sábado, 30 de maio de 2015

PASSOS IMPORTANTES PARA VENCER A DEPRESSÃO



Todas as vezes que você passar por problemas difíceis e continuados se não tomar muito cuidado pode entrar num "ciclo de angústias". 
Uma rotina de sofrimento terrível. 
Também conhecida como “Gostar de sofrer”. 
E o estado depressivo é justamente a acomodação neste ciclo. Em minhas palestras pelo Brasil já fiz muitas referências aos meus tempos de dificuldades (que às vezes ainda voltam), passando apertos financeiros, dilemas familiares e necessidades em diversos níveis; sei também de outras pessoas que passaram ou estão passando por graves problemas de saúde, familiares, profissionais , sentimentais. Pode ser que você, neste momento, esteja bem no meio de uma turbulência, e seria muito egoísmo de minha parte não compartilhar com você um pouco das ajudas que recebi e das atitudes que tomei para enfrentar aqueles difíceis anos de tendências à me entregar à tristeza e a depressão. 
Os meus passos estão misturados e destacados à minha narrativa.

UM FATO DETERMINANTE

 Enquanto estamos lutando contra a depressão, (1) o que você pensa é o que determina a qualidade do seu dia. Você decide se vai ou não usar, naquele dia, a sua mente com pensamentos bons ou ruins. Você não percebe, mas acha que todo pensamento é inevitável. Mas não é. Não é mesmo. (2) Temos que tomar o controle de nossos pensamentos, ou seja, pensamos aquilo que queremos. Deixamos fluir apenas aquilo que nos interesse. Mantemos na mente apenas aquilo que, por uma análise rápida, consideramos benéfico. Lembro-me de um dia muito interessante em meu processo de luta contra a depressão: A Companhia de energia havia cortado minha luz. Levaram inclusive o relógio (dias antes eu havia religado a energia por conta própria, revoltado com a situação). Tive naquele momento duas alternativas:
1. Me revoltar novamente e alimentar sentimentos de rancor, angústia e vingança;
2. Planejar um jantar a luz de velas e demonstrar à minha família as vantagens do banho gelado. 

(Engraçado não é?) Pois é, mas foi o que eu fiz, (3) me decidi pela segunda alternativa (FAÇA ISSO VOCÊ TAMBÉM), tomamos banho gelado e fizemos um jantar à luz de velas. Cantamos, contamos histórias e fomos dormir como uma família.

O DIA SEGUINTE

Pensei com calma em alternativas para o problema, busquei conselhos e em 48 horas estava com minha energia religada. As decisões do dia anterior deixaram minha mente pronta para decidir de forma produtiva e objetiva no dia seguinte.

SUA MANEIRA DE ENXERGAR AS SITUAÇÕES, DETERMINA O QUANTO AQUELA EXPERIÊNCIA VAI INFLUENCIAR SUA VIDA. POSITIVA OU NEGATIVAMENTE!

VIGIAR OS PENSAMENTOS, COLOCAR UM ALARME CONTRA PENSAMENTOS INÚTEIS OU DESTRUTIVOS.
            (4) Você deve também pensar que há muitas pessoas que estão passando pelos mesmos problemas que você, e até bem maiores, portanto não você está sozinha(o) nisso. Como disse, é muito importante vigiar os próprios pensamentos; quem sabe a origem da sua depressão é apenas um montinho de areia da praia. Se você olhar para seu cotidiano pode descobrir seu exato tamanho.      
    Também pode valorizar tanto seus problemas que se tornará um “world trade center” ou um “Pão de açúcar” se destacando em meio a paisagem; Cuidado pra não “se achar” o problemático da hora.

            Resistência

Pouca coisa consegue superar uma boa resistência. Já teve a experiência de não querer fazer algo? Na adolescência por exemplo?
Seus pais diziam: Faça isso.
Você dizia não quero...
Mas fazia.
Isso pode ter durado algum tempo, mas se você se mostrou resistente durante aquele período, mesmo fazendo, certamente seus pais cederam e você não teve que fazer mais.
Falo de algo genérico.
Mas de forma específica temos que demonstrar RESISTÊNCIA contra os pensamentos, desejos e ações autodestrutivas;
Resistir, dizer a si mesmo NÃO vou ceder a autopiedade.
NÃO vou ceder ao rancor.
NÃO vou ceder a amargura.
NÃO vou ceder ao passado.
NÃO vou ceder a saudade.
NÃO vou ceder a tristeza e por aí vai.
(5) Quais tem sido seus maiores inimigos nesta batalha?
Identifique-os e RESISTA.

