segunda-feira, 10 de agosto de 2015

             Na minha caminhada 

Sei que na minha caminhada tem um destino e uma direção, por isso devo medir meus passos, prestar atenção no que faço e no que fazem os que por mim também passam ou pelos quais passo eu..
Que eu não me iluda com o ânimo e o vigor dos primeiros trechos, porque chegará o dia em que os pés não terão tanta força e se ferirão no caminho e se cansarão mais cedo...
Todavia, quando o cansaço houver, que eu não me desespere e acredite que ainda terei forças para continuar, principalmente quando houver quem me auxilie...É oportuno que, em meus sorrisos, eu me lembre de que existem os que choram, que, assim, meu riso não ofenda a mágoa dos que sofrem: por outro lado, quando chegar a minha vez de chorar, que eu não me deixe dominar pela desesperança, mas que eu entenda o sentido do sofrimento, que me nivela, que me iguala, que torna todos os homens iguais...
Quando eu tiver tudo, farnel e coragem, água no cantil, e ânimo no coração, bota nos pés e chapéu na cabeça, e, assim, não temer o vento e o frio, a chuva e o tempo.
Que eu não me considere melhor do que aqueles que ficarão atrás, porque pode vir o dia em que nada terei mais para minha jornada e aqueles, que ultrapassei na caminhada, me alcançarão e também poderão fazer como eu fiz e nada de fato fazer por mim, que ficarei no caminho sem concluí-lo...
Quando o dia brilhar, que eu tenha vontade de ver a noite em que a caminhada será mais fácil e mais amena; quando for noite, porém e a escuridão tornar mais difícil a chegada, que eu saiba esperar o dia como aurora, o calor como bênção...
Que eu perceba que a caminhada sozinho pode ser mais rápida, mas muito mais vazia...Quando eu tiver sede, que encontre a fonte no caminho, quando eu me perder, que ache a indicação, a seta, a direção...
Que eu não siga os que desviam, mas que ninguém se desvie seguindo os meus passos...Que a pressa em chegar não me afaste da alegria de ver as flores simples que estão a beira da estrada, que eu não pertube a caminhada de ninguém, que eu entenda que seguir faz bem, mas que, às vezes, é preciso ter-se a bravura de voltar atrás e recomeçar e tomar outra direção...
Que eu não caminhe sem rumo, que eu não me perca nas encruzilhadas, mas que eu não tema os que assaltam-me, os que embuçam, mas que eu vá onde devo ir e, se eu cair no meio do caminho, que fique a lembrança de minha queda para impedir que outros caiam no mesmo abismo...
Que eu chegue, sim, mas, ainda mais importante, que eu faça chegar quem me perguntar, quem me pedir conselho, e acima de tudo, me seguir.
Confiando em mim !
                 ''O Beijo do pai''

Conta-se que, no tempo da guerra entre a Rússia e o Japão, certa tarde, após cessarem os bombardeios, junto à linha de fogo surgiu uma criança perscrutando, com o olhar curioso e indagador, como quem procura descobrir um semblante saudoso e querido naquele triste campo de batalhas.
Ao ver a pequena, um bravo soldado japonês que podia dominar a língua eslavo-oriental, tomando em suas mãos calosas as acetinadas mãozinhas da criança, indagou com ternura:
O que deseja, minha pequena?
Está procurando algo no meio da tropa?
Quem é você? 
De onde vem? 
Qual é o seu nome?
Meu nome é Lina. 
Estou procurando o papai, que há muito tempo não vejo.
Sinto tanta saudade e desejava vê-lo agora.
Que pena... 
O seu papai já não está mais aqui.
Ele seguiu em frente. 
Posso lhe dar algum recado?
Fale-me como ele é e vou procurá-lo e dar suas notícias.
Está bem?
É fácil distinguílo... Meu pai é alto, forte, tem olhos azuis como os meus e um bonito rosto barbado.
Os cabelos também são loiros.
E a criança, esperançosa, tirou do bolsinho do avental uma foto do pai, dizendo sorridente:
Dou-lhe esta foto para que o reconheça.
Ele se chama Ivan.
O soldado, comovido, colocou o retrato no bolso da sua túnica e indagou com enorme carinho:
Bem, agora qual é o recado que vai deixar comigo para o seu papai?
Não é nenhum recado que eu quero que lhe dê... 
Então o que é?
Pode falar que eu prometo fazer o que pede.
Sim, eu quero que chegue juntinho dele e entregue esse meu beijo.
Assim dizendo, a pequena pulou ao colo do soldado e beijou-lhe o rosto umedecido pelas lágrimas e voltou correndo por onde havia chegado.
Durante toda aquela noite foi intenso o bombardeio e num assalto a tropa japonesa conquistou o inimigo.
Os feridos começaram a ser recolhidos indistintamente.
Nisto, aquele soldado japonês viu passar, carregado, um soldado cujas feições se assemelhavam muito às da criança.
Tirou a foto do bolso e conferiu.
Não havia dúvidas. 
Era ele. O soldado o chama: Ivan?
O que deseja?-respondeu o russo ferido.
Trago comigo um carinhoso beijo que Lina, sua filhinha, lhe enviou.
Dizendo isto, beijou a fronte do inimigo ferido e o abraçou ternamente.
Não havia ali lugar para o ódio... 
Foi o que aprendeu com Lina.

