sexta-feira, 8 de janeiro de 2016

"NAS ESFERA DOS SONHOS."

Os interesses recalcados, as aspirações frustradas, os tormentos íntimos, complexos, mal conduzidos dormem temporariamente no inconsciente do homem e assomam quando emoções de qualquer porte fazem-no desbordar, facultando o predomínio de conflitos em formas perturbadoras, gerando neuroses que se incorporam à personalidade, inquietando-a.
Da mesma forma os ideais de enobrecimento, os anelos de beleza, o hábito das emoções elevadas, a mentalização de planos superiores, as aquisições e lutas humanistas repousam nos departamentos da subconsciência, acordando, frequentemente, e produzindo euforia, emulações no homem, ajudando-o o seu programa de paz interior e de realizações externas.
O homem é sempre aquilo que armazena consciente ou inconscientemente nos complexos mecanismos da mente.
Quando se dá o parcial desprendimento da alma através do sono natural, açodado pelos desejos e paixões que erguem ou envilecem, liberam-se as memórias arquivadas que o assaltam, em formas variadas de sonhos nos quais se vê envolvido.
Permanecem nesse capítulo os estados oníricos da catalogação freudiana, em que as fixações de ordem sexual assumem expressões de realidade, dominando os múltiplos setores psíquicos da personalidade.
Além deles, há os que decorrem dos fenômenos digestivos, das intoxicações de múltipla ordem por consequência dos estados alucinatórios momentâneos, que produzem.
Concomitantemente, em decorrência do cultivo de ideias deprimentes ou das otimistas, a alma em liberdade relativa sente-se atraída pelos locais que lhe são inacessíveis, enquanto na lucidez corpórea e fortemente arrastada por esse anseio de realização desloca-se do envoltório físico e visita aqueles com os quais se compraz e onde se sente feliz. Disso decorrem encontros agradáveis ou desditosos em que adquire informes sobre ocorrências futuras, esclarecimentos valiosos, ou, conforme o campo de interesse que cada qual prefira, experimenta as sensações animalizantes, frui, em agonia, as taças vinagrosas dos desejos inconfessáveis, continuando o comércio psíquico com Entidades vulgares, perversas ou irresponsáveis que se lhe vinculam ao pensamento, dando origem a longos e rudes processos obsessivos de curso demorado e de difícil liberação.
Nos estados de desprendimento pelo sono natural, a alma pode recordar o seu pretérito e tomar conhecimento de seu futuro, fixando essas impressões que assumem a forma de sonhos nos quais as reminiscências do ontem, nem sempre claras, produzem singulares emoções. Outrossim, a visão do porvir, as revelações que haure no intercâmbio com os desencarnados manifestam-se como positivos sonhos premonitórios de ocorrência cotidiana.
Quanto mais depurada a alma, possibilidades mais amplas depara, sucedendo no sentido inverso, pelo seu embrutecimento e materialização, os desagradáveis e perturbadores sucessos na esfera dos sonhos.
Multiplicam-se e perpassam em todas as direções ondas mentais, que percorrem distancias imensas, sintonizando com outras que lhe são afins e que buscam intercâmbio.
Em decorrência, pouco importa o espaço físico que separa os homens, desde que estes intercambiam mentalmente na faixa das aspirações, interesses e gostos que os caracterizam e associam...
Quando dorme o corpo, não adormece o Espírito, exceto quando profundas as libertações e anestesiamentos íntimos lhe perturbam os centros da lucidez.
Automaticamente, inconscientemente, libera-se do corpo e arroja-se aos recintos que o agradam, porque anseia e de que supõe necessitar...
Quando, porém, se exercita nos programas renovadores e preserva os relevantes fatores da dignificação humana, sutilizam-se as suas vibrações, sintonizando nas ondas que o erguem às esferas da Paz e da Esperança, onde os Seres ditosos, encarregados dos labores excelentes dos homens, facultam que se mantenham diálogos, recebendo recursos terapêuticos e lições que se incorporam à individualidade, indelevelmente...
Nas esferas dos sonhos - nos Círculos Espirituais elevados ou nos tormentosos conforme a preferência individual - se engendram muitas, incontáveis programações para o futuro humano, nascendo ali ou se corporificando, quando já existentes, os eloquentes capítulos das vidas em santificação, como as tragédias, os vandalismos, as desditosa inomináveis...
Vive no corpo físico considerando a possibilidade da desencarnação sem aviso prévio.
Cada noite em que adormeces, experimentas um fenômeno consentâneo ao da morte.
Dormir é morrer momentaneamente. Desse sono logo retornas, porque não se te desatam os liames que fixam o Espírito ao corpo.
Podes, porém, pelas ocorrências que experimentas na esfera dos sonhos, ter  uma ideia do que te sucederá nos Círculos da Vida, após o desenlace definitivo.
Por tal imperativo, aprimora-te, eleva-te, supera-te, mediante o exercício dos pensamentos salutares e das realizações edificantes.
Não apenas fruirás de paz por decorrência da consciência reta, como te prepararás para a vida real, porquanto, examinada do Angulo imortalista, o homem na Terra, se encontra numa esfera de sonhos, que normalmente, transforma, por invigilância ou rebeldia, em desditoso pesadelo.
Autor: Joanna de Ângelis

Psicografia de Divaldo Franco. Do livro: Leis morais da Vida

Depressão: Não é frescura, você pode ter e não sabe! Conheça 8 indícios

Embora muita gente acredite se tratar de frescura, a verdade é que a depressão é uma doença séria e que pode trazer consequências graves. Isso porque essa enfermidade emocional é silenciosa e, às vezes, nem mesmo quem sofre com depressão percebe isso por um bom tempo.
Só para se ter a dimensão desse mal que assola o mundo, dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) apontam que a depressão afeta mais de 350 milhões de pessoas em todo planeta. Desse total, a maioria é formada por mulheres. No Brasil, a estimativa é de que a cada 10 pessoas, pelo menos uma sofra com depressão.
Para auxiliar a identificar esse mal e fazer com que mais pessoas se recuperem desse transtorno mental, separamos abaixo alguns sintomas que ajudam a identificar a depressão. Segundo médicos especialistas no assunto, se você apresentar pelo menos 5 desses sintomas, especialmente o humor deprimido durante a maior parte do dia e por pelo menos duas vezes na semana, é possível que você esteja sofrendo com depressão. Lembrando que este teste não é um diagnóstico e sim um indicador de sintomas, logo, se você apresenta a maioria desses sintomas, é bom ficar alerta e procurar um especialista.

Sintomas:

1. Alteração de humor

Estar sempre deprimido, triste, desanimado ou simplesmente desinteressado com tudo são sinais alarmantes caso persistirem durante semanas e se forem realidade durante a maior parte do dia. 
Normalmente, as pessoas que podem estar com depressão não conseguem ver o lado bom das coisas, mesmo quando algo grandioso acabou de acontecer com elas. 
Isso porque depressivos tendem a dar mais atenção ao aspecto ruim dos eventos. Autoestima baixa e sentimento constante de incapacidade também podem ser sinais de que a depressão está por perto.
2. Desinteresse
Perder o interesse por coisas que antes costumavam ser prazerosas também pode ser um sinal de depressão. 
É preciso ficar atento a esse sintoma, que pode ser manifestar nos âmbitos familiar, profissional, sexual e até mesmo com atividades relacionadas ao lazer.

