domingo, 19 de abril de 2015

''Escravos da Palavra''


Você já percebeu o quanto nos tornamos escravos das palavras
 que falamos?

De como nos conduzimos por situações difíceis pela nossa
 própria fala?

Os pensamentos, enquanto guardados na intimidade da casa mental, são propriedade única e exclusivamente de quem os
idealiza.

Porém, o pensamento que se converte em verbo falado, passa a ser de domínio público e deveremos responder pelos reflexos dos
mesmos.

A palavra que edifica, enobrece, auxilia, é tesouro que dispensamos ao caminhar.

Porém, o verbo ácido da crítica destrutiva, do comentário maledicente buscando a desmoralização alheia, ou a acusação injusta do julgamento insensato, são dificuldades que amealhamos e das quais teremos que dar conta, uma a uma.

Assim, é atitude de sabedoria vigiarmos as palavras que saem de nossa boca. 

Pensar antes do falar é atitude sensata que nos poupa de muitos dissabores.

Para tanto, é imperioso cultivarmos a reflexão e autoanálise doque se passa em nosso mundo íntimo, pois que a boca fala daquilo que está cheio o coração, conforme nos alerta Jesus.

Alguns pesquisadores chegam a afirmar que circulam em nossa

 casa mental cerca de 95.000 ideias ao dia, das quais 85.000 são

repetitivas, doentias, monotemáticas.


Para que o verbo se faça construtivo, é necessário o exercício da

 faxina mental, para que da mente possamos exteriorizar aquilo

que não nos escravize negativamente.


O exercício do silêncio interior, do isolar-se alguns instantes diariamente do mundo para se encontrar consigo mesmo é
fundamental.

Ao mergulharmos no silêncio de nossa casa mental, vamos

 conhecendo e entendendo qual o mundo íntimo que carregamos
e que, muitas das vezes, ainda se mostra totalmente desconhecido para nós mesmos.

 Vigiemos nossas palavras, para que elas sejam úteis, proveitosas e edificantes.

Evitemos o comentário maldoso, o julgamento precipitado ou a acusação indevida.

Ainda, preservemos o nosso falar das expressões chulas, das
comparações grotescas ou das piadas vulgares.


O clima emocional e psíquico, com o qual nos envolvemos, é fruto do que pensamos e do que falamos.

Se a mente ainda traz dificuldades, se os pensamentos infelizes
 ainda tomam nossa casa mental, muitas vezes nos perturbando,
façamos o silêncio interior, deixando que lentamente aqueles pensamentos cedam espaço para outros, mais nobres e
enriquecedores.


Cultivemos o verbo elegante, a palavra de consolo, os temas
 edificantes para que nossa boca não seja quem nos condene,
fazendo-nos escravos daquilo que, de forma invigilante,
 expressamos com a palavra não refletida.

Redação do Momento Espírita, a partir de seminário ministrado por Divaldo Pereira Franco, no 'Encontro fraterno', na praia de
Guarajuba, Bahia, em 05.09.09.

                                                        ''A CURA DA OBSESSÃO''


''Você é um ser humano adulto e consciente, responsável pelo seu comportamento.''

''Controle as suas ideias, rejeite os pensamentos inferiores e perturbadores, estimule as suas tendências boas e repila as más.''

''Tome conta de si mesmo.'' ''Orai e Vigiai, Assim  disse  JESUS.''

''Deus concedeu a jurisdição de si mesmo, é você quem manda 
em você nos caminhos da vida.''

''Não se faça de criança mimada.''

''Aprenda a se controlar em todos os instantes e em todas as 
circunstâncias.'' 

''Experimente o seu poder e verá que ele é maior do que você pensa.''

''A cura da obsessão é uma auto cura.''

''Ninguém pode livrá-lo da obsessão se você não quiser livrar-se 
dela.''

''Comece a livrar-se agora, dizendo a você mesmo: sou uma 
criatura normal, dotada do poder e do dever de dirigir a mim mesmo.''

