quinta-feira, 30 de abril de 2015

 ''OPINIÃO  DA DOUTRINA SOBRE HOMOSSEXUALISMO''

''Assisti duas palestras com o tema homossexualidade, e os dois palestrantes afirmavam que a homossexualidade é uma prova muito dolorosa.'' 


''E que a doutrina espírita, não condena, tampouco aprova, a doutrina compreende, que o homossexualismo não deve ser incentivado, mas que se inevitável, a pessoa deve procurar um relacionamento fixo, de respeito, evitando sim, a promiscuidade.'' 

''Nada temos contra a prática homossexual, nem tenho condições de julgar.'' 

''Mais já li alguma coisa a respeito no meio espírita que o homossexualismo era contra as leis da natureza.'' 

''Que o espírito precisa atingir as duas polaridades feminina e masculina estas que só os espíritos 
puros possuem.'' 


''E as vezes vem de uma encarnação anterior feminina e nesta para conquistar as características masculinas nasce em um corpo masculino mais ainda assim apresenta manifestações de caráter feminino.'' 

''É claro que o que vale mais ainda para o espírito é desenvolver suas faculdades morais, adquirir virtudes e se aperfeiçoar moralmente, intelectualmente e espiritualmente independente de sua escolha sexual.'' 

''Realmente o homossexualismo é uma prova muito dolorosa.''
''Vale lembrarmos que decorre do mal uso do sexo, em vidas passadas.''

''Hoje vemos muitas pessoas que usam o ato sexual de forma desrregrada  utilizando-o apenas como forma de prazer e não como um ato de amor, "algo divino", abusando assim do seu semelhante e gerando provas dolorosas como o homossexualismo.''


''Devemos orientar nossos jovens em relação a este assunto, para que a nova geração não venha utilizar o sexo de forma errada.''


''Realmente a HOMOSSEXUALIDADE..é uma prova complicada, mas não mais que as outras.''

''A homossexualidade, não doença, e sim uma opção da pessoa.''
''A Doutrina Espírita fala a respeito do homossexualismo?

''É um erro ou um estado de espírito?'' 
''A homossexualidade é um desvio de comportamento do Espírito e como tal, deve ser encarada.'' 

''Às vezes, manifesta-se como uma prova (que alguns deixam-se vencer) e em outras, como expiações tenazes.'' 

''Todos os que vivem neste planeta ainda atrasado, são portadores de imperfeições.'' 

''A homossexualidade é uma delas.'' 
''O sentido da encarnação é justamente a luta para libertar-se de uma forma ou de outra.'' 

''Entretanto os problemas da sexualidade envolvem muitos aspectos por tratar-se de área nevrálgica do comportamento humano.'' 

''Como tornou-se problema comum demais em nosso meio, por conta da liberdade de ação do ser, naturalmente busca-se explicar o homossexualismo como algo normal, apenas como uma opção sexual do homem.'' 

Daí a reação negativa quando alguém fala que a homossexualidade não é simples opção e sim um desequilíbrio da sexualidade.''
 
''Se essa conduta fosse normal não traria tantas dores, decepções e sofrimentos para os irmãos que vivem dessa forma.'' 

'E o sofrimentos não são conseqüências apenas do preconceito de que são alvo os homossexuais, mas advém principalmente dos danos psíquicos ocasionados pelas relações conflituosas e em desequilíbrio, salvo raras exceções. ''

''Como é algo de difícil controle e geralmente são pessoas que sentem imenso prazer na prática, é muito mais fácil aceitar o círculo de idéias de que é normal, de que trata-se apenas de uma opção sexual, do que aquelas que o endereçam ao reformulamento de conceitos e ao esforço em modificar-se.''

''Infelizmente, as idéias ditas "modernas" ganham força e os irmãos que necessitariam de uma ajuda grande no sentido do amparo, do amor e da compreensão do problema, são lançados na vida e estimulados a viver cada vez mais intensamente os desvios da sexualidade, trazendo sem dúvida problemas cármicos para futuras encarnações.'' 

