sábado, 29 de agosto de 2015

Resguarde-se

Dos tentáculos do desânimo,
com a prece sincera.

Das arremetidas da sombra,
com a vigilância efetiva;

Dos ataques do medo,
com a luz da meditação;

Dos miasmas do tédio,
com o serviço incessante;

Das nuvens da ignorância,
com a bênção do estudo;

Das labaredas da revolta,
com a fonte da confiança;

Das armadilhas do fanatismo,
com a fé raciocinada;

Das águas mortas do estacionamento,
com o trabalho constante e desinteressado no bem.

Cada espírito traz em si as forças ofensivas do mal e os recursos defensivos do bem, na marcha da evolução.

A vitória do bem, conquanto seja fatal, depende, pois, do livre arbítrio de cada um.

Assim sendo, para a sua felicidade, resguarde-se de toda contemporização com os enganos que nascem de você mesmo...

André Luiz
Mensagem “Resguardar-se”
Do livro “Estude e Viva” - Francisco C. Xavier e Waldo Vieira

O melhor para fazer

Se você não consegue evitar a irritação, use o silêncio.

Se não aprova o socorro material aos necessitados, não apague a chama da beneficência no coração daqueles que a praticam.

Se ainda não sente facilidade para esquecer as faltas alheias, não considere por subserviência a atitude louvável dos irmãos que olvidam o mal, a qualquer instante, em louvor do bem.

Se não acredita no valor do diálogo construtivo, em favor dos irmãos ignorantes e infelizes, não menospreza o esforço daqueles que cultivam buscando a libertação dos companheiros ensombrados em desequilíbrio.

Se não admite o amparo das entidades humildes, na supressão das dificuldades de espírito e das desarmonias do corpo, enquanto estamos na Terra, não menoscabe o apoio de semelhantes auxiliares que se guiam pelas bênçãos da Natureza.

Se não dispõe de recurso apara a cordialidade com todos, não impeça que outros a exemplifiquem, na prática da fraternidade.

Se não suporta o clima de intercâmbio com os amigos encarnados ou desencarnados, ainda presos, de certo modo, às trevas de espírito, não subestime o trabalho de quantos se dedicam a reconfortá-los e esclarecê-los.

Se não podes abraçar os portadores de opiniões e crenças diversas das suas, não julgue por irresponsabilidade a tarefa respeitável de quantos se aplicam à solidariedade para aproveitamento no bem de todos os obreiros da fé que nos partilhem a convivência e o caminho.

Se não sabe unir os irmãos de experiência na sustentação das boas obras, não tenha por bajulação o comportamento daqueles que colaboram na harmonia e no entrosamento de todos os corações para o bem.

É natural pense cada um como possa e ninguém deve promover a violência na Obra de Deus, mas, em qualquer tempo e situação, estejamos certos de que muito coopera e auxilia sempre quem trabalha e não atrapalha.


André Luiz
In: “Endereços da Paz” - Francisco Cândido Xavier

Três Conclusões



O tempo concedido ao Espírito para uma reencarnação, por mais longo é sempre curto, comparando ao serviço que somos chamados a realizar. Importante, assim, o aproveitamento das horas.

Meditemos no gasto excessivo de forças em que nos empenhamos levianamente no trato com assuntos da repartição de outrem.

Quantos milhares de minutos e de frases esbanjamos por década, sem a mínima utilidade, ventilando temas e questões que não nos dizem respeito?

Para conjurar essa perda inútil, reflitamos em três conclusões de interesse fundamental.

O que os outros pensam:

Aquilo que os outros pensam é idéia deles. Não podemos usufruir-lhes a cabeça para imprimir-lhes as interpretações que são capazes diante da vida.

Um indígena e um físico contemplam a luz, mantendo conceitos absolutamente antagônicos entre si.

Acontece o mesmo na vida moral. Precisamos nutrir o cérebro de pensamentos limpos, mas não está em nosso poder exigir que os semelhantes pensem como nós.

O que os outros falam:

A palavra dos amigos e adversários, dos conhecidos e desconhecidos, é criação verbal que lhes pertence.

Expressam-se como podem e comentam as ocorrências do dia-a-dia com os sentimentos dignos ou menos dignos de que são portadores.

Efetivamente, é dever nosso cultivar a conversação criteriosa; contudo, não dispomos de meios para interferir na manifestação pessoal dos entes que nos cercam, por mais caros nos sejam.

