quarta-feira, 24 de fevereiro de 2016

           *VOZ DOS SERVIDORES*



Senhor Jesus!

Por nossa própria imprevidência, embora a evolução que nos reveste, o sofrimento áspero, profundo, invade, canto a canto, os distritos do mundo e espalha o pranto e sombra ante o esplendor celeste.

Avança a Terra pelo espaço afora, carregando conquistas que lhe garantem plena exaltação.

Máquinas jamais vistas efetuam serviços colossais; satélites, além, na rota em que se vão,
Oferecem notícias e sinais.

Computadores poupam energias ou se fazem vigias de caminhos e forças siderais.

E o homem, desde os céus ao subsolo, leva o próprio domínio pólo a pólo.

Entretanto, Senhor!
Em todos os lugares, há quem se desconforte, no imenso festival de riqueza e cultura,
transportando consigo a vocação da morte, de coração cansado, ante a vida insegura.

Destacamos, Jesus, os que caem de tédio, que gastaram o tempo e o corpo sem proveito,
e são hoje doentes quase sem remédio na angústia sem razão que lhes oprime o peito.

Falamos dos que morrem na saudade, dos corações queridos que partiram para a imortalidade, e tateiam chorando, ante a Vida Maior, casos de cinza e pedra em derredor.

Das lágrimas que vertem...
Falamos dos drogados, dos que largaram de servir, dos que se dizem desesperançados
ante a luz do porvir; dos que afirmam que a fé hoje se guarda apenas em museus, e proclamam, gritando desenfreados, que a ciência na Terra é a derrota de Deus.

É por isto, Senhor, que nós Te suplicamos :
Não nos deixes temer o vozeirão das trevas ; da Infinita Bondade a que te elevas,
concede-nos a força da humildade de modo a trabalharmos, dia-a-dia, em Teu reino de luz e de verdade.

Ajuda-nos, Senhor, a esquecer-nos, a fim de acompanhar-te, cooperando contigo em qualquer parte.

Acolhe-nos no amor com que nos guardas, na condição de servos teus.

Porque, apesar de sermos pequeninos, Encontramos, Senhor, em Teus ensinos,
A presença de Deus.

Maria Dolores
                     CUIDADOS


" Não vos inquieteis, pois pelo dia de amanhã, porque o dia de amanhã cuidará de si mesmo".
- Jesus ( Matheus: 6 - 34 )

Os peregrinos de todos os tempos nunca perderam ensejo de inquinar afirmativas evangélicas, desviando-as rumo a falsas interpretações.
A recomendação de Jesus referente à inquietude é das que mais prestou aos argumentos dos discutidores ociosos.
Depois que o Cristo aludiu aos lírios do campo, não foram poucos os que se reconheceram a si mesmos na qualidade de flores, quando não passam de plantas espinhosas.
Em verdade, o lírio não fia, não tece, consoante o ensinamento de Senhor, mas cumpre a Vontade de Deus.
Não pede admiração alheia, floresce no jardim da atmosfera, enfeita a alegria ou consola a tristeza, é útil à doença e à saúde, não se revolta quando lhe fenece o próprio brilho ou quando mãos egoístas o separam berço onde nasceu.
Será que o ocioso toma igualmente o padrão do lírio em relação à sua existência na humanidade?
Recomendou Jesus que o homem não guardasse ansiedade nociva relativamente à comida, ao modo de trabalhar, ao vestuário, às questões acessórias.
Ensinou que o dia, representando a resultante de leis gerais do Universo, atenderia a si mesmo. Isso é incontestável.
Para o discípulo fiel, vestir e comer são cousas simples. Trabalhar constitui alegria de servir em qualquer parte e o dia significa oportunidade santa de cooperar no Bem.
Mas afirmar daí que o homem deva caminhar sem cuidado de si próprio, seria menosprezar esforços de Cristo, convertendo-lhe as palavras em programa de vagabundo.
O homem não pode nutrir a pretensão de retificar o mundo ou os seus semelhantes de um dia para outro, atormentando-se nas aflições descabidas, mas deve Ter cuidado de si, melhorando-se, educando-se, iluminando-se.
De fato, a ave canta feliz, mas faz a sua casa.
A flor adorna-se tranqüila, mas atende os Desígnios de Deus.
O homem deve viver confiante, mas atento em se organizar para a Obra Divina da Perfeição.