            (6)  SEJA ÚTIL, de forma muito prática e objetiva, pergunte-se:
O que há de importante para se fazer por aqui? ONDE? Na família, na vizinhança, entre os amigos, no bairro, no condomínio, na cidade, no país, no planeta, em minha própria vida...
...Encontre espaços onde você pode e deve ser útil e comece algo. Torne sua vida que já é importante em uma vida cada dia mais útil; Quer uma dica pra hoje? Pense em 5 COISAS (1 para cada) que você pode fazer na semana para cooperar com:

1. Um vizinho(a);
2. Um amigo(a);
3. Um Parente;
4. Um desconhecido;
5. Você. 
       
   Pense no que fazer, como fazer, quando fazer e faça.
Não quero deixar a ideia de que a depressão se combate com ativismo, mas a falta de uso de uma vida nobre (a sua) pode trazer constrangimento à sua alma.

(7) MUDE SUA MANEIRA DE ENCARAR A VIDA 

Como você tem vista a vida até agora? Um perde e ganha? Um campo de batalha? Lutando pelo que? Por sua vontade? Por seus instintos? Pela submissão dos outros? Pela apreciação dos outros? Pra ser ouvido? Pra fazer e fazer? 

COMO VOCÊ ENCARA A VIDA? 

Centrada em uma ou algumas pequenas batalhas, como acima mencionadas?
OU a Vida é tudo isso e muito mais.
Perceba as áreas de sua vida que ficaram esquecidas.
Pare e pense sobre isso, encontre essas áreas e comece a investir nelas, se decidir que vale a pena.

(8) Exercite a mente, comece uma empreitada para aprender.
Sim, aprender é uma das atividades mais saudáveis que existe e um dos maiores remédios contra a depressão e a sensação de vazio.
Quando aprendemos começamos a enxergar a vida sob outros prismas.
Aprender nos ajuda a alcançar nossos horizontes.
Estimula nossa criatividade.
Nos coloca em condições de agir.
Escolha um tema, um livro ou quem sabe um curso.
Aprenda.
Decida ter o aprendizado como uma de suas atividades frequentes.
Na minha luta, nos tempos mais difíceis, todo mundo podia me ver com um livro nas mãos.
Estava sempre lendo.
Uma das coisas que aprendi foi desenvolver site (nada excepcional) mas aprendi os segredos. Aprimorei meu Inglês.
Fiz um curso de Instrutor de Trânsito (Bom demais).
Li muito sobre psicologia.
Fiz novos estudos sobre a Programação Neurolinguística...
 
            Muito deste aprendizado tenho utilizado em minha vida e em minha profissão até os dias de hoje.
E repito a dose com frequência.
Tornei-me um estudioso frequente.
Exercito minha mente diariamente.
Tento aprender algo novo a cada dia.
Isso tem sido uma verdadeira fortaleza mental pra mim e para os que me cercam.
Também tenho tomado o cuidado de não me transformar em um “sabe tudo”.
Aquele cara chato que tem respostas pra tudo, que já fez de tudo, que conhece tudo.
Isso é deprimente.
Mas tento ser útil com o que aprendo.
Só isso.

(9) Receba os traumas da vida como situações “Naturais e inevitáveis”, pois a vida é assim mesmo. Os adeptos do “Não sofrimento” na verdade demonstram um grau muito grande de imaturidade e covardia.
Não existe vida sem processos.
E todo processo traz mudanças, sofrimentos e resultados.
O Seu processo está acontecendo agora.
O do outro já passou ou ainda virão outros.
A questão é entender nosso processo de crescimento.
Se livrar das situações difíceis da vida quando for possível, é bom, mas melhor ainda é reconhecer que estas são inevitáveis e que o grande segredo da felicidade está em aprender a lidar com as situações.
Receba esta oportunidade de crescer e depois que o temporal passar analise o que aprendeu e como poderá usar para a felicidade dos outros e a sua própria.
 
            A experiência da depressão é uma das mais ricas que o ser humano pode passar.
Não aconselho que entre nela.
Mas se já entrou, comece o caminho de volta, traga algumas impressões encontradas no fundo do poço.
Suba devagar pra não escorregar.
Ignore os ecos da subida, são apenas ecos.

