''Comunicações com o Mundo Invisível (2)''
...CONTINUAÇÃO
As comunicações com os Espíritos devem sempre ser feitas com calma e recolhimento; não se deve jamais perder de vista que os Espíritos são as almas dos homens e que seria inconveniente deles fazer um jogo e um objeto de divertimento.
Se se deve respeito aos despojos mortais, deve-se muito mais ainda ao Espírito.
As reuniões frívolas e levianas faltam, pois, a um dever, e aqueles que delas fazem parte deveriam meditar que, de um momento para o outro, podem entrar no mundo dos Espíritos, e não veriam com prazer que os tratassem com tão pouca deferência.
Pela mesma razão de que os homens graves e sérios não vão a assembléias inconseqüentes, os Espíritos sérios não vão senão em reuniões sérias, cujo objetivo seja a instrução, e não a curiosidade; é nas reuniões desse gênero que os Espíritos superiores gostam de dar seus ensinamentos.
É preciso não esquecer que se esses mesmos Espíritos nelas estivessem presentes em vida, ter-se-ia por eles a consideração a que têm ainda mais direito depois de sua morte.
São fenômenos que se produzem em virtude da lei que rege o intercâmbio do mundo visível com o mundo invisível, lei tão natural como a da eletricidade, da gravitação etc.
O Espiritismo é a ciência que nos faz conhecer essa lei, como a mecânica nos faz conhecer a lei do movimento, a ótica a da luz. As manifestações espíritas, estando na Natureza, produziram-se em todas as épocas; a lei que as rege, uma vez conhecida, nos explica uma série de problemas considerados insolúveis; é a chave de uma multidão de fenômenos explorados e ampliados pela superstição.
Se aqueles que falam do Espiritismo, sem o conhecer, se tivessem se dado ao trabalho de estudar aquilo de que querem falar, se poupariam de gastos da imaginação ou de alegações que não servem senão para provarem sua ignorância e sua má-vontade.
Só o charlatanismo poderia tomar maneiras excêntricas e adicionar acessórios ridículos.
Texto retirado do livro “O que é o Espiritismo”
(Capítulo II - Noções Elementares de Espiritismo)
“Sabe-se agora que muitos Espíritos desencarnados têm por missão velar pelos encarnados, dos quais se constituem protetores e guias; que os envolvem nos seus eflúvios fluídicos; que o homem age muitas vezes de modo inconsciente, sob a ação desses eflúvios.” (‘A Gênese’ / Allan Kardec — Capítulo 3º — Item 14)
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