terça-feira, 18 de agosto de 2015

    VÍNCULOS AFETIVOS



Filhos, através dos vossos vínculos afetivos é que 

tendes, no mundo, a oportunidade de vos aproximar dos

 vossos desafetos do passado, que renascem no corpo,

 em obediência aos compromissos assumidos

 convosco. 

Os elos da consanguinidade vos possibilitam 

experiências em comum, nas quais vos tornais em 

instrumentos de aprendizado mútuo.

A convivência no corpo vos enseja o desenvolvimento

 da paciência e do perdão, da compreensão e da 

renúncia, virtudes que, paulatinamente, vos ensinam o 

amor incondicional por todas as criaturas: amarguras,

 os traumas, as lágrimas que verteis pelo amor não 

correspondido, as aflições do sentimento de posse...

Se não se habitua a renunciar, a ceder de si mesmo, a se

 sacrificar pelo próximo, a despojar-se de ambições,

 enfim, a não esperar que a Vida gire à sua volta, o 

homem sofre -inevitavelmente, sofre.

Filhos, amai sem cogitar de serdes amados. 

Sobretudo, esforçai-vos por amar aqueles que nunca

 foram verdadeiramente amados.




                               Bezerra de Menezes

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