domingo, 14 de agosto de 2016

COMO É E ONDE FICA O MUNDO ESPIRITUAL DE POVOS E CONTINENTES DIFERENTES?


Muitos acham que o mundo espiritual é uma nuvem,
 uma fumaça ou coisa parecida. 
Outros acreditam, que só tem o Nosso Lar. 
Mas, André Luiz retrata um mundo espiritual palpável e
 lógico. 
Todos os dias desencarnam milhões de espíritos. 
Cada caravana tem seu costume, cultura, linguagem, 
etc. 
Uns são japoneses, outros chineses, africanos, etc. 
O mundo espiritual fica próximo da Crosta da Terra e é
 semelhante ao ambiente da qual os desencarnados 
estavam acostumados. 
Exemplo: A cidade espiritual que está pertinho de Belo
 Horizonte é quase uma Belo Horizonte. 
A cidade espiritual que fica próximo de Hong Kong é
 quase uma Hong Kong, não podia ser diferente.
 Imaginemos se um índio do Xingu desencarnar e for 
levado para uma biblioteca que só tem livros em francês.
 Ele se sentirá inadaptado, constrangido e até
humilhado. 
Então, o mundo espiritual que André Luiz relata é 
condizente a sabedoria e amor de Deus. 
Se uma professora da Terra distribui os alunos de forma
 que possa ajudá-los, imaginemos Deus.


Haroldo Dutra



             FlUÍDO CÓSMICO 



O fluído cósmico é o “plasma divino”, hausto do Criador ou força nervosa do Todo-Sábio. Nesse elemento primordial, vibram e vivem constelações e sóis, mundos e seres, como peixes no oceano.

Nessa substância original, ao influxo do próprio Senhor Supremo, operam as Inteligências Divinas a Ele agregadas, em processo de comunhão indescritível, os grandes Devas da teologia hindu ou os Arcanjos da interpretação de variados templos religiosos, extraindo desse hálito espiritual os celeiros da energia com que constroem os sistemas da Imensidade, em serviço de “Co-criação em plano maior”, de conformidade com os desígnios do Todo-Misericordioso, que faz deles agentes orientadores da Criação Excelsa.

Essas Inteligências Gloriosas tomam o plasma divino e convertem-no em habitações cósmicas, de múltiplas expressões, radiantes ou obscuras, gaseificadas ou sólidas, obedecendo a leis predeterminadas, quais moradias que perduram por milênios e milênios, mas que se desgastam e se transformam, por fim, de vez que o Espírito Criado pode formar ou co-criar, mas só Deus é o Criador de Toda a Eternidade.

Devido à atuação desses Arquitetos Maiores, surgem nas galáxias as organizações estelares como vastos continentes do Universo em evolução e as nebulosas intragaláticas como imensos domínios do Universo, encerrando a evolução em estado potencial, todas gravitando ao redor de pontos atrativos, com admirável uniformidade coordenadora.

É aí, no seio dessas formações assombrosas, que se estruturam, inter-relacionados, a matéria, o espaço e o tempo, a se renovarem constantes, oferecendo campos gigantescos ao progresso do Espírito. Cada galáxia quanto cada constelação guardam no cerne a força centrífuga própria, controlando a força gravítica, com determinado teor energético, apropriado a certos fins.

A Engenharia Celeste equilibra rotação e massa, harmonizando energia e movimento, e mantêm-se, desse modo, na vastidão sideral, magnificentes florestas de estrelas, cada qual transportando consigo os planetas constituídos e em formação, que se lhes vinculam magneticamente ao fulcro central, como os elétrons se conjugam ao núcleo atômico, em trajetos perfeitamente ordenados na órbita que se lhes assinala de início.

Para idearmos, de algum modo, a grandeza inconcebível da Criação, comparemos a “nossa galáxia” a grande cidade, perdida entre incontáveis grandes cidades de um país cuja extensão não conseguimos prever. Tomando o Sol e os mundos nossos vizinhos como apartamentos de nosso edifício, reconheceremos que em derredor repontam outros edifícios em todas as direções.