Reflexões sobre a calúnia, 

pelo Espírito Joanna de Angelis





Ninguém passa pela jornada terrestre sem experimentar o cerco da ignorância e da imperfeição humana.
Considerado como planeta-escola, o mundo físico é abençoado reduto de aprendizagem, no qual são exercitados os valores que dignificam, em detrimento das heranças ancestrais que assinalam o passado de todas as criaturas, no seu penoso processo de aquisição da consciência.
Herdando as experiências transatas nos seus conteúdos bons e maus, por um largo período predominam aqueles de natureza primitiva, por estarem mais fixados nos painéis dos hábitos morais, mantendo os instintos agressivos-defensivos que se vão transformando em emoções, prioritamente egoicas, em contínuos conflitos com o Si-mesmo e com todos aqueles que fazem parte do grupo social onde se movimentam. Inevitalmente, as imposições inferiores são muito mais fortes do que aquelas que proporcionam a ascensão espiritual, liberando o orgulho, a inveja, o ressentimento, a agressividade, o despotismo, a perseguição, a mentira, a calúnia e outros perversos comportamentos que defluem do ego atormentado.
Toda vez, quando o indivíduo se sente ameaçado na sua fortaleza de egotismo pelos valores dignificantes do próximo, é dominado pela inveja e investe furibundo, atacando aquele que supõe seu adversário.
Porque ainda se compraz na situação deplorável em que se estorcega, não deseja permitir que outros rompam as barreiras que imobilizam as emoções dignas e os esforços de desenvolvimento espiritual, assacando calúnias contra o inimigo, gerando dificuldades ao seu trabalho, criando desentendimentos em sua volta, produzindo campanhas difamatórias, em mecanismos de preservação da própria inferioridade.
Recusando-se, consciente ou inconscientemente, a crescer e igualar-se àqueles que estão conquistando os tesouros do discernimento, da verdade, do bem, transforma-se, na ociosidade mental e moral em que permanece, em seu cruel perseguidor, não lhe dando trégua e retroalimentando-se com a própria insânia.
Torna-se revel e não aceita esclarecimento, não admitindo que outrem se encontre em melhor situação emocional do que ele, que se autovaloriza e se autopromove, comprazendo-se em persegui-lo e em malsiná-lo.
Ninguém consegue realizar algo de enobrecido e dignificante na Terra sem sofrer-lhe a sanha, liberando a inveja e o ciúme que experimenta quando confrontado com as pessoas ricas de amor e de bondade, de conhecimentos e de realizações edificantes.
A calúnia é a arma poderosa de que se utilizam esses enfermos da alma, que a esgrimem de maneira covarde para tisnar a reputação do seu próximo, a quem não conseguem equiparar-se, optando pelo seu rebaixamento, quando seria muito mais fácil a própria ascensão no rumo da felicidade.
A calúnia, desse modo, é instrumento perverso que a crueldade dissemina com um sorriso e certo ar de vitória, valendo-se das imperfeições de outros cômpares que a ampliam, sombreando a estrada dos conquistadores do futuro.
Nada obstante, a calúnia é também uma névoa que o sol da verdade dilui, não conseguindo ir além da sombra que dificulta a marcha e das acusações aleivosas que afligem a quem lhe ofereça consideração e perca tempo em contestá-la.
Nunca te permitas afligir, quando tomes conhecimento das acusações mentirosas que se divulgam a teu respeito, assim como de tudo quanto fazes.
Evita envenenar-te com os seus conteúdos doentios, não reservando espaço mental ou emocional para que se te fixem, levando-te a reflexões e análises que atormentam pela sua injustiça e maldade.
Se alguém tem algo contra ti, que se te acerque e exponha, caso seja honesto.
Se cometeste algum erro ou equívoco que te coloque em situação penosa e outrem o percebe, sendo uma pessoa digna, que se dirija diretamente a ti, solicitando esclarecimentos ou oferecendo ajuda, a fim de que demonstre a lisura do seu comportamento.
