segunda-feira, 11 de maio de 2015

                                       ''A Hora Final''


Que se passa no momento da morte e como se desprende o Espírito da sua prisão material? 

Que impressões ou sensações o esperam nessa ocasião temerosa? 

É isso o que interessa a todos conhecer, porque todos cumprem essa jornada. 

A vida foge-nos a todo instante: nenhum de nós escapará à morte.

As sensações que precedem e se seguem à morte são infinitamente variadas e dependentes, sobretudo do caráter, dos méritos, da elevação moral do Espírito que abandona a Terra. 

A separação é quase sempre lenta e o desprendimento da alma opera-se gradualmente. 

Começa, algumas vezes, muito tempo antes da morte e só se completa quando ficam rotos os últimos laços fluídicos que unem o perispírito ao corpo. 

A impressão sentida pela alma revela-se penosa e prolongada quando esses laços são mais fortes e numerosos. 

Causa permanente da sensação e da vida, a alma experimenta todas as comoções, todos os despedaçamentos do corpo material.

Dolorosa, cheia de angústias para uns, a morte não é, para outros, senão um sono agradável seguido de um despertar silencioso. 

O desprendimento é fácil para aquele que previamente se desligou das coisas deste mundo, para aquele que aspira aos bens espirituais e que cumpriu os seus deveres.

Há, ao contrário, luta, agonia prolongada no Espírito preso à Terra, que só conheceu os gozos materiais e deixou de preparar-se para essa viagem.

Entretanto, em todos os casos, a separação da alma e do corpo é seguida de um tempo de perturbação, fugidio para o Espírito justo e bom, que desde cedo despertou ante todos os esplendores da vida celeste; muito longo, a ponto de abranger anos inteiros, para as almas culpadas, impregnadas de fluidos grosseiros. 

Grande número destas últimas crê permanecer na vida corpórea, muito tempo mesmo depois da morte. 

Para estas, o perispírito é um segundo corpo carnal, submetido aos mesmos hábitos e, algumas vezes, às mesmas sensações físicas como durante a vida terrena.

Outros Espíritos de ordem inferior se acham mergulhados em uma noite profunda, em um completo insulamento no seio das trevas. 

Sobre eles pesa a incerteza, o terror. 

Os criminosos são atormentados pela visão terrível e incessante das suas vítimas.

A hora da separação é cruel para o Espírito que só acredita no nada. 

Agarra-se como desesperado a esta vida que lhe foge; no supremo momento insinua-se-lhe a dúvida; vê um mundo temível abrir-se para abismá-lo e quer, então, retardar a queda. 

Daí, uma luta terrível entre a matéria, que se esvai, e a alma, que teima em reter o corpo miserável. 

Algumas vezes, ela fica presa até à decomposição completa, sentindo mesmo, segundo a expressão de um Espírito, “os vermes lhe corroerem as carnes”.

Pacífica, resignada, alegre mesmo, é a morte do justo, a partida da alma que, tendo muito lutado e sofrido, deixa a Terra confiante no futuro. 

Para esta, a morte é a libertação, o fim das provas. Os laços enfraquecidos que a ligam à matéria destacam-se docemente; sua perturbação não passa de leve entorpecimento, algo semelhante ao sono.

Deixando sua residência corpórea, o Espírito, purificado pela dor e pelo sofrimento, vê sua existência passada recuar, afastar-se pouco a pouco com seus amargores e ilusões; depois, dissipar-se como as brumas que a aurora encontra estendidas sobre o solo e que a claridade do dia faz desaparecer. 

O Espírito acha-se, então, como que suspenso entre duas sensações: a das coisas materiais que se apagam e a da vida nova que se lhe desenha à frente. 

Entrevê essa vida como através de um véu, cheia de encanto misterioso, temida e desejada ao mesmo tempo. 

Após, expande-se a luz, não mais a luz solar que nos é conhecida, porém uma luz espiritual, radiante, por toda parte disseminada. 

Pouco a pouco o inunda, penetra-o, e, com ela, um tanto de vigor, de remoçamento e de serenidade. 

O Espírito mergulha nesse banho reparador. 

Aí se despoja de suas incertezas e de seus temores. 

Depois, seu olhar destaca-se da Terra, dos seres lacrimosos que cercam seu leito mortuário, e dirige-se para as alturas. 