''Conheço os meus deveres e posso cumpri-los.''

''Que Deus me ampara.''

''Repita isso sempre que se sentir perturbado.''

''Repita e faça o que disse.''

''Tome a decisão de se portar como uma criatura normal que 
realmente é, confiante em Deus e no poder das forças naturais que estão no seu corpo e no seu espírito, à espera do seu comando.''

''Dirija o seu barco.''

''Reformule o seu conceito de si mesmo.''

''Você não é um pobrezinho abandonado no mundo.

''Os próprios vermes são protegidos pelas leis naturais.''

''Por que motivo só você não teria proteção?

''Tire da mente a ideia de pecado e castigo.

''O que chamam de pecado é o erro, e o erro pode e deve ser 
corrigido.''

''Corrija-se.''

''Estabeleça pouco a pouco o controle de si mesmo, com 
paciência e confiança em si mesmo.''

''Você não depende dos outros, depende da sua mente.''

''Mantenha a mente arejada, abra suas janelas ao mundo, respire
com segurança e ande com firmeza.

''Lembre-se dos cegos, dos mudos e dos surdos, dos aleijados e 
deficientes que se recuperam confiando em si mesmos.''

''Desenvolva a sua fé.''

''Fé é confiança.''

''Existe a fé divina, que é a confiança em Deus e no Seu poder 
que controla o universo.''

''Você, racionalmente, pode duvidar disso?''

''Existe a fé humana, que é a confiança da criatura em si mesma.''

'Você não confia na sua inteligência, no seu bom senso, na sua 
capacidade de ação?''

''Você se julga um incapaz e se entrega às circunstâncias 
deixando-se levar por ideias degradantes a seu respeito?''

''Mude esse modo de pensar, que é falso. (…)''

''Se você fizer isso, a sua obsessão já começou a ser vencida.''

''Não se acovarde, seja corajoso.''


''Do livro “Obsessão, o passe, a doutrinação” 

''J. Herculano Pires - 'Editora Paidéia''

                         ''Resumo da Doutrina Espírita''