Se ages de maneira incorreta em relação a outrem e esse experimenta mal-estar e desagrado, tratando-se de alguém responsável, que te procure e mantenha um diálogo esclarecedor.
Quando, porém, surgem na imprensa ou nas correspondências, nas comunicações verbais ou nos veículos da mídia, acusações graves contra ti,sem que antes haja havido a possibilidade de um esclarecimento de tua parte, permanece tranquilo, porque esse adversário não deseja informações cabíveis, mas mantém o interesse subalterno de projetar a própria imagem, utilizando-se de ti…
Quando consultado pelos iracundos donos da verdade e policiais da conduta alheia com a arrogância com que se comportam, exigindo-te defesas e testemunhos, não lhes dês importância, porque o valor que se atribuem, somente eles mesmos se permitem…
Não vives a soldo de ninguém e o teu é o trabalho de iluminação de consciências, de desenvolvimento intelecto-moral, de fraternidade e de amor em nome de Jesus, não te encontrando sob o comando de quem quer que seja. Em razão disso, faculta-te a liberdade de agir e de pensar conforme te aprouver, sem solicitar licença ou permissão de outrem.
Desde que o teu labor não agride a sociedade, não fere a ninguém, antes, pelo contrário, é de socorro a todos quantos padecem carência, continua sem temor nem sofrimento na realização daquilo que consideras importante para a tua existência.
Desmente a calúnia mediante os atos de bondade e de perseverança no ideal superior do Bem.
Somente acreditam em maledicências, aqueles que se alimentam da fantasia e da mentira.
Alegra-te, de certo modo, porque te encontras sob a alça-de-mira dos contumazes inimigos do progresso
Todos aqueles que edificaram a sociedade sob qualquer ângulo examinado, padeceram a crueza desses Espíritos infelizes, invejosos e insensatos.
Criando leis absurdas para aplicarem-nas contra os outros, estabelecendo dogmas e sistemas de dominação, programando condutas arbitrárias e organizando tribunais perversos, esses instrumentos do mal, telementalizados pelas forças tiranizantes da erraticidade inferior, tornaram-se em todas as épocas inimigos do progresso, da fraternidade que odeiam, do amor contra o qual vivem armados…
Apiada-te, portanto, de todo aquele que se transforme em teu algoz, que te crie embaraços às realizações edificantes com Jesus, que gere ciúmes e cizânia em referência às tuas atividades, orando por eles e envolvendo-te na lã do Cordeiro de Deus, sedo compassivo e misericordioso, nunca revidando-lhes mal por mal, nem acusação por acusação…
A força do ideal que abraças, dar-te-á coragem e valor para o prosseguimento do serviço a que te dedicas, e quanto mais ferido, mais caluniado, certamente mais convicto da excelência dos teus propósitos, da tua vinculação com o Sumo Bem.
Como puderam, aqueles que conviveram com Jesus, recusar-Lhe o apoio, a misericórdia, a orientação?
Após receberem ajuda para as mazelas que os martirizavam, como é possível compreender que, dentre dez leprosos, somente um voltou para agradecer-Lhe?
Como foi possível a Pedro, que era Seu amigo, que O recebia no seu lar, que convivia em intimidade com Ele, negá-lO, não uma vez, mas três vezes sucessivas?!
…E Judas, que O amava, vendê-lO e beijá-lO a fim de que fosse identificado pelos Seus inimigos naquela noite de horror?!
Sucede que o véu da carne obnubila o discernimento mesmo em alguns Espíritos nobres, e as injunções sociais, culturais, emocionais, neles produzem atitudes desconcertantes, em antagonismos terríveis às convicções mantidas na mente e no coração.
Todos os seres humanos são frágeis e podem tornar-se vítimas de situações penosas.
Assim, não julgues a ninguém, entregando-te em totalidade Àquele que nunca Se enganou, jamais tergiversou, e deu-Se em absoluta renúncia do ego, para demonstrar que é o Caminho da Verdade e da Vida.
Joanna de Angelis

               

Mensagem psicografada pelo médium Divaldo Pereira Franco,na manhã de 29 de outubro de 2010, na Mansão do Caminho, em Salvador, Bahia.