''Como viver a homossexualidade em conformidade com a Doutrina Espírita?'' 
'Se a pessoa quer viver essa experiência, não estará exercitando o seu livre arbítrio?''
 
''Sim, estará exercitando seu livre arbítrio, bem como quando ama ou odeia, quando estuda ou permanece ignorante, quando trabalha ou prefere a inércia etc.'' 

Todos somos imperfeitos e necessitamos de auxílio nos muitos aspectos da vida.'' 

''O homossexual também o é.'' 
''Tem um problema e pode tentar resolvê-lo ou fazer de conta que não o tem.'' 

''Estará exercitando seu livre arbítrio da mesma forma.'' 

''A mistificação do problema só serve para exacerbá-lo ainda mais, colocando essas pessoas como vítimas e não como criaturas que podem ser auxiliadas, se assim o desejarem.'' 

''Claro que, se sentem-se felizes e querem vivenciar suas experiências de prazer carnal, deve-se respeitar isso.'' 

''Porém, quem compreende os objetivos essenciais da existência do Espírito imortal, jamais poderá afirmar que esse é um comportamento normal ou que tal procedimento não trará consequências para a vida futura do Espírito.''
 
''Jesus viveu entre adúlteros, cobradores de impostos e homens de má índole, não como um deles, mas para tirá-los da vida de erros em que se locupletavam por ignorância.'' 

''Dizia "sede perfeitos" e não "continueis imperfeitos". 

''No episódio da mulher adúltera, após todos terem ido embora, disse: "vá e não peques mais". 

''Embora não tenha condenado a mulher, estimulou-a a deixar a vida de enganos.'' 

''Poderia ter dito para continuar com a mesma vida para não ferir a suscetibilidade da mulher, "aceitando-a" entre os seus, mesmo com seus problemas morais.'' 

''Mas agiu conforme a lógica de sua doutrina.''
 
''A paz do mestre Jesus esteja com todos!!

                                         ''UM RESUMO SOBRE HOMOSSEXUALISMO''

''A homossexualidade é uma questão extremamente complexa, e ainda temos muito a estudar e aprender sobre a mesma, especialmente no aspecto espiritual da questão.''


''Daí, partirmos à uma conclusão desse estudo de forma favorável, seria preconceito.'' 


''De forma contrária, tambem o seria.''

''Então, para concluirmos nosso estudo, novamente postamos a frase ditada por Joanna de Ângelis no livro Adolescência e Vida que havíamos colocado na sala no meio da semana.''


''Cremos que, por hora, ela serve para refletirmos bastante.''


''Quem sabe, mas tarde, voltamos ao assunto e temos melhores condições de avaliar, não é mesmo?''
Bem, então, a frase que conclui nosso estudo:''

"Diante de qualquer distúrbio sexual ou mesmo da harmônica polaridade, antes de o adolescente ou mesmo o adulto se permitirem o uso, a ação promíscua ou abusiva, pergunte-se ao amor o que fazer e como realizá-lo, e o amor responderá:'' 


- ''Não faça a outrem o que não gostaria que ele lhe fizesse, nem tampouco se faça a si mesmo, fluindo hoje um prazer fugaz, que resulta em um largo despertar entre danos prolongados."

Abraços à todos!
Fiquem com Deus!
Equipe Educar - CVDEE
eqpeducar@cvdee.org.br
Coordenadação: Lu e Ivair
Equipe: Lu, Rosane, Márcio e Ivair
Questões para estudo e diálogo virtual:

1 - Qual a maneira mais segura de proporcionarmos a educação sexual mais adequada possível aos nossos filhos?
R - Termos a informação correta no momento adequado para transmiti-la.
Tratarmos do assunto não como um tabu, como algo feio ou sujo, mas como um processo natural, do qual todos os seres humanos tem necessidade, e que deve ser tratado com respeito, responsabilidade e dignidade.
E, para criarmos essa condições, devemos nós também buscarmos um aprendizado mais seguro, especialmente nós que temos o privilégio do conhecimento espírita, que nos ilumina a caminhada, a fim de criarmos seres responsáveis e dignos na vivência de sua sexualidade.

