quinta-feira, 31 de dezembro de 2015

ALERTA GERAL, RECADO IMPORTANTE DOS ESPÍRITOS ELEVADOS.

Aos pobres Espíritos que outrora viveram na Terra, Deus concede a missão de vir esclarecer-vos. 
Bendito seja pela graça que nos dá, de podermos, ajudar o vosso adiantamento. 
Que o Espírito Santo me ilumine, me ajude a tornar compreensível a minha palavra, e me conceda a graça de pô-la ao alcance de todos. 
Todos vós, encarnados, que estais sob a pena e procurais a luz, que a vontade de Deus venha em minha ajuda, para fazê-la brilhar aos vossos olhos!
A humildade é uma virtude bem esquecida, entre vós. 
Os grandes exemplos que vos foram dados são tão pouco seguidos. 
E, no entanto, sem humildade, podeis ser caridosos para o vosso próximo? 
Oh! não, porque esse sentimento nivela os homens, mostra-lhes que são irmãos, que devem ajudar-se mutuamente, e os encaminha ao bem.
Sem a humildade, enfeitai-vos de virtudes que não possuís, como se vestísseis um hábito para ocultar as deformidades do corpo. 
Lembrai-vos d'Aquele que nos salva; lembrai-vos da sua humildade, que o fez tão grande e o elevou acima de todos os profetas. 
O orgulho é o terrível adversário da humildade. 
Se o Cristo prometeu o Reino dos Ceais aos mais pobres, foi porque os grandes da Terra imaginavam que os títulos e as riquezas eram a recompensa de seus méritos, e que a sua essência era mais pura que a do pobre.
Acreditavam que essas coisas lhes eram devidas, e, por isso, quando Deus as retira, acusam-no de injustiça. 
Oh! irrisão e cegueira! 
Dei acaso, estabeleceu entre vós alguma distinção pêlos corpos? 
O invólucro do pobre não é o mesmo do rico? 
O Criador fez duas espécies de homens? 
Tudo quanto Deus fez é grande e sábio. 
Não lhe atribuais as idéias concebidas por vossos cérebros orgulhosos.
Oh rico! Enquanto dormes em teus aposentos suntuosos, ao abrigo do frio, não sabes quantos milhares de irmãos, iguais a ti, jazem na miséria? 
O desgraçado faminto não é teu igual? 
Bem sei que teu orgulho se revolta com estas palavras. 
Concordarás em lhe dai uma esmola; nunca, porém, em lhe apertar fraternalmente a mão Que! exclamarás: 
Eu, nascido de sangue nobre, um dos grandes da Terra, ser igual a esse miserável estropiado? 
Vã utopia de pretenso filósofos! Se fôssemos iguais, por que Deus o teria colocado tão baixe e a mim tão alto?
É verdade que vossas roupas não são nada iguais mas, se vos despirdes a ambos, qual a diferença que então haverá entre vós? 
A nobreza do sangue, dirás. 
Mas a química não encontro diferenças entre o sangue do nobre e o do plebeu, entre o do rico e o do escravo. 
Quem te diz que também não foste miserável com ele? 
Que não pediste esmolas? 
Que não a pedirás um dia a esse mesmo que hoje desprezas? 
As riquezas são por acaso eternas?
Não acabam com o corpo, invólucro perecível do Espírito? 
Oh! debruça-te humildemente sobre ti mesmo! 
Lança, enfim, os olhos sobre a realidade das coisas desse mundo, sobre o que constitui a grandeza e a humilhação no outro; pensa que a morte não te poupará mais do que aos outros; que os teus títulos não te preservarão dela; que te pode ferir amanhã, hoje, dentro de uma hora; e se ainda te sepultas no teu orgulho, oh! então, eu te lamento, porque serás digno de piedade!
Orgulhosos! Que fostes, antes de serdes nobres e poderosos? 
Talvez mais humildes que o último de vossos servos. 
Curvai, portanto, vossas frontes altivas, que Deus as pode rebaixar, no momento mesmo em que as elevais mais alto. 
Todos os homens são iguais na balança divina; somente as virtudes os distinguem aos olhos de Deus. 
Todos os Espíritos são da mesma essência, e todos os corpos foram leitos da mesma massa. 
Vossos títulos e vossos nomes em nada os modificam; ficam no túmulo; não são eles que dão a felicidade prometida aos eleitos; a caridade e a humildade são os seus títulos de nobreza.
Pobre criatura! És mãe, e teus filhos sofrem. Estão com frio. Têm fome. Vais, curvada ao peso da tua cruz, humilhar-te para conseguir um pedaço de pão. Oh! eu me inclino diante de ti! Como és nobre, santa e grande aos meus olhos! Espera e ora; a felicidade inda não é deste mundo. Aos pobres oprimidos, que nele confiam, Deus concede o Reino dos Céus.