3. Problemas relacionados ao sono

Five more minutes please
Dormir demais ou de menos podem também ser sinais alarmantes. Isso porque é um sintoma comum da depressão problemas relacionados aos dois extremos do sono, como acordar no meio da noite e ter dificuldades de voltar a dormir ou sentir sonolência excessiva durante todo o tempo.

4. Alterações no apetite

Da mesma forma que com relação ao sono, a perda ou o aumento do apetite podem ser sinais de depressão. 
Ainda não está claro para os especialistas do assunto porque isso acontece, mas, conforme estudos, se a alteração do apetite persistir por, no mínimo, duas semanas, as chances da pessoa estar com depressão aumentam muito.

5. Ganho ou perda de peso

Como reflexo da mudança no apetite, a alteração do peso, tanto para mais quanto para menos, em um curto período, pode ser sinal de depressão.

6. Dificuldade de concentração

É possível enfrentar a falta de concentração por diversos motivos ao longo da vida, mas é fato que a depressão também tem esse efeito. 
A doença também afeta a capacidade de tomar decisões e de racionar claramente. 
A depressão, dessa forma, pode prejudicar bastante o trabalho e os estudos.

7. Cansaço constante

Energias reduzidas e cansaço frequente também podem ser sinais de depressão, especialmente se não estiverem relacionados a esforços físicos. Isso porque, para os depressivos, o simples ato de levantar de manhã e se vestir pode ser cansativo.

8. Pensamentos sobre morte

Stressed woman
Pensar constantemente sobre morte e, às vezes, chegar ao extremo de tentar suicídio são outros sintomas indicativos de depressão. 
Segundo especialistas, a motivação para a morte, no caso dos depressivos, pode mudar de acordo com cada paciente. 
Muitas pessoas, por exemplo, pensam no suicídio como uma forma de desistir diante de obstáculos tidos como impossíveis ou, simplesmente, como uma forma de interromper o estado emocional doloroso.


                 "A SOCIEDADE HUMANA."

A sociedade humana pode ser comparada a imensa floresta de criações mentais, onde cada espírito, em processo de evolução e acrisolamento, encontra os reflexos de si mesmo.
Aí dentro os princípios de ação e reação funciona exatos.
As pátrias, grandes matrizes do progresso, constituem notáveis fulcros da civilização ou expressivos redutos de trabalho, em que vastos grupos de almas se demoram no serviço de autoeducação, mediante o serviço à comunidade, emigrando, muita vez, de um país para outro, conforme se lhes faça precisa essa ou aquela aquisição nas linhas da experiência.
O lar coletivo, definindo afinidades radicais e interesses do clã, é o conjunto das emoções e dos pensamentos daqueles que o povoam.
Entre as fronteiras vibratórias que o definem, por intermédio dos breves aprendizados “berço-túmulo”, que denominamos existências terrestres, transfere-se a alma de posição, conforme os reflexos que haja lançado de si mesma e conforme aqueles que haja assimilado do ambiente em que estagiou.
Atingida a época da aferição dos próprios valores, quando a morte física determina a extinção da força vital corpórea, emprestada ao espírito para a sua excursão de desenvolvimento e serviço, reajuste ou elevação, na esfera da carne, colhemos os resultados de nossa conduta e, as vezes, é preciso recomeçar o trabalho para regenerar atitudes e purificar sentimentos, na reconstrução de nossos destinos.
Dessa forma, os corações que hoje oprimem o próximo, a se prevalecerem da galeria social em que se acastelam, na ilusória supremacia do ouro, voltam amanhã ao terreno torturado da carência e do infortúnio, recolhendo, em impactos diretos, os raios de sofrimento que semearam no solo das necessidades alheias,
E se as vítimas e os verdugos não souberem exercer largamente o perdão recíproco, encontramos no mundo social verdadeiro círculo vicioso em que se entrechocam, constantemente, as ondas da vingança e do ódio, da dissensão e do crime, assegurando clima favorável aos processos da delinquência.
Sociedades que ontem escravizaram o braço humano são hoje obrigadas a afagar, por filhos do próprio seio, aqueles que elas furtaram à terra em que se lhes situava o degrau evolutivo.
Hordas invasoras que talam os campos de povos humildes e inermes, neles renascem Como rebentos do chão conquistado, garantindo o refazimento das instituições que feriram ou depredaram.
Agrupamentos separatistas, que humilham irmãos de cor, voltam na pigmentação que detestavam, arrecadando a compensação das próprias obras.
Citadinos aristocratas, insensíveis aos problemas da classe obscura, depois de respirarem o conforto de avenidas suntuosas costumam renascer em bairros atormentados e anônimos, bebendo no cálice do pauperismo os reflexos da crueldade risonha com que assistiram, noutro tempo, à dor e à dificuldade dos filhos do sofrimento.
Em todas as épocas, a sociedade humana é o filtro gigantesco do espírito, em que as almas, nos fios da experiência, na abastança ou na miséria, na direção ou na subalternidade, colhem os frutos da plantação que lhes é própria, retardando o passo na planície vulgar ou acelerando-o para os cimos da vida, em obediência da evolução.
 “Emmanuel” - Do livro: Pensamento e Vida. Francisco Cândido Xavier

         "BEBÊS DEFICIENTES."

