quarta-feira, 29 de julho de 2015


Apresentamos três histórias contados por amigos de Chico Xavier, sobre o amor que ele tinha pelos animais.
A CACHORRA DE CHICO XAVIER
Escrito por: Adelino da Silveira
Chico Xavier tinha uma cachorra de nome Boneca, que sempre esperava por ele, fazendo grande festa ao avistá-lo. 
Pulava em seu colo, lambia-lhe o rosto como se o beijasse.
O Chico então dizia: – Ah Boneca, estou com muitas pulgas! 
Imediatamente ela começava a coçar o peito dele com o focinho. 
Boneca morreu velha e doente. Chico sentiu muito a sua partida. Envolveu-a no mais belo xale que ganhara e enterrou-a no fundo do quintal, não sem antes derramar muitas lágrimas. 
Um casal de amigos, que a tudo assistiu, na primeira visita de Chico a São Paulo, ofertou-lhe uma cachorrinha idêntica à sua saudosa Boneca. 
A filhotinha, muito nova ainda, estava envolta num cobertor e os presentes a pegavam no colo, sem contudo desalinhá-la de sua manta. 
A cachorrinha recebia afagos de cada um. A conversa corria quando Chico entrou na sala e alguém colocou em seus braços a pequena cachorra. 
Ela, sentindo-se no colo de Chico, começou a se agitar e a lambê-lo.
- Ah Boneca, estou cheio de pulgas! disse Chico.
A filhotinha começou então a caçar-lhe as pulgas e parte dos presentes, que conheceram a Boneca, exclamaram: “Chico, a Boneca está aqui, é a Boneca, Chico!” 
Emocionados perguntamos como isso poderia acontecer. O Chico respondeu: 
Burilamento moral e prática do bem constituem o clima da caminhada para a frente, no Reino do Espírito, mas não podemos esquecer que todo obstaculo e marcador de oportunidade do passo acima, na senda da elevação.
Na escola, forma-se o aluno, teste a teste, para que se lhe garanta o aprendizado cultural.
No educandário da vida, o espírito, de prova em prova, adquire o mérito indispensável para a escalada evolutiva.
Toda lição guarda objetivo nobilitante, que se deve alcançar, através do estudo.
Qualquer dificuldade, por isso, se reveste de valor espiritual, que precisamos saber extrair para que faca acompanhar do proveito justo.
Em qualquer estabelecimento de ensino, variam as matérias professadas.
Em toda a existência, as instruções se revelam com caráter diverso.
E assim que a hora do passo acima nos surge a frente, com expressões sempre novas, possibilitando-nos a assimilação de qualidades superiores, em todos os sentidos.
Tentação, ― degrau de acesso a fortaleza espiritual.
Ofensa recebida ― ocasião de ganhar altura pela trilha ascendente do perdão.
Violência que nos fira ― ensejo para a aquisição de humildade.
Sofrimento ― vereda para a obtenção de paciência.
Necessidade no próximo significado em nos o impositivo da prestação de serviço.
Quando a incompreensão ou a intolerância repontam nos outros, terá chegado para nos o dia de entendimento e serenidade.
Não te revoltes, nem te abatas, quando atribulações te visitem. Desespero e rebeldia, alem de gerarem conflito e lágrimas, são das respostas mais infelizes que podemos dar aos desafios edificantes da vida.
Deus não nos confiaria problemas, se os nossos problemas não nos fossem necessários.
Todo tempo de aflição e tempo do passo acima. De nos depende permanecer acomodados a sombra ou avançar, valorosamente, para a obtenção de mais luz.
Neio Lúcio
Toda enfermidade do corpo é processo educativo para a alma.
Receber, porém, a visitação benéfica entre manifestações de revolta é o mesmo que recusar as vantagens da lição, rasgando o livro que no-la transmite.
A dor física, pacientemente suportada, é golpe de buril divino realizando o aperfeiçoamento espiritual.
Tenho encontrado companheiros a irradiarem sublime luz do peito, como se guardassem lâmpadas acesas dentro do tórax.
Em maior parte, são irmãos que aceitaram, com serenidade, as dores longas que a Providência lhes destinou, a benefício deles mesmos.
Em compensação, tenho sido defrontado por grande numero de ex-tuberculosos e ex-leprosos, em lamentável posição de desequilíbrio, afundados muitos deles em charcos de treva, porque a moléstia lhes constituiu tão somente motivo à insubmissão.
O doente desesperado é sempre digno de piedade, porque não existe sofrimento sem finalidade de purificação e elevação.
A enfermidade ligeira é aviso.
A queda violenta das forças é advertência.
A doença prolongada é sempre renovação de caminho para o bem.
A moléstia incurável no corpo é reajustamento da alma eterna.
Todos os padecimentos da carne se convertem, com o tempo, em claridades interiores, quando o enfermo sabe manter a paciência, aceitando o trabalho regenerativo por bênção da Infinita Bondade.
Quem sustenta a calma e a fé nos dias de aflição, encontrará a paz com brevidade e segurança, porque a dor, em todas as ocasiões, é a serva bendita de Deus que nos procura, em nome d´Ele, a fim de levar a efeito, dentro de nós, o serviço da perfeição que ainda não sabemos realizar.