E tu, que és moça, pobre filha devotada ao trabalho, entregue as privações, por que esses tristes pensamentos? 
Por que chorar? 
Que teus olhos se voltem, piedosos e serenos, para Deus: às aves do céu Ele dá o alimento. 
Confia nele, que não te abandonará. 
O ruído ! duas festas, dos prazeres mundanos, faz bater-te o coração. 
Querias lambem enfeitar de flores a fronte e misturar-te aos felizes da Terra. 
Dizes que poderias, como as mulheres que vês passar, estouvadas e alegres, ser rica também.
Oh! cala-te, filha! Se soubesses quantas ! lágrimas e dores sem conta se ocultam sob esses vestidos bordados, quantos suspiros se asfixiam sob o ruído dessa orquestra feliz, preferias teu humilde retiro e tua pobreza. 
Conserva-te pura aos olhos Deus, se não queres que o teu anjo da guarda volte para Ele, escondendo o rosto sob as asas brancas, e te deixe com os teus remorsos, sem guia, sem apoio, neste mundo em que estarias perdida, esperando a punição no outro.
E todos vós que sofreis as injustiças dos homens, sede indulgentes para as faltas dos vossos irmãos, lembrando que vós mesmos não estais sem manchas: isso é caridade, mas é também humildade. 
Se suportais calúnias, curvai a fronte diante da prova. 
Que vos importam as calúnias do mundo? 
Se vossa conduta é pura, Deus não pode vos recompensar? 
Suportar corajosamente as humilhações dos homens, é ser humilde e reconhecer que só Deus é grande e todo-poderoso.
Oh! meu Deus, será preciso que o Cristo volte novamente à Terra, para ensinar aos homens as tuas leis, que eles esquecem?! Deverá Ele ainda expulsar os vendilhões do templo, que maculam tua casa, esse recinto de orações? E, quem sabe? Ó homens, sei Deus vos concedesse essa graça agora, se não o renegaríeis, de novo, como outrora? Se não o acusaríeis de blasfemo, por vir abater! o orgulho dos fariseus modernos? Talvez, mesmo, se não o faríeis seguir de novo o caminho do Gólgota?
Quando Moisés subiu ao Monte Sinai, para receber os mandamentos da Lei de Deus, o povo de Israel, entregue a si mesmo, abandonou o verdadeiro Deus. Homens e mulheres entregaram suas jóias e seu ouro, para a fabricação de um ídolo que adoraram! Homens civilizados, fazeis, entretanto, como eles. O Cristo vos deixou! a sua Doutrina, vos deu o exemplo de todas as virtudes, mas abandonastes exemplos e preceitos.
Cada um de vós, carregando as suas paixões, fabricou um deus de acordo com a sua vontade: para uns, terrível e sanguinário; para outros, indiferente aos interesses do mundo. O deus que fizestes é ainda o bezerro de ouro, que cada qual apropria aos seus gostos e às suas ideias. Despertai, meus irmãos, meus amigos! Que a voz dos Espíritos vos toque o coração.
Sede generosos e caridosos, sem ostentação. Quer dizer: fazei o bem com humildade. Que cada um vá demolindo aos poucos os altares elevados ao orgulho. Numa palavra: sede verdadeiros cristãos, e atingireis o reino da verdade. Não duvideis mais da bondade de Deus, agora que Ele vos envia tantas provas. Vimos preparar o caminho para o cumprimento das profecias.
Quando o Senhor vos der uma manifestação mais esplendente da sua clemência, que o enviado celeste vos encontre reunidos numa grande família; que os vossos corações, brandos e humildes, sejam dignos de receber a palavra divina que Ele vos trará; que o eleito não encontre em seu caminho senão as palmas dispostas pelo vosso retorno ao bem, à caridade, à fraternidade; e então o vosso mundo tornará um paraíso terreno.
Mas, se permanecerdes insensíveis voz dos Espíritos, enviados para purificar e renovar a vossa sociedade civilizada, rica em conhecimentos e não obstante tão pobre de sentimentos, ah! nada mais nos restará do que chorar e gemer ela vossa sorte.
Mas, não, assim não acontecerá. Voltai-vos para Deus, vosso pai, e então nós todos, que trabalhamos para o cumprimento da sua vontade, entoaremos o cântico de agradecimento no Senhor, por sua inesgotável bondade, e para O glorificar por Iodos os séculos. Assim seja.

