domingo, 3 de julho de 2016

                 A beleza de cada um

No momento em que a mídia enfatiza a beleza como questão de êxito para o sucesso e condição para se enriquecer de forma muito rápida;
no momento em que se observa que muitos dos nossos jovens estão mais preocupados em mostrar e explorar o corpo, do que em conquistar valores reais;
cabe-nos proceder a uma pequena pausa para meditação a respeito dos caminhos que temos buscado trilhar e daqueles que estamos apontando para os nossos filhos.
Conta-se que um homem acabrunhado entrou em um templo para fazer as suas orações. Em determinado momento, confidenciou a Deus:
Senhor, eu estou aqui porque em templos não há espelhos, pois nunca me senti satisfeito com minha aparência.
Então, na intimidade da consciência, ele começou a ouvir uma voz que lhe dizia, com entonação paternal:
Meu filho, nenhuma das minhas obras surgiu ou ficou sem beleza, pois, lembre-se, que tudo criei com amor.
A aparente feiura é resultado da miopia dos homens, que não sabem, por vezes, descobrir a beleza oculta.
De toda forma, lembre que não importa se o seu corpo é gordo ou magro. 
O que tem capital importância é que ele é o templo do Espírito imortal. 
Merece toda a consideração, pois, graças a ele, o Espírito atua no mundo para seu próprio crescimento.
Não importa se seus braços são longos ou curtos. 
O que tem valor é o desempenho do trabalho honesto que executam.
Não importa se as suas mãos são delicadas ou grosseiras. 
Sua função é distribuir o bem às outras criaturas. 
É acarinhá-las e lhes transmitir bem-estar.
Não importa a aparência dos pés. 
Sua função é tomar o rumo do amor e da humildade.
Não importa o tipo de cabelo, cor, comprimento e se existe ou não numa cabeça. 
O que importa são os pensamentos que por ela passam e que ela transmite, como criação sua, beneficiando ou destruindo seus irmãos.
Não importa a forma ou a cor dos olhos. 
O que importa é que eles vejam o valor da vida e, assim ilustrados, colaborem para demonstrar esse valor a outros tantos seres que não gozam da mesma facilidade.
Não importa o formato do nariz. 
O que importa é inspirar e expirar bom ânimo, entusiasmo, fé.
Não importa se a boca é graciosa ou sem atrativos. 
O que importa são as palavras que dela saem, edificando vidas ou destruindo pessoas.
Se você não está feliz com a sua aparência física, medite a respeito. 
Olhe-se no espelho, outra vez, e descubra o brilho dos seus olhos graças ao amor que lhe vai na alma.
Agradeça a possibilidade de um corpo para viver sobre a Terra, nosso lar e nossa escola.
Finalmente, recorde de grandes vultos da Humanidade, que não ganharam prêmios ou foram admirados pela sua beleza física, mas transformaram as comunidades, influenciaram o mundo com seus gestos extraordinários.
Lembre da pequenina irmã Dulce, da Bahia, da também pequena em estatura Madre Teresa de Calcutá.
Pense nisso.

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