Segure-se firme nas 9 (nove) cordas que te lancei (ou outras mais que possa conseguir), ao encontrar outros na subida, compartilhe algumas cordas e ajuste, não se esqueça de olhar pra cima, existe luz na entrada do poço, ela está sempre em cima porque é de lá que as mãos mais poderosas do mundo estão te segurando.
Você sabe quem, não é?

(10)Então confie, acredite, tenha fé!

Múcio Morais
Palestrante Motivacional

''passos para enfrentar uma grande                                   perda''



Texto: Maria José G. S Nery- Psicóloga Clínica 

  ''Muitas situações na vida nos trazem a sensação de um mal irreparável, geralmente envolvendo perdas ou grandes mudanças: doenças, morte de alguém, mudança de cidade, de emprego, condição social, separação, perda de um sonho ou ideal e outras. 

''As situações mais dolorosas referem-se à perda de um ente querido.''

''As pessoas ficam com a sensação de terem sido roubadas em algo a que tinham direito.'' 

''Passam por um processo doloroso que envolve sofrimento, medo, revolta, raiva, culpa, depressão, isolamento, desinteresse pelas atividades costumeiras ou excesso de atividades (fuga); apresentam sintomas físicos e psicológicos de estresse, podendo até vir a adoecer.''

''O tempo requerido para o “luto” (fase de maior sofrimento) e a maneira de vivê-lo depende muito das circunstâncias da perda, o significado desta para a pessoa, seu modo particular de lidar com situações de crise, apoio disponível no seu meio familiar e social, como a comunidade onde vive encara esta perda, suas próprias crenças e outros aspectos.''

''A recuperação de uma perda significativa leva de alguns meses a dois anos e, mesmo aí, alguns aspectos podem continuar não muito bem resolvidos.''

''Mas, além da tristeza, as situações dolorosas podem fazer com que descubramos em nós mesmos forças antes desconhecidas, faz com que repensemos nossas vidas e nossos valores, passando a perceber o que realmente é importante e o que é supérfluo, e podem nos transformar em pessoas mais ricas espiritual e emocionalmente.''

''Apesar das pessoas sentirem e reagirem diferentemente, existem pontos em comum nas situações de perda, quando geralmente passam por fases semelhantes.'' 

''Quando descobrem que estão com uma doença grave ou isto acontece com uma pessoa muito próxima, a morte inesperada de alguém que amam, ou com quase todos os outros tipos de perda, primeiro passam pelo estágio de choque e negação, não querendo acreditar na realidade.'' 

''Depois vem a fase da raiva, revolta (contra tudo, todos e até contra Deus) e muita mágoa.'' 

''Mais tarde passam a negociar com Deus e com a vida, tentando fazer trocas e promessas; depois ficam deprimidos, perguntando-se “por que eu?”, “por que ele(ou ela)?”ou “por que comigo(ou conosco)?”.''

''A seguir a tendência é retraírem-se por algum tempo, afastando-se dos outros, enquanto buscam alcançar um estado de entendimento, paz, aceitação; de aceitar aquilo que não pode ser mudado.(E. Kubler-Ross).'' 

''Muitos param em determinada fase e não vão adiante na superação da perda que já aconteceu ou, no caso de doença, vai ocorrer; alguns pulam de uma fase para outra, podendo retornar à fases anteriores; outros caminham para a superação.'' 

''Isto vai depender muito do suporte que recebem do meio, dos amigos, de terapeutas ou orientadores; do entendimento que têm sobre a vida e sua finalidade, de suas crenças filosóficas e/ ou religiosas e outros aspectos.''

''A Dra Ross estudou também 20 mil casos de pessoas de várias culturas que passaram por experiências de quase morte(EQM), e notou muita semelhança no que percebem naqueles momentos de “morte”, as vivências e sensações são agradáveis e os pacientes percebem que na realidade a morte não existe, é uma passagem para um plano de vida diferente, como a borboleta que deixa o casulo.''

''Se começarmos a ver a vida de maneira diferente, com maior entendimento, veremos que a morte jamais deve representar sofrimento, mas uma continuação da vida e da evolução.''

