quarta-feira, 13 de abril de 2016

          ''Deus – por Leon Denis''

Quem é Deus?
– É a inteligência suprema do Universo e a causa primária de todas as coisas.

-Onde pode-se encontrar a prova da existência de Deus?
– No axioma que se aplica às ciências “Não há efeito sem causa”. Buscando a causa de tudo o que não é obra do homem, chegar-se-á até Deus.

– Quais são os atributos de Deus?
– Deus é eterno, imutável, único, todo poderoso, soberanamente justo e bom.

– Porque é eterno?
– É eterno, porque, se houvesse tido principio, teria saído do nada, o que é absurdo, pois o nada é a irrealidade, é o vácuo, é a negação.

– Pode tirar-se alguma coisa de onde nada existe?
– Pode o vácuo, a negação e irrealidade produzir, afirmar e realizar?

– Porque é imutável?
– Porque, se estivesse sujeito a ações, as leis que regem o Universo não teriam estabilidade alguma.

– Porque é único?
– Se existissem muitos deuses, não haveria harmonia de vistas nem estabilidade na direção do Universo.

– Porque é todo poderoso?
– Porque, sendo único, é o autor de tudo quanto existe.

– Porque é soberanamente justo e bom?
– Por causa da sua infinita perfeição e sabedoria.

– Terá Deus a forma humana?
– Se assim fosse, estaria limitado e, por conseguinte, circunscrito, deixando, portanto, de ser infinito e de estar em toda a parte.

– Deus é imaterial?
– Sem dúvida; se fosse matéria, deixaria de ser imutável, pois estaria sujeito às transformações desta. Deus é espírito e sua natureza difere de tudo o que chamamos matéria.

– Deus governa o Universo?
– Sim, por força de sua vontade, do mesmo modo que dirigimos o nosso corpo.

– Deus cria sem cessar?
– Sim, de toda a eternidade. A razão se nega a concebê-lo na inação. Se assim não fosse, ele não seria imutável, pois se teria manifestado de modos diversos, primeiro em inação e depois em atividade.

– Podemos chegar a conhecer Deus?
-Compreendê-lo-emos melhor, quando o nosso progresso nos tornar merecedores de habitar um mundo melhor, porém haverá sempre um infinito entre Deus e suas criaturas; entre a parte e o Todo; entre o relativo e o Absoluto.

– Temos o dever de amar a Deus?
– Sim, com toda a nossa alma, pois ele é nosso Pai e criou-nos para a felicidade.

– De que modo se adora a Deus?
– Elevando-lhe o nosso pensamento por meio da prece; tendo confiança em sua bondade e justiça; amando e respeitando os nossos genitores; amando o próximo, isto é, socorrendo-o em suas necessidades, perdoando-lhe as ofensas e fazendo-lhe todo o bem que for possível; cumprindo, enfim, todos os deveres que nos impõe a moral cristã.

– Quando é útil a prece?
– Quando é sincera ou quando parte do coração. Ela se torna ineficaz quando é pronunciada somente pelos lábios.

– Por quem devemos orar?
– Por nós mesmos, por nossos pais, parentes e amigos, pelos que sofrem e, enfim, por nossos inimigos.

– Qual o fim da prece?
– Por meio da prece pedimos a Deus a força e o valor necessários para nos melhorarmos, para suportarmos com paciência e resignação as provas e as tribulações da vida.

– Chegarão os homens algum dia a conquistar a felicidade?
Sem dúvida, pois Deus não nos criou para permanecermos eternamente no mal e, por conseguinte, no sofrimento; se assim não fosse, Deus seria inferior ao homem.

– Visto isso, perdoa Deus o mal?
– Conforme se compreenda o perdão. Se entende por isso os meios que ele nos oferece para repararmos as nossas faltas, sim, pois não devemos esperar de Deus a graça para algum, mas sim a justiça para todos.

– De que modo se reparam as faltas cometidas?
– Praticando o bem. Não há outro meio.

– Atende Deus a quem ora com fé e fervor?
– Sim, mas a prece em nada altera o cumprimento das leis do Criador; serve somente para nos fortalecer em nossos sofrimentos.

– É conveniente orar muito?
– O essencial não é orar muito, mas orar bem.

– Que devemos julgar das orações pagas?
– Jesus disse: “Não recebais paga das vossas preces; não façais como os escribas que, a pretexto de grandes orações, devoram as casas das viúvas”.

– Onde se deve orar?
– Jesus também disse: “Quando orardes, não façais como os hipócritas, que oram nas sinagogas e nas esquinas das ruas para serem vistos pelos homens; porém, quando orardes, entrai no vosso aposento e, fechada a porta, orai a vosso Pai em segredo, pois ele vê todos os segredos e vos recompensará; quando orardes, não faleis muito, como os gentios, pois eles pensam que por falar muito serão ouvidos”.

– A prece não necessita, portanto, de manifestações externas?
– Não, pois a verdadeira oração reside no coração.

– Há algumas fórmulas de oração mais convenientes que outras?
– Não. Isso seria o mesmo que perguntar se convém orar neste ou naquele idioma.

– A oração torna o homem melhor?
– Sim, porque aquele que ora com fervor e confiança fica mais forte contra as tentações do mal. Além disso, a oração é sempre proveitosa quando feita com sinceridade.

– Poderemos suplicar a Deus que nos perdoe as faltas?
– A prece não elimina as faltas. A melhor prece são as boas ações, pois os atos valem mais do que as palavras.