                                               

Do livro Através do Tempo, obra mediúnica psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier.

Sérgio Biagi Gregório
1. CONCEITO
Ansiedade
É um intenso mal-estar físico e psíquico, acompanhado de aflição e agonia. 
Figuradamente, desejo veemente e impaciente.
NaPsicologia, a ansiedade pode variar de simples apreensão aos ataques de fobias, melancolia e síndrome de pânico. 
Pode-se dizer que é um estado de agitação motora e excitação intelectual, provocado por sentimentos de natureza penosa, que se revela por movimentos desordenados, mas pouco variados, indicando medo, angústia, desespero, pavor etc. 
(Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira)
2. CONSIDERAÇÕES INICIAIS
A ansiedade e os termos correlacionados, tais como, medo, angústia, melancolia, síndrome de pânico, não é somente de nossos dias, embora a correria do mundo moderno possa provocá-la mais intensamente do que no passado.
Observe as pessoas dentro do ônibus ou metrô. 
A maioria não pára de mexer nos seus aparelhos eletrônicos: parece que todos estão fugindo de si mesmos. Inconscientemente, provocam os sintomas da ansiedade.
Acrescentemos, também, as diversas preocupações de subsistência, de relacionamentos, de compromissos assumidos. 
Quando não são devidamente administradas, elas geram ânsia, que é a pressa para tudo resolver.
Todos, em menor ou maior grau, estamos sujeitos à ansiedade: uns preferem racionalizá-la, outros narcotizá-la e outros ainda evitá-la.
Diante de uma adversidade, devemos nos preparar para “lutar-ou-fugir”. A fuga pode gerar problemas futuros; a luta, embora penosa, pode gerar grandes benefícios.
3. ANSIEDADE E PSICOLOGIA
3.1. SINTOMAS DA ANSIEDADE
Fisicamente, palpitações, rigidez do tórax, suor, sequidão da boca, aumento da vontade de defecar ou urinar, dores de cabeça, tonturas.
Psicologicamente, sentimentos de medo, pânico e tendências para temas de desgraças dominando os seus pensamentos. (Sheehan, 2000, p. 13)
3.2. TRANSTORNOS DE ANSIEDADE
Transtorno de ansiedade é “Um estado de ansiedade e apreensão contínua e irracional, algumas vezes desencadeando um medo agudo que chega ao pânico, acompanhado por sintomas de perturbação autônoma; com efeitos secundários em outras funções mentais como a concentração, a atenção, a memória e o raciocínio”. (Sheehan, 2000, p. 13) Há cinco tipos: transtorno de ansiedade generalizada, transtorno de pânico, transtorno de pânico com agorafobia, fobia social e fobia simples.
As causas dos transtornos de ansiedade podem ser descritas: De uma lista de aproximadamente 40 itens (com pontuação de 0 a 100), tais como, casamento, férias, natal, ou seja, como passamos o nosso dia a dia, a morte do cônjuge recebeu 100, o divórcio, 73, a separação conjugal, 65, a aposentadoria, 45. (Sheehan, 2000, p. 25)
3.3. FREUD E A ANSIEDADE
Na concepção de Freud, a ansiedade é uma espécie de “sistema de alarme”, que nos previne do perigo quando certas ideias estão a ponto de alcançar a expressão consciente. Freud estabeleceu três tipos de ansiedade: moral,real e neurótica. A ansiedade moral decorre da censura do superego; a ansiedade real, pela percepção de um perigo que de fato existe; a ansiedade neurótica, expressa-se pelas fobias, medo persistente e irracional. (Souza, s.d.p.)
4. TIPOS DE AJUDA PSICOLÓGICA
Os psicólogos desenvolveram alguns métodos com o propósito de ajudar os indivíduos a manterem a ansiedade sob controle, uma vez que ela, em pequenas doses, é bastante útil. Para tanto, falam-nos do relaxamento, das visualizações criativas, da reeducação do pensamento, da programação Neurolinguística, da hipnose etc. Vejamos alguns deles:
4.1. RELAXAMENTO E AUTO-HIPNOSE