Deus é a inteligência suprema, causa primeira de todas as coisas. 
É eterno, imutável, imaterial, único, onipotente, soberanamente justo e bom.
- A prece é um ato de adoração a Deus. 
- Está na lei natural e é o resultado de um sentimento inato no homem, assim como é inata a ideia da existência do Criador.
- Todas as leis da Natureza são leis divinas, pois que Deus é o seu autor. 
- Abrangem tanto as leis físicas como as leis morais.
- Deus criou o Universo, que abrange todos os seres animados e inanimados, materiais e imateriais.
- Os seres materiais constituem o mundo visível ou corpóreo, e os seres imateriais, o mundo invisível ou espírita, isto é, dos Espíritos.
- Os Espíritos são os seres inteligentes da criação.
- Constituem o mundo dos Espíritos, que preexiste e sobrevive a tudo.
- Os Espíritos são criados simples e ignorantes. 
- Evoluem, intelectual e moralmente, passando de uma ordem inferior para outra mais elevada, até a perfeição, onde gozam de inalterável felicidade.
- O mundo espírita é o mundo normal, primitivo, eterno, preexistente e sobrevivente a tudo. 
- O mundo corporal é secundário; poderia deixar de existir, ou não ter jamais existido, sem que por isso se alterasse a essência do mundo espírita.
- No Universo, além da Terra, há outros mundos habitados, com seres de diferentes graus de evolução: mais evoluídos e menos evoluídos.
- Entre as diferentes espécies de seres corpóreo, Deus escolheu a espécie humana para a encarnação dos Espíritos que chegaram a certo grau de desenvolvimento, dando-lhe superioridade moral e intelectual sobre as outras.
- O homem tem o livre-arbítrio para agir, mas responde pelas consequências de suas ações. 
- A vida futura reserva aos homens penas e gozos compatíveis com o procedimento de respeito ou não à Lei de Deus.
- O homem é um Espírito encarnado em um corpo material. 
- Os Espíritos revestem temporariamente um invólucro material perecível, cuja destruição pela morte lhes restitui a liberdade. 
- O perispírito é o corpo semi material que une o Espírito ao corpo material.
- A alma é um Espírito encarnado, sendo o corpo apenas o seu envoltório.
- Há no homem três coisas: 1°, o corpo ou ser material análogo aos animais e animado pelo mesmo princípio vital; 2°, a alma ou ser imaterial, Espírito encarnado no corpo; 3°, o perispírito, laço que prende a alma ao corpo, princípio intermediário entre a matéria e o Espírito.
- Tem assim o homem duas naturezas: pelo corpo, participa da natureza dos animais, cujos instintos lhe são comuns; pela alma, participa da natureza dos Espíritos.
- O laço ou perispírito, que prende o corpo ao Espírito, é uma espécie de envoltório semimaterial. A morte é a destruição do invólucro mais grosseiro. O Espírito conserva o segundo, que lhe constitui um corpo etéreo, invisível para nós no estado normal, porém que pode tornar-se acidentalmente visível e mesmo tangível, como sucede no fenômeno das aparições.
- O Espírito não é, pois, um ser abstrato, indefinido, só possível de conceber-se pelo pensamento. É um ser real, circunscrito, que, em certos casos, se torna apreciável pela vista, pelo ouvido e pelo tato.
- Os Espíritos pertencem a diferentes classes e não são iguais, nem em poder, nem em inteligência, nem em saber, nem em moralidade. Os da primeira ordem são os Espíritos superiores, que se distinguem dos outros pela sua perfeição, seus conhecimentos, sua proximidade de Deus, pela pureza de seus sentimentos e por seu amor do bem: são os anjos ou Espíritos puros. Os das outras classes se acham cada vez mais distanciados dessa perfeição, mostrando-se os das categorias inferiores, na sua maioria, eivados das nossas paixões: o ódio, a inveja, o ciúme, o orgulho etc. Comprazem-se no mal. Há também, entre os inferiores, os que não são nem muito bons nem muito maus, antes perturbadores e enredadores, do que perversos. A malícia e a inconsequência parecem ser o que neles predomina. São os Espíritos estúrdios ou levianos.
- Os Espíritos não ocupam perpetuamente a mesma categoria. Todos se melhoram passando pelos diferentes graus da hierarquia espírita. Esta melhora se efetua por meio da encarnação, que é imposta a uns como expiação, a outros como missão. A vida material é uma prova que lhes cumpre sofrer repetidamente, até que hajam atingido a absoluta perfeição moral.
- Deixando o corpo, a alma volve ao mundo dos Espíritos, donde saíra, para passar por nova existência material, após um lapso de tempo mais ou menos longo, durante o qual permanece em estado de Espírito errante.
- Os Espíritos preservam sua individualidade, antes, durante e depois de cada encarnação. A alma possuía sua individualidade antes de encarnar; conserva-a depois de se haver separado do corpo. Na sua volta ao mundo dos Espíritos, encontra ela todos aqueles que conhecera na Terra, e todas as suas existências anteriores se lhe desenham na memória, com a lembrança de todo bem e de todo mal que fez.
- Os Espíritos reencarnam tantas vezes quantas forem necessárias ao seu próprio aprimoramento. Tendo o Espírito que passar por muitas encarnações, segue-se que todos nós temos tido muitas existências e que teremos ainda outras, mais ou menos aperfeiçoadas, quer na Terra, quer em outros mundos.
- Os Espíritos evoluem sempre. As diferentes existências corpóreas do Espírito são sempre progressivas e nunca regressivas; podem estacionar, mas nunca regridem. Mas, a rapidez do seu progresso intelectual e moral depende dos esforços que façam para chegar à perfeição.
- As qualidades da alma são as do Espírito que está encarnado em nós; assim, o homem de bem é a encarnação de um bom Espírito, o homem perverso a de um Espírito impuro.
