CONFIANÇA EM DEUS - DIVALDO FRANCO
Diante dos aberrantes comportamentos de cidadãos que pareciam irrepreensíveis na conduta moral, seja na administração do país, tanto quanto em grandes empresas comerciais e esportivas, não podemos ocultar os sentimentos de desconfiança e preocupação que a quase todos os brasileiros nos assaltam.
A criminalidade atinge índices jamais previstos, fruto espúrio da miséria socioeconômica e moral, pela falta de escolas, de assistência hospitalar, de trabalho, de recreação, com excesso de tempo para os jovens, que é malbarato na violência, causando-nos horror.
O medo de ser a próxima vítima toma conta de cada um de nós, que vive a guerra não declarada dos assaltos e dos homicídios chocantes pela perversidade, fazendo que modifiquemos os hábitos que adquirimos com o direito de ir e vir agora interrompido pelo terrorismo urbano.
Nesse quadro de desrespeito total aos valores éticos, o cristão pergunta-se como agiria Jesus se estivesse convivendo conosco neste terrível contexto?
E a resposta seria a mesma que Ele deu ao fariseu que o interrogou com desfaçatez, tentando embaraçá-lo, quando Ele se referiu aos nossos deveres para com o próximo, interrogando-o:
E quem é o meu próximo?
Com sabedoria exemplar, Ele narrou-lhe a Parábola do bom samaritano, que socorreu um judeu que lhe era inimigo, e fora desprezado por um sacerdote e um levita, auxiliando-o na estrada em que estava abandonado após ser assaltado, oferecendo-lhe socorro imediato e responsabilizando-se pelas despesas na hospedaria para onde o levou.
Outra não pode ser a nossa atitude diante dos assaltantes e criminosos que enxameiam na sociedade, fazendo a melhor parte e confiando em Deus, trabalhando pelo retorno da dignidade e da honradez aos arraiais humanos. Apenas comentar o mal não é atitude saudável.
Que, nesse báratro aparvalhante, não percamos a confiança em Deus, mantendo-nos honrados apesar dos exemplos degradantes que temos diante de nós.
Artigo de Divaldo Franco publicado no jornal A Tarde, coluna Opinião em 19-06-
2015.
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