O que os outros fazem:

A atividade dos nossos irmãos é fruto de escolha e resolução que lhes cabe.

Sabemos que a Sabedoria Divina não nos criou para cópias uns dos outros. Cada consciência é domínio à parte.

As criaturas que nos rodeiam decerto que agem com excelentes intenções, nessa ou naquela esfera de trabalho, e, se ainda não conseguem compreender o mérito da sinceridade e do serviço ao próximo, isso é problema que lhes compete e não a nós.

Fácil deduzir que não podemos fugir da ação nobilitante, em benefício de nós mesmos, mas não nos compete impor nas decisões alheias, que o próprio Criador deixa livres.

À vista disso, cooperemos com os outros e recebamos dos outros o auxílio de que carecemos, acatando a todos, mas sem perder tempo com o que possam pensar, falar e fazer.

Em suma, respeito para os outros é obrigação para nós.

                                 

André Luiz
Extraído do livro“Estude e Viva”
Psicografado por Francisco Cândido Xavier

Chaves Libertadoras


DESGOSTO
Qualquer contratempo aborrece.
No entanto, sem desgosto, a conquista de experiência é impraticável.

OBSTÁCULO
Todo empeço atrapalha.
Sem obstáculo, porém, nenhum de nós consegue efetuar a superação das próprias deficiências.

DECEPÇÃO
Qualquer desilusão incomoda.
Todavia, sem decepção, não chegamos a discernir o certo do errado.

ENFERMIDADE
Toda doença embaraça.
Sem a enfermidade, entretanto, é muito difícil consolidar a preservação consciente da própria saúde.

TENTAÇÃO
Qualquer desafio conturba.
Mas, sem tentação, nunca se mede a própria resistência.

PREJUÍZO
Todo o golpe fere.
Sem prejuízo, porém, é quase impossível construir segurança nas relações uns com os outros.

INGRATIDÃO
Qualquer insulto à confiança estraga a vida espiritual.
No entanto sem o concurso da ingratidão que nos visite, não saberemos formular equações verdadeiras nas contas de nosso tesouro afetivo.

DESENCARNAÇÃO
Toda morte traz dor.
Sem a desencarnação, porém, não atingiríamos a renovação precisa, largando processos menos felizes de vivência ou livrando-nos da caducidade no terreno das formas.

Compreendamos, à face disso, que não podemos louvar as dificuldades que nos rodeiam mas é imperioso reconhecer que, sem elas, eternizaríamos paixões, enganos, desequilibrios e desacertos, motivo pelo qual será justo interpretá-las por chaves libertadoras, que funcionam em nosso espírito, a fim de que nosso espírito se mude para o que deve ser, mudando em si tudo aquilo que lhe compete mudar.


André Luiz
Do livro “Paz e Renovação” - Francisco Cândido Xavier

Aniversário de Bezerra de Menezes

Comemora-se no dia 29 de agosto, o nascimento de Adolfo Bezerra de Menezes.

Um dos maiores vultos da história deste país, viveu 68 anos, de agosto de 1831 a 11 de abril de 1900. 

Dotado de cultura invulgar e de oratória vibrante, foi um dos mais importantes líderes do movimento espírita no Brasil, sendo por isso cognominado “O Kardec Brasileiro”.

Verdadeiro apóstolo, o que melhor definia sua personalidade era o amor e a fraternidade com que se devotava, inteiramente, à missão de aliviar o sofrimento humano. 

Por esse motivo, recebeu também o nome de 

“O Médico dos Pobres”.

Religião

Espiritualista por vocação, todas as vezes que sua alma sensível era posta em 

prova, subiam-lhe do subconsciente os eflúvios recalcados de sua religiosidade.

Isto aconteceu quando o golpe da viuvez o alanceou de forma brutal.

Buscando consolação, o “médico dos pobres” voltou-se com toda a unção para o

 consolo benéfico da religião, Começou a ler a Bíblia. 

Lia-a e meditava longamente sobre o mundo de ensinamentos que ali se contém.

Por esta época, 1869, falecia em Paris o codificador do Espiritismo, Allan Kardec.

Mas, antes de o Espiritismo ser codificado por Kardec, já havia sido fundado por 

Melo Morais, no Rio de Janeiro, o primeiro grupo espírita.