As pessoas que sofrem os transtornos de ansiedade têm muita dificuldade de relaxar, pois acreditam que o importante é estar sempre alertas e vigilantes. Não resta dúvida que os benefícios do relaxamento são muitos: depois de praticá-lo as pessoas relatam a mudança do tônus vital, do sono e da sua conduta diária.
A auto-hipnose assemelha-se à meditação, pois estimula o lado direito do cérebro, parte responsável pela intuição e conhecimento interior. Na auto-hipnose não se deve forçar o relaxamento, pois isso prejudica a concentração. Deveríamos fazê-lo de acordo com o nosso ritmo, no sentido de nos sentirmos confortáveis. (Sheehan, 2000, cap. 6)
4.2. PROGRAMAÇÃO NEUROLINGUÍSTICA
A Programação Neurolinguística lida com o modo como estruturamos nossa experiência subjetiva. Há pensamentos negativos tão enraizados em nosso subconsciente, que temos dificuldade de nos libertar deles. Por isso, propõe-se o método “pare”, no sentido de quebrar a seqüência deles em nosso consciente. Um exemplo: Posso morrer durante um ataque de pânico. PARE! Enfoque positivo: já passei tantas vezes por isso no passado e sempre sobrevivi. Isso é totalmente inofensivo. (Sheehan, 2000, cap. 4)
4.3 ENFRENTANDO A ANSIEDADE
Há lembranças do passado que interferem de tal maneira no presente que absorve toda a nossa energia mental. Para isso, a psicologia diz-nos que o passado já está morto, mas que podemos interpretar aquelas lembranças com outras imagens. O fato antigo não é o mesmo que recordamos hoje; ele tem uma interpretação atual, mais positiva.
Para este enfrentamento, propõe diversos exercícios de visualizações mentais no sentido de identificar o que está acarretando o problema e mudar para um enfoque positivo, pois não se deve dar ordem negativa ao cérebro. Ele acaba aceitando como positivo. Exemplo: dizer para uma criança não pegar o pedaço de bolo que está na geladeira é dar-lhe a pista para pegá-lo. (Sheehan, 2000, cap. 7)
5. ANSIEDADE E ESPIRITISMO
5.1. A CODIFICAÇÃO ESPÍRITA
A codificação espírita, como um todo, é um convite à paz e à harmonia interior, antídotos da ansiedade. Especificamente, o capítulo V (Bem-Aventurados os Aflitos), de O Evangelho Segundo o Espiritismo, oferece-nos subsídios valiosos para o tratamento da ansiedade, pois fala-nos das causas e da justiça das aflições, o que estimula o equilíbrio do nosso pensamento.
5.2. ORIENTAÇÕES DO ESPÍRITO EMMANUEL
Ele nos diz que as ansiedades armam muitos crimes e jamais edificam algo de útil na Terra. Se o homem nascesse para andar ansioso, seria dizer que veio ao mundo, não na categoria de trabalhador em tarefa santificante, mas por desesperado sem remissão. Muitas ocasiões incitam-nos à ansiedade, porém pensemos com Pedro: “Lança as inquietudes sobre as tuas esperanças em Nosso Pai Celestial, porque o Divino Amor cogita do bem-estar de todos nós”. (Xavier, 1977, cap. 8)
5.3. O CENTRO ESPÍRITA
O Centro Espírita é a Universidade da alma. Nele, podemos encontrar auxílio para qualquer tipo de dor. Suponha que a ansiedade seja acompanhada por influência de Espíritos imperfeitos. Nesse caso, o diálogo com essa entidade pode afastá-la do nosso convívio e nos dar calma para o nosso dia a dia. As palestras evangélicas, os passes, os cursos de Espiritismo são outros tantos alimentos para modificar os nossos reflexos condicionados infelizes.
5. CONCLUSÃO
Os estímulos psicológicos e as orientações dos Espíritos superiores ajudam sobremaneira o controle da ansiedade. Contudo, o trabalho maior compete a nós mesmos, pois temos de “lutar-ou-fugir”.
6. BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
GRANDE ENCICLOPÉDIA PORTUGUESA E BRASILEIRA. Lisboa/Rio de Janeiro: Editorial Enciclopédia, [s.d. p.].
SHEEHAN, Elaine. Ansiedade, Fobias e Síndrome do Pânico: Esclarecendo as suas Dúvidas. Tradução de ZLF Assessoria Editorial. São Paulo: Ágora, 2000. (Guias Ágora)
SOUZA, Irene Sales de (org.). Dicionário de Psicologia Prática. Rio de Janeiro: Esparsa, s.d.p.