Dia dos Pais, pelas palavras de Emmanuel


              

Dia de Deus, por Emmanuel
Pensando em Deus, pensa igualmente nos homens, nossos irmãos.
Detém-te, de modo especial, na simpatia e no amparo possível, em favor daqueles que se fizerem pais ou tutores.
As mães são sempre revelações angélicas de ternura, junto aos sonhos de cada filho, mas é preciso não esquecer que os pais também amam…
Esse perdeu a juventude, carregando as responsabilidades do lar; aquele se entregou a pesados sacrifícios, apagando a si mesmo, para que os filhos se titulassem com brilho na cultura terrestre; outros se escravizaram a filhinhos doentes; muitos foram banidos do refúgio doméstico, às vezes, pelos próprios descendentes, exilados que se acham em recantos de imaginário repouso, por trazerem a cabeça branca por fora, e, em muitas ocasiões alquebrada por dentro, sob a carga de lembranças difíceis que conservam em relação aos infortúnios que atravessaram para que a família sobrevivesse, e, ainda outros renunciaram à felicidade própria, a fim de se converterem nos guardais da alegria e da segurança de filhos alheios!…
Compadece-te de nossos irmãos, os homens, que não vacilaram em abraçar amargos compromissos, a benefício daqueles que lhes receberam os dons da vida.
Ainda mesmo aqueles que se transviaram ou enlouqueceram, sob a delinqüência, na maioria dos casos, nos merecem respeitoso apreço pelas nobres intenções que os fizeram cair.
A vida comunitária, na Terra de hoje, instituiu datas de homenagens às profissões e pessoas.
Lembrando isso, reconhecemos, por nós, que o Dia das Mães é o Dia do Amor, mas reconhecemos também que o Dia dos Pais é o Dia de Deus.
Do livro “Seara de Fé”, Emmanuel, Francisco Cândido Xavier

                              

Feliz Dia dos Pais!!!

Conselho Editorial da Agenda Espírita Brasil

O perigoso acomodamento dos espíritas

Se você compartilha alguma convivência com parte do movimento espírita, entenderá o que tentarei explicar aqui. Caso contrário, talvez seja uma - triste - surpresa para você. Para mim, quando comecei a me deparar com o que explanarei, também foi uma infeliz desilusão.

A ortodoxia religiosa tem tomado o pensamento de inúmeros religiosos que propagam a Doutrina dos Espíritos. Doutrina de quem? Dos espíritos. Vamos começar por aí: a doutrina não é minha, não é sua, não é de um espírito, é dos espíritos

Espíritos esclarecidos, acima do nosso nível de ignorância, que - entre eles Kardec, no plano físico - colaboraram para uma sólida base conhecida por livros imprescindíveis ao conhecimento espiritual - O Livro dos Espíritos, O Livro dos Médiuns, O Evangelho Segundo o Espiritismo, O Céu e o Inferno e A Gênese. 

Seja porque o ser humano possui uma tendência à distorção da verdade, seja porque muitos de nós espíritas estivemos ardentemente envolvidos com a Igreja Católica nos séculos anteriores e trazemos muita intolerância, seja por outros motivos, a verdade é que o movimento espírita está esquecendo de Cristo e Kardec para dar lugar as suas mesquinhas interpretações.

Interpretação... um grande problema. Eu posso pegar a Bíblia, lê-la atentamente e usar trechos específicos para manipular crentes ingênuos, manobrando este trecho para a minha interpretação. Posso fazer isso - como fazem - com todos os outros livros religiosos. E fazem isso com Kardec. 

Não estou divagando, comprovo com exemplos: já vi diversos espíritas falando que banho de erva é bobagem e não tem nenhuma eficiência. De imediato vão se referir ao banho de erva como uma superstição, um amuleto (cruzes!), algo do gênero, o que objetivamente o Espiritismo desmitifica.