Conhece-os.? 
Tenho por eles uma admiração sem limites. Considero-os Espíritos fortes que escolheram - e se não escolheram, aceitaram - voltar à Terra em situações atípicas. Alegro-me pela oportunidade de falar e escrever sobre eles, aos quais devo as mensagens mais importantes que recebi em minha vida, ditas sem palavras. 
Ninguém nasce mal recebido. Ninguém oferece mais amor. Lembro-me da referência de Ken Wilber sobre os três olhos: o olho da mente e o olho da alma. Essas crianças incompletas nos olham com o terceiro olho e abrem a nossa alma para vermos o esplendor da vida, paradoxalmente mais evidente, diante das reencarnações difíceis. 
A vida na Terra pode ser comparada a uma competição. Alguns têm capacidade para nadar cinquenta metros em piscina estreita e obtém uma vitória fácil. Outros se inscrevem para atravessar a nado o canal da Mancha e os obstáculos são muitos diferentes. A vitória também. 
Todos os dias vejo os pequeninos, nascidos portadores de paralisias cerebrais ou de síndromes incapacitantes, microcefalias, chegarem para a reabilitação, com a absurda alegria de quem renova diariamente o treino da competição. Para eles, é difícil satisfazer as mais elementares necessidades da vida, difícil respirar, comer, falar, mover-se, expressar sentimentos, entender e ser entendido. Contudo, eles atravessam o canal da Mancha. 
Possivelmente são Espíritos corajosos, que antes da reencarnação, aceitaram o desafio para acelerar a sua evolução. 
Ilustre dama, a senhora Maria  Hecilda  Salgado, fundadora do Lar Escola São Francisco, uma das mais conceituadas instituições de São Paulo para crianças paralíticas, convidada a falar no encerramento de congresso internacional de reabilitação assim se expressou: '' À noite, terminada as tarefas do dia, quando me preparo para deitar ,tiro os meus sapatos. Então me lembro dos meus meninos do Lar Escola; eles tiram suas pernas. Comparo-me a eles e me sinto pequena diante da força, da coragem e do amor pela vida que eles demonstram''. 
Muitos são os que dizem apressadamente: são bebês em tremenda expiação! Além da arbitrariedade e rigidez do julgamento, a frase está mais ligada a Moisés e ao código de Hamurabi do que a Jesus e a Kardec. 
A presença, o comportamento e a maneira com que as centenas de bebês deficientes, que conhecemos, se comportam, nos levam a refletir, com mais maturidade sobre a palavra ''expiação'‘, dentro das ''vicissitudes das existências corpóreas’ ‘segundo vocábulos contidos na magistral questão 132 de O Livro dos Espíritos. Será a ''expiação'' realmente um castigo, uma punição, quase uma vingança, enquadrada no ''olho por olho, dente por dente'' da lei antiga? 
Sem dúvida, a palavra expiação se relaciona à Justiça e o conceito de justiça é a medida da interpretação. Pode-se compreendê-la na sua conotação mais primitiva ou na profundidade de sua essência na qual ela mostra envolvida no Amor. Não era fácil conciliar justiça com amor antes da mensagem cristã e, sem dúvida, ainda hoje a dificuldade persiste... 
Até nos parece que as palavras evangélicas ''Não vim destruir a lei ,mas cumpri-la'', seguida de ilustrações comparativas entre o que diziam e o que Mestre agora ensinava representam o ponto básico da novidade cristã em nível de Justiça. Ao mesmo tempo, o conceito de justiça parece ser também a ponte que liga a mensagem do Nazareno ao Espiritismo, previsto para o futuro. 
A palavra é a vestimenta da ideia. Quando a ideia  tem potência a dinâmica de uma verdade progressiva, a palavra que a veste precisa ser repensada a cada etapa atingida pela mente humana. 
Pensamos que a justiça, amor, caridade, expiação...estão inclusos nesse tipo de palavras. 
Certa vez ,em reunião informal ,ouvimos interessante observação do professor Herculano Pires sobre a grafia e a oralidade da palavra expiação. Há nela dois sentidos, conforme dicionário. Expiação, com x, significa punir ,resgatar...mas  expiação  com s vem do verbo espiar ,olhar atentamente com um fim determinado, enxergar o caminho ao redor ;em abrangência ,aprender durante o caminho espiado, vivido, conscientizado, valorizado. 
Pensamos que os bebês deficientes, possivelmente se conscientizaram antes da reencarnação, de suas necessidades interiores e aceitaram o desafio de receberem corpos atípicos para equilibrar ou acelerar o ritmo evolutivo deles  mesmos de seus familiares e, talvez ,da sociedade humana.

Nancy Puhlmann Di Girolamo é dirigente da Instituição Beneficente Nosso Lar e editora do Jornal Terra Azul, em São Paulo .Enfermeira, jornalista e escritora ,é autora do best-seller ''O Castelo das Aves Feridas'', entre outros .Atua no movimento espírita de São Paulo. E-mail:

Nancy Puhlmann Di Girolamo

               "O QUE É O ESPIRITISMO?

A maioria das pessoas, quando ouve ou lê a palavra Espiritismo vincula a ideia, automaticamente, a mais uma religião, entre as milhares que existem no mundo.
Há os que confundem o Espiritismo com práticas de umbanda, quimbanda e candomblé, por total ignorância, pois não tiveram oportunidade de tomar conhecimento da absoluta diferença. Mas, há, também, os que sabem dessa diferença; porém, levados pelo radicalismo e pela intolerância, insistem em pregar a vinculação.
Afinal de contas, o que é o Espiritismo? Não é uma religião? Absolutamente. O Espiritismo não pode ser definido simplesmente como uma religião. É uma Doutrina Filosófica, rigorosamente calcada em base cientifica, de consequência religiosa.
Filosofia de base cientifica?
Exatamente. Embora a maioria dos praticantes espiritistas não trabalhem seu aspecto científico, este é o que dá segurança e firmeza a fé dos espíritas, pois, a Doutrina ensina que "Fé inabalável só é aquela que pode encarar a razão, face a face, em todas as épocas da humanidade".
Não admite fé cega, aquela que é baseada na doutrina do "porque sim", e orienta a fé raciocinada.
Mas há quem afirme, equivocadamente, que a Ciência não aceita o Espiritismo e até que o Espiritismo vai de encontro a Ciência. É um absurdo. O respeito do Espiritismo para com a Ciência é tão grande que quando a Doutrina veio ao mundo, por obra dos Espíritos, o seu codificador, altamente inspirado, afirmou, com o aval dos próprios Espíritos Superiores: "Se algum dia a Ciência comprovar que a Doutrina está errada em algum ponto, cumpre ao espírita abandonar esse ponto equivocado e seguir a orientação da Ciência". 
É importante frisar, também, que a presunção de muitos homens (que se dizem de ciência) quer impor ao mundo que as propriedades da matéria são apenas aquelas que eles conhecem.
Mas, talvez você, assim como outras pessoas, afirme: "Eu já frequentei a casa da dona Fulana e não vi nada que pudesse ser chamado de ciência". Claro, você tem razão. O Espiritismo não são essas coisas que se pratica na casa da dona Fulana, da "mãe" Ciclana ou do "pai" Beltrano, apesar dessas pessoas fazerem questão de denominarem suas práticas como sendo espiritas.
Conheço muita gente que se diz conhecedora do Espiritismo afirmando coisas assim: "Eu já frequentei, por muito tempo, o Centro tal..."mas ainda usa expressões do tipo "mesa branca, linha branca, etc...", o que prova total desconhecimento da doutrina, uma vez que esse negócio de mesa branca é coisa que nunca existiu no Espiritismo. Existem pessoas que dizem conhecer o Espiritismo, ou até que se dizem espiritas, mas morrem de medo de defunto, visitam cemitérios nos dias de finados, como se os seus entes desencarnados estivessem ali; acendem velas, etc... É engraçado, mas, também, é uma prova de que nada sabem sobre o assunto.
É importante esclarecer essa questão: considerando que a mediunidade é uma faculdade humana e não uma propriedade do Espiritismo, muita gente se aproveita dela, ou finge possuí-la, para praticar, em sua residência. Sessões de "atendimento" a pessoas, na maioria das vezes cobrando, direta ou indiretamente, dizendo-se espírita, porém, propondo fazer pelas pessoas o que elas querem e não o que elas precisam. Propõe ajuda para conseguir emprego, mesmo sem essa pessoa ter afinidade com o trabalho, ajuda para conseguir namorados, passar em concursos, livrar-se de enfermidades, ganhar em loterias, etc...
O pior é que alguns chamados líderes religiosos, ou "defensores" do religiosismo tradicional quando querem atacar o Espiritismo, preocupados em exibir uma cultura que não tem, citam supostas experiências próprias, que nada mais são que algum tempo vivido em algumas dessas casas, nas convivências com essas "mães" ou "pais", que sempre terminam decepcionando. 
O Espiritismo é uma Doutrina baseada nos ensinamentos de Jesus (o maior exemplo de coerência e Amor do qual o mundo já teve conhecimento), que respeita a liberdade das pessoas, que não cerceia a liberdade de pensar de ninguém, que não aponta dedo para ninguém, que não julga e não diz ser dona exclusiva da verdade.
O Espiritismo tem o maior respeito por todos os segmentos religiosos, principalmente pelos grandes vultos da humanidade que foram, ou que são, membros de outras religiões, como um Francisco de Assis, Antônio de Pádua, Madre Teresa de Calcutá, Teresa DÁvila, Dom Helder Câmara, Irmã Dulce, Padre Bruno Sechi, aqui no Pará, o pastor protestante Martin Lether King e muitos outros servidores da humanidade, independente da crença que professam.
O Espiritismo não faz proselitismo e jamais dirá que um católico está errado, porque está na igreja católica, ou que um protestante está errado, por seguir uma das centenas de ramificações do protestantismo.
O Espiritismo não obriga ninguém a absolutamente nada, nem mesmo a frequentar Centros ou a participar de reuniões espiritas.
Não adota quaisquer rituais, não admite velas, incensos, altares, paramentos, dízimos ou qualquer espécie de pagamento, direto ou indireto, por uma orientação espiritual. Não discrimina ninguém.
A sua concepção de Deus é totalmente diferente da convencional: Deus é soberanamente bom, justo, misericordioso e não pode ser nivelado a inferioridade humana. Portanto, não admite qualquer conceito que define Deus como violento, cruel, sanguinário, vingativo, discriminador, incoerente e inconsequente.
A Justiça de Deus não pode ser comparada com a justiça dos homens, pois a lógica Espírita admite que "Deus não castiga e não perdoa ninguém", já que, para castigar estaria sendo intolerante com as falhas de "crianças" ignorantes e atrasadas; para perdoar, implicaria que tivesse sido ofendido antes. Admitir Deus ofendido é algo que contraria o bem senso.
Através desta coluna, pretendemos mostrar as pessoas o que é o verdadeiro e único Espiritismo. Não o Espiritismo Kardecista, nem Espiritismo mesa branca, que são coisas que não existem. O Espiritismo nunca foi propriedade do Senhor Allan Kardec e nem nada tem a ver com a cor da mesa que o Centro usa. 
Vamos falar sobre a vida, sobre a "morte", Amor, dia-a-dia, felicidade, aborto, suicídio, infelicidade e sobre os problemas comuns dos homens, à luz do Espiritismo.
Alamar Régis Carvalho


