quinta-feira, 26 de março de 2015

                                        ''PERDÃO INCONDICIONAL''


O perdão incondicional no mundo atual é muito raro. 

Além de não perdoarmos com facilidade as ofensas de parentes e amigos, encontramos impedimentos 
enormes para a sua prática no que se refere aos inimigos.


O orgulho é de tal ordem que basta um parente cometer um erro social para ficarmos furiosos. 


É que logo o acontecimento chegará ao conhecimento público, nos envolvendo indiretamente. 


Em vez de desculpar a fragilidade moral do infeliz e procurar lhe dar apoio para suavizar as punhaladas do remorso, ficamos a atirar pedradas. 


Pedradas do desprezo, da indiferença, sem medir as conseqüências anti caridosas de tal atitude. 


Conta o escritor John Lageman um fato contemporâneo. 


Ocorreu com um ex-presidiário, que sofreu nas carnes da alma a incompreensão e abandono dos seus
familiares, durante todo o tempo em que esteve recluso numa penitenciária.


Os seus parentes o isolaram totalmente. 


Nenhum deles lhe escreveu sequer uma linha. 


Nunca o foram visitar na prisão durante a sua permanência ali. 


Tudo aconteceu a partir do momento em que aquele homem, depois de conseguir a liberdade condicional por bom comportamento, tomou o trem, de retorno ao lar. 


Por uma coincidência que somente a providência divina explica, um amigo do diretor da penitenciária
se sentou ao seu lado.


Por ser uma pessoa sensível, identificou a inquietação e a ansiedade na fisionomia sofrida do companheiro de viagem, com gentileza, lhe falou: 


O amigo parece muito angustiado!
Não gostaria de conversar um pouco?
Talvez pudesse diminuir o desconforto.
O ex-presidiário deu um profundo suspiro.
Constrangido, falou: realmente, estou muito tenso.
Estou voltando ao lar, escrevi para minha família e pedi que colocasse uma fita branca na macieira
existente nas imediações da estação, caso me tivesse perdoado o ato vergonhoso.


Se não me quisesse de volta, não deveria fazer nada.


Então eu permanecerei no trem e rumarei para um lugar incerto, o novo amigo verificou como sofria
aquele homem. 


Ele sofrera uma dupla penalidade: a da sociedade que o segregara e a da família, que o abandonara, condoeu-se e se ofereceu para vigiar pela janela o aparecimento da árvore.

A macieira que selaria o destino daquele homem. 


Dez minutos depois, colocou a mão no braço do ex-condenado. 


Falou quase num sussurro: lá está ela, e mais baixo ainda: não existe uma fita branca na macieira. 

Fez uma pausa que pareceu uma eternidade. 


. . . A macieira está toda coberta de fitas brancas. 


A terapia do perdão dissipou naquele exato momento toda a amargura que havia envenenado por tanto
tempo uma vida humana. 


O pobre homem reabilitado deixou que as lágrimas escorressem pelas faces, como a lavar todas as
marcas da angústia que até então o atormentara.


A simbologia das fitas brancas do perdão incondicional deve ficar gravada na nossa mente. 


Deve nos lembrar sempre as palavras de Jesus: 


Aquele dentre vós que estiver sem pecado, atire a primeira pedra."
Quem de nós não necessita de perdão?
Quem já não errou, se equivocou, faliu? 


A própria reencarnação é, para cada um de nós, o perdão incondicional de Deus, a nos permitir
uma nova chance para o resgate dos débitos e retomada do caminho.


Você sabia?
Você sabia que o maior exemplo de perdão foi dado por Jesus? 


Ele retornou após a morte para amparar os apóstolos. 


Apóstolos que, à exceção de João, o haviam abandonado na hora da sua prisão, flagelação e morte.

Apesar disso, ele ratificou a missão que lhes conferira de espalhar as sementes do seu Evangelho pela Terra.


E eles aproveitaram muito bem o perdão de Jesus. 


Tornaram-se homens corajosos, incansáveis na luta pela verdade e pelo bem. 

Tornaram-se exemplos para nós. 


Graças ao perdão de Jesus o Evangelho nos chegou pelo trabalho e esforço de um punhado de homens.

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