                                           

XAVIER, F. C. Pão Nosso, pelo Espírito Emmanuel. 5. ed. Rio de Janeiro: FEB, 1977.


Pelo Espírito André Luiz. Psicografia de Francisco Cândido Xavier.

Livro: Diálogo dos Vivos. Lição nº 09. Página 68.

Você é o seu próprio pensamento em ação.

Todos somos filhos de Deus e, em qualquer lugar, estamos todos na Presença Divina.

A Suprema Lei da Vida é o Bem de Todos.

Concentre-se tão somente no bem e a sua imaginação funcionará por lente vigorosa, ampliando a visão dos bens que lhe enriquecem a vida.

A palavra é força criadora. Coloque bondade e compreensão no verbo que lhe expõe o modo de ser e a sua palavra realizará maravilhas.

Aceite a lei do progresso. Observe a árvore que você planta e verificará o imperativo da evolução.

Você pode e deve conservar-se fiel ao seu amor e ao seu ideal, mas não conseguirá ser feliz sem renovar-se.

Aprendamos com a fonte que prossegue sem alteração na estrutura essencial da corrente, entretanto, avança em movimento constante para os seus próprios objetivos.

A tarefa em suas mãos é semelhante a determinada empresa com os clientes que se lhe agregam aos interesses. O seu êxito terá sempre o tamanho do serviço que você preste.

Apague de sua mente e de sua conversação toda idéia ou palavra que estabeleça imagens condenatórias ou deprimentes.

A nossa existência é comparável à escada e todos nós somos capazes de utilizar os degraus que nos levem acima.

A jovem francesa Isabelle Caro, após sofrer todo tipo de constrangimentos físicos e morais, desencarnou  no dia 17 de novembro de 2010. 
Caro foi a “modelo” que se tornou mundialmente conhecida após mostrar seu corpo “esqueleticamente nu” para as imagens midiáticas, na tentativa altruística de advertir as jovens das passarelas da moda sobre as consequências da anorexia, doença que sofria desde os 13 anos.
Segundo o informe do Instituto Nacional de Saúde Mental Norte Americano (NIMH), as desordens alimentícias apresentam as taxas de mortalidade mais altas de todas as patologias mentais. Na década de 1970, Karen Carpenter, cantora do grupo Carpenters, também desenvolveu anorexia nervosa. Ela tentou, em 1982, tratamento com renomados psicanalistas americanos, porém, no ano seguinte, Karen, com 32 anos, desencarnou em decorrência de uma parada cardíaca.
Escrevemos para a Revista Eletrônica O Consolador um artigo (1) sobre o drama de Terri Schiavo, uma mulher da Flórida-EUA, que esteve em estado vegetativo por longos 15 anos e que foi desconectada do tubo que a alimentava, depois de um intenso debate entre seus familiares, o governo americano e os tribunais. Embora não seja citado no artigo, Schiavo sofreu um ataque cardíaco em 1990, decorrente de anorexia, o que a levou ao dramático estado de coma.
Nos anos que vão de 1200 a1500, na Europa Medieval, muitas mulheres faziam prolongados jejuns, e por se conservarem vivas apesar do seu estado de inanição, eram tidas como santas ou milagrosas. O termo "anorexia santa" foi cunhado por Rudolph Bell que, valendo-se de uma moderna teoria psicológica que explicava o jejum, classificou-o como sintoma de anorexia. Sob o pretexto de que as mulheres alcançariam posição espiritual mais elevada, conservando-se distantes dos prazeres sexuais e comprometendo-se com Deus, a Idade Média as forçou a praticar o jejum. O registro da manifestação da anorexia, no entanto, não teve início nesse período, mas este é, sem dúvida, um momento de capital importância no estudo dos possíveis paralelos entre as diversas culturas históricas.