(Página "O que é o Espiritismo", extraída do Livro "Sob a Ótica Espírita" de Alamar Régis Carvalho, onde foram condensadas um ano de coluna espirita no grande Jornal de Belém do Pará - O LIBERAL.)

“DEZ COISAS QUE ROUBAM À SUA ENERGIA.”

“Todos nós temos uma carga de energia, a qual devemos aprender a utilizar corretamente e não desperdiçar.” As energias nos permitem trabalhar com motivação, nos dão pensamentos positivos para enfrentar as situações do dia a dia e permitem aproveitar ao máximo todas as oportunidades que nos sãos apresentados. Somente nós temos o poder de dominar nossas energias e ter acesso a elas para usá-las em nossos dias. No entanto, existem alguns agentes externos e internos que podem chegar a interferir em nossos níveis de energia provocando uma redução em nossa motivação, nosso humor e nossa produtividade.
As energias são chaves para alcançar o êxito e superar cada um dos obstáculos que nos sãos apresentados no caminho. Todos podem renovar todos os dias essas energias e aproveita-las ao máximo para deixar vir a tona nossas qualidades, nossos talentos e tudo o que nos permite descartar como pessoas. Levando em consideração que cada indivíduo está dotado de energia, e que isto é a chave para seu desenvolvimento pessoal e profissional, o grande líder espiritual Dalai Lama definiu os “10 ladrões da energia” que todos devem conhecer para conseguir o domínio das energias e evitar que hajam interferências que nos impeçam de aproveita-las.
1- Fique longe das pessoas tóxicas que consomem sua energia
Deixe ir as pessoas que somente chegam para compartilhar queixas, problemas, histórias desastrosas, medo e julgamentos sobre os demais. Se alguém busca uma lixeira para deixar seu lixo, não deixe que seja a sua mente.
Todos nós temos a capacidade de distinguir quais são as pessoas que trazem coisas positivas para nossa vida e quais são aquelas que querem nos deter e impedir nossa vida.
2- Pague suas contas a tempo
Não há nada melhor para nossa tranquilidade do que saber que não devemos nada a ninguém e que ninguém nos deve.
“Pague suas contas a tempo.
Ao mesmo tempo cobre a quem te deve ou escolha deixa-lo ir, se já for impossível cobrar”. Ser responsável com as dívidas nos ajuda a ficar tranquilos ante as demais pessoas e com nós mesmos. É melhor fazer tudo o que for possível para se libertar das dívidas e não ter que se esconder ou ficar com vergonha por não tê-las pagado.
3- Cumpra suas promessas
“Se você não cumpriu uma promessa pergunte-se por quê? Você sempre tem direito a mudar de opinião, a se desculpar, a compensar, a renegociar e a oferecer uma alternativa ante uma promessa não cumprida. A forma mais fácil de evitar o “não cumprir” é dizer NÃO desde o princípio”.
As promessas, por menores que sejam, podem ter um valor muito significativo para as pessoas as quais as fizemos. Cumprir nossas promessas nos faz pessoas melhores tanto do ponto de vista pessoal quanto profissional.
4- Delegue aquilo que não quer fazer
“Elimine o que for possível e delegue aquelas tarefas que prefere não fazer. Procure dedicar seu tempo às coisas que gosta”.
Não se trata de escapar de nossas responsabilidades, mas sim de ter consciência de que em certos casos o melhor é passar o trabalho para alguém que pode fazê-lo melhor ou que pode tomar seu lugar quando você não se sente nas melhores condições para realizá-lo. Isto nos lembra de que é importante realizar as coisas que são verdadeiramente significativas em nossas vidas.
5- Descansa e aja
“Permita-se descansar se estiver em um momento no qual necessita e autorize-se a agir se estiver em um momento de oportunidade”.
Tanto a natureza como nossa vida possuem diferentes ritmos e cada um de nós deve saber como agir frente a isso. Muitas vezes não parar quando necessitamos pode ser um grande erro. 
6- Coloque, recolha e organize
“Nada toma mais energia que um espaço desordenado e cheio de coisas do passado que você já não precisa. Organize-se”. Desde as coisas físicas até as espirituais, é muito importante deixar aquilo de que não precisamos mais para trás. Devemos seguir com aquelas coisas que nos permitem viver bem o presente e buscar nossos sonhos.
7- Cuide de sua saúde
“Dê prioridade a sua saúde. Se seu corpo não funcionar bem não adianta. Tire alguns momentos para descansar”.
De nada nos serve ter o melhor trabalho, muito dinheiro e os melhores bens se não gozamos de boa saúde e não cuidamos de nosso corpo. Para desfrutar da vida com as melhores energias, devemos dedicar um merecido tempo a nosso corpo para desintoxicá-lo, meditar, nos alimentar bem, fazer exercícios, consultar um médico e fazer todo o necessário para estar bem de saúde.
8- Enfrente  as situações difíceis
“Enfrente as situações tóxicas que está postergando. Tome a ação necessária”.
Enfrentar as situações é a maneira mais saudável de assumir as coisas e não deixar que se convertam em algo pior. É importante analisar e decidir a tempo  já que evitar decisões pode gerar estresse, dificuldade para se focar e problemas mais difíceis de solucionar.
9- Aceite
“Aceitar não é resignar-se, mas nada te faz perder mais energia que resistir e brigar contra uma situação que você não pode mudar”.
Ainda que muitos acreditem que nada é impossível e que a esperança é a última que morre, em certos casos a vida nos põe ante situações nas quais devemos aceitar que não podemos mudar as coisas e que a única forma será aceitar. Aceitar não quer dizer que devamos parar de lutar, quando aceitamos que não podemos mudar algo, também temos a possibilidade de mudar o plano e buscar novas oportunidades. 
10- Perdoe
“Perdoe, deixe para trás a situação que esteja causando dor. Você sempre pode escolher deixar a dor ir embora”.
Uma das maiores fontes de energia é o Amor e estar conectado a Deus para aprender a perdoar. É verdade que muitas vezes a vida nos põe ante situações que nos enchem de ira, de dor, de rancor e de medos que dificilmente podemos superar. No entanto, quando decidimos não alimentar estes sentimentos e começar a perdoar, tudo em nossa vida melhora, e com o tempo nos damos conta que tomamos uma boa decisão. O ódio, o rancor e a ira são sentimentos que não nos trazem nada de bom e nos podem levar a tomar más decisões.

