''Três Conclusões''
O tempo concedido ao Espírito para uma reencarnação, por mais
longo é sempre curto, comparando ao serviço que somos
chamados a realizar.
Importante, assim, o aproveitamento das horas.
Meditemos no gasto excessivo de forças em que nos
empenhamos levianamente no trato com assuntos da repartição
de outrem.
Quantos milhares de minutos e de frases esbanjamos por
década, sem a mínima utilidade, ventilando temas e questões que
não nos dizem respeito?
Para conjurar essa perda inútil, reflitamos em três conclusões de
interesse fundamental.
O que os outros pensam:
Aquilo que os outros pensam é ideia deles.
Não podemos usufruir-
lhes a cabeça para imprimir-lhes as interpretações que são
capazes diante da vida.
Um indígena e um físico contemplam a luz, mantendo conceitos
absolutamente antagônicos entre si.
Acontece o mesmo na vida moral.
Precisamos nutrir o cérebro de pensamentos limpos, mas não
está em nosso poder exigir que os semelhantes pensem como
nós.
O que os outros falam:
A palavra dos amigos e adversários, dos conhecidos e
desconhecidos, é criação verbal que lhes pertence.
Expressam-se como podem e comentam as ocorrências do dia-a-
Expressam-se como podem e comentam as ocorrências do dia-a-
dia com os
sentimentos dignos ou menos dignos de que são portadores.
Efetivamente, é dever nosso cultivar a conversação criteriosa;
contudo, não dispomos de meios para interferir na manifestação
pessoal dos entes que nos cercam, por mais caros nos sejam.
O que os outros fazem:
A atividade dos nossos irmãos é fruto de escolha e resolução
que lhes cabe.
Sabemos que a Sabedoria Divina não nos criou para cópias uns
dos outros.
Cada consciência é domínio à parte.
As criaturas que nos rodeiam decerto que agem com excelentes
intenções, nessa ou naquela esfera de trabalho, e, se ainda não
conseguem compreender o mérito da sinceridade e do serviço ao
próximo, isso é problema que lhes compete e não a nós.
Fácil deduzir que não podemos fugir da ação nobilitante, em
benefício de nós mesmos, mas não nos compete impor nas
decisões alheias, que o próprio Criador deixa livres.
À vista disso, cooperemos com os outros e recebamos dos
outros o auxílio de que carecemos, acatando a todos, mas sem
perder
tempo com o que possam pensar, falar e fazer.
Em suma, respeito para os outros é obrigação para nós.
André Luiz
Extraído do livro“Estude e Viva”
Psicografado por Francisco Cândido Xavier
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