Desnecessário se torna dizer a grande convulsão espiritual que as teorias do mestre Kardec ocasionaram em todo o mundo.

Bezerra conheceu a Doutrina Espírita na ocasião do lançamento da tradução em língua portuguesa de “O Livro dos Espíritos”, em 1875, quando o seu tradutor, Dr. Joaquim Carlos Travassos, ofereceu um exemplar ao deputado Bezerra de Menezes.

Sobre o contato com a obra, o próprio Bezerra registrou:

“Recebi o exemplar na cidade e eu morava na Tijuca, a uma hora de viagem de bonde.

Embarquei com o livro e, como não tinha distração para a longa viagem, disse comigo: 

Não hei de ir para o inferno por ler isto... 

Depois, é ridículo confessar-me ignorante desta filosofia, quando tenho estudado todas as escolas filosóficas. 

Pensando assim, abri o livro e prendi-me a ele, como acontecera com a Bíblia. Lia. 

Mas não encontrava nada que fosse novo para meu Espírito. 

Entretanto, tudo aquilo era novo para mim!...

Eu já tinha lido ou ouvido tudo o que se achava no “O Livro dos Espíritos”. 

Preocupei-me seriamente com este fato maravilhoso e a mim mesmo dizia: parece

 que eu era espírita inconsciente, ou, mesmo como se diz vulgarmente, de

 nascença”.

Tal fato, como vimos, impressionou vivamente o espírito de Bezerra de Menezes. 

Mais tarde, porém, conseguiu compreender a causa desse fenômeno. 

É que ele era um espírita inconsciente, já naquele tempo.


Curiosidades
*
Em sua atuação como Deputado, destacam-se algumas iniciativas pioneiras: buscou, através de projeto de lei, regulamentar o trabalho doméstico, visando conceder a essa categoria, inclusive, o aviso prévio de 30 dias.

Denunciou os perigos da poluição que já naquela época afetava a população da cidade do Rio de Janeiro, promovendo providências para combatê-la.
***

“Kardec Brasileiro”
*
Pela atuação destacada no movimento espírita da capital brasileira no último quartel do século XIX, Bezerra de Menezes foi considerado um modelo para muitos adeptos da Doutrina.

Destacam-lhe a índole caridosa, a perseverança e a disposição amorosa para superar os desafios. Essas características, somadas à sua militância na divulgação e na reestruturação do movimento espírita no país, fizeram com que fosse considerado o “Kardec Brasileiro”, numa homenagem devida ao papel de relevância que desempenhou.

Muitos seguidores acreditam, ainda, que Bezerra de Menezes continua, em espírito, a orientar e influenciar o movimento espírita. É considerado patrono de centenas de instituições espíritas em todo o mundo.
Esse é só um pouco da vida de nosso irmão)

                             O perdão...


O perdão incondicional no mundo atual é muito raro. Além de não perdoar com facilidade as ofensas de parentes e amigos, encontramos impedimentos enormes para a sua prática no que se refere aos inimigos.

O orgulho é de tal ordem que basta um familiar cometer um deslize qualquer para ficarmos furiosos.

Em vez de desculpar a fragilidade moral do infeliz e procurar lhe dar apoio para suavizar as punhaladas do remorso, ficamos a atirar pedras. Pedras do desprezo, da indiferença, sem medir as consequências de tal atitude.

Conta o escritor John Lageman um fato contemporâneo. Ocorreu com um ex-presidiário, que sofreu na alma a incompreensão e o abandono dos seus familiares, durante todo o tempo em que esteve recluso numa penitenciária.

Os seus parentes o isolaram totalmente. Nenhum deles lhe escreveu sequer uma linha. Nunca foram visitá-lo na prisão durante a sua permanência lá.

Tudo aconteceu a partir do momento em que o ex-­presidiário, depois de conseguir a liberdade condicional, por bom comportamento, tomou o trem de retorno ao lar.

Por uma coincidência que somente a Providência Divina explica, um amigo do diretor da penitenciária se sentou ao seu lado.

Por ser uma pessoa sensível, identificou a inquietação e a ansiedade na fisionomia sofrida do companheiro de viagem e, com gentileza, lhe falou:

O amigo parece muito angustiado! Não gostaria de conversar um pouco? Talvez pudesse diminuir o desconforto.