Dalai Lama
                                       ''A vida futura''
Pilatos, tendo entrado de novo no palácio e feito vir Jesus à sua presença, perguntou-lhe: 
És o rei dos judeus?

 — Respondeu-lhe Jesus: 
Meu reino não é deste mundo. 
Se o meu reino fosse deste mundo, a minha gente houvera combatido para impedir que eu caísse nas mãos dos judeus; mas, o meu reino ainda não é aqui. 

Disse-lhe então Pilatos: 
És, pois, rei? 
— Jesus lhe respondeu: 
Tu o dizes; sou rei; não nasci e não vim a este mundo senão para dar testemunho da verdade. 
Aquele que pertence à verdade escuta a minha voz. (S. JOÃO, cap. XVIII, vv. 33, 36 e 37.)

Por essas palavras, Jesus claramente se refere à vida futura, que ele apresenta, em todas as circunstâncias, como a meta a que a Humanidade irá ter e como devendo constituir objeto das maiores preocupações do homem na Terra. 
Todas as suas máximas se reportam a esse grande princípio. Com efeito, sem a vida futura, nenhuma razão de ser teria a maior parte dos seus preceitos morais, donde vem que os que não creem na vida futura, imaginando que ele apenas falava na vida presente, não os compreendem, ou os consideram pueris.
Esse dogma pode, portanto, ser tido como o eixo do ensino do Cristo, pelo que foi colocado num dos primeiros lugares à frente desta obra. 
É que ele tem de ser o ponto de mira de todos os homens; só ele justifica as anomalias da vida terrena e se mostra de acordo com a justiça de Deus.
Apenas idéias muito imprecisas tinham os judeus acerca da vida futura. 
Acreditavam nos anjos, considerando-os seres privilegiados da Criação; não sabiam, porém, que os homens podem um dia tornar-se anjos e partilhar da felicidade destes. 
Segundo eles, a observância das leis de Deus era recompensada com os bens terrenos, com a supremacia da nação a que pertenciam, com vitórias sobre os seus inimigos.
As calamidades públicas e as derrotas eram o castigo da desobediência àquelas leis. 
Moisés não pudera dizer mais do que isso a um povo pastor e ignorante, que precisava ser tocado, antes de tudo, pelas coisas deste mundo. 
Mais tarde, Jesus lhe revelou que há outro mundo, onde a justiça de Deus segue o seu curso. 
É esse o mundo que ele promete aos que cumprem os mandamentos de Deus e onde os bons acharão sua recompensa. Aí o seu reino; lá é que ele se encontra na sua glória e para onde voltaria quando deixasse a Terra.
Jesus, porém, conformando seu ensino com o estado dos homens de sua época, não julgou conveniente dar-lhes luz completa, percebendo que eles ficariam deslumbrados, visto que não a compreenderiam. 
Limitou-se a, de certo modo, apresentar a vida futura apenas como um princípio, como uma lei da Natureza a cuja ação ninguém pode fugir. 
Todo cristão, pois, necessariamente crê na vida futura; mas, a ideia que muitos fazem dela é ainda vaga, incompleta e, por isso mesmo, falsa em diversos pontos. 
Para grande número de pessoas, não há, a tal respeito, mais do que uma crença, balda de certeza absoluta, donde as dúvidas e mesmo a incredulidade.
O Espiritismo veio completar, nesse ponto, como em vários outros, o ensino do Cristo, fazendo-o quando os homens já se mostram maduros bastante para aprender a verdade. 
Com o Espiritismo, a vida futura deixa de ser simples artigo de fé, mera hipótese; torna-se uma realidade material, que os latos demonstram, porquanto são testemunhas oculares os que a descrevem nas suas fases todas e em todas as suas peripécias, e de tal sorte que, além de impossibilitarem qualquer dúvida a esse propósito, facultam à mais vulgar inteligência a possibilidade de imaginá-la sob seu verdadeiro aspecto, como toda gente imagina um país cuja pormenorizada descrição leia. Ora, a descrição da vida futura é tão circunstanciadamente feita, são tão racionais as condições, ditosas ou infortunadas, da existência dos que lá se encontram, quais eles próprios pintam, que cada um, aqui, a seu mau grado, reconhece e declara a si mesmo que não pode ser de outra forma, porquanto, assim sendo, patente fica a verdadeira justiça de Deus.

(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. II, itens 1 a 3.)

                                           ''LINDA  MENSAGEM ''


Se alguém não o compreende, perdoe, e siga em frente!  Não guarde em seu coração  mágoas e ressentimentos, medo e tristeza. 

Caminhe para a frente!  
Quanta gente espera de você apoio, compreensão e carinho!  

Se não o compreendem, não se importe. 
Perdoe e siga em frente, porque em todos os caminhos encontraremos sempre lições preciosas, que nos farão progredir.

A educação no lar é a base da felicidade de nossos filhos. 
Dê toda a sua atenção para a formação do caráter de seus filhos, sobretudo por meio dos exemplos de sua própria vida. 

Não discuta jamais com sua esposa. 
Não dê jamais um passo errado. 
Viva de tal forma, que seu filho  possa orgulhar ­se de você, vendo, em seu exemplo, o modelo que ele deve seguir, para ser um homem de bem.

O Amor e a alegria são os elementos básicos para conquistarmos amizades e as conservarmos. 
E são básicos, também, para nossa paz mental. 

Demonstre Amor e alegria em todas as oportunidades, e veja que a paz nasce dentro de você. 
A felicidade não pode estar em nada que esteja fora de você. 
Busque­ a dentro de você mesmo, pois a felicidade é Deus, e Deus mora dentro de você.
Fixe seu olhar  no lado belo da vida!  

Há tanta coisa para ser  contemplada e apreciada!  
As moscas buscam as chagas, num corpo inteiramente limpo. 
As abelhas buscam as flores, mesmo no meio de um pântano. 

Seja como as abelhas!  
Embora tudo em torno seja lama, procure com atenção, que há de descobrir uma pequenina flor, que venha alegrar sua alma. 

Fixe seu olhar no lado belo da vida!
Jamais use palavras que façam seu  companheiro desanimar no  caminho do bem!  

Não lance aos outros o veneno que lhe haja penetrado na alma. 
Se você tiver tido uma decepção, avise ­o de que poderá vir a sofrer, mas conforte sua alma. 
O desalento é um veneno. 

Não envenene seus amigos!  
De-lhes alegria, que é o melhor  remédio que o céu fornece aos homens, capaz de curar todas as chagas.

