segunda-feira, 27 de abril de 2015

                    ''Almas-problemas''

               A pessoa-problema que renteia contigo, no processo evolutivo, não te é desconhecida.

O filhinho-dificuldade que te exige doação integral, não se encontra ao teu lado por primeira vez.

O ancião-renitente que te parece um pesadelo contínuo, exaurindo-te as forças, não é encontro fortuito na tua marcha.

O familiar de qualquer vinculação que te constitui provação, não é resultado do acaso que te leva a desfrutar da convivência dolorosa.

Todos eles provêm do teu passado espiritual.

Eles caíram, sim, e ainda se ressentem do tombo moral, estando hoje a resgatar injunção penosa.

Mas tu também.

Quando alguém cai, sempre há fatores preponderantes e outros predisponentes, que induzem e levam ao abismo.

Normalmente, oculto, o causador do infortúnio permanece desconhecido do mundo.

Não, porém, da consciência, nem das Soberanas Leis.

Renascem em circunstâncias e tempos diferentes, todavia, volvem a se encontrar, seja na consanguinidade, por meio da parentela corporal, ou mediante a espiritual na grande família humana, tornando o caminho das reparações e compensações indispensáveis.

Não te rebeles contra o impositivo da dor, seja como se te apresente.

Aqui, é o companheiro que se transforma em áspero adversário.

Ali, é o filhinho rebelde, ora portador de enfermidade desgastante.

Acolá, é o familiar vitimado pela arteriosclerose tormentosa.

Mais adiante, é alguém dominado pela loucura, e que chegam à economia da tua vida depauperando os teus cofres de recursos múltiplos.
Surgem momentos em que desejas que eles partam da Terra, a fim de que repouses.

 Horas soam em que um sentimentos de surda animosidade contra eles te cicia o anelo de ver-te libertado.

Ledo engano!
 
Só há liberdade real, quando se resgata o débito.

Distância física não constitui impedimento psíquico.

 Ausência material não expressa impossibilidade de intercâmbio.
O Espírito é a vida, e enquanto o amor não abranda as dores e não lima as arestas das dificuldades, o problema prossegue inalterado.

Arrima-te ao amor e sofre com paciência.

 Suporta a alma-problema que se junge a ti e não depereças nos ideais de amparar e prosseguir.

Ama, socorrendo.
Um dia nascerá luminoso em que superadas as sombras que impedem a clara visão da vida, compreenderás a grandeza do teu gesto e a felicidade da tua afeição a todos.

O problema toma a dimensão que lhe proporcionas.

 Mas o amor, que cobre a multidão dos pecados voltado para o Bem, resolve todos os problemas e dificuldades, fazendo com que vibre a Paz duradora por que te afadigas.

Joanna de Ângelis

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