Assestando instrumentos de longo alcance da nossa sala de estudo, perceberemos que nossa casa não é a mais humilde, mas que inúmeras outras lhe superam as expressões de magnitude e beleza. Aprendemos que, além de nossa edificação, salientam-se palácios e arranha-céus como Betelgeuze, no distrito de Órion, Canópus, na região do 10 Navio, Arctúrus, no conjunto do Boieiro, Antares, no centro do Escorpião, e outras muitas residências senhoriais, imponentes e belas, exibindo uma glória perante a qual todos os nossos valores se apagariam.

Por processos ópticos, verificamos que a nossa cidade apresenta uma forma espiralada e que a onda de rádio, avançando com a velocidade da luz, gasta mil séculos terrenos para percorrer-lhe o diâmetro. Nela surpreenderemos milhões de lares, nas mais diversas dimensões e feitios, instituídos de há muito, recém-organizados, envelhecidos ou em vias de instalação, nos quais a vida e a experiência enxameiam vitoriosas.

Toda essa riqueza de plasmagem, nas linhas da Criação, ergue-se à base de corpúsculos sob irradiações da mente, corpúsculos e irradiações que, no estado atual dos nossos conhecimentos, embora estejamos fora do plano físico, não podemos definir em sua multiplicidade e configuração, porquanto a morte apenas dilata as nossas concepções e nos aclara a introspecção, iluminando-nos o senso moral, sem resolver, de maneira absoluta, os problemas que o Universo nos propõe a cada passo, com os seus espetáculos de grandeza. (Forças atômicas)

Sob a orientação das Inteligências Superiores, congregam-se os átomos em colméias imensas, e, sob a pressão, espiritualmente dirigida, de ondas eletromagnéticas, são controladamente reduzidas as áreas espaciais intra-atômicas, sem perda de movimento, para que se transformem na massa nuclear adensada, de que se esculpem os planetas, em cujo seio as mônadas celestes encontrarão adequado berço ao desenvolvimento.

Semelhantes mundos servem à finalidade a que se destinam, por longas eras consagradas à evolução do Espírito, até que, pela sobrepressão sistemática, sofram o colapso atômico pelo qual se transmutam em astros cadaverizados. Essas esferas mortas, contudo, volvem a novas diretrizes dos Agentes Divinos, que dispõem sobre a desintegração dos materiais de superfície, dando ensejo a que os elementos comprimidos se libertem através de explosão ordenada, surgindo novo acervo corpuscular para a reconstrução das moradias celestes, nas quais a obra de Deus se estende e perpetua, em sua glória criativa.

Os mundos ou campos de desenvolvimento da alma, com as suas diversas faixas de matéria em variada expressão vibratória, ao influxo ainda dos Tutores Espirituais, são acalentados por irradiações luminosas e caloríficas, sem nos referirmos às forças de outra espécie que são arrojadas do Espaço Cósmico sobre a Terra e o homem, garantindo-lhes a estabilidade e a existência. Temos, assim, a “luz e o calor”, que teoricamente classificamos entre as irradiações nascidas dos átomos supridos de energia. São estes que, excitados na Íntima estrutura, despedem as ondas eletromagnéticas.

Todavia, não obstante tatearmos com relativa segurança as realidades da matéria, definindo a natureza corpuscular do calor e da luz, e embora saibamos que outras oscilações eletromagnéticas se associam, insuspeitadas por nós, na vastidão universal, aquém do infravermelho e além do ultravioleta, completamente fora da zona de nossas percepções, confessamos com humildade que não sabemos ainda, principalmente no que se refere à elaboração da luz, qual seja a força que provoca a agitação inteligente dos átomos, compelindo-os a produzir irradiações capazes de lançar ondas no Universo com a velocidade de 300.000 quilômetros por segundo, preferindo reconhecer, em toda a parte, com a obrigação de estudarmos e progredirmos sempre, o hálito divino do Criador.

Em análogo alicerce, as Inteligências humanas que ombreiam conosco utilizam o mesmo fluído cósmico, em permanente circulação no Universo, para a “Co-criação em plano menor”, assimilando os corpúsculos da matéria com a energia espiritual que lhes é própria, formando assim o veículo fisiopsicossomático em que se exprimem ou cunhando as civilizações que abrangem no mundo a humanidade Encarnada e a Humanidade Desencarnada.