O SILÊNCIO

Faça silêncio para ouvir a voz de Deus.
Uma postura respeitosa não se faz apenas com o silêncio da boca, mas sobretudo com o silenciar do mundo íntimo. 
Silêncio "por fora" sem silêncio "por dentro", em verdade é uma gritaria muda.
De fato, o silêncio é uma prece, desde que comece de dentro para fora.
Aproveitando o ensejo, considero de bom alvitre lembrar:
SILENCIE diante do agressor, ele está doente...
SILENCIE diante da crítica, porque parar de trabalhar no bem para responder às críticas é malbaratar o tempo...
SILENCIE diante de alguém que está gritando, porque seu silêncio vai desarmá-lo...
SILENCIE diante das provocações; reclamar nao muda a situação difícil...
SILENCIE diante daquilo que não entende; o fato de você não compreender, não significa que esteja errado.

Faço-lhe uma proposta: Neste momento, independente do local onde esteja, feche o livro e faça cinco minutos de silêncio absoluto. É possível que ouça a voz de Deus falando em seu coração.
(Livro: Um Sopro de Esperança - Espírito: José de Moraes - Psicografia: Agnaldo Paviani II)

O Evangelho Segundo o Espiritismo. A Quem Muito Foi Dado, Muito Será Pedido.

10 – Porque aquele servo, que soube a vontade de seu Senhor, e não se apercebeu, e não obrou conforme a sua vontade, dar-se-lhe-ão muitos açoites. Mas aquele que não a soube, e fez coisas dignas de castigo, levará poucos açoites. Porque a todo aquele, a quem muito foi dado, muito será pedido, e ao que muito confiaram, mais contas lhe tomarão. (Lucas, XII: 47-48).

11 – E Jesus lhe disse: Eu vim a este mundo para exercitar um juízo, a fim de que os que não vêem, vejam, e os que vêem, se tornem cegos. E ouviram alguns dos fariseus que estavam com ele, e lhe disseram: Logo, também nós somos cegos? Respondeu-lhes Jesus: Se vós fôsseis cegos, não teríeis culpa; mas como agora mesmo dizeis: Nós vemos, fica subsistindo o vosso pecado. (João, IX: 39-41).

12 – Estas máximas encontram sobretudo a sua aplicação no ensinamento dos Espíritos. Quem quer que conheça os preceitos do Cristo é seguramente culpado, se não os praticar. Mas além de não ser suficientemente difundido o Evangelho que os contêm, senão entre as seitas cristãs, mesmo entre estas, quantas pessoas existem que não o lêem, e entre as que o lêem, quantas não o compreendem! Disso resulta que as próprias palavras de Jesus ficam perdidas para a maioria. O ensinamento dos Espíritos, que reproduz essas máximas sob diferentes formas, que as desenvolve e comenta, pondo-as ao alcance de todos, tem sido de particular, ou seja, não é circunscrito. Assim, todos, letrados ou não, crentes ou descrentes, cristãos ou não cristãos, podem recebê-lo, pois os Espíritos se comunicam por toda à parte. Nenhum dos que o recebam, diretamente ou por intermédio de outros, pode pretextar ignorância, ou pode desculpar-se com a sua falta de instrução ou com a obscuridade do sentido alegórico. Aquele, pois, que não o põe em prática para se melhorar, que o admira apenas como interessante e curioso, sem que seu coração seja tocado, que não se faz menos fútil, menos orgulhoso, menos egoísta, nem menos apegado aos bens materiais, nem melhor para o seu próximo, é tanto mais culpado, quanto teve maior facilidade para conhecer a verdade.