Se tiver que discutir que seja com serenidade. 
Lembre-­se de que seu adversário  tem os mesmos direitos que você, de ouvido. 

Oução com a mesma atenção que gosta de receber. 
Não tumultue a discussão: os direitos dele são iguais aos seus. 
E, quem sabe, muitas vezes a razão  estará com ele. Então, discuta com serenidade, e conquiste fama de sábio e de homem bem educado.


Aprenda a respirar. 
A respiração é nossa principal função biológica e através dela fornecemos ao organismo a vida e a saúde, trazidas a nós pela Energia Cósmica. 

Tudo o que vive, respira: plantas, animais e criaturas humanas. Se impedirmos a respiração, dar se o fenômeno da morte. 

A respiração é a fonte da vida. 
Cada vez que aspiramos, introduzimos no organismo a Energia Cósmica, que é o Fluido Divino.

Aprenda a respirar  conscientemente e evitará numerosas doenças.   


                PONTOS DA FÉ



A fé em Deus – comentou o sábio – é sempre única na essência, mas se caracteriza em manifestações diferentes, em cada criatura, como sejam:

no sofrimento – aceitação;
na tentação – resistência;
no trabalho – alegria;
no progresso – proveito;
na dificuldade – paciência;
na tribulação – esperança;
na caridade – silêncio;
na ofensa – perdão;
no relacionamento – gentileza;
na enfermidade – calma;
na crise – coragem;
no tumulto – serenidade;
na provação – ânimo firme;
na abastança – prudência;
na carência – otimismo;
na profissão – honestidade;
na afeição – equilíbrio;
no lar – mais amor.

Verificando os pontos da fé em Deus, cada um de nós conseguirá facilmente encontrar a soma de nossas aquisições e falhas, omissões e vitórias íntimas, bastando, para isso, a nossa autoanálise diante de quaisquer problemas da vida.

EMMANUEL
Chico Xavier 








                                               Dominar-se



Saiba dominar-se e vencer-se a si mesmo.

Vitorioso não é aquele que vence os outros, mas o que se vence a si mesmo, dominando seus vícios e superando seus defeitos.

A vitória sobre si mesmo é muito difícil, e quem consegue isto pode ser classificado como verdadeiro herói.

Aprenda a dominar-se, e jamais desanime.

Se desta vez não conseguiu, recomece e um dia sairá vitorioso!

Esse Chico foi mesmo um grande missionário de Deus!  :)

ESTUDANTE QUE MATOU AMIGO EM CAMPINAS FOI ABSOLVIDO
 
Lealdade — Mensagens familiares de Maurício G. Henrique
Repercussões da absolvição no país e no exterior
O POPULAR
(Goiânia, GO, 10/8/1979)
O estudante José Divino Nunes que, em maio de 1976, matou casualmente seu inseparável amigo Maurício Garcez Henrique, num caso conhecido como “roleta russa” e que comoveu a opinião pública, foi absolvido pelo juiz da 6ª Vara Criminal, Orimar de Bastos, que considerou o delito não enquadrado em nenhuma das sanções do Código Penal Brasileiro, porque o ato cometido, pelas análises apresentadas, não se caracterizou de nenhuma previsibilidade. 
O magistrado fez remessa dos autos ao Tribunal de Justiça para apreciação pelo duplo grau de jurisdição.

De acordo com o laudo pericial, no dia oito de maio de 1976, um sábado de manhã, os dois amigos encontravam-se na casa de José Divino, em Campinas, conversando, quando a vítima pegou um revólver de dentro da pasta do pai do acusado. 
Maurício tirou dele as balas e acionou o gatilho duas vezes em direção ao seu colega, por brincadeira. 
O rapaz disse-lhe que deixasse a arma, tomando-lhe das mãos.

Maurício foi até a cozinha buscar cigarros, enquanto José Divino ficou com o revólver, dirigindo-se até o rádio para mudar a estação. 
O rádio estava sobre o guarda-roupa que fica ao lado da porta que dá para a cozinha, porta esta aberta, impedindo a visão do acusado relativamente a quem entrasse por ela. 
Ao mudar a estação do rádio, ele instintivamente puxou o gatilho, fazendo a arma disparar. 
Neste instante, ouviu um grito de Maurício e virou-se em sua direção. 
A vítima se agachou e só então seu colega notou que o tiro o alcançara. 
Aquela era a primeira vez que ele pegava em arma de fogo e disparou apenas uma vez.

Defesa
O advogado José Cândido da Silva, em suas alegações finais, citou Nelson Hungria, que diz: “os motivos determinados constituem, no direito penal moderno, a pedra de toque do crime. 
Não há crime gratuito ou sem motivo, e é no motivo que reside a significação mesma do crime”.

A peça preambular enquadrou o réu nas sanções do artigo 121 do Código Penal. 
O advogado alegou que não ficou provada intenção criminosa, ao contrário, ressalta dos autos que "não havia motivo para o réu eliminar a vida de seu colega, amigo do dia a dia, verdadeiro irmão." O evento não teve testemunha e conforme pontifica a perícia, a versão narrada por José Divino pode ser aceita, por inexistir contradição entre sua palavra e os dados técnicos.

Para a defesa: “falar-se em crime doloso é um contrassenso jurídico, à luz do elemento probatório. Dolo pressupõe intenção criminosa e esta incorreu na conduta do agente. O fato foi produto da fatalidade, a ação do réu foi meramente acidental, sob a tônica da imprevisibilidade, que caracteriza o caso fortuito”, alegou.


Mensagem psicografada


O juiz Orimar de Bastos diz em sua sentença que “temos que dar credibilidade à mensagem psicografada por Francisco Cândido Xavier, anexada aos autos, onde a vítima relata o fato e isenta de culpa o acusado, discorrendo sobre a brincadeira com o revólver e o disparo da arma”. 
Este relato coaduna com as declarações prestadas por José Divino, quando de seu interrogatório.

Em suas alegações finais, o advogado relata que “enquanto familiares da vítima manifestavam incontido sentimento de rancor, a vítima Maurício Garcez Henrique, desencarnado, envia mensagens de tolerância e magnitude espiritual, inocentando seu amigo e dizendo que ninguém teve culpa em seu caso, tudo através do renomado médium Francisco Cândido Xavier, cuja autenticidade foi proclamada, inclusive, pelo representante do Ministério Público”.

O magistrado considerou que a provocação da brincadeira foi da própria vítima, que esvaziou o tambor do revólver e, por ironia do destino, ficou uma bala.


DIÁRIO DA NOITE
(São Paulo, SP, 10/9/1979)

CHICO XAVIER SALVOU INOCENTE DA CADEIA

Francisco Cândido Xavier, ou simples e carinhosamente Chico Xavier.

Ao longo dos seus cinquenta e dois anos de atividades, somente duas vezes tive contato com ele. A primeira, e lá se vão muitos anos, foi quando lhe entreguei uma carta com um nome e endereço fictícios para que ele, auxiliado por Emmanuel, seu guia espiritual, respondesse qual ou quais remédios, para o espírito ou para o corpo, que deveriam ser indicados em favor da “pessoa” cuja carta ele segurava entre os dedos de sua mão esquerda. Olhos cerrados, fisionomia serena, apenas seus lábios se movimentavam na boca semi-aberta.