''Seguem-se algumas sugestões que podem ajudar nesta fase difícil :- 

Fale sobre sua perda e sua dor.
Nos primeiros meses muitos têm esta necessidade, deixe que os outros saibam que este assunto não deve ser evitado e que lhe faz bem falar sobre isto, abrir-se com alguém de confiança, ajuda no entendimento e na aceitação. 
Quando os amigos entendem o processo, percebem que ouvindo e compartilhando o sofrimento, estão ajudando; e você vai se sentir melhor desabafando. Entretanto, em algumas situações, ou com algumas pessoas, quando não quiser falar sobre o assunto, também diga isto claramente. 
Enfrente o sentimento de culpa. 

Quando se perde alguém importante é difícil sentir que se fez o bastante. 
Discutir este sentimento com alguém compreensivo e de confiança vai ajudar a distinguir a culpa real e irreal e, aos poucos, esta começa a diminuir. 
Não pode se sentir responsável por não prever os acontecimentos, ou culpa como se tivesse tido a intenção de prejudicar alguém. 
Além do mais, temos que aceitar a realidade de que ninguém é perfeito, fazemos o possível de acordo com nossa capacidade. 
Trabalhe os sentimentos de raiva e revolta. 
Estes sentimentos existem em face de uma grande perda; é importante percebê-los e expressar os sentimentos de raiva e amargura. 
Não adianta negá-los ou envergonhar-se deles, são normais e irão desaparecendo com o tempo e a aceitação do fato. 
Idealização. 

Há uma fase em que a pessoa pensa em suas falhas como pai, mãe, filho, cônjuge, irmão, namorado ou amigo... e vê a pessoa que se foi como um ser perfeito. Com o tempo, começará a vê-la como um ser humano real, com suas qualidades e defeitos, assim como todos nós.
Não se isole 
Mesmo que não se sinta à vontade para compartilhar seu sofrimento e prefira ficar sozinho, precisa buscar a companhia de outras pessoas. 
Amigos e familiares que o estimem podem ajudar muito. 
Não se esqueça que não está só; muitos o estimam, querem lhe dar amor e conforto, assim como precisam do seu amor e atenção. 
Isto consola , renova suas forças e ajuda na construção de novos objetivos e, com o tempo, a recuperar a alegria de viver. 
Estas pessoas podem fazer muito por você e você por elas.
Mudança de valores 
Diante da morte ou de uma grande perda, a pessoa tende a repensar seus valores, a reavaliar seus objetivos de vida; deixar de lado coisas que anteriormente valorizava e que agora percebe que são insignificantes e/ou fúteis, e a valorizar aspectos que percebe serem realmente mais importantes. Muitas vezes implementa mudanças positivas na sua maneira de ser e de viver, tornando-se menos preocupada com o ter e mais com o SER, evoluindo moral, emocional e Espiritualmente.
“Nunca mais serei o mesmo”... 
É frequente haver um grande sofrimento neste pensamento que pode ser real, mas isto não significa que nunca mais possa ser feliz. 
Embora esta ideia possa parecer inaceitável no período do sofrimento, as transformações podem nos enriquecer. 
Geralmente é isto que acontece, quando a pessoa aceita trabalhar e superar a fase de mágoa e revolta, decidindo que pode e deve viver o melhor possível. 
Evite decisões importantes ou grandes mudanças
 
O primeiro ano após a perda, geralmente não é um período adequado para tomar decisões importantes ou fazer grandes mudanças, a menos que as circunstâncias o exijam. 
Uma pessoa amargurada tem a capacidade de julgamento diminuída. 
Se algumas mudanças forem necessárias e inadiáveis, peça a ajuda de alguém competente e não envolvido emocionalmente com os problemas. 
Reserve períodos e local para lembranças 
Não fique o tempo todo pensando e vendo objetos da pessoa que se foi. 
Coloque alguns pertences dela numa caixa ou armário, não os deixe espalhados.
Tente reservar algum período específico do dia (no início), da semana ou do mês, para pensar na pessoa e no seu luto, quando também poderá rever os objetos. 
Evite fazer isto o resto do tempo, pois nada de bom e útil se consegue com a tristeza contínua. Para algumas pessoas isto não é fácil de conseguir, mas é necessário à sobrevivência e recuperação.
Prevendo dias e datas difíceis 

