sexta-feira, 26 de junho de 2015

LIBERDADE DE PENSAMENTO E DE CONSCIÊNCIA

                                                
O Pensamento continuo é atributo do Espírito e, enquanto encarnados não temos acesso ao pensamento do outro.

O homem possui plena liberdade de pensar e por meio do seu pensamento se desloca para o futuro, para o passado, para enlevar-se recordando momentos felizes ou deprimir-se em sentimentos menos felizes.

O que quer que se lhe aflore a mente forjando pensamento, portanto, criando imagens fluídicas, será, sob esse aspecto, responsável perante as leis de Deus.

A qualidade da atmosfera psíquica do planeta é de responsabilidade de cada um de seus moradores.

Diante disso não se atreverá o homem a impor a outro, ou a violar a sua consciência - que é o foro íntimo de cada um na sua capacidade de discernir entre o certo e o errado; a sua voz interior que o aprova ou reprova (LE 835).

A liberdade de consciência é uma das características da verdadeira civilização e do progresso (LE 837).

Ainda que a crença do outro seja reprovável, o respeito à consciência e a liberdade de crer é fundamental. O contrário é faltar com a caridade. A Doutrina Espírita é doutrina de aperfeiçoamento moral.

O Mestre ensinou pelo exemplo de doçura e mansidão, devemos seguir-lhe o exemplo.

LIVRE-ARBÍTRIO E FATALIDADE

O livre-arbítrio é a faculdade que tem o individuo de determinar a sua própria conduta - autodeterminação; e crer na existência da fatalidade é negar a existência do livre-arbítrio.

O Espírito gozara sempre do direito de exercer o seu livre-arbítrio e, quanto mais esclarecido, mais ampla a sua capacidade. Enquanto no mundo espiritual escolhera livremente ou, se for o caso, orientado por Espíritos Superiores, as provas e as experiências as quais se vê necessitado para o seu aprimoramento; e encarnado, optando por tal ou qual caminho. E sempre será o responsável por suas escolhas, não podendo atribuir a sua boa ou má estrela o resultado das suas escolhas.

O discípulo de Jesus, Paulo de Tarso, já alertava aos companheiros, através das epistolas, que estávamos todos cercados por uma “nuvem de testemunhas”. Esta observação vai ao encontro de Kardec quando esclarece sobre a interferência dos Espíritos no Mundo Corpóreo.

Ainda que exista a nuvem de testemunhas e a interferência dos Espíritos no mundo corpóreo, o livre-arbítrio é pleno e a criatura pode acolher ou não as sugestões desses Espíritos, assim como aceita ou rejeita as sugestões de seus pares.

A fatalidade não existe sendo para a escolha feita pelo Espírita, ao encarnar-se, de sofrer esta ou aquela prova: ao escolhê-la, ele traça para si mesmo uma espécie de destino, que é a própria consequência da posição em que se encontra (L;E. 851).

Assim, considerar a fatalidade como uma realidade é crer que o Homem possa ser uma maquina programada para cumprir determinada trajetória. Isso seria negar a misericórdia divina, e a reencarnação perderia o sentido e o objetivo como meta de evolução, pois que o Homem não teria mérito ou demérito como resultado se suas ações.

A fatalidade existe considerando-se tão somente no que respeita ao resultado de suas escolhas enquanto no mundo espiritual.

CONHECIMENTO DO FUTURO

Desde os primórdios das civilizações que o Homem recorre aos mais variados meios na tentativa de descobrir o que lhe reserva o futuro.

Os oráculos, as pitonisas, sonhos de faraó e, porque não incluir Moisés com a advertência para não consultar os mortos.

Dessa maneira, alguns fatos marcantes da História da humanidade foram preditos. E é somente visando o bem e o cumprimento das coisas é que Deus permite a sua revelação (LE 870).

Ao homem comum não é dado saber o seu futuro, pois este o negligenciaria, não iria cumprir o que deve ser feito para o seu adiantamento moral.

Tanto o passado como o futuro é da Lei de Deus que permaneça oculto. De outra forma o homem veria tolhida a liberdade de ser ele mesmo.

Se o homem conhecesse seu passado ver-se-ia tentado a ir procurar por aqueles que, de uma forma ou outra, a ele se vincularam, seja por afeto ou desafeto. No caso das provas ou expiações temeria a chegada do momento que pode ser crucial. Deste modo, Deus que é pleno de sabedoria e amor, deseja que lhe fique oculto para não haver embaraços no desenrolar das vidas por Ele criadas com capacidade de livre-arbítrio.

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