Mas esse espírita conhece as propriedades do perispírito? Sabe que uma erva também tem existência na dimensão espiritual (ou astral), que possui energia, que pode vir a ser curativa, entrando em contato com a matéria do perispírito (ou corpo astral)? O perispírito, em nós, seres distantes da perfeição, ainda é muito material. Seria mesmo uma superstição, um amuleto, ou eu estou interpretando errado?

Não, esse espírita não faz investigação alguma, discute retoricamente. Esqueceu Kardec, literalmente. Esse foi só um exemplo - há muitos outros. Chico Xavier sofreu forte rejeição por suas obras desbravadoras e inovadoras. Hoje, temos Robson Pinheiro em situação semelhante.

Outros querem abandonar o passe magnético, a água fluidificada, etc., dizendo que são exterioridades desnecessárias, que tudo que importa é o pensamento. De fato, o pensamento e a vivência evangélica são tudo. O próprio passe não tem efeito algum se a pessoa não aceita aquelas energias. Mas e o passe não ajuda melhorar o padrão vibratório, que por sua vez ajuda a pessoa a ter mais higiene mental?

Dar passe em uma pessoa não significa fazer por ela o que ela tem que fazer. É ajudá-la a melhorar. Outras exterioridades seguem o mesmo princípio: deixam você em melhor condição física, física-espiritual, espiritual, mental e energética, na medida do possível, mas jamais isentarão o esforço individual. Se você não precisa de nenhuma ajuda para se manter bem sempre é porque alcançou um estágio evolutivo avançado em relação às almas que estão no planeta Terra - não julgue, contudo, que todos estão nesse mesmo patamar.

Jesus e seus apóstolos praticavam a efetuação de passes. Se você quer contrariar Jesus, meu amigo, não há problema algum, somente não carregue com você a bandeira espírita. 

Espíritas! Nos lembremos do espírito investigador, criterioso e sem medo de enfrentar pré-conceitos: Allan Kardec fez um trabalho que podemos afirmar - sem medo de errar - inigualável. Ainda não vi nada parecido. 

Mesmo estudando o mundo espiritual por autores diversos, sérios e que sabiam o que estavam fazendo (a verdade não estaria só com um homem ou uma só vertente), indo a conhecimentos mais profundos, Allan Kardec está em um patamar diferente. Ele conseguiu levar o conhecimento espiritual às massas.

Antes, a espiritualidade era entendida por uma elite intelectual, até perseguida pelos ignorantes. Kardec tem o mérito de ter ajudado milhões de almas dos dois planos a compreenderem melhor o Universo e a vida espiritual. 

Mas não fez isso usando dogmas, preconceitos e acomodação. E nem esquecendo o Mestre dos Mestres: Jesus, o Cristo. Na mensagem de Cristo reside toda a verdade. Kardec a relembrou, a fez reviver.

E o Espiritismo deve continuar avançando - com o avanço do planeta há o avanço do Espiritismo. A estagnação não pertence a realidade espiritual. Os Espíritos progressivamente nos trarão, por mérito e esforço da humanidade, novas verdades e realidades espirituais, de acordo com nossa capacidade. Isso, claro, prescindi trabalho de nós encarnados.

Espíritas! Todos nós que nos comprometemos com a Doutrina dos Espíritos, tenhamos noção da responsabilidade que é falar em nome desta filosofia única na Terra. Coloquemos o devido equilíbrio no falar e no agir para não contaminarmos com a ignorância de nossos preconceitos e meias verdades a verdade do Espírito da Verdade.

          Você e sua consciência

Se hoje a Vida chamasse-o para a realidade espiritual, você estaria...

Na lama da luxúria que não cessa a ilusão?

Na escuridão de quem escondeu a si mesmo as oportunidades do evangelho vivificado?

No silêncio desesperador de quem negou apoio?

Nas delirantes vozes encarniçadoras da blasfêmia e maledicência?

No poço da vaidade enlouquecedora?

Chorando a dor moral do mau uso do corpo e da alma?

Em meio às angústias de quem nega o auxílio ao progresso?

Não nos esqueçamos que esta vida, transitória, pode esconder de todos os homens quem você é verdadeiramente, acomodando-o, mas o tempo e nossa consciência não deixam nada escondido.

As oportunidades que temos aqui são únicas. Não perca a oportunidade de, seja daqui a quantos anos ou décadas for, desencarnar em paz consigo.

Proclame o direito de ser melhor. Se a sociedade ou se seus companheiros materiais mostrarem-se incompreensíveis, lembre-se de que cada um a sua hora. 