Dentro das mesmas bases, plasmam também os lugares entenebrecidos pela purgação infernal, gerados pelas mentes desequilibradas ou criminosas nos círculos inferiores e abismais, e que valem por aglutinações de duração breve, no microcosmo em que estagiam, sob o mesmo princípio de comando mental com que as Inteligências Maiores modelam as edificações macrocósmicas, que desafiam a passagem dos milênios.

Cabe-nos assinalar, desse modo, que, na essência, toda a matéria é energia tornada visível e que toda a energia, originariamente, é força divina de que nos apropriamos para interpor os nossos propósitos aos propósitos da Criação, cujas leis nos conservam e prestigiam o bem praticado, constrangendo-nos a transformar o mal de nossa autoria no bem que devemos realizar, porque o Bem de Todos é o seu Eterno Princípio.

Compete-nos, pois, anotar que o fluído cósmico ou plasma divino é a força em que todos vivemos, nos ângulos variados da Natureza, motivo pelo qual já se afirmou, e com toda a razão, que “em Deus nos movemos e existimos”. (Paulo de Tarso)

Texto compilado do livro Evolução em dois Mundos
André Luiz (espírito) e Francisco Cândido Xavier (1958)


PESSOAS QUE NÃO MAIS REENCARNARÃO  NA TERRA  E POR QUÊ ?


Allan Kardec, abordando a questão da geração nova, em A Gênese, diz para que os homens sejam felizes na Terra, é preciso que somente a povoem Espíritos bons, encarnados e desencarnados, que só se dediquem ao bem.
Havendo chegado o tempo, grande emigração se verifica neste momento entre os que a habitam: a dos que praticam o mal pelo mal, ainda não tocados pelo sentimento do bem, os quais, já não sendo dignos do planeta transformado, serão excluídos, visto que, se assim não fosse, lhe ocasionariam de novo perturbação e confusão e constituiriam obstáculo ao progresso. Irão expiar o endurecimento de seus corações, uns em mundos inferiores, outros em raças terrestres ainda atrasadas, equivalentes a mundos inferiores, aos quais levarão os conhecimentos que hajam adquirido, tendo por missão fazê-las avançar. Serão substituídos por Espíritos melhores, que farão reinarem em seu seio a justiça, a paz e a fraternidade.

No dizer dos Espíritos, a Terra não deverá transformar-se por meio de um cataclismo que aniquile de súbito uma geração. A atual desaparecerá gradualmente e a nova lhe sucederá do mesmo modo, sem que haja mudança alguma na ordem natural das coisas.

Tudo, pois, se processará exteriormente, como de costume, mas com uma única e capital diferença: uma parte dos Espíritos que encarnavam na Terra, aí não mais tornarão a encarnar. Em cada criança que nascer, em vez de um Espírito atrasado e inclinado ao mal, que antes nela encarnaria, virá um Espírito mais adiantado e propenso ao bem.

Trata-se, pois, muito menos de uma nova geração corpórea, do que de uma nova geração de Espíritos. Sem dúvida, é neste sentido que Jesus entendia as coisas, quando declarava: “Digo-vos, em verdade, que esta geração não passará sem que estes fatos tenham ocorrido”. Assim, os que esperam ver a transformação operar-se efeitos sobrenaturais e maravilhosos ficarão bastante decepcionados.
A época atual é de transição; os elementos das duas gerações se confundem. Colocados no ponto intermediário, assistimos à partida de uma e à chegada da outra, já se assinalando cada uma, no mundo, pelas características que lhes são peculiares.

As duas gerações que se sucedem têm ideias e pontos de vista opostos. Pela natureza das disposições morais e, sobretudo, das disposições intuitivas e inatas, torna-se fácil distinguir a qual das duas pertence cada indivíduo. Cabendo-lhe fundar a era do progresso moral, a nova geração se distingue por inteligência e razão geralmente precoces, aliadas ao sentimento inato do bem e a crenças espiritualistas, o que constitui sinal indubitável de certo grau de adiantamento anterior. Não se comporá de Espíritos eminentemente superiores, mas dos que, já tendo progredido, se acham predispostos a assimilar todas as ideias progressistas e estejam aptos a secundar o movimento de regeneração.