O ex-detento deu um profundo suspiro e, constrangido, falou:

Realmente, estou muito tenso. Estou voltando ao lar. Escrevi para minha família e pedi que colocasse uma fita branca na macieira existente nas imediações da estação, caso tivesse me perdoado o ato vergonhoso.

Se não me quisessem de volta, não deveriam fazer nada. Então eu permanecerei no trem e rumarei para lugar incerto.

O novo amigo verificou como sofria aquele homem. Ele sofreu uma dupla penalidade: a da sociedade que o segregou e a da família que o abandonou.

Condoeu-se e se ofereceu para vigiar pela janela o aparecimento da árvore. A macieira que selaria o destino daquele homem.

Dez minutos depois, colocou a mão no braço do ex­-condenado e falou quase num sussurro:

Lá está ela!

E mais baixo ainda, disse:

Não existe uma fita branca na macieira!

Fez uma pausa, que parecia uma eternidade e falou novamente:

... A macieira está toda coberta de fitas brancas.

A terapia do perdão dissipou, naquele exato momento, toda a amargura que havia envenenado por tanto tempo uma vida humana.

O pobre homem reabilitado deixou que as lágrimas escorressem pelas faces, como a lavar todas as marcas da angústia que até então o atormentara.

* * *

A simbologia das fitas brancas do perdão incondicional deve ficar gravada em nossa mente. Deve nos lembrar sempre as palavras de Jesus:

Aquele dentre vós que estiver sem pecado, atire a primeira pedra.

Quem de nós não necessita de perdão? Quem já não errou, se equivocou, faliu?

A própria reencarnação é, para cada um de nós, o perdão incondicional de Deus, a nos oferecer uma nova chance para o resgate dos débitos e retomada do caminho, do aprendizado sem fim.

Redação do Momento Espírita
Algumas doenças e os sentimentos que as causa:


Amigdalite - Emoções reprimidas, criatividade sufocada.
Anorexia - Ódio ao extremo de si mesmo.
Apendicite - Medo da vida, bloqueio do fluxo do que é bom.
Arteriosclerose - Resistência, recusa de ver o bem
Artrite - Crítica mantida por longo tempo
Asma - Sentimento contido, choro reprimido
Bronquite - Ambiente familiar inflamado, gritos , discussões
Câncer - Mágoa profunda, tristeza mantida por muito tempo
Colesterol - Medo de aceitar a alegria
Derrame - Rejeição à vida
Diabetes - Tristeza profunda, vida amarga
Diarreia - Medo, rejeição, fuga
Dor de cabeça - Autocrítica falta de valorização
Dor nos joelhos - Medo de recomeçar, medo de seguir em frente.
Frigidez - Medo, negação do prazer.
Gastrite - Incerteza profunda, sensação de condenação.
Hemorroidas - Medo de prazos determinados, raiva do passado
Hepatite - Raiva, ódio. Resistência a mudanças
Insônia - Medo, culpa.
Labirintite - Medo de não estar no controle.
Meningite - Tumulto interior, falta de apoio
Nódulos - Ressentimento, frustração. Ego ferido.
Pele (acne) - Impidualidade ameaçada. Não perdoa a si mesmo.
Pneumonia - Desespero, cansaço da vida.
Pressão alta - Problema pessoal duradouro não resolvido.
Pressão baixa - Falta de amor quando criança.
Prisão de ventre - Preso ao passado, medo de não ter dinheiro suficiente.
Pulmões - Medo de absorver a vida.
Resfriados - Confusão mental, desordem, mágoas.
Reumatismo - Sentir-se vítima, falta de amor, amargura.
Rinite alérgica - Congestão emocional, culpa e crença em perseguição.
Rins - Medo de crítica, do fracasso, desapontamento.
Tireoide - Humilhação.
Tumores - Alimentar-se de mágoas, acumular nervoso.
Úlcera - Medo de não ser bom o bastante.
Varizes - Desencoraja mento. Sentir sobrecarregado.



DOENÇA E CURA - (Bezerra de Menezes)



Filhos, toda doença tem a sua origem nas imperfeições do espírito, que reflete sobre as células que lhe constituem o corpo material os desajustes da consciência. A doença, quando se exterioriza, se revela e pede tratamento. Infelizmente, no entanto, o homem tem oferecido aos seus males físicos, que são, em essência, males espirituais, remédios que agem perifericamente, ou seja, que não atuam no âmago da questão. Os distúrbios psicológicos do ser, fruto do seu estado de desarmonia com a Lei, provocando-lhe sensações de sofrimento orgânico, tornam evidentes as necessidades que se lhe radicam n'alma. O que é subjetivo faz-se concreto para que se lhe corrijam as distorções.