2 - Como nos comportarmos perante o processo de erotização precoce que nossos filhos sofrem hoje em dia?
R - Aqui entra a importância da informação correta no momento adequado para ela.
Hoje em dia, nossos filhos, assim como nós mesmos, estamos em meio à uma sociedade que valoriza muito a vulgaridade e a sensualidade, em detrimento do respeito que deve ser reservado à sexualidade humana.
Não podemos esquecer que não temos maneiras de isolarmos nossos filhos da convivência de outras crianças que talvez não tenham pais tão preocupados com seu desenvolvimento saudável.
Essa convivência é inevitável.
Mas, a partir do momento em que dermos o exemplo daquilo que estamos falando, por exemplo, a partir do momento que exemplificarmos responsabilidade sem medo ou vergonha de sermos responsáveis, nossos filhos seguirão nosso exemplo.
Lembremos que educação é exemplo, e não apenas ensinamentos.
As palavras arrastam, os exemplos conduzem. No tocante à sexualidade não haveria de ser diferente.

3 - Como procedermos ao percebermos que nossos filhos estão querendo iniciar suas atividades sexuais? Existe idade correta para tanto?
R - É o momento de sentarmos e conversarmos com eles, para vermos se realmente eles tem o conhecimento e o preparo para tanto.
Infelizmente, não existe "idade correta" para iniciar a vida sexual.
Como já dizia J. Raul Teixeira: "Não existe, em nossa genitalidade, um selinho dizendo para uso pós-matrimônio". No entanto, todos temos que convir que a grande maioria dos nossos jovens menores de 17 ou 18 anos não tem a mínima maturidade para a prática da sexualidade.
Alguns jovens de 30 e 40 também não o tem ainda.
Quem dirá pré-adolescentes de 12 ou 13 anos, além do que, configura-se legalmente em prática da pedofilia de algum dos envolvidos ou ambos forem menores de 18 anos.
Então, a melhor solução, como sempre são o diálogo e o exemplo.

4 - Qual a postura mais adequada perante a homossexualidade?
R - Quando um jovem diz estar assumindo sua homossexualidade, é uma questão bastante delicada pois, como vemos, crianças de 13 ou 14 anos estão fazendo isso hoje em dia.
O processo de erotização precoce que nossos filhos sofrem cria neles uma ânsia por experimentar, sem as necessárias informações, maturidade e preparo para tanto, que o leva a tomar decisões que, apesar de aparentemente serem a decisão definitiva naquele momento, podem ser decisões que venham a se modificar com a experiência e o conhecimento.
No entanto, ninguém diz hoje "Eu sou homossexual" para amanhã dizer o contrário, e isso pode gerar inúmeros conflitos na mente jovem, levando ao uso e abuso de drogas, álcool, e até ao suicídio.
Entretanto, não queremos dizer com isso que somos contra a homossexualidade.
Apenas nos referimos à jovens imaturos que acreditam serem homossexuais.
Já se nossos filhos tiverem maturidade intelectual e emocional para saberem que é isso mesmo que eles querem, assumirem a homo, hétero ou bissexualidade, são credores de todo nosso amor e respeito, visto que o importante não é a opção sexual do indivíduo, mas a dignidade com a qual a sexualidade é conduzida.
E é esse aspecto que temos que avaliar.
E só avaliamos com amor e carinho.

5 - E diante de uma gravidez, como nos portarmos se perante a menina? E perante o menino?
R - Como disse nossa colega Sonia, não devem haver diferenciações entre menino e menina.
Ambos são responsáveis pelo "novo ser", ou seja, pelo Espírito que está reencarnando, e devem assumir tal responsabilidade.
Nosso papel como pais e agora avós é tratarmos a situação com compreensão, amor e respeito, sem jamais, entretanto, assumir a responsabilidade que cabe à eles.
Uma semana de muita paz!
Equipe Educar - CVDEE
Lu e Ivair - coordenadores

                            ''Distúrbios Sexuais''                                       Parte 3


A Doutrina Espírita procura não condenar ninguém, recomendando sempre que tenhamos com todos o máximo de respeito, consideração e carinho, inclusive para com as pessoas desequilibradas sexualmente, uma vez que elas constituem espíritos que atravessam um momento difícil (até mesmo tormentoso) em que necessitam promover a sua edificação moral, através de uma conduta sexual equilibrada. 

