terça-feira, 21 de julho de 2015

Como se processa a provação coletiva?

Por: Liz Bittar





A resposta a esta pergunta foi dada por Emmanuel, através da psicografia de 
Chico Xavier, no livro O Consolador:
"Na provação coletiva, verifica-se a convocação dos Espíritos encarnados, 
participantes do mesmo débito, com referência ao passado delituoso e obscuro.
O mecanismo da justiça, na lei das compensações, funciona então espontaneamente,
 através dos prepostos do Cristo, que convocam os comparsas na dívida do pretérito
 para os resgates em comum, razão por que, muitas vezes, intitulais “doloroso acaso
” às circunstâncias que reúnem as criaturas mais díspares no mesmo acidente, que 
lhes ocasiona a morte do corpo físico, ou as mais variadas mutilações, no quadro de seus compromissos individuais."
Emmanuel, sob a psicografia de Chico Xavier, em O Consolador, pergunta 250.

Meus comentários:
Para o leitor não habituado com a terminologia espírita, expressões fora de contexto,
 tais como “passado delituoso e obscuro” podem chocar, e levar a falsas
 interpretações.
Uma mãe amorosa não concebe a possibilidade de seu pequeno anjo ter tido um “passado delituoso e obscuro” – o que é perfeitamente compreensível.
Mas, analisando a questão sob a ótica da reencarnação, veremos que somos espíritos imortais – nossa jornada não começa, e nem termina aqui.
Somos todos espíritos em evolução, encarnados na terra para aprender e progredir.
Não existem, entre nós, espíritos isentos de faltas no passado, de erros a serem reparados. A possibilidade de retornar a vida corpórea, e resgatar esses erros, não é um castigo, mas uma prova do amor de Deus, que nos oferece infinitas possibilidades de redenção.
Mas Deus não seria perfeito, se não fosse justo. Ele nos permite recomeçar do início, e nos concede o benefício do esquecimento temporário do passado (nos esquecemos do passado enquanto estamos encarnados – depois de retornar à Pátria Espiritual, recobramos a lembrança de nossas vidas pregressas).
Assim sendo, temos a oportunidade de nos encontrar com antigos desafetos, e vivenciar experiências dolorosas que possamos ter ocasionado aos outros, em existências passadas. 
Analisando sob esta ótica, começamos a entender que o que muitas vezes chamamos 
de “castigo” é, na verdade, “possibilidade de redenção”, ou seja, uma segunda chance.

Muitos de nós escolhemos o gênero de provas que iremos passar pela vida. 
Essas provas estão de acordo com a nossa evolução espiritual, e contamos sempre 
com a ajuda de Espíritos Protetores, que nos inspiram, para que não falhemos, e nos 
dão força e coragem, quando acontecimentos que fogem ao nosso controle, se 
descortinam diante de nós.
Emmanuel nos diz, através da psicografia de Chico Xavier, no livro intitulado 
“Emmanuel", cap. XXXII, Dos Destinos:
“Não poucas vezes vos preocupais, nas lides planetárias, com as provações 
necessárias, que julgais excessivas para as vossas forças.
Crede! O fardo que faz vergar os vossos ombros não é demasiado para as vossas 
possibilidades.
Deus tudo prevê e, sobretudo, a escolha de semelhantes provações é uma questão 
de preferência individual…”
Mais adiante, no item “A Escolha das Provas”, Emmanuel ensina:
“Muito antes da encarnação, o Espírito faz o cômputo de suas possibilidades, 
estuda o caminho que melhor se lhe afigura na luta da perfectibilidade e, de acordo 
com suas vocações e segundo o grau de evolução já alcançado, escolhe, em plena 
posse de sua consciência, a estrada que se lhe desenha no porvir, fecunda de 
progressos espirituais.”

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