Os médiuns que obtêm boas comunicações são ainda mais repreensíveis por persistirem no mal, pois escrevem freqüentemente a sua própria condenação, e se não estivessem cegos pelo orgulho, reconheceriam que os Espíritos se dirigem a eles mesmos. Mas, em vez de tomarem para eles as lições que escrevem, ou que vêem os outros escreverem, sua única preocupação é a de aplicá-las as outras pessoas, incidindo assim nestas palavras de Jesus: “Vedes um argueiro no olho do próximo, e não vedes a trave no vosso”. (Ver cap. X, nº 9).

Por estas palavras: “Se fosseis cegos, não teríeis culpa”, Jesus confirma que a culpabilidade está na razão do conhecimento que se possui. Ora, os fariseus, que tinham a pretensão de ser, e que realmente eram, a parte mais esclarecida da nação, tornavam-se mais repreensíveis aos olhos de Deus que o povo ignorante. O mesmo acontece hoje.

Aos espíritas, portanto, muito será pedido, porque muito receberam, mas também aos que souberam aproveitar os ensinamentos, muito lhes será dado.

O primeiro pensamento de todo espírita sincero deve ser o de procurar, nos conselhos dados pelos Espíritos, alguma coisa que lhe diga respeito.

O Espiritismo vem multiplicar o número dos chamados, e pela fé que proporciona, multiplicará também o número dos escolhidos.

CARTA DE ANO NOVO DO ESPÍRITO “EMMANUEL”

Ano Novo é também oportunidade de aprender, trabalhar e servir. O tempo como paternal amigo, como que se reencarna no corpo do calendário, descerrando-nos horizontes mais claros para necessária ascensão. Lembra-te de que o ano em retorno, é novo dia a convocar-te para a execução de velhas promessas que ainda não tivestes a coragem de cumprir.

Se tens inimigos faze das horas renascer-te o caminho da reconciliação.

Se foste ofendido, perdoa, a fim de que o amor te clareie a estrada para frente.

Se descansaste em demasia, volve ao arado de tuas obrigações e planta o bem com destemor para a colheita do porvir.

Se a tristeza te requisita esquece-a e procura a alegria serena da consciência tranquila no dever bem cumprido.

Ano Novo! Novo Dia!

Sorri para os que te feriram e busca harmonia com aqueles que te não entenderam até agora.

Recorda que há mais ignorância que maldade em torno de teu destino.

Não maldigas nem condenes.

Auxilia a acender alguma luz para quem passa ao teu lado, na inquietude da escuridão.

Não te desanimes nem te desconsoles.

Cultiva o bom ânimo com os que te visitam dominados pelo frio do desencanto ou da indiferença.

Não te esqueças de que Jesus jamais se desespera conosco e, como que oculto ao nosso lado, paciente e bondoso, repete-nos de hora a hora: - Ama e auxilia sempre. Ajuda aos outros amparando a ti mesmo, porque se o dia volta amanhã, eu estou contigo, esperando pela doce alegria da porta aberta de teu coração.

Pelo Espírito Emmanuel.
XAVIER, Francisco Cândido. Vida e Caminho. Espíritos Diversos. GEEM.