Ao contrário, o que distingue os Espíritos atrasados é, em primeiro lugar, a revolta contra Deus, por se recusarem a reconhecer um poder superior aos poderes humanos; a propensão instintiva para as paixões degradantes, para os sentimentos anti-fraternos de egoísmo, de orgulho, de inveja, de ciúme; enfim, o apego a tudo o que é material: a sensualidade, a cupidez, a avareza



OS ANIMAIS TEM  ALMA ? O QUE   É "ALMA-GRUPO" ?



                   

Veja as perguntas e os esclarecimentos dos espíritos superiores em relação a esse tema.

Sempre se fala na evolução e reencarnação do espírito do ser humano, agora, como é que acontece a evolução e reencarnação do espírito dos animais? 
A evolução deles tem a ver com o tipo de animal? 
Um pássaro é menos evoluído que um cachorro?

No processo evolutivo, os animais, pouco a pouco, vão se modificando. 
A princípio possuem uma "alma-grupo" que, no evoluir das espécies, vai se individualizando.Aprendemos na escola, que a escalada evolutiva segue a seguinte ordem: peixes, anfíbios, répteis, aves e mamíferos. 
Fazendo uma análise e comparando cada qual, notamos que a espécie mais evoluída é a dos mamíferos. 
Nós também não somos mamíferos? 
Sim, realmente somos, mas pertencemos ao grupo hominal.

E o que nos diferencia das demais espécies? 
Nós já temos a faculdade da razão e uma inteligência já desenvolvida. 
Sobre nós impera a Lei do “Livre Arbítrio e a Lei da Ação e Reação”. 
Os animais possuem uma “inteligência fragmentária”, possuem sentimentos, mas sobre eles impera o instinto.

E qual o papel deles junto a nós? 
Através das leituras, vamos adquirindo a consciência de que eles, como nós, estão passando por um processo evolutivo. 
Nós, buscando o aperfeiçoamento moral e espiritual, para um dia atingirmos as alturas angélicas; eles, evoluindo nas diversas espécies, para um dia reencarnarem no reino hominal.

Em algumas literaturas é colocado que: "Nossa responsabilidade para com eles é a mesma do Plano Espiritual Maior para conosco". 
Então, estas pequenas criaturas que conosco comungam a jornada terrena e nos auxiliam, muitas vezes sendo sacrificadas em benefício da ciência para o bem da humanidade, merecem de nós respeito, compreensão, amor e auxílio em sua evolução.

Devemos, pela responsabilidade a nós colocada, dar o melhor de nós a estes irmãos menores, pois este "melhor" estará guardado intuitivamente em seus corações e, quando passarem para o reino hominal, já terão dentro de si o amor.

Poderão, então, ser pessoas melhores, evoluindo mais rapidamente pelos caminhos do bem e do amor. 
Já dizia Leonardo Da Vinci: "O dia em que o homem conhecer o íntimo dos animais, todo crime realizado contra um animal, será um crime contra a humanidade".

Quanto a questão da reencarnação dos animais, no Livro dos Espíritos temos na questão 598 – A alma dos animais conserva depois da morte sua individualidade e a consciência de si mesmo? Sua individualidade, sim, mas não a consciência do seu eu. A vida inteligente permanece no estado latente.”

E na questão 600 – A alma do animal, sobrevivente ao corpo, está depois da morte em um estado errante como a do homem? 
É uma espécie de erraticidade, visto que não está unida ao corpo, mas não é um Espírito errante.

O Espírito errante é um ser que pensa e age por sua livre vontade, sendo a consciência de si mesmo seu atributo principal. 
A alma dos animais não tem a mesma faculdade. 
O Espírito do animal é classificado, depois da sua morte, pelos Espíritos que a isso compete, e quase imediatamente utilizado (para reencarnação), não tendo tempo de se colocar em relação com outras criaturas.

O que o Espiritismo fala sobre os animais; eles tem alma? 
Progridem? ou serão sempre animais? 
Porque eles sofrem? Eles tem Carma? Porque existem animais mais inteligentes?