Divisa os céus imensos e outros seres amados, amigos de outrora, mais jovens, mais vivos, mais belos que vêm recebê-lo, guiá-lo no seio dos espaços. 

Com eles caminha e sobe às regiões etéreas que seu grau de depuração permite atingir. Cessa, então, sua perturbação, despertam faculdades novas, começa o seu destino feliz.

A entrada em uma vida nova traz impressões tão variadas quanto o permite a posição moral dos Espíritos. 

Aqueles – e o número é grande – cujas existências se desenrolam indecisas, sem faltas graves nem méritos assinalados, acham-se, a princípio, mergulhados em um estado de torpor, em um acabrunhamento profundo; depois, um choque vem sacudir-lhes o ser. 

O Espírito sai, lentamente, de seu invólucro: como uma espada da bainha; recobra a liberdade, porém, hesitante, tímido, não se atreve a utilizá-la ainda, ficando cerceado pelo temor e pelo hábito aos laços em que viveu. 

Continua a sofrer e a chorar com os entes que o estimaram em vida. 

Assim corre o tempo, sem ele o medir; depois de muito, outros Espíritos auxiliam-no com seus conselhos, ajudando a dissipar sua perturbação, a libertá-lo das últimas cadeias terrestres e a elevá-lo para ambientes menos obscuros.

Em geral, o desprendimento da alma é menos penoso depois de uma longa moléstia, pois o efeito desta é desligar pouco a pouco os laços carnais. 

As mortes súbitas, violentas, sobrevindo quando a vida orgânica está em sua plenitude, produzem sobre a alma um despedaçamento doloroso e lançam-na em prolongada perturbação. 

Os suicidas são vítimas de sensações horríveis. 

Experimentam, durante anos, as angústias do último momento e reconhecem, com espanto, que não trocaram seus sofrimentos terrestres senão por outros ainda mais vivazes.

O conhecimento do futuro espiritual e o estudo das leis que presidem a desencarnação são de grande importância como preparativos à morte. 

Podem suavizar os nossos últimos momentos e proporcionar-nos fácil desprendimento, permitindo mais depressa nos reconhecermos no mundo novo que se nos desvenda.


Texto retirado do livro “Depois da Morte” - Léon Denis

''Doação de Órgãos''


Como o Espiritismo encara os transplantes de órgãos?

O assunto não foi, evidentemente, tratado por Kardec, mas o Dr. Jorge Andréa, no seu livro Psicologia Espírita, págs. 42 e 43, examinando o tema, assevera que não há nenhuma dúvida de que, nas condições atuais da vida em que nos encontramos, os transplantes devem ser utilizados.

A conquista da ciência é força cósmica positiva que não deve ser relegada a posição secundária por pieguismos religiosos. 
Por isso, chegará o dia em que poderemos avaliar até que ponto as influências espirituais se encontram nesses mecanismos, a fim de que as intervenções sejam coroadas de êxito e pleno entendimento”.

Perguntaram a Chico Xavier se os Espíritos consideram os transplantes de órgãos prática contrária às leis naturais.

Chico respondeu: “Não. Eles dizem que assim como nós aproveitamos uma peça de roupa que não tem utilidade para determinado amigo, e esse amigo, considerando a nossa penúria material, nos cede essa peça de roupa, é muito natural, aos nos desvencilharmos do corpo físico, venhamos a doar os órgãos prestantes a companheiros necessitados deles, que possam utilizá-los com segurança e proveito”.

Todos podemos doar nossos órgãos ou há casos em que isso não se recomenda?

É claro que todos podemos.

A extração de um órgão não produz reflexos traumatizantes no perispírito do doador.

O que lesa o perispírito, que é nosso corpo espiritual, são as atitudes incorretas perpetradas pelo indivíduo, e não o que é feito a ele ou ao seu corpo por outras pessoas.

Além disso, o doador desencarnado é, muitas vezes, beneficiado pelas preces e pelas vibrações de gratidão e carinho por parte do receptor e de sua família.

A integridade, pois, do perispírito está intimamente relacionada com a vida que levamos e não com o tipo de morte que sofremos ou com a destinação de nossos despojos.

Há casos, no entanto, que a doação ou a extração de órgãos não se recomenda.