- O Espírito encarnado se acha sob a influência da matéria; o homem que vence esta influência, pela elevação e depuração de sua alma, se aproxima dos bons Espíritos, em cuja companhia um dia estará. Aquele que se deixa dominar pelas más paixões, e põe todas as suas alegrias na satisfação dos apetites grosseiros, se aproxima dos Espíritos impuros, dando preponderância à sua natureza animal.
- Os Espíritos encarnados habitam os diferentes globos do Universo. Os não encarnados ou errantes não ocupam uma região determinada e circunscrita; estão por toda parte no espaço e ao nosso lado, vendo-nos e acotovelando-nos de contínuo. É toda uma população invisível, a mover-se em torno de nós.
- Os Espíritos exercem incessante ação sobre o mundo moral e mesmo sobre o mundo físico. Atuam sobre a matéria e sobre o pensamento e constituem uma das potências da Natureza, causa eficiente de uma multidão de fenômenos até então inexplicados ou mal explicados e que não encontram explicação racional senão no Espiritismo.
- As relações dos Espíritos com os homens são constantes. Os bons Espíritos nos atraem para o bem, nos sustentam nas provas da vida e nos ajudam a suportá-las com coragem e resignação. Os maus nos impelem para o mal: é-lhes um gozo ver-nos e assemelhar-nos a eles. As comunicações dos Espíritos com os homens são ocultas ou ostensivas. As ocultas se verificam pela influência boa ou má que exercem sobre nós, à nossa revelia. Cabe ao nosso juízo discernir as boas das más inspirações. As comunicações ostensivas se dão por meio da escrita, da palavra ou de outras manifestações materiais, quase sempre pelos médiuns que lhes servem de instrumentos.
- Os Espíritos se manifestam espontaneamente ou mediante evocação. Podem evocar-se todos os Espíritos: os que animaram homens obscuros, como os das personagens mais ilustres, seja qual for a época em que tenham vivido; os de nossos parentes, amigos, ou inimigos, e obter-se deles, por comunicações escritas ou verbais, conselhos, informações sobre a situação em que se encontram no Além, sobre o que pensam a nosso respeito, assim como as revelações que lhes sejam permitidas fazer-nos. Os Espíritos são atraídos na razão da simpatia que lhes inspire a natureza moral do meio que os evoca. Os Espíritos superiores se comprazem nas reuniões sérias, onde predominam o amor do bem e o desejo sincero, por parte dos que as compõem, de se instruírem e melhorarem. A presença deles afasta os Espíritos inferiores que, inversamente, encontram livre acesso e podem obrar com toda a liberdade entre pessoas frívolas ou impelidas unicamente pela curiosidade e onde quer que existam maus instintos. Longe de se obterem bons conselhos, ou informações úteis, deles só se devem esperar futilidades, mentiras, gracejos de mau gosto, ou mistificações, pois que muitas vezes tomam nomes venerados, a fim de melhor induzirem ao erro.
- Distinguir os bons dos maus Espíritos é extremamente fácil. Os Espíritos superiores usam constantemente de linguagem digna, nobre, repassada da mais alta moralidade, escoimada de qualquer paixão inferior; a mais pura sabedoria lhes transparece dos conselhos, que objetivam sempre o nosso melhoramento e o bem da Humanidade. A dos Espíritos inferiores, ao contrário, é inconsequente, amiúde trivial e até grosseira. Se, por vezes, dizem alguma coisa boa e verdadeira, muito mais vezes dizem falsidades e absurdos, por malícia ou ignorância. Zombam da credulidade dos homens e se divertem à custa dos que os interrogam, lisonjeando-lhes a vaidade, alimentando-lhes os desejos com falazes esperanças. Em resumo, as comunicações sérias, na mais ampla acepção do termo, só são dadas nos centros sérios, onde intima comunhão de pensamentos, tendo em vista o bem.
- A moral dos Espíritos superiores se resume, como a do Cristo, nesta máxima evangélica: Fazer aos outros o que quereríamos que os outros nos fizessem, isto é, fazer o bem e não o mal. Neste princípio encontra o homem uma regra universal de proceder, mesmo para as suas menores ações. Ensinam-nos que o egoísmo, o orgulho, a sensualidade são paixões que nos aproximam da natureza animal, prendendo-nos à matéria; que o homem que, já neste mundo, se desliga da matéria, desprezando as futilidades mundanas e amando o próximo, se avizinha da natureza espiritual; que cada um deve tornar-se útil, de acordo com as faculdades e os meios que Deus lhe pôs nas mãos para experimentá-lo; que o Forte e o Poderoso devem amparo e proteção ao Fraco, porquanto transgride a Lei de Deus aquele que abusa da força e do poder para oprimir o seu semelhante. Ensinam, finalmente, que, no mundo dos Espíritos, nada podendo estar oculto, o hipócrita será desmascarado e patenteadas todas as suas torpezas, que a presença inevitável, e de todos os instantes, daqueles para com quem houvermos procedido mal constitui um dos castigos que nos estão reservados; que ao estado de inferioridade e superioridade dos Espíritos correspondem penas e gozos desconhecidos na Terra. Mas, ensinam também não haver faltas irremissíveis, que a expiação não possa apagar. Meio de consegui-lo encontra o homem nas diferentes existências que lhe permitem avançar, conformemente aos seus desejos e esforços, na senda do progresso, para a perfeição, que é o seu destino final.
- Jesus é o guia e modelo para toda a Humanidade. E a Doutrina que ensinou e exemplificou é a expressão mais pura da Lei de Deus. A moral do Cristo, contida no Evangelho, é o roteiro para a evolução segura de todos os homens, e a sua prática é a solução para todos os problemas humanos e o objetivo a ser atingido pela Humanidade.
- Este o resumo da Doutrina Espírita, como resulta dos ensinamentos dados pelos Espíritos superiores.