Portanto, proclame a sua hora. O único inimigo está dentro de você. 

Seja consciente para poder seguir a sua consciência e ter, em todos os planos, a felicidade do espírito que encontrou o caminho a Deus.

                       Os Espíritos

Reflexões sobre os Espíritos Superiores.

Os Espíritos são mensageiros, intermediários de Deus, mostrando que a vida não cessa jamais, e que tampouco estamos sozinhos em algum momento. 

Eles não têm como missão adivinhar ou prever o futuro. Mas, quando com permissão Divina, esclarecem e orientam os homens na Terra. 

Não discutem, gritam ou ofendem. Ao contrário, são sempre benévolos. A seriedade é maestria do trabalho, contudo, jamais se fazem de grosseiros ou insensíveis. 

O bom humor é constante daquele que sintoniza com faixas superiores, pois a sabedoria e a moral romperam os liames da ignorância que nos gera irritação, impaciência e sofrimento.

Ensinam, até mesmo pelo silêncio. Sempre trazem as palavras certas, na hora certa, sem informações bombásticas desnecessárias. 

Iluminam aqueles que se deixam iluminar, auxiliam aqueles que permitem receber auxílio, aliviam a aflição dos aflitos quando rogam ao Cristo. 

Por toda parte, em todo o Universo, há o sopro do criador, organizado com seus inúmeros falangeiros, para que não falte ao homem, na carne ou no espiritual, a assistência divina!

Muito dizem, em poucas palavras, mas, não raramente, fechamos os ouvidos e olhos para as verdades e esclarecimentos que recebemos do Alto, em misericórdia do Pai.

Atender e vivenciar os ensinamentos de Jesus, redivivos por tantos enviados seus, é ouvir à consciência, fortalecer o ''eu'' sem egoísmo, entendendo a magnificência da vida, para servir à obra incomensurável de Deus!

O Espiritismo condena o divórcio? 

O que a Doutrina diz sobre a separação?

Antes de mais nada, é bom começar afirmando: não, o Espiritismo não condena o divórcio. Você pode estar pensando: ''mas condenar é uma palavra muito forte. Talvez o Espiritismo não encoraje o divórcio''. Também não é por aí. 

Porém... muitos acham que é justamente isso: o Espiritismo não encoraja o divórcio, porque as relações são planejadas pela espiritualidade, porque devemos ficar resgatando erros com tal e tal pessoa e blá-blá... 

Não se ofenda, mas para mim é blá-blá. Óbvio que muitas relações são combinadas antes da reencarnação, óbvio que os amigos espirituais e a vida nos encaminham pessoas que devemos nos ajustar perante a Lei de Ação e Reação, que vão nos oferecer oportunidades de aprendizado, experiências salutares ao progresso do espírito. Isso é inegável.

Mas outra coisa, muito diferente, é querer usar esse discurso para perpetuar relações conjugais. Primeiramente, porque pessoas para nos ajustarmos é que não faltam. Segundo, porque quem gosta de sofrer é masoquista, não espírita. É temário e ultrajante querer justificar com a Doutrina Espírita um casamento malsucedido, dizendo que deve ''encaminhar o fulano'', deve ''resgatar com o fulano'', ''assim foi decidido por Deus'', ''assim foi decidido por meus guias espirituais''.

Vamos aos fatos, portanto. Allan Kardec perguntou aos Espíritos da Codificação sobre a indissolubilidade do casamento, ou seja, a impossibilidade do divórcio - isso no século XIX, quando era algo muito mal visto. A resposta: "É uma lei humana muito contrária à da Natureza. Mas os homens podem modificar suas leis; só as da Natureza são imutáveis.'' (Questão 697.)

O Codificador da Doutrina Espírita também se dedica à temática do divórcio no livro O Evangelho Segundo o Espiritismo, no capítulo 22, que está transcrito abaixo, com reduções (leia completo aqui).

''O divórcio é uma lei humana, cuja finalidade é separar legalmente o que já estava separado de fato. Não é contrário à lei de Deus, pois só reforma o que os homens fizeram, e só tem aplicação nos casos em que a lei divina não foi considerada. 

