencarnação, por mais
 longo é sempre curto, comparando ao serviço que somos
chamados a realizar.

Importante, assim, o aproveitamento das horas.

Meditemos no gasto excessivo de forças em que nos
 empenhamos levianamente no trato com assuntos da repartição 
de outrem.

Quantos milhares de minutos e de frases esbanjamos por 
década, sem a mínima utilidade, ventilando temas e questões que
 não nos dizem respeito?

Para conjurar essa perda inútil, reflitamos em três conclusões de 
interesse fundamental.

O que os outros pensam:

Aquilo que os outros pensam é ideia deles. 
Não podemos usufruir-
lhes a cabeça para imprimir-lhes as interpretações que são
capazes diante da vida.

Um indígena e um físico contemplam a luz, mantendo conceitos 
absolutamente antagônicos entre si.

Acontece o mesmo na vida moral.
Precisamos nutrir o cérebro de pensamentos limpos, mas não 
está em nosso poder exigir que os semelhantes pensem como 
nós.

O que os outros falam:

A palavra dos amigos e adversários, dos conhecidos e 
desconhecidos, é criação verbal que lhes pertence.

Expressam-se como podem e comentam as ocorrências do dia-a-
dia com os
sentimentos dignos ou menos dignos de que são portadores.

Efetivamente, é dever nosso cultivar a conversação criteriosa; 
contudo, não dispomos de meios para interferir na manifestação
pessoal dos entes que nos cercam, por mais caros nos sejam.

O que os outros fazem:

A atividade dos nossos irmãos é fruto de escolha e resolução 
que lhes cabe.

Sabemos que a Sabedoria Divina não nos criou para cópias uns
 dos outros. 
Cada consciência é domínio à parte.

As criaturas que nos rodeiam decerto que agem com excelentes 
intenções, nessa ou naquela esfera de trabalho, e, se ainda não
conseguem compreender o mérito da sinceridade e do serviço ao 
próximo, isso é problema que lhes compete e não a nós.


Fácil deduzir que não podemos fugir da ação nobilitante, em 
benefício de nós mesmos, mas não nos compete impor nas 
decisões alheias, que o próprio Criador deixa livres.

À vista disso, cooperemos com os outros e recebamos dos 
outros o auxílio de que carecemos, acatando a todos, mas sem 
perder
tempo com o que possam pensar, falar e fazer.

Em suma, respeito para os outros é obrigação para nós.


André Luiz
Extraído do livro“Estude e Viva”
Psicografado por Francisco Cândido Xavier

''Chaves Libertadoras''


DESGOSTO
Qualquer contratempo aborrece.

No entanto, sem desgosto, a conquista de experiência é 

impraticável.

OBSTÁCULO
Todo empeço atrapalha.

Sem obstáculo, porém, nenhum de nós consegue efetuar a 

superação das próprias deficiências.

DECEPÇÃO
Qualquer desilusão incomoda.

Todavia, sem decepção, não chegamos a discernir o certo do

 errado.

ENFERMIDADE
Toda doença embaraça.

Sem a enfermidade, entretanto, é muito difícil consolidar a

 preservação consciente da própria saúde.

TENTAÇÃO
Qualquer desafio conturba.

Mas, sem tentação, nunca se mede a própria resistência.

PREJUÍZO
Todo o golpe fere.

Sem prejuízo, porém, é quase impossível construir segurança nas

 relações uns com os outros.

INGRATIDÃO
Qualquer insulto à confiança estraga a vida espiritual.

No entanto sem o concurso da ingratidão que nos visite, não

 saberemos formular equações verdadeiras nas contas de nosso

tesouro afetivo.

DESENCARNAÇÃO
Toda morte traz dor.

Sem a desencarnação, porém, não atingiríamos a renovação 

precisa, largando processos menos felizes de vivência ou 

livrando-nos da caducidade no terreno das formas.

Compreendamos, à face disso, que não podemos louvar as

 dificuldades que nos rodeiam mas é imperioso reconhecer que, 

sem elas, eternizaríamos paixões, enganos, desiquilibrios e 

desacertos, motivo pelo qual será justo interpretá-las por chaves

libertadoras, que funcionam em nosso espírito, a fim de que 

nosso espírito se mude para o que deve ser, mudando em si tudo

aquilo que lhe compete mudar.


André Luiz

Do livro “Paz e Renovação” - Chico Xavier

''A Jornada da Vida''



A vida não cessa.

A vida é fonte eterna e a morte é o jogo escuro das ilusões.

O grande rio tem seu trajeto, antes do mar imenso.

Copiando-lhe a expressão, a alma percorre igualmente caminhos variados

 e etapas diversas, também recebe afluentes de conhecimentos, aqui e

ali, avoluma-se em expressão e purifica-se em qualidade, antes de 

encontrar o Oceano Eterno da Sabedoria.

Cerrar os olhos carnais constitui operação demasiadamente simples.

Permutar a roupagem física não decide o problema fundamental da 

iluminação, como a troca de vestidos nada tem que ver com as soluções

profundas do destino e do ser.

Oh! Caminhos das almas, misteriosos caminhos do coração!

É mister percorrer-vos, antes de tentar a suprema equação da Vida 

Eterna!

É indispensável viver o vosso drama, conhecer-vos detalhe a detalhe, no

 longo processo do aperfeiçoamento espiritual!...

Seria extremamente infantil a crença de que o simples “baixar do pano”

resolvesse transcendentes questões do Infinito.

Uma existência é um ato.

Um corpo - uma veste.

Um século - um dia.

Um serviço - uma experiência.

Um triunfo - uma aquisição.

Uma morte - um sopro renovador.

Quantas existências, quantos corpos, quantos séculos, quantos serviços,

 quantos triunfos, quantas mortes necessitamos ainda?

E o letrado em filosofia religiosa fala de deliberações finais e posições 

definitivas!

Ai! Por toda parte, os cultos em doutrina e os analfabetos do espírito!

É preciso muito esforço do homem para ingressar na academia do 

Evangelho do Cristo, ingresso que se verifica, quase sempre, de estranha

maneira - ele só, na companhia do Mestre, efetuando o curso difícil,

recebendo lições sem cátedras visíveis e ouvindo vastas dissertações 

sem
palavras articuladas.


Muito longa, portanto, nossa jornada laboriosa.

(Do livro “Nosso Lar” - Pelo espírito André Luiz – Psicografia: Chico Xavier)


É assim que tudo serve, tudo se encadeia na natureza, do átomo ao

 arcanjo, que também começou pelo átomo.” (O Livro dos Espíritos - 

Pergunta 540)