O MENDIGO RENITENTE
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Chico Xavier
Narrou-nos Chico que um dia foi procurado por um médico, seu particular amigo de muitos anos, espírita militante e colaborador em suas obras psicografadas.
Ele queria saber o que fazer com um velho mendigo, que insistia em dormir no alpendre de sua casa.
Não estava preocupado em tê-lo como hóspede em tão precário lugar, mas, sim, com a má acomodação e a friagem da noite.
Já o havia alertado de que se permanecesse ali acabaria por ficar doente.
Contudo, vendo que seus avisos eram ignorados, dedicou-se a arrumar um lugar onde o mendigo pudesse pernoitar.
Contudo, vendo que seus avisos eram ignorados, dedicou-se a arrumar um lugar onde o mendigo pudesse pernoitar.
Depois de conseguir um quartinho na vizinhança, levou-o para lá.
Qual não fora sua surpresa ao dar com ele em sua varanda no dia seguinte!
Pensando que talvez não tivesse gostado do lugar, procurou um albergue que o tratasse melhor.
Qual não fora sua surpresa ao dar com ele em sua varanda no dia seguinte!
Pensando que talvez não tivesse gostado do lugar, procurou um albergue que o tratasse melhor.
De nada adiantara.
O velho voltou a passar as noites no seu alpendre.
O médium então falou-nos:
— O que o médico amigo não sabia era que aquele espírito carregava consigo um grande complexo de culpa.
O médium então falou-nos:
— O que o médico amigo não sabia era que aquele espírito carregava consigo um grande complexo de culpa.
Passei então a narrar-lhe as cenas que os amigos espirituais me haviam mostrado:
Aquele mendigo, doutor, na existência anterior havia sido um cruel fazendeiro que expulsara impiedosamente muitas famílias de suas terras, deixando-as ao relento, sem rumo...
Depois que desencarnou, a partir daquelas lembranças formara-se o complexo de culpa. E o sofrimento perdura até os dias atuais, não permitindo que ele permaneça alojado em lugar nenhum.
Chico concluiu:
— Então eu disse ao amigo: Não adianta tentar melhorar sua situação, deixe-o dormir no seu alpendre.
Aquele mendigo, doutor, na existência anterior havia sido um cruel fazendeiro que expulsara impiedosamente muitas famílias de suas terras, deixando-as ao relento, sem rumo...
Depois que desencarnou, a partir daquelas lembranças formara-se o complexo de culpa. E o sofrimento perdura até os dias atuais, não permitindo que ele permaneça alojado em lugar nenhum.
Chico concluiu:
— Então eu disse ao amigo: Não adianta tentar melhorar sua situação, deixe-o dormir no seu alpendre.
Mais uns dias e ele procurará outro lugar para deitar-se ao relento.
Essa situação perdurará até que o complexo de culpa deixe de atormentá-lo.
Em nossas cogitações, vem-nos à mente a lição: para exercer a caridade é necessário usarmos do bom senso e não insistirmos quando o necessitado se nega a receber o benefício.
Em nossas cogitações, vem-nos à mente a lição: para exercer a caridade é necessário usarmos do bom senso e não insistirmos quando o necessitado se nega a receber o benefício.
Sempre haverá uma razão que justifique situações como a que nos foi narrada.
(Do livro Inesquecível Chico – Edição GEEM)
(Do livro Inesquecível Chico – Edição GEEM)
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