Esta é uma pergunta difícil de ser detalhada, mas sem dúvida o espiritismo tem uma resposta. 
Os animais não tem alma como nós os humanos, mas tem um princípio espiritual que sobrevive à morte do corpo. 
Segundo os espíritos disseram a Kardec, quando o animal morre, espíritos especializados recolhem esse princípio espiritual, que entra em letargia e é encaminhado, imediatamente, para uma nova encarnação.

Este princípio inteligente, que ainda não é um espírito, passará milênios incontáveis nesta condição, até chegar ao reino hominal, mas em mundos primitivos, onde o homem pouco se diferencia de um animal.

Continua progredindo lentamente até adquirir consciência de si mesmo e desenvolver o livre arbítrio. 
Os homens progridem por sua vontade, mas os animais pela força das coisas ou do ambiente. 
Se eles permanecessem sempre animais seria uma injustiça, pois eles sofrem, são abatidos para a alimentação do homem, usados como cobaias e desenvolvem doenças como o câncer, por exemplo.

Mas eles não tem Carma, pois não tem livre arbítrio. 
Mas compreenda, caro amigo, que Carma é uma palavra das doutrinas indianas e não existe no espiritismo (preferimos ação e Reação ou causa e efeito). 
Os animais não são responsáveis pelos seus atos. 
Alguns são mais inteligentes pelos cuidados recebidos, ou talvez, porque progrediram um pouco mais do que os seus irmãos da mesma espécie. 
Respeitar e proteger os animais é um dever cristão.

Fonte.: Grupo Espírita Bezerra de Menezes
e Sociedade de Estudos Espíritas Allan Kardec


DEPENDÊNCIA QUÍMICA É DESAJUSTES DA ALMA?




Nos últimos tempos, a sociedade brasileira de um modo geral vem sendo atormentada pelo fantasma da dependência química. Infelizmente, o assunto é destaque nos veículos de comunicação em todo o país.
Em todas as cidades, em maior ou menor grau, é possível encontrar dependentes químicos padecendo pelo vício nas ruas, praças e becos. São pessoas de variadas classes sociais, níveis de formação e faixa etária. A dependência química não é seletiva, ao contrário, é epidêmica.
O número de usuários de substâncias tóxicas é crescente e chega a índices preocupantes. Estima-se que no Brasil cerca de 9 milhões de pessoas fazem uso de substâncias ilícitas e, se mencionarmos os etilistas e tabagistas, devemos acrescentar às estatísticas mais 9 milhões de pessoas. A impressão que temos é que a situação fugiu do controle.
O problema do uso de substâncias tóxicas é semelhante a um câncer de alta malignidade. Espalha-se rapidamente e gera outras temidas consequências, como homicídios, furtos, roubos e outras modalidades do crime, no qual dezenas de pessoas todos os dias perdem a guerra para o tráfico de drogas e são vitimadas covardemente. Enquanto famílias inteiras são destruídas, traficantes se enriquecem à custa do sofrimento alheio.
O que é dependência química?
A dependência química ou síndrome da dependência é definida pela ciência como a perda do controle do organismo sobre o uso de substâncias químicas (drogas ilícitas, etilismo, tabagismo, medicações), ou seja, o corpo passa a depender dessas substâncias para realizar suas funções. Na ausência delas, manifesta sintomas conhecidos como síndrome de abstinência.
