domingo, 3 de julho de 2016

PESSOAS QUE NÃO MAIS REENCARNARÃO 

          NA TERRA E POR QUÊ ?

          Allan Kardec, abordando a questão da geração nova, em A Gênese, diz para que os homens sejam felizes na Terra, é preciso que somente a povoem Espíritos bons, encarnados e desencarnados, que só se dediquem ao bem.
          Havendo chegado o tempo, grande emigração se verifica neste momento entre os que a habitam: a dos que praticam o mal pelo mal, ainda não tocados pelo sentimento do bem, os quais, já não sendo dignos do planeta transformado, serão excluídos, visto que, se assim não fosse, lhe ocasionariam de novo perturbação e confusão e constituiriam obstáculo ao progresso. 

          Irão expiar o endurecimento de seus corações, uns em mundos inferiores, outros em raças terrestres ainda atrasadas, equivalentes a mundos inferiores, aos quais levarão os conhecimentos que hajam adquirido, tendo por missão fazê-las avançar. Serão substituídos por Espíritos melhores, que farão reinarem em seu seio a justiça, a paz e a fraternidade.

          No dizer dos Espíritos, a Terra não deverá transformar-se por meio de um cataclismo que aniquile de súbito uma geração. 

          A atual desaparecerá gradualmente e a nova lhe sucederá do mesmo modo, sem que haja mudança alguma na ordem natural das coisas.

          Tudo, pois, se processará exteriormente, como de costume, mas com uma única e capital diferença: uma parte dos Espíritos que encarnavam na Terra, aí não mais tornarão a encarnar. 

          Em cada criança que nascer, em vez de um Espírito atrasado e inclinado ao mal, que antes nela encarnaria, virá um Espírito mais adiantado e propenso ao bem.

          Trata-se, pois, muito menos de uma nova geração corpórea, do que de uma nova geração de Espíritos. Sem dúvida, é neste sentido que Jesus entendia as coisas, quando declarava: “Digo-vos, em verdade, que esta geração não passará sem que estes fatos tenham ocorrido”. 

          Assim, os que esperam ver a transformação operar-se efeitos sobrenaturais e maravilhosos ficarão bastante decepcionados.
          A época atual é de transição; os elementos das duas gerações se confundem. Colocados no ponto intermediário, assistimos à partida de uma e à chegada da outra, já se assinalando cada uma, no mundo, pelas características que lhes são peculiares.

          As duas gerações que se sucedem têm ideias e pontos de vista opostos. 
          Pela natureza das disposições morais e, sobretudo, das disposições intuitivas e inatas, torna-se fácil distinguir a qual das duas pertence cada indivíduo. 

          Cabendo-lhe fundar a era do progresso moral, a nova geração se distingue por inteligência e razão geralmente precoces, aliadas ao sentimento inato do bem e a crenças espiritualistas, o que constitui sinal indubitável de certo grau de adiantamento anterior. 

          Não se comporá de Espíritos eminentemente superiores, mas dos que, já tendo progredido, se acham predispostos a assimilar todas as ideias progressistas e estejam aptos a secundar o movimento de regeneração.

          Ao contrário, o que distingue os Espíritos atrasados é, em primeiro lugar, a revolta contra Deus, por se recusarem a reconhecer um poder superior aos poderes humanos; a propensão instintiva para as paixões degradantes, para os sentimentos anti-fraternos de egoísmo, de orgulho, de inveja, de ciúme; enfim, o apego a tudo o que é material: a sensualidade, a cupidez, a avareza.

                     Apelo pela Vida



Alma irmã, escuta-me!

Venho falar-te do drama de urgência, que toma conta do coração e da mente da mulher, que se vê induzida por hábil propaganda a negar-se à maternidade...

Sejam quais forem os argumentos, como se te apresentem as justificativas para o crime de interrupção da vida fetal, que alguns homens pretendem legalizar, não te deixes seduzir.

A mulher nasceu para ser, por excelência, mãe da própria ou da carne alheia.

A exceção do aborto terapêutico que objetiva salvar a vida da gestante, facultando-lhe permanecer no ministério do corpo, todos os outros tipos de aborto decorrem de arrazoados ególatras e sofistas, que não merecem respeito.

Não te envergonhes nunca de permitir que a vida se te manifeste pelo teu corpo, na condição de co-criadora que és ao lado de Deus.

Ser mãe é desdobrar a alma em santificantes lições de Amor, doando-se e fruindo o licor inefável da felicidade.

...E um dia, quando a neve dos anos adornar-te a cabeça cansada e aureolar-te o corpo exaurido, duas mãos de apoio como asas angelicais, surgirão, inesperadas, para apoiar-te, enquanto formosa voz entoará um hino de gratidão ao teu amor, mesmo te que sintas, aparentemente, abandonada.

Este hino, em musicalidade sublime, assim te dirá:
- Mamãe, aqui estou: sou eu, teu filho!

Franco, Divaldo Pereira.
 Da obra: Terapêutica de Emergência.
 Ditado pelo Espírito Amélia Rodrigues.