Mas nem mesmo Jesus consagrou a indissolubilidade absoluta do casamento. Não disse ele: “Moisés, pela dureza dos vossos corações, vos permitiu repudiar as vossas mulheres”? Isto significa que, desde os tempos de Moisés, não sendo a mútua afeição o motivo único do casamento, a separação podia tornar-se necessária. Mas acrescenta: “no princípio não foi assim”, ou seja, na origem da Humanidade, quando os homens ainda não estavam pervertidos pelo egoísmo e orgulho, e viviam segundo a lei de Deus, as uniões, fundadas na simpatia recíproca e não sobre a vaidade ou a ambição, não davam motivo ao repúdio.

E vai ainda mais longe, pois especifica o caso em que o repúdio pode verificar-se: o de adultério. Ora, o adultério não existe onde reina uma afeição recíproca sincera. É verdade que proíbe ao homem desposar a mulher repudiada, mas é necessário considerar os costumes e o caráter dos homens do seu tempo. A lei mosaica prescrevia a lapidação para esses casos. Querendo abolir um costume bárbaro, precisava, naturalmente, de estabelecer uma penalidade, que encontrou na ignomínia decorrente da proibição de novo casamento. Era de qualquer maneira, uma lei civil substituída por outra lei civil, que, por sua vez, como todas as leis dessa natureza, devia sofrer a prova do tempo.''

Em outras palavras, o divórcio é um instrumento para garantir que não fique unido aquilo que de fato sempre esteve separado. Quando a humanidade estiver mais regenerada, e as pessoas buscarem efetivar suas relações com base no respeito e na afeição sincera e recíproca, como disse Kardec, aí sim este, o divórcio, será cada vez menos necessário à sociedade civil.

O que aflige os amigos espirituais

Ao concluirmos que a felicidade não é deste mundo, assumimos o caráter de provas e expiações da Terra. 
A questão 487 de O Livro dos Espíritos pergunta qual o mal que os Espíritos se afligem mais por nós: o físico ou o moral. 
Todos temos problemas e males, uns intrinsecamente físicos, como as doenças e a miséria, outros intrinsecamente morais, demasiado vastos. 
Portanto, qual foi a resposta dos Espíritos Superiores a Kardec? 
Vejamos:

''Do vosso egoísmo e dureza de coração: daí deriva tudo. Eles se riem de todos esses males imaginários que nascem do orgulho e da ambição e se alegram com aqueles que servem para abreviar vosso tempo de prova.''

Trecho do comentário do Codificador:

''Os Espíritos, sabendo que a nossa vida corporal é apenas transitória e que angústias são meios de chegar a um estado melhor, se afligem mais pelas causas morais que nos distanciam deles do que pelas físicas, que são apenas passageiras. 

Os Espíritos não se prendem muito às infelicidades que afetam apenas nossas idéias mundanas, assim como fazemos com os desgostos infantis das crianças.''

As causas físicas, também consequências da moralidade, são, porém, testes. Passageiras, pois a encarnação é um fragmento da vida. Necessárias, pois servem para o nosso adiantamento. Entretanto, se uma pessoa sofre hoje por uma doença, pode sofrer muitos séculos pela sua vaidade. O mal moral não é tão passageiro, fica enraizado até que tenhamos verdadeira vontade e perseverança para nos despojarmos. Por isso, os nossos amigos espirituais muito mais se afligem com o egoísmo do que com a pobreza. A pobreza pode ser revertida ainda na própria encarnação. É muito mais fácil fazer isso do que transformar um homem orgulhoso em humilde, egoísta em filantrópico.

Trabalhemos pelo bem estar sem esquecermos que aquilo que mais pode nos prejudicar não está na carne, e sim no espírito, onde deixamos acumular os vícios da alma!

    

Corrupção na sociedade civil e a crise política

A corrupção política tem amplo destaque no Brasil. 
São tantos escândalos que as pessoas nem ligam mais, é rotineiro. 
Lutar contra? 
Para quê? 
Incabível. É como se a corrupção houvesse sido aceita
A única coisa a ser feita é reclamar, reclamar e reclamar. Reclamar inclusive de quem pacificamente protesta. 
Todavia, se a preguiça e o comodismo contribuem para esta realidade, as ações, e ouso a dizer hábitos, de nossa sociedade não se distanciam de uma esfera tão poluída de corrupção quanto à política.

O governo representa literalmente o povo. Em cada estágio é um Estado diferente, de acordo com o nível do país. Acredito que o governo será limpo e transparente quando majoritariamente a população for assim. A democracia grega, preconceituosa e limitada, era avançadíssima para sua época. O direito de votar, na contemporaneidade, se faz mero recurso de ideais muito mais nobres, já que o contexto atual é superior.

