quarta-feira, 1 de abril de 2015

                                      ''Três Conclusões''



O tempo concedido ao Espírito para uma reencarnação, por mais
 longo é sempre curto, comparando ao serviço que somos
chamados a realizar.

Importante, assim, o aproveitamento das horas.

Meditemos no gasto excessivo de forças em que nos
 empenhamos levianamente no trato com assuntos da repartição 
de outrem.

Quantos milhares de minutos e de frases esbanjamos por 
década, sem a mínima utilidade, ventilando temas e questões que
 não nos dizem respeito?

Para conjurar essa perda inútil, reflitamos em três conclusões de 
interesse fundamental.

O que os outros pensam:

Aquilo que os outros pensam é ideia deles. 
Não podemos usufruir-
lhes a cabeça para imprimir-lhes as interpretações que são
capazes diante da vida.

Um indígena e um físico contemplam a luz, mantendo conceitos 
absolutamente antagônicos entre si.

Acontece o mesmo na vida moral.
Precisamos nutrir o cérebro de pensamentos limpos, mas não 
está em nosso poder exigir que os semelhantes pensem como 
nós.

O que os outros falam:

A palavra dos amigos e adversários, dos conhecidos e 
desconhecidos, é criação verbal que lhes pertence.

Expressam-se como podem e comentam as ocorrências do dia-a-
dia com os
sentimentos dignos ou menos dignos de que são portadores.

Efetivamente, é dever nosso cultivar a conversação criteriosa; 
contudo, não dispomos de meios para interferir na manifestação
pessoal dos entes que nos cercam, por mais caros nos sejam.

O que os outros fazem:

A atividade dos nossos irmãos é fruto de escolha e resolução 
que lhes cabe.

Sabemos que a Sabedoria Divina não nos criou para cópias uns
 dos outros. 
Cada consciência é domínio à parte.

As criaturas que nos rodeiam decerto que agem com excelentes 
intenções, nessa ou naquela esfera de trabalho, e, se ainda não
conseguem compreender o mérito da sinceridade e do serviço ao 
próximo, isso é problema que lhes compete e não a nós.


Fácil deduzir que não podemos fugir da ação nobilitante, em 
benefício de nós mesmos, mas não nos compete impor nas 
decisões alheias, que o próprio Criador deixa livres.

À vista disso, cooperemos com os outros e recebamos dos 
outros o auxílio de que carecemos, acatando a todos, mas sem 
perder
tempo com o que possam pensar, falar e fazer.

Em suma, respeito para os outros é obrigação para nós.


André Luiz
Extraído do livro“Estude e Viva”
Psicografado por Francisco Cândido Xavier

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