O perdão das Ofensas
O teu agressor, talvez, noutra circunstância, levantará a voz em tua
defesa.
possivelmente, em situação
diferente, será o amigo
que te distenderá a mão
em socorro.
O teu caluniador, quiçá,
em posição diversa, virá
em teu auxílio.
O teu inimigo,
certamente, passada a
injunção de agora,
ser-te-á devotado
benfeitor.
O teu acusador, superado o transe que o amargura, far-se-á o
companheiro gentil de tua jornada.
Perdoa-os, portanto, hoje que se voltaram contra tua pessoa,
levantando dificuldades no caminho pelo qual avanças.
Perdoa as suas ofensas sem impores quaisquer condições,
sequer aclarando incompreensões e dirimindo equívocos.
O perdão deve assentar-se no esquecimento da ofensa, no repúdio
total ao mal, sem exigências.
Não sabes como se encontra aquele que se ergue para ferir-te,
acusar-te.
Ignoras como vive intimamente quem se fez inimigo revel.
Desconheces a trama em que tombou o companheiro, a ponto de
voltar-se contra ti.
Ainda não experimentaste a dolorosa aflição que padece o outro -
o que está contrário a ti e te flecha com petardos venenosos,
amargurando-te as horas....
É certo que nada justifica a atitude inimiga, a posição agressiva,
a situação adversária.
No entanto, se fosses ele, talvez agisses da mesma forma ou pior.
Para evitar que isso te aconteça, exercita o perdão, preparando-te
para não tombares na rampa por onde outros escorregaram.
Quem perdoa ofensas adquire paz e propicia paz.
Quem esquece o mal de que foi vítima, vitaliza o bem de que necessita.
Nunca te faças inimigo de ninguém, nem aceites o desafio dos que
te fazem inimigos, sintonizando na faixa deles.
Se não conseguires superar a injunção penosa, que os teus inimigos
criam, ora por eles e pensa neles com paz no coração.
O inimigo é alguém que enfermou.....
Recorda de Jesus que, mesmo vítima indébita, perdoando, rogou
ao Pai que a todos perdoasse, por que "eles não sabiam o que estavam
a fazer".
Texto extraído do Livro Alerta, ditado por Joanna de Ângelis e
psicografado por Divaldo Franco.
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