Embora realizasse e realize curas no corpo perecível, sujeito às incessantes transformações da matéria, Jesus se corporificou no mundo para empreender a cura das almas, que não se efetivará sem o concurso dos enfermos que a desejem. A falta de perdão, o ódio, a revolta, a descrença, o ressentimento e toda a variada gama de sentimentos corrompidos engendram causas profundas nas dores que a Medicina estuda e cataloga, sem, no entanto, dar-lhes combate eficaz.

Filhos, a harmonização do vosso mundo íntimo vitaliza as células em desgaste e suprime as conseqüências mais drásticas do carma, a se expressarem tantas vezes nas patologias que vos limitam a ação. Pautai-vos por uma conduta cristã e, embora mais tarde não vos eviteis de facear a morte, convivereis com a dor sem as agravantes do desespero.

A longevidade que o homem pretende no corpo material será uma conquista do espírito e não meramente da Ciência, no campo das prevenções. Elevai o vosso padrão mental e educai os vossos sentimentos, atraindo para vós as forças positivas da Criação como quem sabe escolher para si o ar que respira. Não olvideis que, basicamente, toda cura depende da movimentação da vontade do próprio enfermo, sem cujo concurso determinante ela não ocorrerá.

(A Coragem da Fé, psicografia Carlos A. Bacelli - espírito Bezerra de Menezes)

             Lar, um lugar para voltar



Você já se deu conta da importância do seu lar?

Não nos referimos ao valor financeiro da sua casa, mas da importância do aconchego do lar.

Na correria do nosso dia-a-dia, muitos de nós não pensamos no que significa ter um lar para voltar, ao final de um dia de trabalhos intensos e cansativos.

No entanto, o lar é a base segura de todos aqueles que possuem esse grande tesouro.

Temos acompanhado as histórias de pessoas que obtiveram grande sucesso nas artes, na música, nos esportes, e todos eles apontam a união familiar como ponto de apoio seguro.

Existem pessoas que lutaram com dificuldades, passaram por necessidades de toda ordem, mas lograram êxito graças ao carinho e à dignidade dos pais que ofereceram suporte para vencer os obstáculos.

Por essa razão, o lar é um elemento indispensável como base para uma carreira de sucesso.

Não importa o tamanho da construção nem o material de que é feito, mas importa que seja um verdadeiro ninho de amor, afeto e amizade.

Pode ser uma mansão ou uma tapera...

Um bangalô ou um barraco singelo...

Pode faltar o pão, mas não deve faltar o abraço de ternura de uma mãe dedicada...

Pode faltar uma cama confortável, mas não devem faltar os braços fortes de um pai que ampara e orienta...

Pode faltar o luxo, mas não deve faltar o toque delicado de uma mãe caprichosa.

Pode faltar muita coisa, mas não pode faltar o diálogo amigo que estreita os laços e se faz ponte de entendimento em todas as situações.

A casa pode ser frágil e não oferecer resistência contra a chuva fria, mas o lar deve ser bastante resistente para suportar as investidas das drogas e de todos os vícios.

A construção pode balançar com os açoites dos ventos impiedosos, mas o lar deve se manter firme, mesmo diante das investidas mais ásperas da indignidade e da desonra.

Se você nunca havia pensado nisso, pense agora.

E, à noitinha, enquanto o sol se despede do dia e o manto escuro da noite se estende sobre a cidade e você, vencido pelo cansaço, avistar seu lar de portas abertas e um familiar de braços abertos para dizer:

Olá! Como foi seu dia? - perceberá como é importante poder voltar para casa.

Com chuva ou com sol, lá está o nosso lar para nos acolher e nos dar abrigo.

Por essa razão, valorizemos esse refúgio seguro no qual passamos a maior parte de nossas vidas, valorizando também aqueles que compartilham conosco desse pequeno oásis e fazendo com que ele possa ser um verdadeiro porto seguro.

E nunca nos esqueçamos de que o lar, mesmo quando assinalado pelas dores decorrentes do aprimoramento das arestas dos que o constituem, é oficina purificadora onde se devem trabalhar as bases seguras da Humanidade de todos os tempos.



Redação do Momento Espírita.