A esse respeito, Emmanuel finaliza o livro “Vida e Sexo” com a seguinte recomendação: “Diante de toda e qualquer desarmonia do mundo afetivo, seja com quem for e como for, colocai-vos, em pensamento, no lugar dos acusados, analisando as vossas tendências mais íntimas e, após verificardes se estais em condições de censurar alguém, escutai no âmago da consciência, o apelo inolvidável do Cristo: Amai-vos uns aos outros como eu vos amei”.


A recomendação do Espiritismo, para o respeito e a compreensão diante dos irmãos que transitam em condições sexuais desequilibradas, ocorre não só em função do sentimento de fraternidade e caridade que deve presidir o relacionamento humano, mas também pelo fato de que nenhum de nós possui autoridade suficiente para condenar quem quer que seja, pois todos nós possuímos algum tipo de dificuldade moral e/ou material grave que, certamente, precisa de educação. 

Sobre isso André Luiz, no livro “Sinal Verde”, fala-nos o seguinte: 

Se alguém errou na experiência sexual, consulte o próprio íntimo e verifique se você não teria incorrido no mesmo erro se tivesse oportunidade. 

Em todos os desafios e problemas do sexo, cultive a misericórdia para com os outros, recordando que, nos domínios do apoio pela compreensão, se hoje é o seu dia de dar, é possível que amanhã seja o seu dia de receber”.

De posse dessas informações, creio que então possamos entender o quanto é importante mantermos sempre uma conduta moral elevada, especialmente no que diz respeito ao sexo. 

Afinal, segundo André Luiz afirma, no livro “No Mundo Maior”: 

A personalidade não é obra da usina interna das glândulas, mas produto da química mental. 

Compreendamos, pois, que o sexo reside na mente, a expressar-se no corpo espiritual, e conseqüentemente no corpo físico, por santuário criativo de nosso amor perante a vida, e, em razão disso, ninguém escarnecerá dele, desarmonizando-lhe as forças, sem escarnecer e desarmonizar a si mesmo”.

Para finalizar, deixo aqui uma reflexão, também de André Luiz, sobre relacionamentos afetivos, que talvez todos já tenham ouvido falar de alguma forma, mas creio que nunca é demais lembrar. 

Esse texto está presente no livro “Sinal Verde”: “Em toda comunicação afetiva, recorde a regra áurea: ‘não faça a outrem o que não deseja que outrem lhe faça’. 

Você receberá de retorno, tudo o que der aos outros, segundo a lei que rege os destinos”.


Livros citados

“Sinal Verde” – André Luiz / Chico Xavier
“Vida e Sexo” – Emmanuel / Chico Xavier
“O Consolador” – Emmanuel / Chico Xavier
“No Mundo Maior” – André Luiz / Chico Xavier
Estudos Espíritas” – Joanna de Ângelis / Divaldo Franco
“Evolução em Dois Mundos” – André Luiz / Chico Xavier / Waldo Vieira

Outros livros onde pode-se saber mais sobre o sexo e seus distúrbios pela ótica espírita:

“Sexo e Destino” – André Luiz / Chico Xavier / Waldo Vieira
“Sexo e Obsessão” – Manoel Philomeno de Miranda / Divaldo Franco

Na Internet, pesquise o assunto nos seguintes sites:

                                           ''Distúrbios Sexuais''                                                      Parte 2


Emmanuel, em sua obra “Vida e Sexo”, nos informa que, quase sempre, os que chegam no além-túmulo, sexualmente desequilibrados, depois de longas perturbações, renascem no mundo tolerando moléstias insidiosas, amargando pesadas provas como conseqüência dos excessos que cometeram no passado. Então, se reencarnamos com uma distorção relacionada à área sexual, isso nos deve ser encarado como sinalizador de que cometemos graves deslizes nessa área e que necessitamos de ajustes, principalmente no setor moral.