É uma doença crônica de ação rápida e difícil controle, que pode levar o indivíduo à morte. Hoje é considerado um problema de saúde pública.
O conceito de “Droga”
As drogas são substâncias tóxicas de origem natural ou sintética, de efeitos nocivos para o organismo. Podem ser ingeridas, inaladas, injetadas ou absorvidas pela pele e têm ação específica no cérebro, estimulando as áreas responsáveis pelo prazer, o que provoca uma ligeira sensação de bem-estar. Para sustentar esse falso prazer, o usuário necessita de doses cada vez maiores, com isso viciando o corpo físico e o Espírito.
Essas substâncias podem causar atrofia no tecido cerebral, resultando em déficit de aprendizagem, distúrbios cognitivos, demência e esquizofrenia.
Causas da dependência química
Diversos fatores são apontados pela ciência como causas da dependência química. Os principais estudos apontam para as questões psicológicas, sociais, congênitas (mães usuárias transmitem o vício para os filhos ainda na gestação) e genéticas. Cientificamente, não há uma resposta definitiva para a causa da dependência química nas pessoas.
A explicação do Espiritismo
Segundo Joanna de Ângelis, o indivíduo deve ser analisado de forma holística. A organização do ser compreende Espírito, corpo e mente, considerando a imortalidade da alma e a pluralidade das existências. Através dessas considerações, pode-se compreender que as origens de várias patologias físicas e psicológicas estão relacionadas à enfermidade do Espírito, adquirida outrora ou fruto da imaturidade e de seu grau de adiantamento ainda limitado.
De maneira geral, deve-se observar a busca incessante pela compreensão do “eu”; as consequências dos próprios atos, as quais resultam em problemas aparentemente infindáveis para o ser humano; as inquietudes do Espírito atormentado pela consciência culpada; a preocupação excessiva com o corpo físico e a negação do Espírito; o imediatismo existencial e a falta de confiança no Criador. Quando não há entendimento para essas questões, o ser humano pode mergulhar em uma crise existencial, caracterizada pelo vazio, a solidão e graves conflitos psicológicos que levam à depressão e a outros transtornos comportamentais, que acabam por induzir esses Espíritos menos preparados a buscar um refúgio nas substâncias entorpecentes.
Diz Joanna de Ângelis, em “Psicologia da Gratidão”: “Nessa busca de realização pessoal, base de sustentação para uma existência feliz, surge o desafio do significado existencial, no momento em que a sociedade experimenta a pandemia psicopatológica das vidas vazias”.
Por outro lado, durante a jornada evolutiva, o Espírito imperfeito é convidado a se despir das tendências viciosas adquiridas ao longo de existências pregressas. Essas intenções negativas podem permanecer gravadas no perispírito por um longo tempo, o que acaba sendo exteriorizado para a matéria, explicando dessa forma a predisposição genética para o desenvolvimento da dependência química em alguns indivíduos. Um Espírito que teve contato com substâncias químicas em existências anteriores pode, por exemplo, apresentar uma probabilidade maior de desenvolver a doença na reencarnação subsequente.
André Luiz Alves Jr.