Hoje, o cidadão que fura fila, não emite multa ao amigo ou se beneficia de tal ato, passa no sinal vermelho deliberadamente, fecha os olhos a crianças se envolvendo com drogas, usa o conhecido ''gato'' de televisão e impostos públicos, sonega impostos, entre tantas outras coisas, pode reclamar do engravatado do Congresso? Os Espíritos ensinam que os defeitos que apontamos nos outros são formas de mascarar os nossos. É uma relação a ser feita.

De forma alguma faço apologia à corrupção política. Minha crítica consiste em crer que, para defendermos dignamente um Estado decente, precisamos estar despojados de cânceres como os atos referidos no parágrafo anterior. Dar atenção a isso é se preocupar com a própria política, pois nós elegemos os nossos representantes. Corrupto por corrupto não muda nada. 

Para exigirmos ética e honestidade precisamos ser éticos e honestos. Aí, sim, temos autoridade moral para falar. É necessário nos colocarmos de um lado - o lado do correto, justo e transparente, ou o lado do jeitinho, das menores propinas, dos considerados insignificantes desvios e corrupções. 

Se a humanidade se encontra em uma crise moral, sem dúvida deságua na política. Aqueles que deveriam nos representar estão imersos em um mar obscuro de interesses pessoais, desinteresse pelo povo e maldade. Cabe a nós fiscalizarmos e não deixarmos que façam o que querem com o Brasil. Isso mesmo que você leu. Cabe a nós nos fazermos ser ouvidos. 

A esfera política teme os protestos e revoltas do povo porque constituem uma arma difícil de ser superada. Se, ao contrário, nos abatermos para o mal, para as injustiças, para os erros daqueles que devem zelar pela ordem pública, estaremos sendo coniventes com o mal e apáticos em um dos momentos mais tensos que o planeta Terra passa.

Tenha consciência política e não se cale frente à desordem. Muitos espíritos intentam prejudicar os bairros, cidades, estados e até o país inteiro através do caos na política. Seja você mesmo uma pessoa consciente e ativa frente a tudo isso. Mobilize-se com as armas da razão e da ética cósmica que deve reger a nossa vida em todos os âmbitos.
         ''LINDAS  MENSAGENS''  (4)

Deus está em toda a parte ao  mesmo tempo, em redor de você, dentro de você!  
Jamais você está desamparado. 
Nunca está só. 
Não permita que a mágoa o  perturbe: procure manter ­se calmo, para ouvir a voz silenciosa de Deus dentro de você. Assim poderá superar todas as dificuldades que aparecerem em seu caminho, e há de descobrir a Verdade que existe em todas as coisas e pessoas.

Lembre­ se de que colheremos, infalivelmente, aquilo que houvermos semeado. 
Se estamos sofrendo, é porque estamos colhendo os frutos amargos das sementeiras errôneas do passado. 
Fique alerta quanto ao momento  presente! 
Plante apenas sementes de otimismo e de Amor, para colher amanhã os frutos doces da alegria e da felicidade. 
Cada um colhe, exatamente, aquilo  que plantou.

Não deixe que a calúnia o  perturbe! 
Todos nós estamos sujeitos à calúnia. 
Mas saiba superá­ la, vivendo de tal maneira que o caluniador não  tenha razão. 
Não revide um ataque com outro  ataque. 
Não se magoe com o caluniador. 
Perdoe sempre. 
Apenas viva de tal maneira, que jamais o caluniador tenha razão.

Os conselhos ajudam, não há dúvida... 
Mas não se esqueça de que a solução de nossos problemas está dentro de nós mesmos, na voz silenciosa de nossa consciência, que é a voz de Deus dentro de nós. 
Não se deixe enganar: só você será o responsável pelo caminho que escolher. 
Ninguém poderá prestar contas por  você. 
Procure, portanto, viver  acertadamente, de acordo com sua consciência.

Resolva seu problema!  
Há muito tempo que você se propõe reformar sua vida, melhorar seus atos, cessar  definitivamente suas fraquezas. Vamos, então, começar a partir  deste momento!  
Não deixe para amanhã o que pode fazer hoje... 
De certo você não há de resolvê ­los  do dia para a noite. 
Mas, comece já!  
E se cair de novo, não desanime: saiba recomeçar quantas vezes for  preciso!