domingo, 19 de junho de 2016

                                       ''ALMA APÓS A MORTE''


É muito natural que um leigo em assuntos de espiritualidade alimente a curiosidade de saber em que se transforma a alma no instante da morte.
Allan Kardec define a alma sendo o Espírito encarnado. 
Assim, é natural que, no instante da desencarnação, a alma volte a ser Espírito, conservando a sua individualidade e seu perispírito, guardando a mesma aparência da última encarnação.
Individualidade, portanto, seria a consciência de si, sem ponderar o tempo, ou seja, o "eu sou".
Contudo, há que se observar o atual estágio do despertamento espiritual do homem, no qual a aparência física se constitui no fator preponderante para o reconhecimento das individualidades; isto é possível, uma vez que o perispírito conserva a forma da última encarnação, facilitando assim o reconhecimento dos membros de um determinado grupo.
Não tem fundamento a hipótese dos que conjecturam que após a morte a alma retorna a um todo universal. 
Quando estás numa assembleia, fazes parte integrante da mesma, e não obstante conservas a tua individualidade.
A individualização ainda se evidencia quando esses seres provam a sua identidade através de sinais incontestáveis, de detalhes pessoais relativos à vida terrena, e que podem ser constatados; ela não pode ser posta em dúvida quando eles se manifestem por meio das aparições.
A individualidade da alma foi teoricamente ensinada como um artigo de fé, mas o Espiritismo a torna patente e, de certa maneira, material.
Com efeito, extrinsecamente essa individualidade é constatada pelo aspecto do seu perispírito, em tudo semelhante ao seu corpo somático, e intrinsecamente por conservar todas as suas qualidades e tendências, pelo desejo de ir para um mundo melhor e pelas recordações impregnadas de doçura ou amargor, segundo o emprego que tenha dado á vida.

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