segunda-feira, 18 de janeiro de 2016

Em Espírito, Kardec pede correção no Evangelho

Alegra-nos muito a oportunidade de corrigir alguns trechos da Codificação Espírita. Hoje, com a visão mais clara, temos condições de compreender com mais nitidez assuntos que, na época, fosse por nossa condição intelectual, fosse por nossa imersão na cultura francesa e católica, não tínhamos condições de precisar.
Kardec (em Espírito) corrige "O Livro dos Espíritos" Com as bênçãos do Espírito da Verdade tivemos a oportunidade de amenizar nossa falha quando voltamos ao plano físico como Chico Xavier. Sob a inspiração de Humberto de Campos, psicografamos o último capítulo do livro “Boa Nova”. Lá Humberto traça um retrato real de quem fora Maria de Nazaré, e também da ligação espiritual que ela possuía com o Mestre —não só veio Jesus buscá-la ao término de sua encarnação, sempre devotada ao próximo, como naquele instante informava-lhe o governador espiritual de nosso planeta que Maria havia atingido a perfeição: “meu Pai quer que sejas no meu reino a Rainha dos Anjos”.
Gostaria, portanto, de pedir aos meus queridos irmãos espíritas a necessária indulgência para com esta falha, tendo em vista que também sou um Espírito em evolução, e ainda longe de conhecer a verdade de forma integral. Qualquer pretensão nossa nesse sentido seria a mais pura falta de humildade, e todos temos nossa cota de aprendizado nesta área.
Maria, meus amigos, continua até hoje como uma das maiores auxiliares de Jesus em sua missão de abrir nossos olhos ainda humanos à realidade espiritual que nos cerca. Tivemos e ainda temos uma participação bem menor que ela em todo este processo, inclusive. Hoje, de sua magnânima condição espiritual, ela socorre todos aqueles que, humildes, levantam-se do erro pedindo seu colo aconchegante de mãe. Sua razão já conquistou a docilidade do amor, e com isso consegue ela dissolver todas as nossas barreiras quando buscamos consolo em seu regaço espiritual.
Eis a verdadeira realidade espiritual de Maria de Nazaré. Eis a mãe carinhosa, que chorou diante do Filho Crucificado, mas ergueu-se na prática do bem ao próximo, estendendo a mensagem de Jesus a quantos buscaram seu caminho nas décadas que lhe seguiram a separação momentânea daquele a quem, com toda sua condição espiritual, gestara para trazer ao mundo a Divina Mensagem do Evangelho.
Este é só o começo, meus queridos irmãos, de uma série de revisões que se farão necessárias nos próximos tempos. A Codificação Espírita é obra datada. Se foi (e é) necessário ater-se a ela para evitar uma série de erros e cair novamente na Mitologia, é preciso compreender também que, ainda mais que a obra de Moisés ou de Jesus, ela possui a interferência de todos os médiuns que ajudaram a trazê-la à Terra. E precisa manter-se viva, atualizando-se com os novos conceitos que a Ciência e a Moral trouxeram e continuarão a trazer à Terra com a marcha incessante do progresso.
Que Jesus e o Espírito da Verdade abençoem-nos e continuem inspirando os Homens de Boa Vontade nos caminhos da Caridade e da Fé Racional.
Do devotado servidor do Espiritismo,
               

                                                                      Allan Kardec

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