A anorexia nervosa é um transtorno alimentar cujo quadro psiquiátrico é de 95% dos casos em mulheres adolescentes e adultas jovens, que perdem o senso crítico em relação à imagem corpórea. Sua etiologia, na essência, é pouco conhecida. Pode ser determinada por diversos fatores que interagem entre si de modo complexo para produzir, e muitas vezes perpertuar, a enfermidade. Fatores genéticos, psicológicos, sociais, culturais, nutricionais, neuroquímicos e hormonais atuam como predisponentes, desencadeantes ou precipitantes e mantenedores do quadro patológico.
Os transtornos alimentares também costumam ter como desencadeante algum evento significativo como perdas, separações, mudanças, doenças orgânicas, distúrbios da imagem corporal (como a insatisfação da semelhança corporal da mãe), depressão, ansiedade e até mesmo traumas de infância. Na anorexia nervosa, traços como baixa autoestima ou auto-avaliação negativa, obsessividade, introversão e perfeccionismo são comuns e geralmente permanecem estáveis mesmo após a recuperação do peso corporal.
Sob o ponto de vista espírita, afirmamos que a causa do distúrbio dessa “doença nervosa” pode ter a sua matriz nos arcanos profundos do inconsciente. Aí estão registrados com som, imagens e movimentos os históricos de vida de cada um. Nesse sentido, a anorexia é um reflexo dos complexos adquiridos em vidas pregressas e/ou concomitante aos registros das experiências de período infantil da vida atual. Os dardos magnéticos acondicionados no “corpo espiritual” (termo usado por Paulo de Tarso), são projetados na indumentária física, desarranjando, por conseqüência, as funções endocrínicas e neurológicas, culminando no aparecimento de doenças físicas e psicológicas de muitos realces que desafiam a medicina contemporânea. Ainda sob a perspectiva kadeciana, podemos afirmar que o maior agravante de qualquer doença é a obsessão espiritual, hoje uma verdadeira pandemia na Terra.
A sociedade vem sofrendo processos obsessórios preocupantes. A influência do materialismo cresce incessantemente. Os valores morais estão sendo corrompidos com espantosa velocidade. Nunca o mundo precisou tanto dos ensinos espíritas como nos tempos atuais, em que anoréxicos definham seus corpos até a morte. Vivenciamos instantes em que se aguça o individualismo, enodoando o tecido social, e nos vendavais da tecnologia somos remetidos aos acirramentos das desigualdades e isolamentos, estabelecendo-se níveis de conforto e exclusão sociais nunca antes experimentados.
Nesse autêntico amálgama, usando e abusando do livre arbítrio, cada qual vai colhendo vitórias ou amargando derrotas, segundo o grau de experiência conquistada. Uns riem hoje, para chorarem amanhã, e outros que agora se exaltam, serão humilhados depois. Devemos interrogar a própria consciência, passando em revista os atos cotidianos, para a identificação dos desvios do deveres que deveriam ter sido cumpridos e dos motivos alheios de queixa por conta dos nossos atos. Revisemos periodicamente nossas quedas e deslizes no campo moral, ativando a memória para nos lembrarmos dos tantos espinhos que já trazemos cravados na "carne do espírito"(2), tal como ensina o “convertido de Damasco”. Estes espinhos nos lembrarão a nossa condição de enfermos em estágio de longa recuperação, necessitados de cautela.
Na anorexia de matizes nervosas a cura não é fácil e exige apoio familiar, porque é uma patologia com raízes sociomentosomático e espiritual. O primeiro passo, e o mais importante, é convencer o anoréxico que está doente, que deve ser tratado antes que seja tarde demais. Não obstante, o emprego de fármacos para o tratamento ter poucos efeitos concretos, motivo pelo qual seu uso tem sido limitado. Todavia – graças a Deus! – o mal não é invencível; pelo contrário! Nos centros espíritas, podem-se encontrar tratamentos eficazes através do passe magnético, da água fluidificada, do atendimento fraterno, da desobsessão.
A revista Reformador, da FEB, entrevistou o Dr. Elias Barbosa e o indagou se, na condição de dirigente espírita ou psiquiatra, teve oportunidade de interagir com o Chico Xavier para o atendimento de pessoas em desequilíbrio. O médico espírita explicou que “em todos os casos gravíssimos, geralmente de esquizofrenia e anorexia nervosa, sempre solicitava ao Chico para que o ajudasse no Sanatório, às vezes com a simples imposição das mãos sobre os enfermos.”.(3)
Buscar o perfeito equilíbrio entre o corpo físico e o espiritual é tarefa que compete a cada um de nós, porque, por intermédio do primeiro temos ensejo de realizar atividades no bem na matéria; por intermédio do segundo depuramos aquele e chegamos a planos mais evoluídos da Criação. Não esquecendo que Deus tem Suas leis regendo todas as nossas ações. Se as violamos, assumimos os ônus. “Indubitavelmente, quando alguém comete um excesso qualquer, Deus não profere contra ele um julgamento. Ele traçou um limite. As enfermidades e, muitas vezes a morte, são consequência dos excessos. Eis, aí, a punição; é o resultado da infração da lei. Assim é tudo.”