Da obra: 'O Livro dos Espíritos' - Allan Kardec
"Todos falam de Espiritismo, bem ou mal. Mas ninguém o conhece. Geralmente o consideram como uma seita religiosa comum carregada de superstições. Pensam quase todos que se aprende a doutrina ouvindo os espíritos. Não obstante, o Espiritismo é uma doutrina moderna, perfeitamente estruturada por um grande pensador, escritor e pedagogo francês, homem de letras e ciências, famoso por sua cultura e seus trabalhos científicos e que assinou suas obras espíritas com o pseudônimo de Allan Kardec. Saber isso já é saber alguma coisa a respeito, mas está muito longe de ser tudo."
(Herculano Pires - Filósofo Espírita)

"Estudar o Espiritismo na sua limpidez cristalina e sabedoria incontestável é dever que não nos é lícito postergar, seja qual for a justificativa em que nos apoiemos."
(Espírito Joanna de Ângelis. Do Livro 'Estudos Espíritas' - Divaldo Franco)


"Digerir primeiramente as obras fundamentais do Espiritismo, para entrar em seguida nos setores práticos, em particular no que diga respeito à mediunidade. Teoria meditada, ação segura."
(Espírito André Luiz. Do Livro 'Conduta Espírita' - Waldo Vieira)
"Quem quiser conhecer bem a Doutrina Espírita deve estudar Kardec, Léon Denis, Gabriel Delanne e Ernesto Bozzano."
(Yvonne Pereira. Médium e escritora espírita. Autora da obra-prima espírita 'Memórias de um Suicida'. Extraído da Revista Reformador, abril de 2001)

                  ''Esclarecimentos sobre o Espiritismo''                                       (Parte  3 / 3)