– É útil orar pelos finados, e, em tal caso, serão eles aliviados pela nossas preces ?
– A prece não modifica os desígnios da Providência; entretanto, alivia e consola os Espíritos em cuja intenção é feita.

Leon Denis, Cap. I do livro “Catecismo Espírita”.
         ''PARENTESCO E FILIAÇÃO''
203. Transmitem os pais aos filhos uma parcela de suas almas, ou se limitam a lhes dar a vida animal a que, mais tarde, outra alma vem adicionar a vida moral?
“Dão-lhes apenas a vida animal, pois que a alma é indivisível. Um pai obtuso pode ter filhos inteligentes e vice-versa.”
204. Uma vez que temos tido muitas existências, a nossa parentela vai além da que a existência atual nos criou?
“Não pode ser de outra maneira. A sucessão das existências corporais estabelece entre os Espíritos ligações que remontam às vossas existências anteriores. Daí, muitas vezes, a simpatia que vem a existir entre vós e certos Espíritos que vos parecem estranhos.”
205. A algumas pessoas a doutrina da reencarnação se afigura destruidora dos laços de família, com o fazê-los anteriores à existência atual.
“Ela os distende; não os destrói. Fundando-se o parentesco em afeições anteriores, menos precários são os laços existentes entre os membros de uma mesma família. Essa doutrina amplia os deveres da fraternidade, porquanto, no vosso vizinho, ou no vosso servo, pode achar-se um Espírito a quem tenhais estado presos pelos laços da consangüinidade.”
a) – Ela, no entanto, diminui a importância que alguns dão à genealogia, visto que qualquer pessoa pode ter tido por pai um Espírito que haja pertencido a outra raça, ou que haja vivido em condição muito diversa.
“É exato; mas essa importância assenta no orgulho. Os títulos, a categoria social, a riqueza, eis o que esses tais veneram nos seus antepassados. Um, que coraria de contar como ascendente honrado sapateiro, orgulhar-se-ia de descender de um gentil-homem devasso. Digam, porém, o que disserem, ou façam o que fizerem, não obstarão a que as coisas sejam como são, que não foi consultando-lhes a vaidade que Deus formulou as leis da Natureza.”
206. Do fato de não haver filiação entre os Espíritos dos descendentes de uma mesma família, seguir-se-á que o culto dos antepassados seja ridículo?
“De modo nenhum. Todo homem deve considerar-se ditoso por pertencer a uma família em que encarnaram Espíritos elevados. Se bem os Espíritos não procedam uns dos outros, nem por isso menos afeição consagram aos que lhes estão ligados pelos elos da família, dado que muitas vezes são atraídos para tal ou qual família pela simpatia, ou pelos laços que anteriormente se estabeleceram. Mas, ficai certos de que os Espíritos dos vossos antepassados não se honram com o culto que lhes tributais por orgulho. Em vós não se refletem os méritos de que eles gozem, senão na medida dos esforços que empregais por seguir os bons exemplos que vos deram. Somente nestas condições lhes é grata e até mesmo útil a lembrança que deles guardais.”
Livro dos Espíritos » Parte Segunda - Do mundo espírita ou mundo dos Espíritos » Capítulo IV - Da pluralidade das existências
         ''JESUS CRISTO EU ESTOU AQUI''


Jesus Cristo! Jesus Cristo! Jesus Cristo eu estou aqui Jesus Cristo! Jesus Cristo! Jesus Cristo eu estou aqui...

Olho no céu e vejo uma nuvem branca que vai passando,
Olho na terra e vejo uma multidão, que vai caminhando...

Como essa nuvem branca essa gente não sabe aonde vai quem poderá dizer
O caminho certo é você meu Pai...

Jesus Cristo! Jesus Cristo! Jesus Cristo eu estou aqui.

Toda essa multidão tem no peito amor e procura a paz e apesar de tudo
A esperança não se desfaz...

Olhando a flor que nasce no chão daquele que tem amor olho no céu e sinto
Crescer a fé no meu Salvador...

Em cada esquina vejo o olhar perdido de um irmão
Em busca do mesmo bem nessa direção caminhando vem...

É meu desejo ver aumentando sempre essa procissão para que todos dizem
Na mesma voz essa oração...

Jesus Cristo! Jesus Cristo!
Jesus Cristo eu estou aqui
Jesus Cristo! Jesus Cristo!
Jesus Cristo eu estou aqui...


                      


                                      ''RASTROS NA AREIA''



O sonho que tive esta noite, Foi um exemplo de amor
Sonhei que na praia deserta, Eu caminhava com Nosso Senhor

Ao longo da praia deserta, Quis o Senhor me mostrar
Cenas por mim esquecidas, De tudo que fiz nesta vida, Ele me fez recordar

Cenas das horas felizes, Que a mesa era farta na hora da ceia
Por onde eu havia passado, Ficaram dois pares de rastros na areia

Então o Senhor me falou, Em seus belos momentos passados
Para guiar os seus passos, Eu caminhava ao seu lado

Porém minha falta de fé, Tinha que aparecer, Quando passavam as cenas
Das horas mais tristes de todo o meu ser.

Então ao Senhor reclamei, Somente o meu rastro ficou, Quando eu mais precisava, Quando eu sofri e chorava, O Senhor me abandonou

Naquele instante sagrado, Que ele abraçou-me dizendo assim
Usei a coroa de espinhos, Morri numa cruz e duvidas de mim

Filho, esses rastros são meus, Ouça o que eu vou lhe dizer, Nas suas horas de angústia
Eu carregava você.