quarta-feira, 8 de julho de 2015

Felicidade que a prece proporciona

Vinde, vós que desejais crer. 
Os Espíritos celestes acorrem a vos anunciar grandes coisas. 
Deus, meus filhos, abre os seus tesouros, para vos outorgar todos os benefícios. Homens incrédulos! 
Se soubésseis quão grande bem faz a fé ao coração e como induz a alma ao arrependimento e à prece! 
A prece! ah! como são tocantes as palavras que saem da boca daquele que ora! 
A prece é o orvalho divino que aplaca o calor excessivo das paixões. 
Filha primogênita da fé, ela nos encaminha para a senda que conduz a Deus. 
No recolhimento e na solidão, estais com Deus. 
Para vós, já não há mistérios; eles se vos desvendam. 
Apóstolos do pensamento, é para vós a vida. 
Vossa alma se desprende da matéria e rola por esses mundos infinitos e etéreos, que os pobres humanos desconhecem.

Avançai, avançai pelas veredas da prece e ouvireis as vozes dos anjos. 
Que harmonia! Já não são o ruído confuso e os sons estrídulos da Terra; são as liras dos arcanjos; são as vozes brandas e suaves dos serafins, mais delicadas do que as brisas matinais, quando brincam na folhagem dos vossos bosques. 
Por entre que delícias não caminhareis! 
A vossa linguagem não poderá exprimir essa ventura, tão rápida entra ela por todos os vossos poros, tão vivo e refrigerante é o manancial em que, orando, se bebe. 
Dulçurosas vozes, inebriantes perfumes, que a alma ouve e aspira, quando se lança a essas esferas desconhecidas e habitadas pela prece! 
Sem mescla de desejos carnais, são divinas todas as aspirações. 
Também vós, orai como o Cristo, levando a sua cruz ao Gólgota, ao Calvário. Carregai a vossa cruz e sentireis as doces emoções que lhe perpassavam na alma, se bem que vergado ao peso de um madeiro infamante. 
Ele ia morrer, mas para viver a vida celestial na morada de seu Pai. 
— Santo Agostinho. (Paris, 1861.)

(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. XXVII, item 23.)

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