         Não esqueça o principal




Conta a lenda que certa mulher pobre com uma criança no colo, passando diante de uma caverna escutou uma voz misteriosa que lá dentro lhe dizia:

"Entre e apanhe tudo o que você desejar, mas não se esqueça do principal. Lembre-se, porém, de uma coisa: Depois que você sair, a porta se fechará para sempre. Portanto, aproveite a oportunidade, mas não se esqueça do principal...."

A mulher entrou na caverna e encontrou muitas riquezas. Fascinada pelo ouro e pelas jóias, pôs a criança no chão e começou a juntar, ansiosamente, tudo o que podia no seu avental. A voz misteriosa falou novamente: "Você só tem oito minutos." 

Esgotados os oito minutos, a mulher carregada de ouro e pedras preciosas, correu para fora da caverna e a porta se fechou... Lembrou-se, então, que a criança ficara lá e a porta estava fechada para sempre! 

A riqueza durou pouco e o desespero, sempre. O mesmo acontece, as vezes, conosco. Temos uns oitenta anos para viver,
neste mundo, e uma voz sempre nos adverte: 

"Não se esqueça do principal!"

E o principal são os valores espirituais, a oração, a vigilância, a família, os amigos, a vida! Mas a ganância, a riqueza, os prazeres materiais os fascinam tanto que o principal vai ficando sempre de lado...

Assim, esgotamos o nosso tempo aqui, e deixamos de lado o essencial: 

"Os tesouros da alma!" 

Que jamais nos esqueçamos que a vida, neste mundo, passa rápido e que a morte chega de inesperado. E quando a porta desta vida se fechar para nós, de nada valerá as lamentações.

Portanto, que jamais esqueçamos do principal!
Estórias de Sabedoria

30 fotos incríveis de dentro da barriga: do início ao fim da gravidez


Durante os noves meses de gestação o que a gente pode ver é a barriga crescendo e as imagens feitas a cada ultrassom. No entanto, ainda assim não da para acompanhar o desenvolvimento de todas as fases. Lennart Nilsson, renomado fotógrafo sueco, deu uma ajudinha, através da fotografia, para matar nossa curiosidade.
Chamada de “A Child is Born” (Nasce uma Criança, em tradução livre), a série de fotos mostra como é a gravidez por dentro. Através de câmeras convencionais adaptadas com lentes específicas e com um endoscópio, Lennart captou como é um óvulo, como acontece a fecundação e todo o desenvolvimento do embrião e do feto. Depois, a imagens foram ampliadas com ajuda de um microscópio em até cem mil vezes. O trabalho demorou 12 anos para ficar pronto e foi publicado em 1965, na revista americana Life. Em 2009, a série retratada em livro foi reeditada e lançada pela 5º vez.
Na galeria, veja as imagens impressionantes e o que acontece até que um amontoado de células vire um bebezinho:
CRÉDITO: REPRODUÇÃO/ LENNART NILSSON

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Tubas uterinas

                ''O Lugar Certo''



O sol já ia alto quando ele, cansado, tirou o chapéu e limpou o suor que escorria pelo rosto.
Apoiou o braço sobre o cabo da enxada e se deteve a olhar ao redor por alguns instantes. Ao longo podia-se ver a rodovia que cruzava as plantações e ele avistou um ônibus.

 
Imediatamente pensou consigo mesmo: vida boa deve ser a daquele motorista, que trabalha sentado e sem muito esforço. 
Conduz muita gente a vários destinos, não toma chuva nem sol e ainda, de quebra, deve ouvir uma música para se distrair.