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O que é a prática espírita, então?
  • Palestras de Esclarecimento Doutrinário (público em geral)
  • Atendimento Fraterno (público em geral)
  • Reuniões de Estudos Doutrinários
- Reuniões restritas aos trabalhadores da casa (estudos);
- Grupos de estudos voltados ao público em geral (evangelização infantil, grupos de jovens, estudo sistemático da doutrina espírita etc.)
  • Tratamentos Espirituais
Passes;
- Reunião Mediúnica Simples;
- Reunião Mediúnica de Desobsessão;
  • Preces (grupo de preces/livro de preces)
  • Assistência Social (caridade material/social, cursos para a comunidade etc.)
  • Divulgação Doutrinária (livraria/biblioteca, distribuição de folders/livretos etc.)
A prática espírita deverá ser simples, norteada exclusivamente pela caridade e não pela curiosidade.
Toda prática espírita deverá ser gratuita, seguindo o princípio do Evangelho: “Dai de graça o que de graça recebestes”.

A sua proposta é principalmente de estudo, sobretudo da matéria que trata da reforma íntima das pessoas, dando ciência do papel de cada um de nós na Terra, da nossa razão de existir enquanto criaturas úteis ao nosso próximo, esclarecimento da nossa condição espiritual no presente e no futuro e, principalmente, a nossa conduta moral. Recomenda a prática da caridade, mas de forma ampla, no sentido de orientar e informar aos outros sobre os meios de libertações dos conflitos, das amarguras, das incompreensões e do sofrimento em si, incluindo o entendimento de que caridade envolve o serviço de amor ao próximo devendo ser exercitada dentro de uma postura fraterna e responsável e visando o soerguimento de nossos semelhantes em condições de carência.

“Compreender o verdadeiro objetivo da Doutrina Espírita, empregando-a para fazer o bem a desencarnados e encarnados, é pouco recreativo para certas pessoas, temos que convir. Mas é mais meritório para os que a isso se devotam.” Allan Kardec (Revista Espírita / Junho de 1865)

“Entretanto, se somos representantes do Espiritismo, não podemos esquecer de valorizarmos a pureza doutrinária, colocando-nos à disposição para estudarmos e irradiarmos as verdades codificadas por Allan Kardec.” (Do Livro: “Aconteceu na Casa Espírita” Cap. 9)

“Espíritas! amai-vos, eis o primeiro ensinamento; instruí-vos, eis o segundo.” (Espírito da Verdade - Paris, 1861 - Cap. VI de 'O Evangelho Segundo o Espiritismo')



Edição do blog Espírita na Net.
Este conteúdo pode ser copiado e divulgado sem solicitar autorização do blogEspírita na Net, pois sua finalidade é a divulgação do Espiritismo.

                      ''Esclarecimentos sobre o Espiritismo''                                 (Parte  2 / 3)

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Para clarear o campo de conhecimento dos que ainda possuem dúvidas, bem como para apreciação daqueles que consideram relevante o uso da inteligência e do bom senso, a fim de um discernimento mais coerente e responsável, listaremos a seguir alguns itens.

NOMENCLATURA
Consideremos algumas afirmações a respeito do Espiritismo, para que não hajam confusões e, consequentemente, mal uso do termo:

ESPIRITUALISMO – Termo genérico, abrangente. Aqui estão doutrinas filosóficas que admitem a existência de Deus, de forças universais e da Alma. O contrário de materialismo. Todos os religiosos que aceitem Deus e a existência da alma poderão ser considerados espiritualistas: católicos, protestantes, umbandistas, candomblecistas, judeus, islâmicos, espíritas etc.

ESPIRITISMO – Termo criado por Allan Kardec. Relativo à Doutrina Espírita. Possui sua base fundamentada nas obras básicas codificadas por Kardec: O Livro dos Espíritos, O Livro dos Médiuns, O Evangelho Segundo o Espiritismo, O Céu e o Inferno, A Gênese.

