sábado, 18 de julho de 2015

Como posso descobrir a minha missão no mundo?

Eu vejo que essa é uma dúvida muito comum entre os espíritas. 

Muitos palestrantes nos dizem que temos uma missão, e logo nos inquietamos tentando descobrir qual a nossa. 

Olhamos para nossa vida, não vemos acontecimentos importantes e ficamos na expectativa que um médium venha nos dizer, por revelação espiritual, qual a missão que nos compete. 

Na verdade, isso geralmente não acontece.
Madre Tereza de Calcutá era uma professora do colégio de freiras onde trabalhou por vinte anos, exercendo sua atividade comum, mas certamente esperando algo mais de si mesma, quando um dia ao realizar uma viagem de trem viu um pobre homem caído, que não conseguia se mover chamando-a com a mão. 

Ao se aproximar do homem, pode ouvi-lo lhe dizer:
_ “Tenho sede”.
Voltando para o convento ela reparou em uma estátua do Mestre de Nazaré na cruz. Abaixo da estátua havia uma frase:
_ “Tenho sede”.

Pela primeira vez ela percebeu que há dois mil anos Aquele homem tinha sede e lhe pedia auxílio através dos necessitados de toda ordem, e em Calcutá eles eram abundantes.

Embora existam verdadeiros missionários do Cristo na terra, a maioria de nós não tem propriamente dizendo missões, nesse grau da de Madre Tereza, Gandhi, Kardec, Chico Xavier: e tantos outros. 

A maioria de nós possui missões bastante dignas, mas de menor expressão para a sociedade como um todo. 

Vou explicar melhor mais abaixo, primeiramente, veja essa resposta dada a Kardec pelos espíritos quando responderam a questão 132 do Livro dos Espíritos.
132. 

Qual o objetivo da encarnação dos Espíritos?
“Deus lhes impõe a encarnação com o fim de fazê-los chegar à perfeição. 
Para uns, é expiação; para outros, missão(...)”

No segundo livro de André Luiz, Os Mensageiros, em um capítulo reservado as experiências de espíritos que não completaram sua missão devidamente, vimos que muitos tinham missão junto a instituições espíritas, geralmente como médiuns ou doutrinadores, outros palestrantes ou tarefeiros.

Entre as missões de cada um existiam missões particulares, como auxiliar o reerguimento de um filho, de irmãos ou pessoa próxima.

A maioria deles possuía também resgates a serem feitos, devido a débitos contraídos no passado, ou seja, a encarnação tinha um duplo sentido, missão e expiação ao mesmo tempo.

Mas quero chamar a atenção para a primeira frase da resposta:
“Deus lhes impõe a encarnação com o fim de fazê-los chegar à perfeição.(...)”

O nosso verdadeiro objetivo como seres encarnados é a busca da perfeição, sendo assim, tudo o que façamos que concorra para auxiliar-nos a atingir esse objetivo, representa para nós uma atividade rumo ao cumprimento de nossa verdadeira missão.

Genericamente, a missão de cada um de nós e atingir a nossa perfeição.

Voltando ao ponto em que disse que possuímos, alguns de nós, missão muito digna mais sem maior relevo para sociedade, lembremo-nos que, o espírito de Lívia, mulher do senador Públio Lentulus do livro Há 2000 anos, era um espírito altamente evoluído, não realizou grandes obras, não se envolveu com a política, foi simplesmente mulher do senador, mas objetivava na verdade resgatar o espírito embrutecido de seu marido para Jesus, e conseguiu e ele se tornou Emmanuel que dispensa comentários.

Essa mesma situação se repete nos outros romances de Emmanuel. 

Em 50 Anos Depois, Célia vem auxiliar no reerguimento de seu amado, mas não deixou de deixar sua marca, como acontece comumente com esses elevados espíritos que vêem a Terra. 