Ainda o Espírito Emmanuel, em “O Consolador”, nos mostra que Deus não extermina as paixões dos homens, mas fá-las evoluir, convertendo-as pela dor em sagrados patrimônios da alma, competindo às criaturas dominar o coração, guiar os impulsos e orientar as tendências, na evolução sublime dos seus sentimentos. Informa Emmanuel que observamos almas numerosas aprendendo, entre as angústias sexuais do mundo, a renúncia e o sacrifício, em marcha para as mais puras aquisições do Amor Divino. De acordo com André Luiz, no livro “No Mundo Maior”, “desejo, posse, simpatia, carinho, devotamento, renúncia, sacrifício, constituem aspectos dessa jornada sublimadora. Por vezes, a criatura demora-se anos, séculos, existências diversas de uma estação a outra”.

Creio que seja importante esclarecer que nem todos os transtornos sexuais estarão sempre relacionados às experiências passadas do Espírito. Claro que, como todos nós estamos dentro de um processo maior de evolução, qualquer problema que nos afeta, invariavelmente poderá ser considerado um problema “da alma”, sendo assim, os problemas de ordem sexual podem ser considerados como resultado de dificuldades e equívocos vivenciados ao longo desta trajetória de evolução do nosso Espírito; mas, apesar disso, não podemos desconsiderar jamais as influências e os fatores da vida presente, que podem influenciar (e muito) no comportamento sexual. Aí sim, de acordo com as vivências da vida presente, pode-se vir a adquirir alguns débitos que, se não forem resolvidos nesta existência, certamente ficarão para uma próxima.

Ocasionalmente poderão aparecer, inclusive, Espíritos obsessores, e eles conseguirão influenciar aqueles que estiverem desequilibrados, mas não podemos colocar a responsabilidade toda encima da Espiritualidade, afinal, os Espíritos obsessores quase sempre possuem alguma afinidade vibracional com os obsediados, daí a sua atração (através da conduta e dos pensamentos). Além disso, são eles, também, sofredores que merecem ajuda.

Joanna de Ângelis, em “Estudos Espíritas” fala sobre como deve se dar o reajuste de uma pessoa desequilibrada sexualmente (de dentro para fora, com a Medicina tradicional aliada à ‘Medicina da Alma’): “frustração, ansiedade, exacerbação, tormento, tendências inversas e aflições devem ser solucionados, do espírito em processo de reajuste ao corpo em reparaçãoMediante a terapêutica da prece e do estudo, da aplicação dos passes e do tratamento desobsessivo, a par de assistência psicológica ou psiquiátrica correta, os que se encontram comprometidos com anomalias do corpo ou da emoção, recuperam a serenidade, reparam os tecidos ultra-sensíveis do perispírito, reestruturando as peças orgânicas para a manutenção do equilíbrio na conjuntura reencarnatória”. Sobre esse assunto, André Luiz, em “No Mundo Maior” complementa essa idéia, mas faz um alerta, falando: “A endocrinologia poderá fazer muito com uma injeção de hormônios, à guisa de pronto-socorro às coletividades celulares, mas não sanará lesões do pensamento”.



                                       ''Distúrbios Sexuais''                                                      Parte 1


Ontem foi dia de “blogagem coletiva” e o tema abordado foi “pedofilia”. Bom, a pedofilia, como todos sabem, é uma perversão sexual. Pesquisei bastante e na verdade não achei nada na Doutrina Espírita falando sobre a pedofilia em si, mas ela fala sim, de casos de distúrbios sexuais, no que podemos, sem dúvida, incluir a pedofilia. Hoje, portanto, continuarei abordando aqui este tema, por considerá-lo de extrema importância. Falarei um pouco sobre os distúrbios sexuais sob a perspectiva da Doutrina Espírita, de uma forma mais abrangente. Como o texto ficou muito grande, separei em 3 partes. Espero que gostem.