Emmanuel


*PRECE PELOS DESENCARNADOS*
Pai!... Ao longo da vida fui devolvendo à Ti muitos daqueles que amei...
Um a um, às vezes os mais idosos, as vezes os mais jovens, foram retornando para casa, deixando para trás saudades que até hoje me é difícil suportar; flores que trocastes de jardim, deixando em seu lugar o silêncio e a solidão...
Hoje quero pedir por eles, a todos que de uma forma ou outra estiveram ligados à mim nesta encarnação, para que os abençoe e guarde, a fim de que encontrem paz e serenidade no mundo espiritual.
Muitos deles, Senhor, não obstante o coração generoso, afastaram-se do corpo através de enfermidades dolorosas e incuráveis que lhes minaram as forças até o final, deixando na memória de todos o exemplo da coragem e da fé em Teus desígnios, sem esmorecimento...
Outros, Senhor, desiludidos com as provas que lhes cabiam na derradeira existência, não suportaram e sucumbiram, afastando-se da carne pelo suicídio ou pelas drogas, arcando assim com o agravamento dos débitos que lhes diziam respeito e por isso mesmo infinitamente mais infelizes que antes...
Outros, Pai, deixaram para trás os mais belos e santos laços desencarnando em pleno vigor juvenil, desfazendo-se assim de pesados grilhões passados e retornando com a leveza das aves para os ninhos Superiores, para descansar e prosseguir...
Outros ainda, Senhor, deixaram o corpo como quem abandona fardo inútil após cumprida a tarefa, enveredando-se pelos caminhos da felicidade engalanados de luzes e valores, conquistados pelo trabalho santo a que se dedicaram na Terra, em favor de todos os seus semelhantes...
Representaram muito para mim... Para alguns eu pude dizer "te amo", para outros não... No entanto, pela importância que tiveram em minha vida, o meu amor há de lhes ser carinho constante no além, porque acredito que nada se desfaz com a morte do corpo, pelo contrário, se fortalece...
Que hoje, eu possa levar a todos eles o meu pensamento de ternura e gratidão, para que saibam, estejam onde estiverem, que não estão esquecidos na Terra, habitando em minha lembrança e em meu coração com a mesma força e a mesma sinceridade de antes!
Assim seja!
              Não penseis que vim destruir a lei ou os profetas; não vim para destruí-los, mas para dar-lhes cumprimento. Porque em verdade vos digo que o céu e a Terra não passarão, até que não se cumpra tudo quanto está na lei, até o último jota e o último ponto. (Mateus, V: 17- 18)
 MOISÉS

              Há duas partes Distintas na lei mosaica: a de Deus, promulgada sobre o Monte Sinal, e a lei civil ou disciplinar, estabelecida por Moisés. Uma é invariável, a outra é apropriada aos costumes e ao caráter do povo, e se modifica com o tempo.
                A lei de Deus está formulada nos dez mandamentos seguintes:
            Eu sou o Senhor teu Deus, que te tirei da terra do Egito, da casa da servidão. Não terás deuses estrangeiros diante de mim. Não farás para ti imagens de escultura, nem figura alguma de tudo o que há em cima no céu, e do que há embaixo na terra, nem de coisa que haja nas águas debaixo da terra. Não adorarás nem lhes darás culto.
                II – Não tomarás o nome do Senhor teu Deus em vão.
                III – Lembra-te de santificar o dia de sábado.
                IV – Honrarás a teu pai e a tua mãe, para teres uma dilatada vida sobre a terra que o Senhor teu Deus te há de dar.
                V – Não matarás.
                VI – Não cometerás adultério.
                VII – Não furtarás.
                VIII – Não dirás falso testemunho contra o teu próximo.
IX – Não desejarás a mulher do próximo.
                X – Não cobiçarás a casa do teu próximo, nem o seu servo, nem a sua serva, nem o seu boi, nem o seu jumento, nem outra coisa alguma que lhe pertença.