No dia 6 de fevereiro de 1996, atendemos um Espírito em sofrimento, que recebera o coração de um jovem morto num acidente, o qual, sem haver compreendido que desencarnara, o atormentava no plano espiritual, reclamando o coração de volta. Curiosamente, o Espírito que recebera o órgão sabia estar desencarnado e lembrava até haver doado as córneas a outra pessoa.

Indagaram a Chico Xavier: “Chico, você acha que o espírita deve doar as suas córneas? Não haveria nesse caso repercussões para o lado do perispírito, uma vez que elas devem ser retiradas momentos após a desencarnação do indivíduo?”.

Respondeu o bondoso médium mineiro (“Folha Espírita”, nov/82, apud “Chico, de Francisco”, pág. 84):

Sempre que a pessoa cultive desinteresse absoluto em tudo aquilo que ela cede para alguém, sem perguntar ao beneficiado o que fez da dádiva recebida, sem desejar qualquer remuneração, nem mesmo aquela que a pessoa humana habitualmente espera com o nome de compreensão, sem aguardar gratidão alguma, isto é, se a pessoa chegou a um ponto de evolução em que a noção de posse não mais a preocupa, esta criatura está em condições de dar, porque não vai afetar o perispírito em coisa alguma.

No caso contrário, se a pessoa se sente prejudicada por isso ou por aquilo no curso da vida, ou tenha receio de perder utilidades que julga pertencer-lhe, esta criatura traz a mente vinculada ao apego a determinadas vantagens da existência e com certeza, após a morte do corpo, se inclinará para reclamações descabidas, gerando perturbação em seu próprio campo íntimo. Se a pessoa tiver qualquer apego à posse, inclusive dos objetos, das propriedades, dos afetos, ela não deve dar, porque ela se perturbará
”.

Anos depois dessa resposta, registrou-se o caso Wladimir, o jovem suicida que foi aliviado em seus sofrimentos post-mortem graças às preces decorrentes da doação de córneas por ele feita, mostrando que, mesmo em mortes traumáticas como essa, a caridade da doação, quando praticada pelo próprio desencarnante, é largamente compensada pelas leis de Deus.

(O caso Wladimir é narrado no livro “Quem tem medo da morte?”, de Richard Simonetti.)


''A ideia de Deus''


*Viviam, num edifício de sete andares, moradores cujos olhos jamais tinham contemplado a luz do sol, a não ser através das vidraças diversamente coloridas de cada pavimento.* 

*Encerrados nos limites de seu pequeno mundo, cada qual fazia uma ideia diferente quanto à cor da luz solar.* 

*Os moradores do primeiro pavimento diziam que era vermelha, porque vermelhos eram os vidros, através dos quais se habituaram a vê-la.*

*Os do segundo pavimento diziam, por sua vez, que era alaranjada, porque alaranjados eram os vidros pelos quais ela diariamente se filtrava.*

*Os do quarto, diziam que era verde.* 
*Os do quinto, azul.* 
*Os do sexto, anil e os do sétimo diziam que era violeta.*

*Certo dia, porém, um morador mais inteligente e indagador resolveu sair do edifício e, surpreendido com a luz do sol, que lá no alto se decompunha na policromia do arco-íris, compreendeu logo que cada morador havia apreendido somente uma parcela da verdade.*

*Tudo se passava exatamente como se cada um deles, em seu próprio pavimento, tivesse a visão limitada a uma faixa apenas, dentre as sete faixas luminosas do espectro solar.*

*A luz do sol era realmente da cor sob que cada qual a tinha visto, mas era também muito mais do que isso: era a síntese das sete cores.*

*Assim como cada morador via o Sol, assim também cada criatura humana vê Deus.*

*Situado em diferentes faixas da evolução, cada um O verá sob um aspecto diferente, segundo a diversa coloração de seu entendimento.*

*Chegará, no entanto, um dia em que a criatura transcenderá os augustos limites de seu mundo e compreenderá Deus, em sua essência, na síntese de seus atributos.*


De “O Primado do Espírito” - Rubens Costa Romanelli
Retirado do blog Irmãos Fraternos

''Viajantes...''

De muitos deles tiveste notícia da glória que ostentavam na Terra.

Pompeavam adornos de alto preço e chamavam-se príncipes.

Brandiam armas sanguinolentas e faziam-se chefes.