Espiritualmente falando, todos nós somos seres em busca do equilíbrio. A maior parte de nós traz graves comprometimentos no que diz respeito ao campo sexual. André Luiz, no livro “Sinal Verde” afirma que “psicologicamente, cada pessoa conserva, em matéria de sexo, problemática diferente”.

Ainda André Luiz, no livro “No Mundo Maior”, fala que os enigmas do sexo não se reduzem a meros fatores fisiológicos, e acrescenta ainda, em “Evolução em Dois Mundos”, que a sede real do sexo não se acha no veículo físico, mas sim na entidade espiritual, em sua estrutura complexa.

Vejamos um resumo do que André Luiz nos fala, sobre as “enfermidades do instinto sexual”, no livro “No Mundo Maior”:

As cargas magnéticas do instinto, acumuladas e desbordantes na personalidade, à falta de sólido socorro íntimo para que se canalizem na direção do bem, obliteram as faculdades, ainda vacilantes, do discernimento e, alheia ao bom senso, a criatura lesada em seu equilíbrio sexual costuma entregar-se à rebelião e à loucura em síndromes espirituais de ciúme ou despeito.

Daí nascem as psiconeuroses, os colapsos nervosos, as fobias numerosas, os desvios da libido, a neurose obsessiva, as psicoses e as fixações mentais diversas que originam na ciência de hoje as indagações e os conceitos da psicologia de profundidade, na esfera da Psicanálise, que identifica as enfermidades ou desajustes do instinto sexual sem oferecer-lhes medicação adequada, porque apenas o conhecimento superior, gravado na própria alma, pode opor barreiras à extensão do conflito existente, traçando caminhos novos à energia criadora do sexo, quando em perigoso desequilíbrio.

Inútil é supor que a morte física ofereça solução pacífica aos espíritos em extremo desequilíbrio, que entregam o corpo aos desregramentos passionais. A loucura, em que se debatem, não procede de simples modificações do cérebro: dimana da desassociação dos centros perispiríticos, o que exige longos períodos de reparação.

Assim, à face das torturas genésicas a que se vê relegada, (a criatura) gera aflitivas contas cármicas a lhe vergastarem a alma no espaço e a lhe retardarem o progresso no tempo. Desse modo, por semelhantes rupturas dos sistemas psicossomáticos, harmonizados em permutas de cargas magnéticas afins, no terreno da sexualidade física ou exclusivamente psíquica, é que múltiplos sofrimentos são contraídos por nós todos, no decurso dos séculos, porquanto, se forjamos inquietações e problemas nos outros, com o instinto sexual, é justo que venhamos a solucioná-los em ocasião adequada
”.

Joanna de Ângelis confirma estas informações, no livro “Estudos Espíritas”, onde afirma que o sexo, queira-se ou não, nas suas funções importantes em relação à vida, procede do Espírito, cujo comportamento numa existência grava na próxima (existência) as condições emocionais e estruturais necessárias à evolução moral.



                                    ''Livres, mas Responsáveis''

A quem nos pergunte se a criatura humana é livre, responderemos afirmativamente.

Acrescentemos, porém, que o homem é livre, mas responsável, e pode realizar o que deseje, mas estará ligado inevitavelmente ao fruto de suas próprias ações.

Para esclarecer o assunto, tanto quanto possível, examinemos, em resumo, alguns dos setores de sementeira e colheita ou, melhor, de livre-arbítrio e destino em que o espírito encarnado transita no mundo.
POSSE
O homem é livre para reter quaisquer posses que as legislações terrestres lhe facultem, de acordo com a sua diligência na ação ou seu direito transitório, e será considerado mordomo respeitável pelas forças superiores da vida se as utiliza a benefício de todos, mas, se abusa delas, criando a penúria dos semelhantes, de modo a favorecer os próprios excessos, encontrará nas conseqüências disso a fieira das provações com que aprenderá a acender em si mesmo a luz da abnegação.

