sexta-feira, 26 de agosto de 2016

Cortando o cordão umbilical: Os problemas de sua família não são seus!



A família é nosso primeiro meio social, é onde construímos e nutrimos nossas 
primeiras relações e também onde iniciamos nosso desenvolvimento do Eu.

Os vínculos costumam se desenvolver de forma intensa, por vezes nos tornando 
cuidadores e defensores de nossa família.

Acontece que muitas vezes esses laços se constituem de forma a não 
estabelecer 
limites a essas relações, tornando-as disfuncionais.

Família disfuncional? O que é? “Uma família disfuncional é aquela que 
responde 
as exigências internas e externas de mudança, padronizando seu 
funcionamento. 

Relaciona-se sempre da mesma maneira, de forma rígida não permitindo 
possibilidades de alternativa. Podemos dizer que ocorre um bloqueio no 
processo
 de comunicação familiar”. Fonte: Boa Saúde

Em muitos casos um familiar responsabiliza-se por resoluções de problemas e 
conflitos que não deveriam ser de sua preocupação. Veja alguns que estão 
recentes em minha mente.

Filho que assumiu a posição de ‘chefe da casa’ após separação conturbada 
dos pais.
 
Além de cuidar de si e de suas questões ‘adolescentes’, o filho sente-se na 
obrigação de cuidar da mãe e educar o irmão mais novo;
Filho de pais que vivem em meio a separações e ameaças de divórcio. 

O filho vira mecanismo de reconciliação/separação do casal, sendo peça 
fundamental para que um ciclo briga-separa-volta se mantenha a todo 
vapor; Filha mais velha e adulta sente-se responsável por dar suporte a sua 
mãe (que criou a filha parte da infância sozinha), seja financeira ou 
emocionalmente. Tornando-se refém dos problemas da mãe, que são 
normalmente 
resolvidos pela filha ou não resolvidos para se manter esse tipo de relação;
Irmã que sente-se responsável por cuidar dos irmãos e já na fase adulta 
a continuar
resolver os conflitos e arcar com despesas financeiras dos irmãos;
Mãe que, apesar dos filhos já serem adultos e estarem casados, sente-se 
responsável por conduzir a vida dos filhos e assumir despesas e responsabilidades 
deles;

Ao expor os exemplos acima não me refiro a situações isoladas ou casos 
específicos. Me refiro a ciclos repetitivos que adoecem as relações e 
sobrepõem responsabilidades individuais, transferindo-as ao outro.

Em casos como os já citados todos têm prejuízos em suas vidas. Uma pessoa 
sobrecarrega-se, outra não amadurece, mantendo uma relação imatura, sem 
espaço para desenvolvimento com intuito de melhora.

Para alguns pode ser visto como prova de amor, mas não. 
Amor baseia-se em troca, respeito mútuo e limites. Estipular limites sim é uma prova 
de amor, amor ao outro e a si mesmo.



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