Portanto → Todo Espírita é Espiritualista, mas nem todo Espiritualista é Espírita.

A Doutrina Espírita não comporta nenhuma ramificação, subdivisão. Só há umEspiritismo - termo criado pelo próprio Allan Kardec (Livro dos Espíritos). OBS.: Kardec criou o termo, mas não a doutrina.

Termo “Kardecista” - Equívoco generalizado.

Não existe “Kardecismo”, existe “Espiritismo”. Pessoas equivocadas costumam utilizar-se da expressão kardecismo, para identificar algo que imaginam ser uma “ramificação” do Espiritismo, achando que Espiritismo é “um montão de coisas”, quando na realidade não é.

Portanto: Mesa branca, Alto ou baixo Espiritismo, Espiritismo elevado, Kardecismo, Espiritismo Kardecista, Doutrina Kardecista: NÃO são sinônimos de Espiritismo!

Termos corretos: Espiritismo = Doutrina Espírita = Doutrina dos Espíritos.

PRÁTICA ESPÍRITA

O Espiritismo não adota quaisquer práticas de culto exterior. Não possui “corpo sacerdotal”. Não promete curas e/ou benefícios de ordem financeira.

As práticas a seguir não possuem fundamentação doutrinária e não encontram respaldo nas obras codificadas por Allan Kardec, portanto, não são consideradas práticas espíritas:

  • horóscopo
  • yoga
  • meditação
  • cartomancia
  • quiromancia
  • astrologia
  • magia
  • ufologia
  • apometria
  • cristalterapia
  • cromoterapia
  • fitoterapia
  • homeopatia
  • acupuntura
  • massoterapia / reflexologia / shiatsu
  • florais
  • ayurveda (medicina indiana)
  • reiki
  • toque terapêutico
  • terapia regressiva a vidas passadas

Certamente os espíritas não são “proibidos” de realizar qualquer uma das atividades citadas acima, como meditação e acupuntura, por exemplo, mas não devem considerá-las como espíritas, prezando sempre pelo bom-senso em sua prática.

Se alguém utiliza alguma dessas práticas no espaço físico de uma casa espírita, é por pura deliberação da direção da casa, que se considera livre para fazer o que quiser, até mesmo dar aulas de arte, culinária, corte e costura, curso de inglês, informática etc; que são atividades úteis, sem dúvida, mas não tem a ver diretamente com o Espiritismo.

O Espiritismo não adota em suas reuniões:

  • pêndulos
  • paramentos (vestes especiais)
  • vinho, cachaça, ou qualquer outra bebida alcoólica
  • incenso, fumo ou quaisquer outras substâncias que produzam fumaça
  • altares
  • imagens
  • andores
  • velas
  • talismãs
  • amuletos
  • pirâmides
  • cristais
  • búzios
  • bola de cristal
  • cantos, hinos, mantras, batuques
  • sacrifícios de animais ou seres humanos
  • “macumba”, “despacho”, “trabalho de amarração”
  • procissões
  • cerimônias matrimoniais
  • cerimônias de batismo
  • exorcismo
  • confissão
  • promessa
  • administração de sacramentos
  • concessões de indulgência (perdão)
  • hinos, mantras ou cantos em línguas mortas ou exóticas
  • rituais, danças, ou quaisquer outras formas de culto exterior
  • cerimônias de cura e “cirurgias espirituais” com objetos cortantes

Compreende-se, portanto, que qualquer culto que contenha tais práticas mencionadas anteriormente, não pode e não deve receber a designação de espírita. Qualquer Centro Espírita que se utilize de tais práticas estará se desviando da sua verdadeira e nobre doutrina.

Baseado em texto retirado do blog Doutrina Espírita.
Com edição do blog Espírita na Net.
                                                                             




Saiba mais – Leia:


“A crença no Espiritismo só é proveitosa para aquele de quem se pode dizer: hoje ele está melhor do que ontem.” Allan Kardec