                                                                           NEGÓCIO
O homem é livre para efetuar as transações que lhe apraza e granjeará o título de benfeitor, se procura comerciar com real proveito de clientela que lhe é própria, mas, se arrasa a economia dos outros com o fim de auferir lucros desnecessários, com prejuízo evidente do próximo, encontrará nas conseqüências disso a fieira de provações com que aprenderá a acender em si mesmo a luz da retidão.
                                                                           ESTUDO
O homem é livre para ler e escrever, ensinar ou estudar tudo o que quiser e conquistará a posição de sábio se mobiliza os recursos culturais em auxílio daqueles que lhe partilham a romagem terrestre; mas, se coloca os valores da inteligência em apoio do mal, deteriorando a existência dos companheiros da Humanidade com o objetivo de acentuar o próprio orgulho, encontrará nas conseqüências disso a fieira de provações com que aprenderá a acender em si mesmo a luz do discernimento.
                                                                         TRABALHO
O homem é livre para abraçar as tarefas a que se afeiçoe e será honorificado por seareiro do progresso se contribui na construção da felicidade geral; mas se malversa o dom de empreender e agir, esposando atividades perturbadoras e infelizes para gratificar os seus interesses menos dignos, encontrará nas conseqüências disso a fieira de provações com que aprenderá a acender em si mesmo a luz do serviço aos semelhantes.
                                                                          SEXO
O homem é livre para dar às suas energias e impulsos sexuais a direção que prefira e será estimado por veículo de bênçãos quando os emprega na proteção sadia do lar, na formação da família, seja na paternidade ou na maternidade com o dever cumprido, ou, ainda, na sustentação das obras de arte e cultura, benemerência e elevação do espírito; mas, se para lisonjear os próprios sentidos transforma os recursos genésicos em dor e desequilíbrio, angústia ou desesperação para os semelhantes, pela injúria aos sentimentos alheios ou pela deslealdade e desrespeito nos compromissos e ajustes afetivos, depois de havê-los proposto ou aceitado, encontrará nas conseqüências disso a fieira de provações com que aprenderá a acender em si mesmo a luz do amor puro.

O homem é livre até mesmo para receber ou recusar a existência, mas recolherá invariavelmente os bens ou os males que decorram de sua atitude, perante as concessões da Bondade Divina.

Todos somos livres para desejar, escolher, fazer e obter, mas todos somos também constrangidos a entrar nos resultados de nossas próprias obras.

Cabe à Doutrina Espírita explicar que os princípios da Justiça Eterna, em todo o Universo, não funcionam simplesmente à base de paraísos e infernos, castigos e privilégios de ordem exterior, mas, acima de tudo, através do instituto da reencarnação, em nós, conosco, junto de nós e por nós.

Foi por isso que Jesus, compreendendo que não existe direito sem obrigação e nem equilíbrio sem consciência tranquila, nos afirmou claramente: 
"Conhecereis a verdade e a verdade vos fará livres".



EMMANUEL
(Do livro "Encontro Marcado" – Chico Xavier)

Imagem na janela: "Secret Beauty" de Down Pitre (Formatação: Lori)

''Sobre o sexo...''


Pergunta o jovem:

– E aí, Chico? Sexo antes do casamento é proibido?

Responde o médium:

– Meu filho, nada é proibido. 
No entanto, sem amor, nada vale a pena, nem o sexo, nem o casamento.

Notável observação!

A Doutrina Espírita, proverbialmente, enfatiza a consciência livre.

Não há proibições, considerando-se que a responsabilidade é uma planta frágil que só cresce em regime de liberdade.

Isso não consagra a ideia do liberou geral, já que tudo o que fizermos, dentro dos princípios de causa e efeito que nos regem, terá uma consequência.

Tenho a liberdade de fazer o que me aprouver, mas sempre responderei por minhas iniciativas.