Mostravam brasões e manejavam a autoridade.

Eram mulheres primorosamente vestidas e atuavam no pensamento dos ditadores, alterando a sorte das multidões.

Entretanto, apenas viajavam no caminho dos homens...

Outros muitos conheceste de perto.

Urdiam golpes de inteligência e dirigiam enormes comunidades.

Sobraçavam livros famosos e tornavam-se mestres.

Amontoavam dinheiro e erguiam-se poderosos.

Exibiam louros da mocidade e articulavam aventuras e sonhos.

Contudo, viajavam também...

Se eram bons ou maus, justos ou injustos, realmente não sabes, porque as verdadeiras contas de cada um são examinadas além...

No entanto, não ignoras que nem o poder e nem o encargo, nem a juventude e nem o ouro, nem a fama e nem a Ciência lhes conferiram qualquer privilégio de fixação.

Todos passaram, uns após outros...

Pensa nisso e recorda que te encontras no mundo igualmente em viagem.

No último dia da grande romagem, nada carregarás contigo do que temporariamente desfrutas, a não ser aquilo que fizeste e colocaste em ti mesmo.

Ninguém te aconselha a fazer da existência o culto inveterado da morte, mas é imperioso caminhes na convicção de que a vida prossegue...

Vive, pois, de tal modo que todos aqueles que convivem contigo, possam, mais tarde, lembrar-te o nome, como quem abençoa a presença da fonte ou agradece a passagem da luz.
  

Por: Emmanuel
Mensagem “Viajantes” - Reunião pública, 28-04-61
Do livro “Justiça Divina” - Chico Xavier

                                     ''Amor  Onipotente''


Na hora atribulada de crise, em que as circunstâncias te prostraram a alma na

provação, muitos acreditaram que não mais te levantarias, no entanto quando as 

trevas se adensavam, em torno, descobriste ignoto clarão que te impeliu à trilha da 

esperança, laureada de sol.



Na cela da enfermidade, muitos admitiram que nada mais te faltava senão aceitar o 

lance da morte, contudo, nos instantes extremos, mãos intangíveis te afagaram as 

células fatigadas, renovando-lhes o calor, para que não deixasses em meio o serviço 

que te assinala a presença na Terra. 



No clima da tentação, muitos concordaram em que apenas te restava a decadência 

definitiva, todavia, nos derradeiros centímetros da margem barrenta que te inclinava 

ao despenhadeiro, manifestou-se em braço oculto que te deteve.



Na vala da queda a que te arrojaste, irrefletidamente, muitos te julgaram para sempre 
em desprezo público, entretanto, ao respirares, no cairel da loucura, recolheste 
íntimo apoio, que te guardou o coração, refazendo-te a vida.

Na tapera da solidão a que te relegaram os entes mais queridos, muitos te 
supuseram em supremo abandono, mas no último sorvo do pranto que te parecia
inestancável, experimentaste inexplicável arrimo, induzindo-te a buscar outros 
afetos  que passaram a enobrecer-te.

No turbilhão das dificuldades que te envolvam o dia, pensa em Deus, o Amor

 Onipresente, que não nos desampara.

Por mais aflitiva seja a dor, trará Ele bálsamo que consola; por mais obscuro o
 problema, dará caminho certo à justa solução.

Ainda assim, não te afoites em personalizá-lo ou defini-lo. 

Baste-nos a palavra de Jesus que nô-lo revelou como sendo Nosso Pai.

Sobretudo, não te importe se alguém lhe nega a existência enquanto se lhe 
abrilhantam as palavras nas aparências do mundo, quando pudeste encontrá-lo, 
dentro do coração, nos momentos de angústia.

É natural seja assim. 

Quando a noite aparece, é que os olhos dos homens conseguem divisar o esplendor 
das estrelas.

 
                                                    

Emmanuel 

Mensagem “AMOR ONIPOTENTE” 

(Do livro “Opinião Espírita” - Francisco Cândido Xavier e Waldo Vieira)

                                            ''Ter  Fé''




A árvore da fé viva não cresce no coração, miraculosamente.

Qual acontece na vida comum, o Criador dá tudo, mas não prescinde do esforço da criatura.

Qualquer planta útil reclama especial atenção no desenvolvimento.

Indispensável cogitar-se do trabalho de proteção, auxílio e defesa.