Célia negou-se a si mesma, viveu como pobre embora filha de nobre, com identidade trocada em favor de sua genitora.
Podemos, porém, ser mais específicos. Stephen Covey, um autor americano que escreve sobre o auto gerenciamento nos deixou um exercício fascinante que nos ajuda a identificar nossa missão.

Exercício
Imagine-se num caixão, sendo carregado em seu funeral, sendo acompanhado por diversas pessoas, entre os quais estão os familiares, os amigos, os colegas de trabalho e os religiosos de sua crença.

Imagine diversas pessoas desses grupos. 
Imagine que em cada grupo exista um orador que irá fazer um discurso sobre você.
Família, amigos, trabalho e religião.
Que tipo de pessoa você gostaria que cada orador tivesse descrito? 
Quais as contribuições e conquistas você gostaria de ver recordadas.
Olhe para cada pessoa a sua volta. 
Qual papel gostaria de ter desempenhado na vida delas?
Basicamente, as respostas que obtiver são a descrição da sua missão.
Além do que foi dito acima, outro ponto deve ser lembrado.
Mesmo que um homem não tenha vindo ao mundo com uma missão, ele poderá se erguer e começar um empreendimento em benefício do próximo, e não faltarão espíritos bem feitores a lhe auxiliar. 
Conforme esse homem demonstre capacidade de servir, mais e mais serviços lhes serão conferidos.
Não é difícil compreender essa ideia, sabemos que são poucos aqueles encarnados com quem a espiritualidade superior pode contar, assim sendo, quando alguém demonstra que é digno da confiança superior, quando o trabalhador está pronto, o serviço aparece.

         

DESCONTENTAMENTO - DIVALDO FRANCO



Vivemos, sem dúvida, um período profundamente perturbador sob muitos aspectos considerados, especialmente nas áreas da economia e do comportamento. As dificuldades estão presentes nos países ricos como nos em desenvolvimento, nos quais as criaturas sentem o aturdimento da hora grave que experienciam. Nada obstante, são muitos os bens que se encontram à disposição da criatura humana, graças à evolução da ciência e da tecnologia. Enfermidades terríveis têm encontrado tratamentos adequados, que nem sempre são conseguidos por todos os pacientes, recursos de higiene e orientações para a saúde multiplicam-se, facilidade nas comunicações, na movimentação, ampliam-se a cada instante e mil outras bênçãos.

Apesar disso, defrontamos a multidão dos desalentados ou descontentes. Para esses indivíduos com problemas de comportamento psicológico, tudo está mal, não vale a pena viver, as pessoas são hipócritas e más, desfilando amarguras e pessimismo. Vivem com o semblante carrancudo, com o humor péssimo, quando não agressivos, insolentes e desagradáveis. Este é o século das glórias do pensamento e das misérias morais. Mas é natural, porque neste momento opera-se a grande transformação do planeta de mundo de provas e de expiação para o mundo de regeneração. Se observarmos na História, constataremos períodos de grandeza seguidos pelos de decadência. Conquistas extraordinárias assinalam uma época, dando lugar a situações asselvajadas com guerras de genocídio e de ódio irracionais.

Cabe-nos, a todos nós, modificar a situação lamentável, mediante a nossa transformação moral para melhor, vivendo dentro de padrões de dignidade, de respeito à vida, à cidadania, a todos e a tudo. Viver com alegria e esperança, contribuindo em favor do bem geral, é a melhor opção deste momento. Não é necessário que nos tornemos célebres ou líderes, autoridades ou pessoas de destaque na comunidade, mas bastar-nos-á o cumprimento dos deveres que nos dizem respeito.

Artigo publicado no jornal A Tarde, coluna Opinião, em 16-07-2015.

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D e s e n c a r n e (José Raul Teixeira)

Quando encarnamos, recebemos uma carga de fluido vital (fluido da vida).

Quando este fluido acaba, morremos. Somos como a pilha que com o tempo vai descarregando.


Chegamos ao ponto que os remédios já não fazem mais efeito. 