                Texto sobre amizade

Um jovem recém casado estava sentado num sofá num dia quente e úmido, ele estava bebendo um chá gelado durante uma visita à casa do seu pai.
E enquanto conversavam sobre a vida, o casamento, as responsabilidades, as obrigações e deveres da pessoa adulta, o pai remexia pensativamente os cubos de gelo no seu copo, quando lançou um olhar claro e sóbrio para seu filho, e disse:
Sabe Filho, nunca se esqueça de seus amigos! – aconselhou.
Eles serão mais importantes na medida em que você envelhecer filho.
Independentemente do quanto você ame sua família, os filhos que
porventura venham a ter, você sempre precisará de amigos.
Lembre-se de, de vez em quando, ir a lugares com eles; divirta-se na companhia
deles; telefone de vez em quando…
Que estranho conselho – pensou o jovem. Acabo de ingressar no mundo dos casados.
Sou adulto. Com certeza minha esposa e minha família serão tudo o que necessito para dar sentido à minha vida!
Contudo, aquele jovem, ele seguiu o conselho de seu pai.
Passou-se muitos anos …
Ele Manteve contato com seus amigos e sempre procurava fazer novas amizades.
À medida em que os anos se passavam, ele foi compreendendo que seu pai sabia do que falava.
À medida em que o tempo e a natureza realizavam suas mudanças e mistérios sobre o homem, os amigos sempre foram baluartes em sua vida.
Passados mais de 50 anos, eis o que o jovem aprendeu uma lição.
O Tempo passa.
A vida acontece.
A distância separa…
As crianças crescem.
Os empregos vão e vêem.
O amor se transforma em afeto.
As pessoas não fazem o que deveriam fazer.
O coração para sem avisar
Os pais morrem.
Os colegas esquecem os favores.
As carreiras terminam.
Mas os verdadeiros amigos estão lá, não importa quanto tempo nem quantos quilômetros tenham afastado vocês.
Um amigo nunca está mais distante do que o alcance de uma necessidade, torcendo por você, intervindo em seu favor e esperando você de braços abertos, abençoando sua vida!
Quando iniciamos esta aventura chamada VIDA, não sabemos das incríveis alegrias e tristezas que experimentaremos à frente, nem temos boa noção do quanto precisamos uns dos outros…
Mas, ao chegarmos ao fim da vida, já sabemos muito bem o quanto cada
um foi importante para nós!
Precisamos eternizar as pessoas nos nossos corações, assim elas nunca morrerão; continuarão vivas e perto!
Um abraço a todos que dão sentido a minha vida.
Um feliz 2016 com muita saúde ao lado dos seus parentes e amigos!


                                            A Diferença


A reunião alcançava a parte final. E, na organização mediúnica, Bezerra de Menezes retinha a palavra.
O benfeitor desencarnado distribuía consolações, quando um companheiro o alvejou com azedume:
- Bezerra, não concordo com tanta máscara no ambiente espírita. Estou cansado de tartufismo. Falo contra mim mesmo. Posso, acaso, dizer que sou espírita-cristão? Vejo-me fustigado por egoísmo e intolerância, avareza e ciúme; cometo desatenções e disparates; reconheço-me freqüentemente caído em maledicência e cobiça; ainda não venci a desconfiança, nem a propensão para ressentir-me; quando menos espero, chafurdo-me nos erros da vaidade e do orgulho; involuntariamente, articulo ofensas contra o próximo; a ambição mora comigo e, por isso, agrido os meus semelhantes com toda a força de minha brutalidade; a crítica, o despeito, a maldade e a imperfeição me seguem constantemente. Posso declarar-me espírita com tantos defeitos?
O venerável orientador espiritual respondeu, sereno:
- Eu também, meu amigo, ainda estou em meio de todas essas mazelas e sou espírita-cristão...
- Como assim? - revidou o consulente agitado.
- Perfeitamente - concluiu Bezerra, sem alterar-se. - Todas essas qualidades negativas ainda me acompanham... Só existe, porém, um ponto, meu caro, que não posso esquecer. É que, antes de ser espírita-cristão, eu fazia força para correr atrás de todas elas e agora, que sou cristão e espírita, faço força para fugir delas todas...
E, sorrindo:
- Como vê, há muita diferença.


Pelo Espírito Irmão  
XAVIER, Francisco Cândido. Momentos de Ouro. Espíritos Diversos. GEEM.
      Mensagem para o Ano Novo