É útil saber que vai sentir-se mais triste, solitário e infeliz em certos dias e datas do que em outros, isto mesmo após já ter-se passado algum tempo e com a vida mais estabilizada. 
Estes dias especiais geralmente envolvem datas de aniversário, Natal, passagem de ano, Páscoa e outros, onde a falta da pessoa se faz mais presente. Planeje passá-los com amigos ou familiares, pois é provável que fique mais triste, choroso e deprimido que em outras ocasiões. 
Não se isole, é bom que esteja em companhia de pessoas que o estimem.
A crença de que a vida transcende nossa estada na terra e num Ser Superior 
Desde a antiguidade, a maioria dos povos de todas as regiões do globo, com culturas e religiões diferentes, acredita na imortalidade da alma ou espírito e na existência de um Deus ou “Algo Superior”. 
Isto é quase que uma intuição que nascemos com ela. Um Ser com Amor Incondicional e Sabedoria, perfeito e justo, não castiga as pessoas, mas sempre quer o seu bem, sua evolução, mesmo que muitos de nós ainda não tenhamos a capacidade para entender o porquê de muitos acontecimentos. 
Hoje, mais do que nunca, temos tido provas da imortalidade do espírito e de que tudo na vida tem um propósito positivo, que nada acontece por acaso. Mesmo que não seja religioso, esta crença traz consolo. Pensar que a pessoa não acabou, mas apenas deixou seu corpo e transferiu-se para um tipo de vida diferente, em outro plano, faz com que as pessoas sintam-se melhor diante da perda; e significará que a separação é temporária, não definitiva. 

É importante saber que pudemos desfrutar da companhia de algumas pessoas especiais, mesmo que por breve tempo, que nos deixam muita saudade...Só se tem saudade daquilo que foi muito bom.. 
Culpa por sentir-se bem 
É comum as pessoas não se permitirem alegria após uma grande perda, não aceitando convites de amigos, ou evitando atividades agradáveis. 
Não lute para continuar sendo ou parecendo infeliz. Perceba que sentir-se contente, ter novos objetivos, não é deslealdade nem significa que não ama ou está esquecendo o ente querido. 
Conseguir prazer em algo significa que está trazendo um pouco de alívio ao seu sofrimento; retomando ou recomeçando a construir sua vida. 
Além disso, se a pessoa que se foi o estima, com certeza gostaria de vê-lo bem e não sofrendo, preferiria vê-lo contente e isto lhe daria mais tranquilidade. 
Procure investir em seu bem estar, engajando-se em atividades produtivas e que lhe são agradáveis, e poderá tornar sua vida melhor ainda do que antes, se aprendeu algo com o acontecido, se cresceu com o sofrimento e compreensão do que é realmente mais importante na vida. 
Reajuste-se à vida e ao trabalho 
Tirar alguns dias ou semanas para reequilibrar-se e, depois, uma folga ocasional, quando necessário, é perfeitamente normal. 
Mas as atividades devem ser retomadas assim que for possível, pois são importantes no processo de recuperação. 
Seja paciente consigo mesmo, porque nos primeiros meses sua capacidade física e mental podem não ser as mesmas. 
Deve diminuir sua carga horária ou o número de atividades, se sentir que é excessiva; mas a inatividade prolongada faz as pessoas repetirem ou prolongarem a fase depressiva sem nenhum benefício. 
Com o tempo poderá também perceber que é importante utilizar um pouco da sua energia em uma atividade que possa ajudar outras pessoas e/ou instituições, saindo um pouco de seu pequeno mundo e percebendo a importância e bem estar que traz ajudar ao próximo, de conseguir tornar outros um pouco mais felizes e menos carentes física e psicologicamente.
Liberte-se de expectativas irreais Acreditar que a vida deveria ser diferente, não envolvendo escolhas dolorosas, sofrimentos e perdas é irreal e só traz revolta, o que só prejudica. Tornando nossas expectativas quanto a nós mesmos, aos outros e à vida mais realistas, fica mais difícil nos frustrarmos e mais fácil nos adaptarmos. 
Ninguém passa por situações que não mereça, por puro acaso; nem enfrenta uma carga maior do que a que tenha capacidade para carregar. 
Saber que não vivemos num mundo desorganizado e que existem leis universais, “nada acontece por acaso”; tudo tem uma razão de ser justa e produtiva, nos leva a encarar os acontecimentos (com relação a nós e aos outros envolvidos), mesmo os mais difíceis, como oportunidades de aprendizagem e crescimento. 
Integrando a perda 