De fato, o motorista trabalha sentado e não está sujeito a intempéries. Todavia, o motorista de ônibus, ao ser ultrapassado por um carro, começou a pensar de si para consigo: vida boa mesmo deve ser a desse executivo: dirige um carrão de luxo, não tem patrão para lhe cobrar horários, nem tem que passar dias na estrada como eu, longe de casa e da família.

No entanto, logo a frente, o executivo pensava em como era difícil a sua carreira diária: as preocupações com os negócios, as viagens longas, as reuniões intermináveis, o salário dos empregados no final do mês, os impostos, aplicações, investimentos, e outras tantas coisas para resolver.

Mergulhado em seus pensamentos, olhou para o céu e avistou um avião que cruzava os ares.
Disse como quem tinha certeza: vida boa é desse piloto de avião, pois conhece o mundo inteiro de graça, não precisa enfrentar esse trânsito infernal e o salário é compensador. 

Dentro da cabine da aeronave estava um homem a pensar nos seus próprios problemas: como é dura a vida que eu levo: passo semanas longe da esposa, filhos e amigos; vivo mais tempo no ar do que no solo e, para agravar, estou sempre preocupado com as centenas de pessoas que viajam sob a minha responsabilidade.

Neste instante, um ponto escuro no solo lhe chamou atenção. Observou atentamente e percebeu que era um homem trabalhando na lavoura.
  
Exclamou para si com certa melancolia: Ah! Como eu gostaria de estar no lugar daquele homem, trabalhando tranquilamente em meio a vegetação e ouvindo o canto dos pássaros, sem maiores preocupações e, ao final do dia, voltar para casa, abraçar a esposa e os filhos, jantar e repousar serenamente ao lado daqueles que tanto amo. Isso sim é que é uma vida boa!

Autor desconhecido

Deus sabe qual é o melhor lugar para cada um de seus filhos, do que necessitamos para evoluir e que lições devemos aprender. Por essa razão, todos nós estamos no lugar correto, com as pessoas certas.



A PENA DE MORTE NÃO RESGUARDA A SOCIEDADE CONTRA O CRIMINOSO (Jorge Hessen)

Jorge Hessen

Registra a história que, durante a Idade Média, muitos pensadores foram excomungados pela Igreja e, com o aval ou o silêncio do monarca, condenados à morte. 

Qualquer avanço da ciência, que pusesse em xeque o ensinamento eclesiástico, era tido como obra do demônio e classificado como heresia. 

Tomás de Aquino achava "louvável e salutar, para a conservação do bem comum, pôr à morte aquele que se tornar perigoso para a comunidade e causa de perdição para ela". 

Em 2013 (últimos dados disponíveis da Anistia Internacional), houve 778 execuções no mundo, 96 a mais do que em 2012. 

Há cerca de 23 mil pessoas em corredores morte pelo mundo. Os métodos de execução variam. Decapitação (Arábia Saudita), eletrocução (Estados Unidos), enforcamento (Afeganistão, Bangladesh, Índia, Irã, Iraque, Japão, Kuwait, Malásia, Nigéria, Autoridade Palestina – Hamas, Sudão do Sul), injeção letal (China, Vietnã e Estados Unidos), fuzilamento (China, Indonésia, Coreia do Norte, Arábia Saudita, Somália, Taiwan e Iêmen). 

A China não divulga quantas pessoas executa anualmente e alega que o número é segredo de Estado.

A presidente do Brasil pediu clemência (por telefone) no dia 16 de janeiro de 2014 ao presidente da Indonésia, Joko Widodo, visando livrar da condenação à pena de morte de dois brasileiros, porém, não conseguiu remissão para Marco Archer Cardoso Moreira e Rodrigo Muxfeldt, ambos condenados por tráfico de drogas. 

Dilma Rousseff destacou que o ordenamento jurídico brasileiro não comporta a pena de morte e que seu enfático apelo pessoal expressava o sentimento da sociedade. 

Porém, Widodo é conhecido por manter uma postura rígida contra o tráfico de drogas por isso, além do brasileiro Marco Archer Cardoso Moreira, outros quatro estrangeiros serão executados (fuzilamento) na Indonésia no domingo (que corresponde ao sábado no Brasil - 17/01/2015): um da Nigéria, um do Malaui, um do Vietnã e outro da Holanda. 

Será que a aplicação da pena de morte reduz os níveis de criminalidade? 