No Ano Novo que chega, repleto do amor de Deus, desejamos muitas bênçãos para ti e para os teus.
Que tenhas boa saúde, mesmo que estejas doente, com o pensamento em Jesus levando a vida p'ra frente.
Que possas manter acesa a chama azul da bonança, semeando a fraternidade, a caridade e a esperança.
No ano que chega agora, cheio de oportunidades, que transformes desafetos em felizes amizades.
Tem cuidados pela rota do ano agora nascente, nos esforços p'ra que possas viver bem com toda gente.
Não deixes nunca passar as chances de progredir, sem corromper bons costumes e sem a ninguém ferir.
Estuda firme e trabalha p'ro bem do mundo, onde estejas, pois só gozarás as bênçãos dos valores que projetas.
Pensa melhor na vivência junto aos teus familiares. Educa, ama e orienta, para te felicitares.
Pais, irmãos, esposos, filhos, afins da esfera do ar são-te as preciosas gemas que te cabe resguardar.
Nesse Ano Novo promete a ti mesmo, de verdade, exercitar na família mais atenção e bondade.
Procura passar distante, no tempo que Deus te oferta, das dissipações, dos vícios, na busca da estrada certa.
Cuida melhor do corpinho com que nasceste na Terra, p'ra que não te sintas presa do suicídio que a alma emperra.
Saúda esse novo tempo com paz no teu coração, envolvendo os teus afetos na mais sentida oração.
E se plantares, com fé, as sementes de alegria, teu Novo Ano, então, será de belezas, dia-a-dia.

terça-feira, 29 de dezembro de 2015

O Verdadeiro Sentido da Vida

Cada um de nós encontra em sua vida um ser especial. Às vezes é um avô, um professor, um amigo de família.
 Uma pessoa mais velha, paciente e sábia, que se interessou por nós e nos compreendeu quando éramos jovens, inquietos e inseguros.
 Uma pessoa que nos fez olhar o mundo de um outro ângulo. Uma pessoa que, com seus conselhos e seu afeto, nos fez encontrar nosso caminho.
 Assim aconteceu ao jovem Mitch Albom que se tornaria o colunista esportivo número um da América.
 Durante os anos universitários, um professor lhe foi um grande amigo. Esse amigo o ensinou a amar os livros de forma autêntica.
 Mesmo fora dos horários das aulas, eles se encontravam para discutir assuntos sérios. Assuntos como as relações humanas. Nessas ocasiões, o professor lhe dava lições extraordinárias de vida.
 Certo dia, porque o aluno se queixava do choque entre o que a sociedade esperava dele e o que ele queria para si mesmo, o professor lhe falou:
 A vida é uma série de puxões para a frente e para trás. Queremos fazer uma coisa, mas somos forçados a fazer outra.
 Algumas coisas nos machucam, apesar de sabermos que não deviam. Aceitamos certas coisas mesmo sabendo que não devemos aceitar nada como absoluto.
 Mas o amor, dizia ele, o amor vence sempre.
 Quando saiu da Universidade, Mitch era um jovem idealista. Prometera a si mesmo que jamais trabalharia por dinheiro, que se alistaria nos Corpos da Paz, que viveria em lugares belos e inspiradores.
 Mas os anos passaram e ele acabou trocando montes de sonhos por cheques cada vez mais gordos.
 Então, um dia, dezesseis anos depois, ele tornou a encontrar o seu professor. Bem mais velho e doente.
 Eram os seus últimos meses de vida. Durante catorze semanas, até a sua morte, trataram de temas fundamentais para a felicidade e a realização humanas.
 Era a última grande lição: um ensinamento sobre o sentido da vida.
 E o jornalista reavaliou sua vida. Refletiu sobre as verdades ensinadas pelo professor, como a da necessidade de buscar o crescimento espiritual.
 De deixar de se preocupar tanto com coisas materiais e observar o universo ao seu redor. O universo das afeições. A natureza que nos cerca.
 A mudança que se opera nas árvores, a força do vento, as estações do ano.
 E o velho mestre, caminhando para o túmulo arrastado por enfermidade incurável, finalizou a última grande lição ao seu antigo aluno com a frase:
 Meu filho, quando se aprende a morrer, se aprende a viver.
 A vida física é uma breve etapa. Sabedoria é ser aberto para as coisas belas que ela nos oferece. Para isso é preciso ignorar o brilho dos valores que a propaganda nos passa.
 É preciso prestar atenção quando os entes queridos falam, como se fosse a última vez que os ouvisse.
 É preciso andar com alegria como se fosse a última vez que pudéssemos estar de pé e nos servir das nossas pernas.
 E, acima de tudo, lembrar que sempre é tempo de mudar.
Momento Espírita