Estacadas, adubos, vigilância, todos os fatores de preservação devem ser postos em movimento, a fim de que o vegetal precioso atinja os fins a que se destina.

A conquista da crença edificante não é serviço de menor esforço.

A maioria das pessoas admite que a fé constitua milagrosa auréola doada a alguns espíritos privilegiados pelo favor divino.

Isso, contudo, é um equívoco de lamentáveis consequências.

A sublime virtude é construção do mundo interior, em cujo desdobramento cada aprendiz funciona como orientador, engenheiro e operário de si mesmo.

Não se faz possível a realização, quando excessivas ansiedades terrestres, de parceria com enganos e ambições inferiores, torturam o campo íntimo, à maneira de vermes e malfeitores, atacando a obra.

A lição do Evangelho é semente viva.

O coração humano é receptivo, tanto quanto a terra.

É imprescindível tratar a planta divina com desvelada ternura e instinto enérgico de defesa.

Há muitos perigos sutis contra ela, quais sejam os tóxicos dos maus livros, as opiniões ociosas, as discussões excitantes, o hábito de analisar os outros antes do autoexame.

Ninguém pode, pois, em sã consciência, transferir, de modo integral, a vibração da fé ao espírito alheio, porque, realmente, isso é tarefa que compete a cada um.




Emmanuel
In: 'Vinha de Luz' - Francisco Cândido Xavier

''Evolução e Livre-Arbítrio''

..

''Porque há dores necessárias no erguimento da vida, há quem se acolha à faixa da negação.''

''Ainda agora, muitos cientistas e religiosos, encastelados em absurdos afirmativos, parecem interessados em se anteporem ao próprio Deus.''

''Gigantes do raciocínio constroem máquinas com que investem o espaço cósmico, em arrojados desafios, para dizerem que a vida é a matéria suposta onipotente, enquanto que milhares de pregoeiros da fé levantam cadeias teológicas, tentando aprisionar a mente humana ao poste do fanatismo.''

''Na área de semelhantes conflitos, padece o homem o impacto de crises morais incessantes.''

''Não te emaranhes, porém, no labirinto.''
''O mundo está criado, mas não terminado.''

''De ponta a ponta da Terra, vibra, candente, a forja da evolução.''

''Problemas solucionados abrem campo a novos problemas.'' 

''Horizontes abertos descerram horizontes mais amplos.'' 

''E, na arena da imensa luta, o espírito é a obra-prima do Universo, em árduo burilamento.''

''O Criador não vive fora da Criação.''

''A criatura humana, contudo, ainda infinitamente distante da Luz Total, pode ser comparada ao aprendiz limitado aos exercícios da escola.''

''Cada civilização é precioso curso de experiências e cada individualidade, segundo a justiça, deve estruturar a sua própria grandeza.''

''Examinando o livre-arbítrio que a Divina Lei nos faculta, consideremos que nós mesmos, imperfeitos quais somos, não furtamos, impunemente, uns dos outros, a liberdade de conhecer e realizar.''

''Pais responsáveis, não trancafiamos os filhos em urnas de afeto exclusivo, com a desculpa de amor.''

''Professores honestos, não tornamos o lugar do discípulo, ofertando-lhe privilégios, a título de ternura.''

''Médicos idôneos, não exoneramos o enfermo dos arriscados processos da cirurgia, a pretexto de compaixão.''

''Recebe, pois, o quadro das provações aflitivas em que te encontras, como sendo o maior ensejo de crescimento e de elevação que a Bondade Infinita, por agora, te pode dar.''

''Não te importe o materialismo a dementar-se no próprio caos.'' 

''Sabes que o homem não é planta sem raiz, nem barco à matroca.''

''Os que negam a Causa das Causas, reajustam, para lá do sepulcro, visão e entendimento, emotividade e conceito.'''

''Enquanto observas, no caminho, perturbação e sofrimento, à guisa de poeira e sucata em prodigiosa oficina, tranquiliza-te e espera, porquanto, aprendendo e servindo, sentirás em ti mesmo a presença do Pai.''
                                        

''Do livro "Justiça Divina", pelo Espírito Emmanuel, Francisco Cândido Xavier''
''(Reunião Publica de 11-18-61. 1ª Parte, cap. I, item 5)''