domingo, 28 de fevereiro de 2016

''NÃO MAIS USAREI CADEIRA DE RODAS''


             As raízes de meus problemas surgiram na

 infância. 

               Meus pais, embora pobres eram muito bons e  carinhosos. 

          Eu e meus irmãos, éramos cinco, não tínhamos

 de  tudo, mas nunca nos faltou o essencial. 

Tudo corria bem, quando eu comecei com febre e

 fortes dores em minhas pernas, todo meu corpo

 doía, mas as minhas pernas eram piores. 

         Eu não conseguia move-las. 

        Eu, nem meus pais sabíamos, mas era

 poliomielite.

         Quando minha mãe soube da realidade quase

 se desesperou: 

“Como vamos fazer com uma criança nesse estado?

Não temos nada, vamos ter que carregá-lo ao colo.

 Como vamos comprar uma cadeira de rodas?”.

         Meu pai, já mais calmo procurava acalmá-la e

 quando chegava até mim, era para me abraçar e 

dizer: 

“Fique calmo tudo vai passar.” 

    Mas não passou e tornei-me um rapaz, meus

 irmãos saiam para as festas, para o colégio e eu

 ficava em casa.

         Em minhas mãos certa vez chegou um folhetim 

dizendo que ia haver uma festa em um Centro 

Espírita que ficava em meu bairro. 

Eu nunca pedi nada a ninguém, sempre me

 acomodava com minha situação, mas desta vez 

pedi que me levassem. 

Minha mãe se exaltou, pois era católica fervorosa e 

sempre ia as missas e fazia a oração do terço em 

família. 
  
         Meu pai disse que me levaria e me levou. 

Ao chegarmos lá nos receberam com muita alegria

 e nos presentearam com um livreto pequeno, mas 

que dava umas explicações que me levaram a 

pensar em meu caso.

       Meu pai gostou e prometeu-me levar mais vezes.

    E nós íamos, meu pai nunca teve uma religião

 fixa, 

pelo menos que eu sabia e aceitou a doutrina.

        Começamos a frequentar o centro e um belo dia 

fui presenteado com uma cadeira de rodas,

 ofertada pelas pessoas fervorosas daquele centro.

        Minha mãe quase deu um ataque e esbravejava 

e brigava com meu pai todas as vezes que nós íamos

 ao centro.

          Um dia, não sei por que motivo minha mãe nos

 deixou e foi morar com meu irmão mais velho já 

casado.

           Papai ficou desolado, mas continuava a amá-

la e aceitou a situação.

          O tempo passou. 

         Hoje estamos todos os três;  meu pai, mamãe e 

eu procurando nos ajustar nos planos espirituais.

        Eu agradeço a Deus por essa doutrina 

 maravilhosa que nos esclarece tanto. 

Estamos nos preparando para o retorno. 

Dessa vez não mais usarei aquela cadeira de rodas, 

mas andarei como já estou andando com minhas

 próprias pernas. 

           Já passou como meu pai dizia, e eu tenho 

muita esperança que tudo dará certo.

           Agradeço a todos.  
  
            Tadeu. 
                                                       
 Psicografia recebida em 2016.
 
                                       Médium: Catarina.

                       

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