REUNIÕES  MEDIÚNICAS  SÃO  FRAUDES ?


            Em geral, os sacerdotes católicos, quer em livros, quer em palestras ou artigos de imprensa, jamais deixam de citar o jesuíta C.M. de Heredia, a fim de se fortalecerem em suas investidas contra o Espiritismo. 
Mas, afinal, que fez este famoso padre? 
Nada mais, nada menos do que reproduzir com o auxílio da arte da prestidigitação vários fenômenos espíritas, inclusive os de materialização, sem contudo imitá-los em inúmeros pormenores observados, confirmados e relatados pelos estudiosos.
            Era o padre Heredia filho de uma família mexicana muito relacionada com os melhores artistas que passavam pelo México, os quais davam funções no seu próprio lar o O menino Heredia aprendeu truques e manobras assombrosas, e veio a ser discípulo do famoso prestidigitador Hermann, iniciando-se nas mais notáveis exibições da arte dos ilusionistas, a ponto - diz o padre Negromonte - de fazer "maravilhas de mágicas e truques".
            Formado assim na arte da prestidigitação, o padre Heredia dela se serviu para "demonstrar" (?) que os fenômenos espíritas são igualmente fraudes, truques, farsas e nada mais, realizando diante de grandes auditórios, fraudulentamente, algumas das manifestações mediúnicas.
            Entretanto, bem sabem os Heredias que até mesmo os prestidigitadores de primeira plana não conseguem reproduzir, dentro de certas condições, os fenômenos que os médiuns oferecem.
            Jacob, Bellachini, Bosco, Kellar, Jeffrey, Rikba e tantos outros ilusionistas de fama mundial, mil vezes mais hábeis que o padre Heredia, assistiram a sessões mediúnicas e comprovaram a realidade dos fenômenos que se lhes apresentaram, bem como a impossibilidade de muitos deles serem obtidos pela prestidigitação.
            Jacob, do Teatro Robert Houdin, declarou pela imprensa, em 1881:
            “Afirmo que os fenômenos mediúnicos são absolutamente verdadeiros e de ordem intelectual. Os Srs. Robin e Robert Houdin, ensaiando imitar estes fatos, jamais puderam apresentar ao público senão infantis e grotescas paródias destes fenômenos; e apenas os cabeçudos e os iqnorantes podem considerar a coisa de outra forma."
            O célebre prestidigitador inglês Kellar escreveu o que se segue:
            "Quanto às manifestações que vi, declaro que sou incapaz de explicar qual a força inteligente que age, força inteiramente distante dos truques e das escamoteações. Após haver examinado rigorosamente, e de todas as maneiras, essas extraordinárias experiências, afirmo que nelas nada há que se assemelhe a prestidigitação, qualquer que esta seja. Os truques habituais aos prestidigitadores eram impossíveis no aposento onde estávamos."
            Bellachini, prestidigitador da corte de Berlim, após ter estudado a mediunidade física de Slade, em sessões à luz do dia e à noite, deixou registado este seu testemunho:
            “Nada encontrei, até mesmo nos casos de pouca monta, que fosse produzido por intermédio da prestidigitação e com aparelhos mecânicos; e nenhuma explicação dessas experiências, nas circunstâncias e nas condições em que foram realizadas, pode incluir-se entre as coisas da prestidigitação; é impossível.”
            Ladislas Rykba, prestidigitador polonês muito conhecido, e que se empenhava em reproduzir todos os fenômenos conseguidos com a mediunidade de Eusápia Paladino, assistiu, afinal, a uma sessão com a referida médium italiana. Esta experiência, realizada em 1893, na cidade de Varsóvia, levou Rykba a publicamente declarar:
            “Certifico, pela presente, que tendo assistido, na casa do Dr. Ochorowicz, a uma sessão com Eusápia Paladino, tudo submetendo a rigoroso controle, não notei o menor ardil nem qualquer trapaça da parte da Sra. Paladino. Vi coisas espantosas, as quais me vejo obrigado a considerar como verdadeiros fenômenos mediúnicos."
            O grande prestidigitador Remy, após 29 anos de estudos, pôde afirmar:
                        “Parece impossível dizer que tudo, no espitismo, seja fraudulento ou imaginado.”
            Não desejando alongar esta lista, permita-se nos citar ainda o testemunho do prestidigitador inglês Jeffrey, membro importante de quatro sociedades de ilusionistas e de mágicos, duas em Glasgow e duas em Londres. Eis o que ele escreveu em 1922:
            “A princípio, fui chamado, por sacerdotes e por amigos, a. estudar o espiritismo, a fim de desvendar onde e como se processava a fraude. Sou feliz em dizer que todas as investigações nessa época provaram que o espiritismo é real.
            “Alguns dos fenômenos mais notáveis de que fui testemunha em matéria de materialização, vozes, fotografias do Invisível, me forçam a dizer que é absolutamente impossível ao maior ilusionista, ventríloquo ou falsificador de qualquer marca, reproduzir essas experiências, por muito hábeis que sejam em suas artes."
