segunda-feira, 13 de abril de 2015


                         ''Escravos da Palavra''


Você já percebeu o quanto nos tornamos escravos das palavras
 que falamos?
De como nos conduzimos por situações difíceis pela nossa 
própria fala?
Os pensamentos, enquanto guardados na intimidade da casa 
mental, são propriedade única e exclusivamente de quem os
idealiza.
Porém, o pensamento que se converte em verbo falado, passa a ser de domínio público e deveremos responder pelos reflexos dos
mesmos.
A palavra que edifica, enobrece, auxilia, é tesouro que 
dispensamos ao caminhar.
Porém, o verbo ácido da crítica destrutiva, do comentário 
maledicente buscando a desmoralização alheia, ou a acusação
 injusta
do julgamento insensato, são dificuldades que amealhamos e das  quais teremos que dar conta, uma a uma.
Assim, é atitude de sabedoria vigiarmos as palavras que saem de
 nossa boca. Pensar antes do falar é atitude sensata que nos
poupa de muitos dissabores.
Para tanto, é imperioso cultivarmos a reflexão e autoanálise do 

que se passa em nosso mundo íntimo, pois que a boca fala 

daquilo que está cheio o coração, conforme nos alerta Jesus.

Alguns pesquisadores chegam a afirmar que circulam em nossa 

casa mental cerca de 95.000 ideias ao dia, das quais 85.000 são

repetitivas, doentias, monotemáticas.

Para que o verbo se faça construtivo, é necessário o exercício da 

faxina mental, para que da mente possamos exteriorizar aquilo

que não nos escravize negativamente.

O exercício do silêncio interior, do isolar-se alguns instantes 

diariamente do mundo para se encontrar consigo mesmo é

fundamental.

Ao mergulharmos no silêncio de nossa casa mental, vamos 

conhecendo e entendendo qual o mundo íntimo que carregamos 

que, muitas das vezes, ainda se mostra totalmente 

desconhecido para nós mesmos.

* * Vigiemos nossas palavras, para que elas sejam úteis, 
proveitosas e edificantes.

Evitemos o comentário maldoso, o julgamento precipitado ou a
acusação indevida.

Ainda, preservemos o nosso falar das expressões chulas, das 

comparações grotescas ou das piadas vulgares.

O clima emocional e psíquico, com o qual nos envolvemos, é fruto

 do que pensamos e do que falamos.

Se a mente ainda traz dificuldades, se os pensamentos infelizes

 ainda tomam nossa casa mental, muitas vezes nos perturbando,

façamos o silêncio interior, deixando que lentamente aqueles

 pensamentos cedam espaço para outros, mais nobres e
enriquecedores.

Cultivemos o verbo elegante, a palavra de consolo, os temas

edificantes para que nossa boca não seja quem nos condene,

fazendo-nos escravos daquilo que, de forma invigilante,

 expressamos com a palavra não refletida.

Redação do Momento Espírita, a partir de seminário ministrado por Divaldo Pereira Franco, no 'Encontro fraterno', na praia de
Guarajuba, Bahia, em 05.09.09.

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