                Esta lei é de todos os tempos e de todos os países, e tem, por isso mesmo, um caráter divino. Todas as demais são leis estabelecidas por Moisés, obrigado a manter pelo temor um povo naturalmente turbulento e indisciplinado, no qual tinha de combater abusos arraigados e preconceitos adquiridos durante a servidão do Egito. Para dar autoridade às leis, ele teve de lhes atribuir uma origem divina, como o fizeram todos os legisladores dos povos primitivos. A Autoridade do homem devia apoiar-se sobre a autoridade de Deus. Mas só a idéia de um Deus terrível podia impressionar homens ignorantes, em que o senso moral e o sentimento de uma estranha justiça estavam ainda pouco desenvolvidos. É evidente que aquele que havia estabelecido em seus mandamentos: “não matarás” e “não farás mal ao teu próximo”, não poderia contradizer-se, ao fazer do extermínio um dever. As leis mosaicas, propriamente ditas, tinham, portanto, um caráter essencialmente transitório.

CRISTO


               Jesus não veio destruir a lei, o que quer dizer: a lei de Deus. Ele veio cumpri-la, ou seja: desenvolvê-la, dar-lhe o seu verdadeiro sentido e apropriá-la ao grau de adiantamento dos homens. Eis porque encontramos nessa lei o princípio dos deveres para com Deus e para com o próximo, que constitui a base de sua doutrina. Quanto às leis de Moisés propriamente ditas, ele, pelo contrário, as modificou profundamente, no fundo e na forma. Combateu constantemente o abuso das práticas exteriores e as falsas interpretações, e não podia fazê-las passar por uma reforma mais radical do que as reduzindo a estas palavras: “Amar a Deus sobre todas as coisas, e ao próximo como a si mesmo”, e ao acrescentar: “Esta é toda a lei e os profetas”.

                Por estas palavras: “O céu e a terra não passarão, enquanto não se cumprir até o último jota”, Jesus quis dizer que era necessário que a lei de Deus fosse cumprida, ou seja, que fosse praticada sobre toda a terra, em toda a sua pureza, com todos os seus desenvolvimentos e todas as suas conseqüências. Pois de que serviria estabelecer essa lei, se ela tivesse de ficar como privilégio de alguns homens ou mesmo de um só povo? Todos os homens, sendo filhos de Deus, são, sem distinções, objetos da mesma solicitude.
              Mas o papel de Jesus não foi simplesmente o de um legislador moralista, sem outra autoridade que a sua palavra. Ele veio cumprir as profecias que haviam anunciado o seu advento. Sua autoridade decorria da natureza excepcional do seu Espírito e da natureza divina da sua missão. Ele veio ensinar aos homens que a verdadeira vida não está na Terra, mas no Reino dos Céus, ensinar-lhes o caminho que os conduz até lá, os meios de se reconciliarem com Deus, e os advertir sobre a marcha das coisas futuras, para o cumprimento dos destinos humanos. Não obstante, ele não disse tudo, e sobre muitos pontos limitou-se a lançar o germe de verdades que ele mesmo declarou não poderem ser então compreendidas. Falou de tudo, mas em termos mais ou menos claros, de maneira que, para entender o sentido oculto de certas palavras, era preciso que novas idéias e novos conhecimentos viessem dar-nos a chave. Essas idéias não podiam surgir antes de um certo grau de amadurecimento do espírito humano. A ciência devia contribuir poderosamente para o aparecimento e o desenvolvimento dessas idéias. Era preciso, pois, dar tempo à ciência para progredir.