            À vista de tudo isto, podemos dizer com Lombroso (Hypnotisme et Spiritisme, 1909):
            "Eu próprio vi fatos reais; daí ser inútil que Tyndall me venha dizer que há muitos falsos. Sei que se falsifica café com chicória, glandes, figos secos. Mas, como já bebi do verdadeiro café, não tenho outro remédio que o de crer firmemente na existência deste. O mesmo posso dizer com relação aos fantasmas."
O clero em geral
            Em entrevista concedida ao "Diário Carioca” de 25 de Agosto, um adversário do Espiritismo parece dar a entender a quem o leu que todos os estudiosos católicos acreditam que nos fenômenos mediúnicos nada mais há senão fraude, especialmente os fenômenos físicos. O entrevistado quis ultrapassar os seus mestres, ir além da chinela, pois, segundo os padres Pascoal Lacroix e Bueno de Sequeira, "apenas Paul Heusé (jornalista francês) se recusa a admitir fenômenos reais de metapsíquica objetiva", rejeitando-os a todos, embora aceite os subjetivos.
            O próprio padre Heredia, talvez preparando, para o futuro, a defesa da Igreja, não se esqueceu de declarar: “Não pretendo que todos os fenômenos sejam fraudulentos." Outro jesuíta, Lucien Roure, um dos mais ardorosos negadores do Espiritismo, também adotou o mesmo parecer do seu colega mexicano, ao dizer:
            “Já se disse repetidamente que os fatos estranhos, desconcertantes, do espiritismo e do psiquismo, sob todas as suas formas, são em tal número, certificados por testemunhas de tal modo sérias, que, não admiti-los, seria renunciar a toda a certeza histórica. Atribuir todos esses fatos a uma colossal mistificação, desprezar todos eles com os vocábulos fraude ou alucinação, não é um processo que a razão possa aprovar. Tal é, na verdade, nosso sentimento."
            O padre Mainage, da Ordem dos Irmãos Pregadores, conhecido por seus sermões contra o Espiritismo, refutados no livro de Henri Regnault - "Les Vivants et les Morts", escreveu igualmente:
            “Confesso, simplesmente, e sem esperar o veredicto da ciência, confesso acreditar na objetividade dos fenômenos espíritas. Há mesas que giram e que falam. A escritura mediúnica não é invenção de imaginações em delírio. Nem todas as aparições são o resultado de alucinações falsas, nem todas as materializações obtidas pelo Dr. Geley são puras quimeras."     
            Alertando os católicos, o padre jesuíta Herbert Thurston, membro da Sociedade de Pesquisas Psíquicas de Londres, escreveu:
            “A meu ver, a opinião segundo a qual todos os fenômenos ocultos físicos devam atribuir-se à impostura, não só é inverídica como também perigosa para a sã apologética. É este o resultado a que nos levou também a nossa investigação científica."
            E o Monsenhor Dr. Emílio José Salim, da Pontifícia Universidade Católica de S. Paulo, certamente bem conhecido dos católicos, igualmente afirmou:
            “A realidade objetiva dos fenômenos espiritistas, em geral, não pode, hoje, ser "razoavelmente contestada. A despeito das inúmeras e constantes fraudes e mistificações descobertas nas manipulações até de afamados médiuns e em muitas manifestações pretensamente espíritas, parece arbitrário e altamente anticientífico atribuir todos os fenômenos a truques e embustes de espertalhões.”
As materializações
            O entrevistado a que nos referimos, também descrê inteiramente das materializações (fenômeno físico da mediunidade) e pensa que as moldagens de parafina, feitas por Espíritos, só foram obtidas por um médium e assim mesmo fraudulentamente.
            É um direito que lhe assiste, mas cabe-nos fazer certas retificações.
            As mãos (e até rostos e pés) materializadas de Espíritos, com as quais se obtém os moldes em parafina fundida, as chamadas ‘luvas de parafina’, foram conseguidas por vários médiuns e em épocas diferentes, inclusive aqui no Brasil. Altas personalidades do mundo científico de vários países, como os Doutores Venzano, Von Bergen, Chazarain, Nichols, Grandon, Osty, Morselli, Bottazzi, Crookes, Geley, Denton, A. de Gramont, Potocki, etc., certificaram-se da inegável realidade desse fenômeno espírita, em condições experimentais que excluíam toda a possibilidade de fraude.
            Leia o nosso adversário a obra “L’Ectoplasmie et la Clairvoyance”, Paris, 1924, da autoria do Dr. Geley, e aí encontrará o depoimento de ilustres técnicos de moldagem, que afirmaram terem sido as luvas obtidas de “mãos vivas”, mas de uma maneira impossível por meios normais, destacando-se eles a extraordinária nitidez dos detalhes anatômicos impressos na fina camada de parafina.
            Leia igualmente a obra de Gabriel Delanne – “Les apparitions matérialisées des vivants et des morts” (2 vols), e bem assim a do Dr. Raoul Montandon – “Formes Matérialisées”, a fim de não papagaiar o velho e já ridículo refrão de que tudo é fraude.
Tudo é fraude?
Zêus Wantuil
Reformador (FEB) Outubro 1958