           ERROS E IMPERFEIÇÕES



Comumente aqueles que abraçam a Doutrina Espírita, em lhe observando o parque de revelações e ensinamentos, - todos eles alicerçados no Evangelho de Cristo, - declaram-se mais ou menos incapazes de lhe praticarem as lições.

A pretexto de fraquezas e defeitos, muitos se afastam dos encargos em que se iniciam, ao passo que outros muitos nem se animam a começar.

Que dizer, porém, da criança que fosse retirada do ensino, sob a desculpa de que ainda está longe da madureza? Do operário afastado da máquina, suposto insipiente?

O menino é trazido à escola a fim de aprender, o obreiro é conduzido à oficina para familiarizar-se com ela.

Somos igualmente levados à Obra de Cristo para integrar-nos na edificação do Reino de Deus, a principiar de nós mesmos.

Qual acontece no levantamento de grande edifício, há serviço para todos os que se proponham a trabalhar.

Não alegues ignorância ou deficiência para fugir da obrigação que nos cabe.
Ninguém adquire qualquer gênero de experiência simplesmente num dia.
Tarefa, seja qual for, exige iniciação.
Não largues ao amanhã o Bem que possas fazer hoje.

Relaciona as tuas possibilidades e verifica em que setor conseguirás oferecer o melhor de ti. Em seguida, considera-te engajado na empresa do Senhor, a serviço de teus irmãos.

Trabalha e trabalha.

Se o passado te arroja sombra ao coração, esquece a sombra e trabalha por mais luz no próprio caminho.

Se alguém te ofendeu e conservas algum detrito de mágoa, olvida a mágoa e trabalha por entesourar mais amor.

Incorpora-te à sinfonia de serviço de que se constitui o Universo.

Dos sóis da imensidão às últimas gotas d’água no centro da Terra, tudo o que há de bom e belo nasce e vive do trabalho constante. 

Emmanuel  /  Chico Xavier 

MORTE PREMATURA ELES CONTINUAM

                            

Carlinhos veio para coroar uma união amorosa, nasceu e cresceu em ambiente repleto de afeto, criança inteligente e generosa, desde os primeiros anos demonstrava essas qualidades.
O garoto era a razão da vida dos pais, motivo de orgulho dos avós, verdadeiro xodó da família.
A vida transcorria tranquila para todos, mas eis que um dia repentinamente a enfermidade bate a porta da família e leva consigo seu mais ilustre representante, Carlinhos, então com 7 anos, tem seus olhos fechados para a vida física.
A inconformação toma conta de todos, sobretudo do pai.
Revoltado, volta-se contra a Divina Providência.

Resolve ignorar completamente o Pai Celeste, negando sua existência.
Ainda hoje, após 4 anos do fato, quando alguém cita o nome de Deus podemos ver seu semblante de contrariedade.
Costuma questionar :
- Se Deus realmente existe, porque deixou meu filho, uma criança que tinha toda uma vida pela frente, morrer?
Certamente é uma dolorosa provação a morte de um filho em tenra idade, entretanto, temos que considerar que antes de termos filiação terrena, temos uma filiação divina – somos filhos de Deus, e o Pai de infinito amor não comete injustiças.
A vida prossegue em seus infinitos planos, nossos pequenos que se foram continuam a existir, a viver...
A Doutrina Espírita trata com propriedade do assunto, e Kardec em “O Livro dos Espíritos” faz a seguinte indagação aos mentores que o assistem:
199 - Por que a vida é muitas vezes interrompida na infância?

R – A duração da vida de uma criança pode ser, para o Espírito que nela está encarnado, o complemento de uma existência anterior interrompida antes do tempo. Sua morte é, muitas vezes, também uma provação ou uma expiação para os pais.
Em tudo há uma razão, uma finalidade!
Nada se perde na obra divina, natural a tristeza pela separação, o que não é natural é o sentimento de revolta que endurece o coração e insensibiliza.

A revolta aguça a tristeza e o sentimento de perda!
Temos no conhecimento espírita abençoada alavanca que nos oferece duas preciosas ferramentas – Conhecimento e motivação para prosseguir.
Quem teve um filho levado para outro plano da vida, ao invés de se revoltar, pode resignar-se ante o inevitável e alegrar a existência engajando-se em um trabalho num orfanato, irá assim, ocupar o tempo com o melhor antídoto contra a tristeza – o amor!
Portanto, confrade e confreira, ofereça essa dádiva do conhecimento espírita aos famintos de ânimo, para que assim, possam recuperar a alegria de viver e enxergar na morte de seus pequenos provações necessárias e não castigos ou indiferença do Pai Celestial.

