domingo, 28 de fevereiro de 2016

            ''A Realeza de Jesus''



O reino de Jesus não é deste mundo. Isso todos compreendem. 
Mas sobre a Terra ele não terá também uma realeza? 
O título de rei nem sempre exige o exercício do poder temporal. 
Ele é dado, por consenso unânime, aos que, por seu gênio, se colocam em primeiro lugar em alguma atividade, dominando o seu século e influindo sobre o progresso da humanidade.
 É nesse sentido que se diz: o rei ou o príncipe dos filósofos, dos artistas, dos poetas, dos escritores, etc. 
Essa realeza, que nasce do mérito pessoal, consagrada pela posterioridade, não tem muitas vezes maior preponderância que a dos reis coroados? 
Ela é imperecível, enquanto a outra depende das circunstâncias; ela é sempre abençoada pelas gerações futuras, enquanto a outra é, às vezes, amaldiçoada. 
A realeza terrena acaba com a vida, mas a realeza moral continua a imperar, sobretudo, depois da morte. 
Sob esse aspecto, Jesus não é um rei mais poderoso que muitos potentados? 
Foi com razão, portanto, que ele disse a Pilatos: 
Eu sou rei, mas o meu reino não é deste mundo.

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