Daí não resta outra alternativa senão trocar de “roupa” e voltar para a escola planetária.

Mas a quantidade de fluido vital não é igual em todos seres orgânicos. 

Isso dependerá da necessidade reencarnatória de cada um de nós.

Quando chegamos á Terra cada um tem uma “estimativa de vida”. 

Vai depender do que viemos fazer aqui. 

A pessoa que está estimado viver em torno de 60 anos receberá mais fluido que a pessoa que está estimado viver 20 anos.


André Luiz, através da psicografia de Chico Xavier, explica que poucos são completistas, ou seja, nascemos com uma estimativa de vida e, com os abusos, desencarnamos antes do previsto, não completamos o tempo estimado, isso chama-se suicídio indireto.

Se viemos acertar as pendências biológicas por mau uso do corpo, como o suicídio direto ou indireto, nós vamos ficar aqui pouco tempo. 

É só para cobrir aquele buraco que nós deixamos. 

Exemplo: Se nossa estimativa de vida é 60 anos e nós, por abusos, desencarnamos aos 40 anos, ficamos devendo 20 anos. 

Então, na próxima encarnação viveremos somente 20 anos.

Mas há outros indivíduos que vem para uma tarefa prisional. 

E daí vai ficar, 70, 80, 90, 100 anos. Imaginamos que quem vira os 100 anos está resgatando débitos. 

Porque vê as diversas gerações que já não são as suas. 

E o indivíduo vai se sentindo cada vez mais um estranho no ninho.


Os jovens o olham como se ele fosse um dinossauro. 

Os da sua idade já não se entendem mais porque já faltam certos estímulos (visuais, auditivos, etc.). 

Já não podem visitar reciprocamente, com raras exceções.

Tornam-se pessoas dependentes dos parentes, dos descendentes para levar aqui e acolá. Até para cuidar-se e tratar-se. 

Então, só pode ser resgate para dobrar o orgulho, para ficar nas mãos de pessoas que nem sempre gostam dela. 

Alguns velhos apanham, outros são explorados na sua aposentadoria, outros são colocados em asilos onde nunca recebem visitas.

Em compensação, outros vêm, cuidam da família, educam os filhos em condição de caminhar, fecham os olhos e voltam para a casa com a missão cumprida com aqueles que se comprometeu em orientar, impulsionar, a ajudar.

Por isso, precisamos conversar com os jovens. 

Dizer a eles que é na juventude que a gente estabelece o que quer na velhice, se chegar lá. 

E que vamos colher na velhice do corpo o que tivermos plantado na juventude. 

Se ele quiser ter um ídolo, que escolha alguém que esteja envolvido com a paz, com a saúde, a ética, ao invés de achar ídolos da droga, do crime, das sombras.

E aqueles que não tem jovens para orientar e que estão curtindo a própria maturidade, avaliar o que fizeram da vida até agora. 

Se a morte chegasse hoje, o que teriam para levar? 

Se chegarem a conclusão que não tem nada para levar lembrem que: 
HÁ TEMPO.

Enquanto Deus nos permitir ficar na Terra, HÁ TEMPO, para fazermos algum serviço no Bem seja ao próximo ou a nós mesmos: estudar, aprender uma língua, uma arte, praticar um esporte. 

Enquanto respirarmos no corpo perguntemos: “O QUE DEUS QUER QUE EU FAÇA?” 

Usemos bem o fluido que nos foi disponibilizado.

ATENÇÃO: a vida bem vivida pela causa do Bem pode nos dar “MORATÓRIA”, ou seja, uma sobrevida, uma dilatação do tempo de permanência do Espírito no corpo de carne. 

Por isso vemos muitos trabalhadores do BEM desencarnando com idade bem avançada. 

Estes receberão uma carga extra de fluido vital para estender seu tempo no corpo físico.

Então, há idosos em caráter expiatório e em caráter de moratória.

José Raul Teixeira
 — com Neusa Romão.