As pessoas não “têm” que ser “vítimas”, qualquer que seja a perda, por pior que tenha sido. 
Situações de muito sofrimento podem ser transformadas em aprendizado. 
É preciso deixar de lado as perguntas centradas no passado (que é imutável) e no sofrimento (“Por que isso aconteceu comigo”?) e começar a fazer perguntas que abrem as portas para o futuro:- “Agora que isto aconteceu o que posso e devo fazer? O que posso aprender com isto? 
O que posso fazer para Ser e sentir-me melhor?” Geralmente quando chegamos à fase da aceitação, atingimos a compreensão e crescemos com a experiência, a dor se vai. 
Fica a saudade de uma pessoa com a qual convivemos e que nos proporcionou bons momentos e ensinamentos, tanto com suas qualidades, como com seus defeitos; com a qual compartilhamos uma parte de nossa vida. Só se tem saudade de algo que foi bom ou nos trouxe algo de positivo. 
Deve ser mais triste não ter de quem sentir saudade, seja de uma pessoa deste ou de outro plano.
Pesar excessivamente longo Quando um sofrimento excessivo consome alguém por mais de um ano, geralmente o problema principal não é a perda em si, mas algum outro aspecto que precisa ser entendido. 
Muitas vezes isto ocorre quando havia uma dependência excessiva em relação à pessoa que se foi, quando a culpa por algum motivo é um componente muito forte na situação, problemas emocionais pessoais ativados ou reforçados pela perda ou outras razões significativas. 
Amigos, conselheiros ou um psicólogo podem ser necessários neste caso.
Procure ajuda profissional, se necessário. 

A maioria dos que procuram ajuda de psicoterapeuta não são doentes mentais, são pessoas comuns enfrentando problemas, passando por uma crise e muitas delas sofrendo uma perda. 
Um profissional da área é alguém com quem você pode dividir seu sofrimento, sua revolta, seu medo, suas lembranças dolorosas, sua culpa e seus conflitos; que pode compreendê-lo e ajudá-lo. 
As sessões de terapia podem ajudá-lo também a tomar decisões práticas que o farão sentir-se melhor. Você pode precisar de apenas algumas sessões, muitos meses para superar a fase mais difícil, ou mais tempo; tudo vai depender do significado individual da perda, da maneira como reage às crises e à terapia.

No início do pesar, uma das formas mais comuns de manifestar o sofrimento é resistir a crescer com ele. A vida pode ser prejudicada ou fortalecida por uma perda. Ninguém permanece o mesmo. 
Cada situação é única e só a própria pessoa pode buscar e encontrar respostas relativas ao “outro eu” e à outra vida que vão emergir.

Cada pessoa decide se vai ou não crescer com essa experiência dolorosa, e quando.


Maria José G. S Nery- Psicóloga Clínica

Psicoterapia Cognitiva, Transpessoal e Regressiva
E mail:-majonery@yahoo.com.br, zezegomes@hotmail.com
Campinas- SP -Brasil

 ''sugestões para meditar, antes da crítica:''



''Colocar-nos no lugar da pessoa acusada, pesquisando no íntimo quais seriam as nossas reações nas mesmas circunstâncias.'' 

Perguntar a nós mesmos o que já fizemos, em favor da criatura em dificuldade para que ela não descesse de nível.

 Reconhecer o grau de responsabilidade que nos compete no assunto em pauta.

Observar o lado bom do irmão ou da irmã em lide, a fim de concluir se não temos mais razões para agradecer e louvar do que para aborrecer ou reprovar.

 Recorrer à memória e lembrar, com sinceridade, se já conseguimos vencer qualquer grande crise moral da existência, sem o auxílio de alguém.

 Verificar, em sã consciência, se temos efetivamente certeza da falta pela qual são apontados o companheiro ou a companheira, em torno de quem somos convidados a emitir opinião.

 Deduzir, pelo estudo de nós próprios, se possuímos suficientes recursos para corrigir sem ofender.

 Examinar até que ponto a criatura acusada terá agido exclusivamente por si ou sob controle e domínio de obsessores, sejam eles encarnados ou desencarnados, com interesse na perturbação do ambiente em que vivemos.

 Refletir na maneira pela qual estimamos ser tratados por nossos amigos quando entramos em erro.

Orar pelos nossos irmãos menos felizes e por nós mesmos, antes de criticar-lhes quaisquer manifestações.

André Luiz
 Francisco Cândido Xavier