Digamos, caro leitor, que desfrutamos todos de uma liberdade vigiada.

Os deslizes de comportamento fatalmente resultarão em cobranças, não na forma de punições divinas, mas de reações de nossa própria consciência, considerando que fomos programados para o que é certo, justo, verdadeiro.

O mal será sempre um desvio transitório de rota, com retorno obrigatório aos caminhos do Bem.

Em última instância, temos a liberdade de fazer exatamente… o que Deus espera de nós!

Tudo o que não for compatível com os desígnios divinos resultará em males tendentes a corrigir nossa rota.

Detalhe importante: as cobranças serão tanto mais severas quanto mais desenvolvido o Espírito em conhecimento, quanto mais amadurecido, mais capaz de distinguir o certo do errado, o Bem do mal.

Com relação à vida sexual, operou-se na década de sessenta, no século passado, uma revolução nos países ocidentais.

Vão longe os tempos em que sexo era considerado algo de pecaminoso, a ser exercitado apenas para a procriação, conforme ensinavam os manuais religiosos.

Vale lembrar que o dogma da virgindade perene de Maria foi inspirado nessa ideia. 
Como, argumentavam os teólogos, poderia a mãe de Jesus, personificação da pureza, ter se dado ao desfrute de uma relação sexual?

A forma de contornar essa dificuldade foi o dogma da virgindade perene de Maria. 
Não teria coabitado com José, mantendo-se casta.

Havia um problema: nos Evangelhos há referência aos irmãos de Jesus. 

Resolveu-se a pendência com a ideia de que José tivera filhos de um casamento anterior, ou seriam apenas primos seus.

Não há limites para a fantasia quando renunciamos à lógica e ao bom senso.

Para o Espiritismo a atividade sexual não tem nada de pecaminosa. 

É por ela que viemos ao Mundo. É graças a ela que as espécies subsistem.

O problema para os teólogos estaria no prazer. 

Sem prazer não haveria excessos, viciações, desajustes, paixões avassaladoras, traições...

Em contrapartida, estaria ameaçada a sobrevivência humana!

Já pensou, leitor amigo: sexo burocrático, frio, apenas para perpetuar a espécie? 

Na realidade, o que compromete o relacionamento sexual são os excessos.

Sexo, na atualidade, deixou de ser parte do amor, convertendo-se em sinônimo dele. 

Quando o jovem fala em fazer amor, expressão lamentável, está se referindo à prática sexual, como se o amor fosse sexo e não parte dele apenas.

E sem amor, como diz Chico, nada vale a pena, nem mesmo o sexo!


Do Livro “Rindo e Refletindo com Chico Xavier”
Por: Richard Simonetti

O sexo se define por atributo não apenas respeitável, mas profundamente santo da Natureza, exigindo educação e controle. 

Através dele dimanam forças criativas, às quais devemos, na Terra, o instituto da reencarnação, o templo do lar, as bênçãos da família, as alegrias revitalizadoras do afeto e o tesouro inapreciável dos estímulos espirituais. 

É irracional subtrair-lhe as manifestações aos seres humanos, a pretexto de elevação compulsória, de vez que as sugestões da erótica se entranham na estrutura da alma, ao mesmo tempo que seria absurdo deslocá-lo de sua posição venerável, a fim de arremessá-lo ao campo da aventura menos digna, com a desculpa de se lhe garantir a libertação.
Sexo é espírito e vida, a serviço da felicidade e da harmonia do Universo. 
Consequentemente, reclama responsabilidade e discernimento, onde e quando se expresse. 
Por isso mesmo, nossos irmãos e nossas irmãs precisam e devem saber o que fazem com as energias genésicas, observando como, com quem e para que se utilizam de semelhantes recursos, entendendo-se que todos os compromissos na vida sexual estão igualmente subordinados à Lei de Causa e Efeito; e, segundo esse exato princípio, de tudo o que dermos a outrem, no mundo afetivo, outrem também nos dará.



Por: Emmanuel
Livro: Vida e Sexo - Francisco Cândido Xavier