Nos Estados Unidos a ampla maioria dos criminologistas avalia que não. 

Para eles as execuções deveriam ser substituídas pela pena de prisão perpétua sem possibilidade de soltura, medida menos drástica e igualmente capaz de tirar os criminosos mais perigosos das ruas. 

Mas, um estudo de pesquisadores da Universidade de Houston afirma que cada execução no Texas preveniu entre 11 e 18 homicídios no Estado. 

Por outro lado, uma pesquisa da Universidade de Michigan indica que um a cada 25 condenados à morte nos EUA é inocente.
 
Em verdade, as estatísticas mostram que os Estados Unidos têm diminuído a aplicação da pena de morte e há um declínio do apoio popular à pena fatal. 

No Brasil, a rejeição à pena de morte é maioria. 

Segundo pesquisa do Datafolha de 2013, 50% dos brasileiros acham que não cabe à Justiça determinar a morte de uma pessoa, mesmo que ela tenha cometido um crime grave. 

Outros 46% se disseram favoráveis à punição. 
Mas, na Pátria do Evangelho, uma cláusula pétrea da Constituição proíbe a pena de morte. 

Nos chamados “programas policiais”, exibidos no Brasil, os apresentadores, completamente vingativos insistem pela legalização da pena de morte no País. 

Agindo assim, tais jornalistas “justiceiros”, exacerbam a violência social (há casos de linchamentos entusiasmados pelas mídias). 

Insistem tais jornalistas na tese da Pena Capital, com o chavão da "legítima defesa da Sociedade", contra os altos níveis de criminalidade, visando estabelecer a maior "segurança" dos cidadãos indefesos, diante da violência. 

Porém, "será ilusão infeliz e criminosa a instituição de um Estado homicida e uma Justiça assassina, para viabilizar a paz social através da crueldade e do desforço".

A Pena de Morte não livra a Sociedade da ação maléfica do criminoso condenado. 

Matá-los não resolve: eles não morrem. 

Eliminar o corpo físico não significa transformar as tendências do homem criminoso. 

Seus corpos descerão à sepultura, mas, eles, Espíritos imortais, surgirão vivos e ativos, pesando, negativamente, no ar que respiramos. 

O que equivale a afirmar que o criminoso executado ganha o benefício da invisibilidade e passa a assediar pessoas com tendência à criminalidade, ampliando-a, causam estragos no psiquismo humano, na medida em que as pessoas se mostrem vulneráveis, psiquicamente, à sua influência. 

Em face disso, o Espírito Humberto de Campo, elucida em Cartas e Crônicas: "um assassinado, quando não possui energia suficiente para desculpar a ofensa e esquecê-la, habitualmente, passa a gravitar em torno daquele que lhe arrancou a vida, criando os fenômenos comuns da obsessão; e as vítimas da forca ou do fuzilamento, do machado ou da cadeira elétrica, se não se constituem padrões de heroísmo e renunciação, de imediato, além-túmulo, vampirizam o organismo social que lhes impôs o afastamento do veículo físico, transformando-se em quistos vivos de fermentação da discórdia e da indisciplina ".

Aconselha Emmanuel - "Desterrai, em definitivo, a espada e o cutelo, o garrote e a forca, a guilhotina e o fuzil, a cadeira elétrica e a câmara de gás dos quadros de vossa penologia, e oremos, todos juntos, suplicando a Deus nos inspire paciência e misericórdia, uns para com os outros, porque, ainda hoje, em todos os nossos julgamentos, será possível ouvir, no ádito da consciência, o aviso celestial do nosso Divino Mestre, condenado à morte sem culpa:

 "Quem estiver sem pecado, atire a primeira pedra!" 

O Espiritismo demonstra que "a pena de morte desaparecerá, incontestavelmente, e sua supressão assinalará um progresso para a humanidade. 

Quando os homens forem mais esclarecidos, a pena de morte será completamente abolida da Terra".

A sociedade não tem o direito de matar “legalmente”, eliminando do tecido social um criminoso, "há outros meios de ele (o homem) se preservar do perigo, que não matando. 

Demais, é preciso abrir e não fechar aos criminosos a porta do arrependimento." 

Desta forma, é necessário que tomemos, urgentemente, um posicionamento definitivo contra a pena de morte, até porque, a violência gera violência. 

A educação, a instrução religiosa, aliada à fé raciocinada, garantem a solução para os problemas da violência social.