A seu lado, contrastando com o ambiente de respeito que se podia sentir nos músculos de todos os rostos das pessoas que superlotavam a pequena sala onde nos encontrávamos, eu não conseguia dissimular um sorriso maroto que brotava de dentro de mim.

Era o repórter procurando, por meios menos honestos, encontrar um caminho para denunciar publicamente uma farsa ou uma “mistificação grosseira” que já estava sendo aceita por uma incalculável multidão como uma verdade incontestável.

Francisco Cândido Xavier largou lentamente a carta-mentira sobre a mesa, colocou a mão esquerda sobre os olhos sempre cerrados e enquanto os dedos da mão direita se crispavam em torno do lápis, seus lábios pronunciaram uma frase que o lápis ágil se encarregou de marcar no papel.

“Que Deus te perdoe meu filho.”

Todos os olhares, a maioria de espanto, se voltaram para mim. Ele apanhou a “carta-mentira” e colocando-a junto às minhas mãos abertas sobre a mesa, com uma serenidade que só os santos podem ter, disse:

“Para este mal só há um remédio: a verdade.”

Não fui capaz de escrever uma só linha em forma de reportagem sobre este encontro. Pela primeira vez em minha vida eu senti medo.

Muitos anos depois, num dos corredores da TV Tupi de São Paulo, quando Chico Xavier se preparava para uma entrevista no “Pinga-Fogo”, vi quando ele, delicadamente, deixou de conversar com um pequeno grupo de pessoas voltando-se para uma senhora idosa que estava às suas costas, e que ele provavelmente jamais tinha visto, foi até ela e segurou as duas mãos trêmulas da mulher entre as suas, com uma mansidão de santo. Algumas lágrimas rolaram pelas faces da velhinha. Chico Xavier quis falar, mas não pôde. Tive a impressão de que por trás de seus óculos escuros seus olhos também ficaram embaciados por lágrimas. Quando eu quis identificar a velhinha, ela tinha desaparecido do prédio. Um mistério, que de simples tornou-se indecifrável para o repórter.

Santa Izildinha, Antoninho da Rocha Marmo, Donizete Tavares de Lima, o padre de Tambaú, José de Freitas, o Arigó e muitos outros são nomes que figuram em muitas de minhas reportagens e que me recordam grandes e controvertidos acontecimentos. São nomes que fizeram com que milhares de lágrimas fossem derramadas por gratidão, por respeito ou até mesmo por um desejo insatisfeito. Nenhum deles, nunca, arrancou uma só lágrima dos meus olhos.

Nesta última quarta-feira, porém, tive que cerrar fortemente os olhos para que eles não se enchessem de lágrimas, lágrimas de arrependimento por nunca ter tido a coragem de escrever uma só reportagem sobre Chico Xavier. Hoje, ela aqui está. E a escrevo convicto de que o famoso médium espírita de Uberaba é algo mais do que um homem: é quase um Deus.


(Narrando, em sequência: o histórico do acontecimento de Goiânia (com o subtítulo: A morte chegou cedo); a constituição do Processo (O Processo); o recebimento da primeira carta psicografada, transcrevendo-a na íntegra (A Mensagem); o conceituado jornalista Orlando Criscuolo encerrou sua longa e brilhante reportagem, — que preencheu toda uma página do DIÁRIO DA NOITE, ilustrada com fotos do médium e de Maurício, bem como com o confronto das assinaturas do jovem (na Cédula de Identidade e na carta psicografada) — com as seguintes palavras:)


Mensagem absolve o réu


Não se conhece na história do mundo alguém que tenha sido absolvido pela Justiça dos homens tendo como ponto fundamental de sua inocência uma mensagem enviada do Além. É absolutamente inédito um acontecimento desta ordem, mas ele aconteceu.

No dia 16 de julho último, três anos após a morte de Maurício, o Juiz de Direito Orimar de Bastos, titular da 6ª Vara Criminal de Goiânia, absolveu José Divino. E pela primeira vez, em toda a história jurídica do mundo, um Juiz de Direito apoia sua decisão em uma mensagem vinda do Além, muito além da imaginação de qualquer ser vivo.

Na sentença de absolvição, aquele Magistrado diz textualmente: “Temos que dar credibilidade à mensagem psicografada por Francisco Cândido Xavier, anexada aos autos, onde a vítima relata o fato e isenta de culpa o acusado, discorrendo sobre as brincadeiras com o revólver e o disparo da arma. Coaduna este relato com as declarações prestadas por José Divino, quando do seu interrogatório”.

E a sentença do Juiz foi marcada por um fato que, para mim, só Deus pode explicar: a assinatura de Maurício na mensagem psicografada por Chico Xavier é idêntica à assinatura que, em vida, ele deixou em sua Carteira de Identidade.

Chorem, comigo, a incompreensão desse fantástico fenômeno que se chama Chico Xavier.


O GLOBO
(Rio de Janeiro, RJ, 18/9/1979)

JUIZ ABSOLVE COM BASE EM CARTA PSICOGRAFADA


GOIÂNIA — Com base em uma mensagem psicografada, o juiz Orimar Bastos, da Sexta Vara Criminal de Goiânia, absolveu José Divino Nunes, acusado do assassinato de seu amigo Maurício Garcez Henrique, no dia 8 de maio de 1976, no bairro de Campinas.

A carta da vítima inocentando o amigo foi psicografada por Francisco Cândido Xavier — o “Chico Xavier” — em Uberaba, e entregue a seus pais. Segundo o exame grafotécnico, a assinatura coincide com a da carteira de identidade de Maurício.

Os dois eram amigos inseparáveis e no dia da tragédia estavam brincando com um revólver do pai de José. Enquanto Maurício foi à cozinha, José ficou no quarto, sentado em frente a um espelho, quando a arma disparou e atingiu-o. Pouco depois ele morreu no hospital.

Na mensagem recebida por “Chico Xavier”, ele pede desculpas aos pais por ter brincado com a arma e inocenta o amigo: “Brincávamos a respeito da possibilidade de se ferir alguém pela imagem no espelho; e quando eu passava em frente de minha própria figura, refletida no espelho, sem que o momento fosse para qualquer movimento meu, o tiro me alcançou, sem que a culpa fosse do amigo ou minha mesmo”.

Em sua sentença, três anos depois da morte de Maurício o juiz Orimar Bastos afirma: “Temos que dar credibilidade à mensagem psicografada por Francisco Cândido Xavier, anexada aos autos, onde a vítima relata o fato e isenta de culpa o acusado, discorrendo sobre a brincadeira com o revólver e o disparo da arma. Coaduna este relato com as declarações prestadas por José Divino, quando de seu interrogatório”.


PROGRAMA FLÁVIO CAVALCANTI — REDE TUPI DE TELEVISÃO
(Rio, RJ, 30/9/1979)


(Leitura da Segunda Carta de Maurício)

FLÁVIO CAVALCANTI — No dia 12 de maio deste ano, Maurício enviou, através de Chico Xavier, a mensagem dirigida à sua mãe, e dela destaco somente este trecho: “Peça ao meu pai para que, no íntimo, aceite a versão que eu forneci do acontecimento que me suprimiu o corpo físico”.

Olha, que trecho maravilhoso: “Que eu forneci do acontecimento que suprimiu o meu corpo físico. Não se procure culpa de ninguém. Tudo está encerrado em paz, porque o acidente foi acidente real, e preciso que meu pai ajude a refletir nisso, com as minhas próprias notícias”.

