domingo, 17 de maio de 2015

                       ''A dor nos animais''


A ordem da Criação se divide em planos ou instâncias (filosoficamente em hipóstases). 

Há enorme distância, como se vê pelo item 597 de O Livro dos Espíritos, entre o plano animal e o plano hominal.

As plantas e os animais também sofrem, como os homens, também apresentam deformações e aleijões, mas essas coisas são diferentes nos três planos. 

A matéria é a mesma, mas o conteúdo espiritual (a essência) é diferente. 

A planta não tem consciência, o animal tem consciência rudimentar, o homem tem consciência definida e possui por isso o livre arbítrio.

A lei fundamental da Natureza é a evolução. 

Nas fases iniciais de processo evolutivo essa lei é soberana. 
O mineral, o vegetal e o animal evoluem “empurrados” pelas energias intrínsecas e extrínsecas, ou seja, orgânicas e mesológicas, que representam o que Bergson chamou de “energias criadoras”. 
O homem, que já tomou consciência de si mesmo e do Universo, sofre ainda o impulso dessas energias, mas já pode controlá-las pela sua vontade e orientá-las pela sua consciência. 
Torna-se então responsável pelos seus atos e enquadra-se na lei moral.

A planta monstruosa é um acidente material. 
O animal monstruoso é outra forma de acidente no processo criador, um desarranjo da “mecânica” da matéria. 
Mas a criatura humana tem a sua reencarnação controlada pelas inteligências que executam as ordens referentes às suas necessidades de evolução moral.

Assim, a criatura humana tem no seu corpo defeituoso ou monstruoso a aplicação das “deficiências da matéria” em favor da sua correção moral.

Não há expiação para os animais, como vemos no item 602 de O Livro dos Espíritos

A dor nos animais é um agente de excitação psíquica, auxiliando o despertar das faculdades do “princípio inteligente”. Nos homens é uma reação provocada pelos abusos de livre arbítrio.
Do livro “O Homem Novo” - Herculano Pires



A vida do animal não é propriamente missão, apresentando, porém, uma finalidade superior que constitui a do seu aperfeiçoamento próprio, através das experiências benfeitoras do trabalho e da aquisição, em longos e pacientes esforços, dos princípios sagrados da inteligência.”
Emmanuel - Livro “O Consolador” - Psicografia: Chico Xavier

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