O ESPIRITISMO


O Espiritismo é a nova ciência que vem revelar aos homens, por meio de provas irrecusáveis, a existência e a natureza do mundo espiritual e suas relações com o mundo material. Ele nos mostra esse mundo, não mais como sobrenatural, mas, pelo contrário, como uma das forças vivas e incessantemente atuantes da natureza, como a fonte de uma infinidade de fenômenos até então incompreendidos, e por essa razão rejeitados para o domínio do fantástico e do maravilhoso. É a essas relações que o Cristo se refere em muitas circunstâncias, e é por isso que muitas coisas que ele disse ficaram ininteligíveis ou foram falsamente interpretadas. O Espiritismo é a chave que nos ajuda a tudo explicar com facilidade.
 A lei do Antigo Testamento está personificada em Moisés, a do Novo Testamento, no Cristo. O Espiritismo é a terceira revelação da lei de Deus. Mas não está personificado em ninguém, porque ele é o produto do ensinamento dado, não por um homem, mas pelos Espíritos, que são as vozes do céu, em todas as partes da Terra e por inumerável multidão de intermediários. Trata-se, de qualquer maneira, de uns seres  coletivos, compreendendo o conjunto dos seres do mundo espiritual, cada qual trazendo aos homens o tributo de suas luzes, para fazê-los conhecer esse mundo e a sorte que nele os espera.
                 Da mesma maneira que disse o Cristo: “Eu não venho destruir a lei, mas dar-lhe cumprimento”. Também diz o Espiritismo: “Eu não venho destruir a lei cristã, mas dar-lhe cumprimento”. Ele nada ensina contrário ao ensinamento do Cristo, mas o desenvolve, completa e explica, em termos claros para todos, o que foi dito sob forma alegórica. Ele vem cumprir, na época predita, o que o Cristo anunciou, e preparar o cumprimento das coisas futuras. Ele é, portanto, obra do Cristo, que o preside, assim como preside ao que igualmente anunciou: a regeneração que se opera e que prepara o Reino de Deus sobre a Terra.

A Residência de um RICO após o desencarne !

Um homem muito rico morreu e foi recebido no céu. O anjo guardião levou-o por várias alamedas e foi lhe mostrando as moradias que ali existiam. Passaram por uma linda casa com belos jardins. O homem, admirado, perguntou:

- Que linda casa, quem mora aí?

O anjo respondeu:

- É o Raimundo, aquele seu motorista que morreu no ano passado.

O homem ficou pensando: Puxa! Se o Raimundo tem uma casa dessas, aqui deve ser muito bom!

·Logo a seguir, surgiu uma outra casa muito mais bonita e ele perguntou mais admirado ainda:

- E aqui, quem mora?

O anjo respondeu:

- Aqui é a casa da Rosalina, aquela que foi sua cozinheira.

O homem ficou imaginando que, tendo seus empregados magníficas residências, sua morada deveria ser, no mínimo, um palácio, e estava ansioso por vê-la.

Nisso, o anjo parou diante de um barraco construído com tábuas e disse:

- Esta é a sua casa.

O homem ficou indignado!

- Como é possível? Vocês sabem construir coisa muito melhor!

- Sabemos, respondeu o anjo, mas nós construímos apenas a casa. O material é selecionado e enviado por vocês mesmos. Você só enviou isso!

Cada gesto de amor e partilha com o próximo é um tijolo com o qual construímos a nossa casa na eternidade.

Tudo se decide por aqui mesmo, nas escolhas e atitudes que você faz todo dia.

Por isso, é importante nós repensarmos a respeito de nossos valores, atitudes e ações, para que, mais tarde, não soframos por todas as consequências de nossos erros.

Contribua com o melhor material para erguer sua casa. Depende só de você!

Assim sendo mãos à obra e comece sendo feliz muito feliz!

Obs. E nós como será que estamos construindo a nossa Casa?

Reflitamos,,,,ainda há tempo enquanto, ainda estamos a caminho!