O Programa Flávio Cavalcanti traz frente às câmaras o Sr. José Henrique.

O Sr. culpa o José Divino pela morte de seu filho? Deu-lhe o perdão e a compreensão, Sr. José Henrique?


JOSÉ HENRIQUE — Eu culpava o José Divino pela morte do Maurício. É claro que após receber a primeira mensagem essa culpa diminuiu um pouco. Eu aceitei a mensagem de Maurício, mas mesmo assim ainda não tinha o espírito religioso que tenho hoje para aceitar aquilo como toda a verdade.


FLÁVIO CAVALCANTI — Foi com esses documentos que tenho aqui em mãos, psicografados pelo médium Chico Xavier, que o Juiz de Goiânia absolveu José Divino da morte de seu amigo Maurício Garcez. Pois bem, o Programa Flávio Cavalcanti traz o Juiz de Direito da Sexta Vara Criminal de Goiânia, Dr. Orimar de Bastos.

Boa noite, Dr. Orimar.

DR. ORIMAR DE BASTOS — Boa noite.


FLÁVIO CAVALCANTI — O Sr. é espírita? primeira pergunta.

DR. ORIMAR DE BASTOS — Não. Não sou espírita, sou católico.


FLÁVIO CAVALCANTI — Foi com a mensagem do morto que decidiu dar absolvição a José Divino?

DR. ORIMAR DE BASTOS — Eu tenho que dar um esclarecimento. Justamente por causa da celeuma que está criando no Brasil todo, a respeito dessa carta psicografada. Não foi propriamente a carta que nos deu subsídios para julgar. Porque nos autos constam provas, evidências de que o acusado não agiu, no meu entender, na análise das provas inseridas nos Autos, nem com dolo, nem com culpa. Depois de analisar essas provas, de poder observar as perícias efetuadas pela Polícia, nós deparamos também com aquela carta psicografada. Foi justamente ela que nos deu um pequeno subsídio.


FLÁVIO CAVALCANTI — Coincidia com o depoimento de José Divino?

DR. ORIMAR DE BASTOS — Perfeitamente. Aliás, a carta psicografada colidia justamente com o depoimento do acusado prestado no interrogatório. E aquilo nos trouxe aquela convicção de que realmente o acusado falara a verdade no interrogatório.


FLÁVIO CAVALCANTI — Por favor, Dr. Orimar de Bastos, Juiz de Direito da Sexta Vara Criminal de Goiânia. Por gentileza, o senhor poderia resumir a sua sentença?

DR. ORIMAR DE BASTOS — Aliás, nós podemos dizer que o Doutor Promotor de Justiça o acusou como delito doloso, e nós, observando o Processo, fizemos a análise do artigo 15 do Código Penal, que ali diz: “é crime doloso quando o agente quis o resultado ou assumiu o risco de produzi-lo”. Afastei esse primeiro prisma, que é a intenção, porque o agente não teve a intenção, e nem a consciência de querer o ilícito. No dolo, portanto, o agente quer conscientemente o ilícito; inexistindo essa consciência, inexiste o dolo. Então, fomos olhar sob outro prisma, que é crime culposo, quando o agente deu causa ao resultado por imprudência, negligência ou imperícia. Ora, na culpa tem que existir um nexo da previsibilidade, que também não encontramos naquele Processo. E não encontrando, nós, tranquilamente, com o que estava dentro do Processo, absolvemos o José Divino.


FLÁVIO CAVALCANTI — Por gentileza, Dr. Orimar de Bastos, Senhoras e Senhores, a reportagem do Programa Flávio Cavalcanti deslocou-se para Uberaba e de lá trouxe esta mensagem do médium Chico Xavier.

REPÓRTER — Chico Xavier, você acredita que a Justiça possa se utilizar mais amiúde de mensagens do Além nesses casos.

CHICO XAVIER — Eu creio que uma pergunta desta deveria ser endereçada às autoridades do Poder Judiciário, e não a mim que sou apenas um pequeno companheiro de nossas experiências do dia a dia. Agora, falando do meu ponto de vista não apenas de espírita, mas também de cristão, eu me recordo de que o ponto básico da Doutrina Cristã é o da ressurreição de Nosso Senhor Jesus-Cristo. Isto é, Nosso Senhor Jesus-Cristo venceu a morte e nos deu a mensagem da Vida Eterna. Então, como cristão eu acredito que se a mensagem de alguém, que se transferiu para a Vida Espiritual, demonstrar elementos de autenticidade capazes de interessar uma autoridade humana, essa mensagem é válida para qualquer julgamento.


FLÁVIO CAVALCANTI — E de Goiânia, a irmã de Maurício, Nádia, faz o seu agradecimento a Chico Xavier.

NÁDIA — Em primeiro lugar, eu amo você, Chico. Você é tudo para nós, para mim você é um Deus. Eu não sei nem expressar a gratidão que tenho por você. Você sabe, eu te disse muitas vezes que eu te adoro. Você trouxe tranquilidade não só para nós, como também para muitas famílias que passaram por alguma desgraça, como aconteceu conosco ou qualquer outra pessoa. Muito obrigada, Chico.


FLÁVIO CAVALCANTI — D. Dejanira, a senhora atendeu ao pedido de seu filho morto? A senhora inocentou o José Divino, deu-lhe o perdão, D. Dejanira?

D. DEJANIRA — Eu atendi o pedido dele.


FLÁVIO CAVALCANTI — D. Dejanira e Sr. José Henrique, os senhores vão me desculpar, mas eu trouxe o José Divino até aqui. Ele está lá atrás. É um momento, em que eu pediria, de muita reflexão, compreendendo a dor dos senhores, como pais, mas eu gostaria muito, se possível fosse, do perdão dos senhores a José Divino, que vem e que pediu para vir, para pedir perdão, de público, do acidente fatal com seu querido amigo. Entre, José Divino, por favor. José Divino, o que você gostaria de falar com os pais de seu amigo?

JOSÉ DIVINO — Eu gostaria, primeiro, de pedir perdão a eles. Eu não tenho nem um pouco de raiva da família dele.


FLÁVIO CAVALCANTI — Havia motivo?

JOSÉ DIVINO — Não, não há motivo.


FLÁVIO CAVALCANTI — Foi realmente um acidente?

JOSÉ DIVINO — Foi.


FLÁVIO CAVALCANTI — Você seria capaz de ir até lá e pedir perdão a D. Dejanira?

JOSÉ DIVINO —Seria.


FLÁVIO CAVALCANTI — Então, por favor…

FLÁVIO CAVALCANTI — Os pais responderam que eles não têm o que perdoar. Já que Maurício disse que ele não tem culpa, então não têm nada a culpar, não têm nada a perdoar. Portanto, eu acho que José Divino vai poder voltar para sua terra com o perdão dos pais. Obrigado a todos, muito obrigado José Divino, vai com Deus, ouviu?

(Palmas)

Agradeço às equipes das TV Uberaba e Goiás, de Goiânia; ao Presidente do Tribunal de Justiça de Goiânia; ao Desembargador Paulo E Amorim e ao Desembargador Clemon de Barros Loyola, Corregedor Geral de Justiça, toda gentileza e atendimento com a reportagem de nosso Programa. Acabamos com um caso terrível nesta noite, neste Programa, e Deus nos ajudou.


 
FONTE:
http://bibliaespirita.com/ocaminho/TXavieriano/Livros/Lea/Lea