segunda-feira, 3 de agosto de 2015

A SEGURANÇA DO TRABALHO

Atendendo a instruções de Emmanuel, Chico iniciava os trabalhos no “Centro Espírita Luiz Gonzaga” às oito da noite, encerrando-os às dez horas, enquanto frequentou sozinho a instituição. Fazia a prece de abertura, orava e, depois, lia páginas de O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO, de Allan Kardec, comentando-as, em voz alta, para os desencarnados.

Pessoas da família indagavam sobre aquela resolução de “falar sozinho”, entretanto, o médium explicava:

— Há muitos Espíritos frequentando a casa. 
Chegam desconsolados e tristes e Emmanuel afirma que a obra de evangelização é necessária a todos nós. 
Não podemos parar...
Certa noite, uma senhora desencarnada em Pedro Leopoldo conversava com o Chico no salão do Centro, em que ele se achava aparentemente sozinho e o diálogo seguia, curioso:

— Tenhamos fé em Jesus, minha irmã... 
Não desespere. 
Com a paciência alcançaremos a paz... 
Sem calma, tudo piora... 
Com o tempo, a senhora, verá que tudo está certo como está.
A conversação prosseguia assim, quando uma das irmãs do médium, escutando¬lhe a palavra, debruçada em janela próxima, perguntou-lhe em voz alta:

— Chico, quem está conversando com você?
— Dona Chiquinha de Paula.
— Que história é esta? 
Dona Chiquinha já morreu...
— Ah! Você é que pensa... Ela está bem viva.
A irmã do rapaz, alvoroçada, comunicou aos familiares o que ocorria
Chico devia estar maluco. Era preciso medicá-lo, socorrê-lo.
Outras irmãs do Médium, porém, apressaram-se a observar que ele trabalhava, corretamente, todos os dias.
Seria justo dar por louco um irmão que era amigo e útil?
Ficou então estabelecido em família que, enquanto o Chico estivesse firme no serviço, ninguém cogitaria de considerá-lo um alienado mental.
Desse modo, o Chico Xavier costuma dizer que o trabalho de cada dia, com a bênção de Deus, tem sido para ele a melhor segurança.
Livro: Lindos casos de Chico Xavier
Autor: Ramiro Gama

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