Wellington Balbo

                  ''Continuar firme''




Surgem determinadas situações das quais, por mais te debatas, não conseguirás desvencilhar-te de pronto.
Todavia, se te conservares sereno, poderás evitar que elas se compliquem atirando-te a prejuízos mais graves.
Refletindo assim, concluirás que, diante de qualquer luta que te surpreenda no cotidiano, a tua reação inicial é fator decisivo no desenrolar dos acontecimentos.
É possível que não sejas diretamente responsável pelo aparecimento desse ou daquele problema, que a invigilância de alguém haja criado, mas exclusivamente de tua capacidade de perdoar e de esquecer, de aceitar e de continuar firme na fé em Deus, dependerá a solução desejada,
facultando-te retornar a paz e a alegria.

Irmão José

                 ''Opiniões Convencionais''



“A multidão respondeu: Tens demônio; quem procura matar-te?” 
— (JOÃO, capítulo 7, versículo 20.). 

Não te prendas excessivamente aos juízos da multidão. 
O convencionalismo e o hábito possuem sobre ela forças vigorosas.
Se toleras ofensas com amor, chamam-te covarde.
Se perdoas com desinteresse, consideram-te tolo.
Se sofres com paciência, negam-te valor.
Se espalhas o Bem com abnegação, acusam-te de louco.
Se adquires característicos do amor sublime e santificante, julgam-te doente.
 Se desestimas os gozos vulgares, classificam-te de anormal. 
Se te mostras piedoso, asseveram que te envelheceste e cansaste antes do tempo.

Se adotas a simplicidade por norma, ironizam-te às ocultas.
Se respeitas a ordem e a hierarquia, qualificam-te de bajulador.
Se reverencias a Lei, apontam-te como medroso.
Se és prudente e digno, chamam-te fanático e perturbado.
No entanto, essa mesma multidão, pela voz de seus maiorais, ensina o amor aos semelhantes, o culto da legalidade e a religião do dever. 

Em seus círculos, porém, o excesso de palavras não permite, por enquanto, o reinado da compreensão.
É indispensável suportar-lhe a inconsciência para atendermos com proveito às nossas obrigações perante Deus.
Não te irrites, nem desanimes.
O próprio Jesus foi alvo, sem razão de ser, dos sarcasmos da opinião pública. 


Emmanuel  /  Chico Xavier 
                 A beleza de cada um

No momento em que a mídia enfatiza a beleza como questão de êxito para o sucesso e condição para se enriquecer de forma muito rápida;
no momento em que se observa que muitos dos nossos jovens estão mais preocupados em mostrar e explorar o corpo, do que em conquistar valores reais;
cabe-nos proceder a uma pequena pausa para meditação a respeito dos caminhos que temos buscado trilhar e daqueles que estamos apontando para os nossos filhos.
Conta-se que um homem acabrunhado entrou em um templo para fazer as suas orações. Em determinado momento, confidenciou a Deus:
Senhor, eu estou aqui porque em templos não há espelhos, pois nunca me senti satisfeito com minha aparência.
Então, na intimidade da consciência, ele começou a ouvir uma voz que lhe dizia, com entonação paternal:
Meu filho, nenhuma das minhas obras surgiu ou ficou sem beleza, pois, lembre-se, que tudo criei com amor.
A aparente feiura é resultado da miopia dos homens, que não sabem, por vezes, descobrir a beleza oculta.
De toda forma, lembre que não importa se o seu corpo é gordo ou magro. 
O que tem capital importância é que ele é o templo do Espírito imortal. 
Merece toda a consideração, pois, graças a ele, o Espírito atua no mundo para seu próprio crescimento.
Não importa se seus braços são longos ou curtos. 
O que tem valor é o desempenho do trabalho honesto que executam.
Não importa se as suas mãos são delicadas ou grosseiras. 
Sua função é distribuir o bem às outras criaturas. 
É acarinhá-las e lhes transmitir bem-estar.
Não importa a aparência dos pés. 
Sua função é tomar o rumo do amor e da humildade.
Não importa o tipo de cabelo, cor, comprimento e se existe ou não numa cabeça. 
O que importa são os pensamentos que por ela passam e que ela transmite, como criação sua, beneficiando ou destruindo seus irmãos.
Não importa a forma ou a cor dos olhos. 
O que importa é que eles vejam o valor da vida e, assim ilustrados, colaborem para demonstrar esse valor a outros tantos seres que não gozam da mesma facilidade.
Não importa o formato do nariz. 
O que importa é inspirar e expirar bom ânimo, entusiasmo, fé.
Não importa se a boca é graciosa ou sem atrativos. 
O que importa são as palavras que dela saem, edificando vidas ou destruindo pessoas.
Se você não está feliz com a sua aparência física, medite a respeito. 
Olhe-se no espelho, outra vez, e descubra o brilho dos seus olhos graças ao amor que lhe vai na alma.
Agradeça a possibilidade de um corpo para viver sobre a Terra, nosso lar e nossa escola.
Finalmente, recorde de grandes vultos da Humanidade, que não ganharam prêmios ou foram admirados pela sua beleza física, mas transformaram as comunidades, influenciaram o mundo com seus gestos extraordinários.
Lembre da pequenina irmã Dulce, da Bahia, da também pequena em estatura Madre Teresa de Calcutá.
Pense nisso.