O Calcanhar de Aquiles


Dentre todas as mazelas e sofrer que carrega consigo a Humanidade o látego mais pesado para o coração e a Morte que carreia consigo o despreparo emocional e o desapego sentimental do Homem.

Seria por ventura, a morte uma causa ou uma conseqüência?
Ao Homem imaturo, preso ainda aos gozos e ilusões da Terra a Morte seria uma conseqüência natural da vida o apavorando ante a incerteza de um fim absoluto ou de algo por detrás do manto da Morte.

Ao Homem em progresso moral, livre das ilusões materiais a Morte seria apenas uma causa ao esgotamento dos órgãos físicos, sendo sua verdadeira vida a Espiritual onde a Morte representa renovação.

O verdadeiro “calcanhar de Aquiles” não esta na Religião que professa o Ser, visto que todas de uma forma ou de outra admite uma existência além desta de alguma forma ou sentido.

Está na interpretação do pensamento humano secularizado em que a Morte representa o fim de tudo, o fim dos rompimentos afetivos, dos laços familiares, enfim, que depois desta vida, o nada é o que aguarda a todos.

Compete ao Espiritismo complementar o pensamento Espiritualista de que “ a vida continua além desta e que se volvera ao palco terreno quantas vezes preciso for para a evolução espiritual do Ser”.

Se não o fez ainda, e porque muitos que enfileiram o corpo da Doutrina dos Espíritos inconscientemente ainda trazem consigo este medo da morte e a incerteza da continuidade da vida, não por desleixo ou má vontade, mas, sim, por ainda estar aprimorando seus conhecimentos e ampliando seu saber.

Dias virão que o verdadeiro “calcanhar de Aquiles” será descobrir enfim que a Morte não existe e porque se temeu a mesma por tanto tempo adiando a Reforma Intima e Moral...

Emerson Luiz